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Incidência de formigas saúvas preocupa produtores

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A incidência de formigas saúvas, também conhecidas como cortadeiras, tem preocupado os produtores da região Oeste paranaense. O produtor rondonense Rodrigo Bellé conta que, na última semana, chegou a atingir um formigueiro de aproximadamente 50 metros de distância – marcado pelos buracos onde a fumaça aplicada para matar as formigas saía. “Fiquei espantado com o tamanho, porém, com essa única aplicação, consegui acabar com o formigueiro, mas ainda assim não há forma de acabar totalmente com a cortadeira. É preciso monitorar para que ela não ataque toda a propriedade”, explica.
A técnica utilizada por Bellé para controlar a formiga na propriedade é a termo nebulização, feita por meio de um equipamento que injeta fumaça de alta temperatura diretamente no formigueiro. 
O produtor conta que, normalmente, realizava o controle da saúva por meio da isca granulada, contudo, há cerca de seis meses, a técnica deixou de ser efetiva e os formigueiros passaram a se multiplicar. “A partir daí passamos a aplicar o termo nebulizador, mas este é um equipamento emprestado pela prefeitura e nem sempre está disponível, por isso aplico uma isca caseira feita com casca de laranja, milho moído junto a um inseticida, que é espalhado em volta da trilha da formiga”, revela.
O envolvimento dos produtores é o primeiro passo para o controle das saúvas nas propriedades. Mas, para que a situação fique sob controle, é preciso um trabalho conjunto com entidades estaduais e municipais, além da iniciativa privada. 
Para o fiscal da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Ricardo Moraes Witzel, o que falta é a atuação do Conselho de Sanidade Agropecuária (CSA), órgão municipal responsável pelo controle da formiga cortadeira, que precisa ser fortalecido. “Só o Estado não dá conta de combater qualquer tipo de praga, por isso é necessário que outras esferas da sociedade também participem deste processo, cuidando das propriedades e denunciando aquelas que não são controladas”, orienta.
Ele explica que a atuação do CSA objetiva estabelecer a defesa sanitária animal e vegetal em cada município, com o apoio de órgãos dos governos estadual e municipal, da iniciativa privada, bem como dos produtores, que são parte fundamental na identificação de ninhos da formiga. 
Sem o CSA, não há possibilidade de estimar a incidência da praga na região e é inclusive por este motivo que hoje não há dados concretos sobre o ataque de saúvas. “O que temos são informações gerais obtidas em encontros esporádicos com produtores e entidades municipais. Sabemos que na nossa região há um alto índice de formigas cortadeiras, porém não conseguimos estimar o tamanho das áreas afetadas, quais as culturas que a formiga atinge ou se ela aumentou sua resistência, tudo por falta do CSA para fazer o acompanhamento em cada um dos municípios”, ressalta.

Panorama

Witzel diz que hoje o problema maior está em áreas de proteção ambiental, como nas matas ciliares, já que neste espaço é proibida a aplicação de agrotóxicos. Além disso, acrescenta ele, a falta de controle por parte do produtor é um dos principais agravantes para o avanço da praga. “O descuido dos agricultores acontece tanto pela falta de conhecimento técnico quanto pela escassez de empresas especializadas no controle efetivo da saúva”, enfatiza.
Segundo o fiscal, formigueiros de maior dimensão devem ser atacados por meio de ferramentas como o termo nebulizador e não apenas com as iscas comumente utilizadas. “O combate incorreto também pode fortalecer as saúvas ao invés de acabar com elas, por isso o ideal é que o produtor busque empresas especializadas para demarcar a dimensão do formigueiro e a partir disso aplicar a melhor técnica”, alerta.

Incidência

O uso de defensivos agrícolas permite que as lavouras não sejam atingidas pelas formigas cortadeiras, porém a praga ainda se instala em outras partes da propriedade. “É natural pela organização das formigas que elas não se instalem em um local que vá trazer mortandade à sua colônia, contudo, áreas de mata ciliar, reserva florestal, pastagem e árvores frutíferas são os locais escolhidos pela formiga”, comenta Witzel.
Ele menciona que a Adapar tem o respaldo legal para notificar e solicitar que o produtor faça o controle, entretanto, é preciso que haja a denúncia para chegar até este formigueiro ou a procura do próprio agricultor para o combate na propriedade. “Não podemos orientar sem conhecer o local, identificar o tipo e formiga, o tamanho do formigueiro. Precisamos primeiro fazer um diagnóstico e encontrar a melhor ferramenta de controle, por isso é necessário que o agricultor venha até a Adapar ou ao CSA”, orienta.

Exemplo

Atualmente, Palotina é referência entre os municípios do Oeste no controle da formiga cortadeira. O programa municipal para o controle da praga iniciou com a implementação do CSA, que realiza campanhas de conscientização e treinamento para os agricultores, a fim de manter tanto as lavouras quanto a região urbana livre do ataque de saúvas. “Palotina hoje está muito à frente dos demais municípios do Oeste”, destaca o fiscal da Adapar.
De acordo com ele, os municípios de Toledo, Mercedes e Marechal Cândido Rondon também discutem a elaboração de um plano para que o CSA entre em funcionamento há alguns anos, mas a iniciativa deve partir do município. “A Adapar sozinha tem poucos profissionais, por isso não conseguimos montar um programa para cada um dos municípios. O que nós fazemos é dar apoio e participar das ações que devem ser promovidas pela CSA, composta por todas essas esferas: o setor público, privado e pela sociedade”, explica.
Programa municipal
Em Marechal Rondon, a Secretaria de Agricultura e Política Ambiental conta com apenas um equipamento de termo nebulização, que é disponibilizado para que os produtores façam as aplicações nos formigueiros com o auxílio de técnicos da pasta. “O produtor daqui precisa procurar ferramentas para o controle sozinho. Já realizamos um estudo para terceirizar o serviço de combate à saúva no município, porém o projeto tornou-se inviável devido ao alto custo”, declara Urbano Mertz, engenheiro agrônomo da Secretaria.
Ele revela que a situação da formiga cortadeira no município é preocupante, agravada principalmente pela falta do controle natural da peste, que antigamente era feito por outros animais como pássaros e tatus, que se alimentavam das formigas. “Há 30 anos o que se preconizava era que apenas 5% das fêmeas que faziam o voo nupcial formavam ninho, contudo, hoje, há estudos que apontam 50%”, alerta.
Além disso, acrescenta Mertz, o plantio direto feito em algumas propriedades também favorece o aparecimento de ninhos. Conforme o engenheiro agrônomo, no primeiro ano, quando a fêmea se instala no solo para fazer o ninho, a colônia fica cerca de dez a 12 centímetros de profundidade e, pela falta do processo de aração – que não é realizado nos casos de plantio direto – o ninho não é destruído. “Além das pastagens, matas ciliares e árvores frutíferas, as saúvas também atingem as demais culturas, principalmente aquelas em área de plantio direto”, finaliza.

Fonte: O Presente Rural

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Comércio exterior e logística no setor agropecuário: desafios e oportunidades para o transporte e escoamento

Exportações de soja em outubro, caíram 22,9% em relação ao mês anterior, um reflexo de flutuações no mercado, mas o acumulado de 2024 manteve-se robusto, com 94,2 milhões de toneladas exportadas de janeiro a outubro.

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Fotos: Claudio Neves

O mercado de fretes e a logística de escoamento se destacam como elementos essenciais no atual cenário da agricultura brasileira, especialmente diante do crescimento expressivo da produção de grãos previsto para a safra 2024/25. A estimativa de 322,53 milhões de toneladas de grãos, um aumento de 8,2% em relação à safra anterior, traz desafios adicionais para a infraestrutura de transporte e os processos logísticos do país. A análise consta na nova edição do Boletim Logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta sexta-feira (22).

A melhoria nas condições climáticas tem favorecido o avanço das semeaduras, com destaque para as culturas de soja e milho, mas, para que a produção chegue ao mercado internacional, é crucial um sistema de escoamento eficiente. Nesse sentido, os portos brasileiros desempenham papel fundamental, especialmente os do Arco Norte, que têm se consolidado como uma via vital para exportação. Em outubro de 2024, os portos do Arco Norte responderam por 35,1% das exportações de grãos, superando a participação de 33,9% registrada no mesmo período de 2023.

Com o aumento da produção de soja e milho, as expectativas de escoamento nos próximos meses apontam para um cenário desafiador, com necessidade de otimizar os fretes para atender ao crescimento das exportações. Em outubro, as exportações de soja caíram 22,9% em relação ao mês anterior, um reflexo de flutuações no mercado, mas o acumulado de 2024 manteve-se robusto, com 94,2 milhões de toneladas exportadas de janeiro a outubro. Já as exportações de milho, que enfrentam uma redução de 34,1% nas estimativas para a safra 2023/24, exigem adaptação no transporte, uma vez que a oferta menor pode reduzir a demanda por fretes no curto prazo, mas com aumento da competição por capacidade logística.

A movimentação de fertilizantes, por sua vez, também demanda atenção na logística. Em outubro de 2024, os portos brasileiros importaram 4,9 milhões de toneladas de fertilizantes, o que representa um incremento de 5,9% em relação ao mês anterior. Este crescimento contínuo na importação exige um cuidado especial no transporte desses insumos, visto que o Brasil é um dos maiores compradores internacionais e uma base importante de consumo de fertilizantes.

Por outro lado, o transporte de cargas no Brasil segue enfrentando desafios estruturais. De acordo com o Boletim da Conab, a ampliação das capacidades de escoamento nos portos, especialmente no Arco Norte, é uma estratégia chave para lidar com o aumento do volume de exportações e garantir que os fretes se mantenham competitivos.

Em suma, a logística no setor agropecuário brasileiro se apresenta como um elo crucial para garantir o sucesso das exportações de grãos. A integração entre os diferentes modais de transporte, o aprimoramento da infraestrutura portuária e a adaptação às demandas de escoamento serão decisivos para que o Brasil continue sendo um dos maiores exportadores de commodities agrícolas do mundo.

Fretes

Em outubro de 2024, os preços do frete apresentaram variações significativas entre os estados brasileiros. Os preços subiram em estados como Bahia, Goiás e Minas Gerais e Distrito Federal, principalmente devido ao aumento na demanda, impulsionado pela exportação de grãos e a importação de fertilizantes. Em Goiás, a melhora nos preços do milho também gerou aumento na demanda por fretes. Já em estados como Paraná, Piauí e São Paulo, os preços ficaram mais baratos, com o Paraná registrando uma redução de 16,67% na região de Cascavel, refletindo a baixa demanda por grãos. No Piauí, a diminuição nas exportações de soja resultou em uma queda de 4,10% no mercado de fretes. Por outro lado, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul apresentaram estabilidade nos preços, com pouca variação nas cotações, devido a um equilíbrio entre a demanda e a oferta de fretes.

O Boletim Logístico da Conab é um periódico mensal que coleta dados em dez estados produtores, com análises dos aspectos logísticos do setor agropecuário, posição das exportações dos produtos agrícolas de expressão no Brasil, análise do fluxo de movimentação de cargas e levantamento das principais rotas utilizadas para escoamento da safra. Confira a edição completa do Boletim Logístico – Novembro/2024, disponível no site da Companhia.

Fonte: Assessoria Conab
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Clima favorável impulsiona cultivos da primeira safra, aponta boletim de monitoramento

Precipitações regulares e bem distribuídas criaram um ambiente propício para a semeadura e o desenvolvimento dos cultivos.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

As condições climáticas favoráveis nas primeiras semanas de novembro impactaram positivamente o cenário agrícola brasileiro. Na região Central do país, precipitações regulares e bem distribuídas criaram um ambiente propício para a semeadura e o desenvolvimento dos cultivos de primeira safra.

O Norte-Nordeste experimentou uma expansão das áreas beneficiadas por chuvas, incluindo regiões do Matopiba que anteriormente enfrentavam déficit hídrico. Esse cenário impulsionou o processo de semeadura na maior parte dessa região.

Foto: Gilson Abreu

Em contraste, o Sul do país registrou uma redução nas precipitações, o que facilitou o avanço da colheita do trigo e a semeadura dos cultivos de primeira safra. De modo geral, as condições agroclimáticas se mostraram favoráveis, proporcionando umidade adequada para o desenvolvimento das lavouras.

No Rio Grande do Sul, a semeadura do arroz progrediu significativamente, com a maior parte concluída dentro do período considerado ideal. A maioria das lavouras encontra-se em fase de desenvolvimento vegetativo, beneficiando-se das condições climáticas que favoreceram a germinação e o estabelecimento das plantas. Em Santa Catarina, temperaturas médias e incidência solar adequadas contribuíram para o bom desenvolvimento das culturas.

Estas informações estão presentes no Boletim de Monitoramento Agrícola (BMA), publicado mensalmente pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em parceria com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e o Grupo de Monitoramento Global da Agricultura (Glam).

A versão completa do Boletim está disponível para consulta no site oficial da Conab, acesse clicando aqui.

Fonte: Assessoria Conab
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Show Rural investe em obras para melhorar experiência de visitantes

Com o objetivo de garantir mais conforto e eficiência à experiência de visitantes e expositores, várias obras físicas acontecem no parque e serão entregues já para a 37ª edição.

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Fotos: Divulgação/Coopavel

Avançam os preparativos para a 37ª edição do Show Rural Coopavel, evento que reafirma o Oeste do Paraná como um dos principais polos do agronegócio mundial. De 10 a 14 de fevereiro de 2025, visitantes do Brasil e do exterior terão acesso a um espaço renovado, com melhorias que reforçam o compromisso da Coopavel com a inovação, a sustentabilidade e a excelência em infraestrutura. “Melhorar continuamente é uma das regras que fazem o sucesso do Show Rural, referência em inovações e tendências para o agronegócio”, destaca o presidente da Coopavel, Dilvo Grolli.

Com o objetivo de garantir mais conforto e eficiência à experiência de visitantes e expositores, várias obras físicas acontecem no parque e serão entregues já para a 37ª edição. O restaurante do parque está em ampliação em 500 metros quadrados, permitindo o atendimento de mais mil pessoas por refeição. A área de entrega de bebidas é reformulada para otimizar o fluxo, enquanto novos buffets, mesas e utensílios foram adquiridos para manter o alto padrão de qualidade em uma estrutura com capacidade para servir mais de 40 mil refeições diariamente.

A mobilidade no parque também recebe melhorias. São mais de seis mil metros quadrados de ruas asfaltadas. Uma das novidades mais aguardadas é a cobertura da Rua 10, que conecta o Portal 4 ao Pavilhão da Agricultura Familiar. Com 400 metros lineares, essa obra, viabilizada em parceria com a Barigui/Volkswagen, eleva para mais de 6,2 mil metros quadrados a área coberta do parque, garantindo conforto aos visitantes em qualquer condição climática, observa o coordenador geral Rogério Rizzardi.

Para ônibus

Para receber caravanas de todo o Brasil e de outros países será criado um estacionamento exclusivo para ônibus com capacidade para 400 veículos. Estrategicamente localizada, a nova estrutura promete praticidade e organização para os grupos que participam da maior mostra de tecnologia para o campo da América Latina.

Outro destaque é o barracão de 1,2 mil metros quadrados dedicado à gestão de resíduos. Essa estrutura permitirá separação e correta destinação de materiais antes, durante e depois do evento, reforçando o compromisso da cooperativa e do evento técnico com práticas ambientalmente responsáveis.

Evolução

Com essas inovações e investimentos, o Show Rural Coopavel segue como referência global, combinando hospitalidade, tecnologia e respeito ao meio ambiente, reforça o presidente Dilvo Grolli. O tema da 37ª edição será Nossa natureza fala mais alto.

Fonte: Assessoria Coopavel
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