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Incubadoras cada vez mais precisas geram lotes cada vez mais homogêneos

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Fotos: Divulgação/Yamasa
Por Adriano Bailos, consultor em Incubação industrial, Automação e Climatização de Incubatórios da Yamasa

Com uma cadeia de produção extremamente exigente em busca de melhores resultados e da maior qualidade dos produtos, a avicultura brasileira tem demonstrado cada vez mais a necessidade de trabalhar nos mínimos detalhes. Encontrar com rapidez e precisão o ponto ideal de atuação economiza tempo e dinheiro e faz com que as empresas percebam rapidamente o retorno positivo das estratégias definidas ou das atuações corretivas adotadas.

Uma etapa altamente importante dessa cadeia é a incubação industrial, com incubatórios cada vez maiores e mais tecnológicos, onde pequenas falhas se tornam grandes problemas, e a margem para o erro diminui cada vez mais.

Quando falamos em avicultura de precisão na área da incubação industrial estamos falando por exemplo em saber grama a grama qual o peso real de cada um dos ovos que estamos incubando, vendendo ou descartando, termos a certeza de que os ovos incubados estão na posição correta e/ou até prever com qual uniformidade os pintinhos serão alojados, pois como sabemos, o peso corporal de um pintinho está diretamente ligado ao peso do ovo que o originou.

Classificar 100% dos ovos por peso nos traz uma série de vantagens, um bom exemplo é no início de produção das matrizes. Quando as aves começam a pôr ovos incubáveis com 25 ou 26 semanas de idade ainda existem ovos muito pequenos sendo produzidos e é necessário efetuar a separação do que é realmente incubável e o que será descartado.

Para essa operação, uma classificadora automática por peso é altamente eficaz, já que é praticamente impossível definir visualmente se um ovo tem 48, 49 ou 50 gramas, e completamente inviável efetuar a pesagem de milhares de ovos manualmente. Dessa forma, sem a precisão fornecida pela classificadora, serão descartados ovos incubáveis e serão incubados ovos menores do que o peso mínimo estipulado.

Outras tecnologias interessantes que uma classificadora automática proporciona são o detector de fissuras e a ovoscopia eletrônica que retiram automaticamente os ovos trincados, sujos e com extravasamento de conteúdo, melhorando a condição sanitária dos lotes a serem incubados e/ou vendidos no Brasil e no Exterior.

Falando ainda sobre precisão, uma nova vertente muito comum em incubatórios de estágio único é a incubação por carga térmica, que consiste em distribuir os ovos dentro das incubadoras levando em consideração o potencial de geração de calor dos mesmos.

Nesse caso, saber o peso real desses ovos ajuda o incubador a definir tal posicionamento, já que a geração de calor vai depender basicamente de dois parâmetros: fertilidade média e massa de ovos. Tendo estas duas informações com precisão é possível homogeneizar a geração de calor dentro da incubadora, reduzindo a janela de nascimento e melhorando a qualidade das aves.

O fato da classificadora ter a tecnologia necessária para posicionar corretamente os ovos com a câmara de ar para cima, reduzindo a mortalidade embrionária tardia e melhorando a eclosão, também é uma grande vantagem. Na área gerencial temos ainda a possibilidade de uma grande melhora nos custos de operação com a redução de aproximadamente 50 a 60% dos colaboradores necessários na classificação dos ovos.

Uniformidade do ovo ao Abate

Não é novidade que um lote de frangos com peso homogêneo se inicia em um lote de pintinhos uniforme, que por sua vez são provenientes de ovos uniformes, ou seja, o fato de pesar os ovos individualmente através de uma classificação automática e dividir em categorias antes de incubar é o início de uma cadeia que culminará na área mais sensível da empresa em relação a custos, o abatedouro! Segundo o diretor de Produção Agropecuária e Industrial da Ad’oro S.A., Jair Sbaraini, atualmente o alto nível de automação dos equipamentos existentes no processo produtivo das plantas de abate são configurados para atender um determinado tamanho de carcaça com faixa de peso pré-definida. Desta forma devemos garantir uma apresentação ideal dos produtos para atender as especificações rigorosas destes equipamentos.

Assim, para uma operação harmônica exige-se um alto índice de uniformidade da matéria-prima para abate, já que a incidência de desuniformidade do lote prejudica o desempenho do processamento, reduzindo a eficácia das máquinas, e impactando em outros fatores tais como o bem-estar das aves (abate humanitário), a integridade dos produtos e o cumprimento das especificações dos consumidores.

Quando não atingimos a uniformidade necessária, os problemas começam já na pendura, passam pela etapa de insensibilização, depois em menor incidência, porém ainda devendo ser considerado, na linha de sangria. Seguem nas etapas de escaldagem e depenagem e na linha de evisceração, aumentando a incidência de cortes inadequados.

Em suma, quanto mais uniformes forem os lotes de aves, menores serão a necessidade de retrabalho e as condenações ou desqualificações de produtos, otimizando o processo produtivo e o rendimento dos produtos finais, resultando em significativo impacto na eficiência e no retorno sobre o investimento das empresas.

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Com 33 anos de atuação, Sindiavipar reforça protagonismo do Paraná na produção de frango

Trabalho conjunto com setor produtivo e instituições públicas sustenta avanços em biosseguridade, rastreabilidade e competitividade.

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O Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) celebra, nesta quarta-feira (19), 33 anos de atuação em defesa da avicultura paranaense. Desde sua fundação, em 1992, a entidade reúne e representa as principais indústrias do setor com objetivo de articular políticas, promover o desenvolvimento sustentável e fortalecer uma cadeia produtiva que alimenta milhões de pessoas dentro e fora do Brasil.

Foto: Shutterstock

Ao longo dessas mais de três décadas, o Sindiavipar consolidou seu papel como uma das entidades mais relevantes do país quando o assunto é sanidade avícola, biosseguridade e competitividade internacional. Com atuação estratégica junto ao poder público, entidades setoriais, instituições de pesquisa e organismos internacionais, o Sindiavipar contribui para que o Paraná seja reconhecido pela excelência na produção de carne de frango de qualidade, de maneira sustentável, com rastreabilidade, bem-estar-animal e rigor sanitário.

O Estado é referência para que as exportações brasileiras se destaquem no mercado global, e garantir abastecimento seguro a diversos mercados e desta forma contribui significativamente na segurança alimentar global. Esse desempenho se sustenta pelo excelente trabalho que as indústrias avícolas do estado executam quer seja através investimentos constantes ou com ações contínuas de prevenção, fiscalização, capacitação técnica e por uma avicultura integrada, inovadora, tecnológica, eficiente e moderna.

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Nos últimos anos, o Sindiavipar ampliou sua agenda estratégica para temas como inovação, sustentabilidade, educação sanitária e diálogo com a sociedade. A realização do Alimenta 2025, congresso multiproteína que reuniu autoridades, especialistas e os principais players da cadeia de proteína animal, reforçou a importância do debate sobre biosseguridade, bem-estar-animal, tecnologias, sustentabilidade, competitividade e mercados globais, posicionando o Paraná no centro das discussões sobre o futuro da produção de alimentos no país.

Os 33 anos do Sindiavipar representam a trajetória de um setor que cresceu com responsabilidade, pautado pela confiança e pelo compromisso de entregar alimentos de qualidade. Uma história construída pela união entre empresas, colaboradores, produtores, lideranças e parceiros que acreditam no potencial da avicultura paranaense.

O Sindiavipar segue atuando para garantir um setor forte, inovador e preparado para os desafios de um mundo que exige segurança, eficiência e sustentabilidade na produção de alimentos.

Fonte: Assessoria Sindiavipar
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União Europeia reabre pre-listing e libera avanço das exportações de aves e ovos do Brasil

Com o restabelecimento do sistema de habilitação por indicação, frigoríficos que atenderem às exigências sanitárias poderão exportar de forma mais ágil, retomando um mercado fechado desde 2018.

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A União Europeia confirmou ao governo brasileiro, por meio de carta oficial, o retorno do sistema de habilitação por indicação da autoridade sanitária nacional, o chamado pre-listing, para estabelecimentos exportadores de carne de aves e ovos do Brasil. “Uma grande notícia é a retomada do pré-listing para a União Europeia. Esse mercado espetacular, remunerador para o frango e para os ovos brasileiros estava fechado desde 2018. Portanto, sete anos com o Brasil fora”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

Foto: Freepik

Com a decisão, os estabelecimentos que atenderem aos requisitos sanitários exigidos pela União Europeia poderão ser indicados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e, uma vez comunicados ao bloco europeu, ficam aptos a exportar. No modelo de pre-listing, o Mapa atesta e encaminha a lista de plantas que cumprem as normas da UE, sem necessidade de avaliação caso a caso pelas autoridades europeias, o que torna o processo de habilitação mais ágil e previsível. “Trabalhamos três anos na reabertura e, finalmente, oficialmente, o mercado está reaberto. Todas as agroindústrias brasileiras que produzem ovos e frangos e que cumprirem os pré-requisitos sanitários podem vender para a Comunidade Europeia”, completou.

A confirmação oficial do mecanismo é resultado de uma agenda de trabalho contínua com a Comissão Europeia ao longo do ano. Em 2 de outubro, missão do Mapa a Bruxelas, liderada pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luís Rua, levou à União Europeia um conjunto de pedidos prioritários, entre eles o restabelecimento do pre-listing para proteína animal, o avanço nas tratativas para o retorno dos pescados e o reconhecimento da regionalização de enfermidades.

Na sequência, em 23 de outubro, reunião de alto nível em São Paulo entre o secretário Luís Rua e o comissário europeu para Agricultura, Christophe Hansen, consolidou entendimentos na pauta sanitária bilateral e registrou o retorno do sistema de pre-listing para estabelecimentos brasileiros habilitados a exportar carne de aves, o que agora se concretiza com o recebimento da carta oficial e permite o início dos procedimentos de habilitação por parte do Mapa. O encontro também encaminhou o avanço para pre-listing para ovos e o agendamento da auditoria europeia do sistema de pescados.

Foto: Ari Dias

Na ocasião, as partes acordaram ainda a retomada de um mecanismo permanente de alto nível para tratar de temas sanitários e regulatórios, com nova reunião prevista para o primeiro trimestre de 2026. O objetivo é assegurar previsibilidade, transparência e continuidade ao diálogo, reduzindo entraves técnicos e favorecendo o fluxo de comércio de produtos agropecuários entre o Brasil e a União Europeia.

Com o pre-listing restabelecido para carne de aves e ovos, o Brasil reforça o papel de seus serviços oficiais de inspeção como referência na garantia da segurança dos alimentos e no atendimento às exigências do mercado europeu, ao mesmo tempo em que avança em uma agenda de facilitação de comércio baseada em critérios técnicos e cooperação regulatória.

Fonte: Assessoria Mapa
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Exportações gaúchas de aves avançam e reforçam confiança do mercado global

Desempenho positivo em outubro, expansão da receita e sinais de estabilidade sanitária fortalecem o posicionamento do estado no mercado externo.

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O setor agroindustrial avícola do Rio Grande do Sul mantém um ritmo consistente de recuperação nas exportações de carne de frango, tanto processada quanto in natura. Em outubro, o estado registrou alta de 8,8% no volume embarcado em relação ao mesmo mês do ano passado. Foram 60,9 mil toneladas exportadas, um acréscimo de 4,9 mil toneladas frente às 56 mil toneladas enviadas em outubro de 2023.

A receita também avançou: o mês fechou com US$ 108,9 milhões, crescimento de 5% na comparação anual.

No acumulado de janeiro a outubro, entretanto, o desempenho ainda reflete os impactos do início do ano. Os volumes totais apresentam retração de 1%, enquanto a receita caiu 1,8% frente ao mesmo período de 2024, conforme quadro abaixo:

O rápido retorno das exportações de carne de aves do Rio Grande do Sul para mercados relevantes, confirma que, tanto o estado quanto o restante do país permanecem livres das doenças que geram restrições internacionais.

Inclusive, o reconhecimento por parte da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e muitos outros mercados demonstram a importância do reconhecimento da avicultura do Rio Grande do Sul por parte da China, ainda pendente. “Estamos avançando de forma consistente e, em breve, estaremos plenamente aptos a retomar nossas exportações na totalidade de mercados. Nossas indústrias, altamente capacitadas e equipadas, estão preparadas para atender às demandas de todos os mercados, considerando suas especificidades quanto a volumes e tipos de produtos avícolas”, afirmou José Eduardo dos Santos, Presidente Executivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul (Asgav/Sipargs).

Indústria e produção de ovos

O setor da indústria e produção de ovos ainda registra recuo nos volumes exportados de -5,9% nos dez meses de 2025 em relação ao mesmo período de 2024, ou seja, -317 toneladas. Porém, na receita acumulada o crescimento foi de 39,2%, atingindo um total de US$ 19 milhões de dólares de janeiro a outubro deste ano.

A receita aumentou 49,5% em outubro comparada a outubro de 2024, atingindo neste mês a cifra de US$ 2.9 milhões de dólares de faturamento. “A indústria e produção de ovos do Rio Grande do Sul está cada vez mais presente no mercado externo, o atendimento contínuo aos mais diversos mercados e o compromisso com qualidade, evidenciam nosso potencial de produção e exportação”, pontua Santos.

Exportações brasileiras

As exportações brasileiras de carne de frango registraram em outubro o segundo melhor resultado mensal da história do setor, de acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Ao todo, foram exportadas 501,3 mil toneladas de carne no mês, saldo que superou em 8,2% o volume embarcado no mesmo período do ano passado, com 463,5 mil toneladas.

Presidente Eeecutivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul, José Eduardo dos Santos: “A indústria e produção de ovos do Rio Grande do Sul está cada vez mais presente no mercado externo, o atendimento contínuo aos mais diversos mercados e o compromisso com qualidade, evidenciam nosso potencial de produção e exportação”

Com isso, as exportações de carne de frango no ano (volume acumulado entre janeiro e outubro) chegaram a 4,378 milhões de toneladas, saldo apenas 0,1% menor em relação ao total registrado no mesmo período do ano passado, com 4,380 milhões de toneladas.

A receita das exportações de outubro chegaram a US$ 865,4 milhões, volume 4,3% menor em relação ao décimo mês de 2024, com US$ 904,4 milhões. No ano (janeiro a outubro), o total chega a US$ 8,031 bilhões, resultado 1,8% menor em relação ao ano anterior, com US$ 8,177 bilhões.

Já as exportações brasileiras de ovos (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 2.366 toneladas em outubro, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O número supera em 13,6% o total exportado no mesmo período do ano passado, com 2.083 toneladas.

Em receita, houve incremento de 43,4%, com US$ 6,051 milhões em outubro deste ano, contra US$ 4,219 milhões no mesmo período do ano passado. No ano, a alta acumulada chega a 151,2%, com 36.745 toneladas entre janeiro e outubro deste ano contra 14.626 toneladas no mesmo período do ano passado. Em receita, houve incremento de 180,2%, com US$ 86,883 milhões nos dez primeiros meses deste ano, contra US$ 31,012 milhões no mesmo período do ano passado.

Fonte: Assessoria ABPA
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