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Incertezas no mercado de carne suína

Custo de produção em alta, dúvidas sobre a produtividade do milho safrinha e China são algumas das incógnitas que cercam o setor

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Divulgação/Frimesa

A recente conquista do Paraná em obter o selo de Estado livre da febre aftosa sem vacinação representa um sonho antigo para a cadeia de alimentos. Somente em termos de suinocultura, será possível acessar 60% do mercado mundial de carne suína, que antes estava de “portas fechadas” para o produto brasileiro.

Paralelo a isso, estudos indicam que a demanda por alimentos nas próximas décadas vai aumentar significativamente, sendo que o Brasil deve ser o grande provedor de comida.

Para dar conta desta equação que exige cada vez mais qualidade e ao mesmo tempo quantidade, a Frimesa tem se preparado há alguns anos para a nova realidade que se desenha.

Prova disso é a construção em Assis Chateaubriand do maior frigorífico de suínos da América Latina. A planta industrial de 147 mil metros quadrados distribuídos em 115 hectares deve atingir, quando pronta e em sua capacidade máxima, o abate de 7,5 mil suínos ao dia – o que praticamente vai dobrar a produção atual da Frimesa, que está em cerca de 8,3 mil suínos/dia.

“Não estamos recuando no projeto futuro. Em torno de 50% da obra de Assis já está feita e estamos trabalhando com mais de 30 empresas terceirizadas na obra. São mais de 600 pessoas envolvidas. Espero que no final de 2022, no dia 13 de dezembro, data de aniversário da Frimesa, seja possível inaugurar o frigorífico, para que no começo de 2023 opere com normalidade”, declarou, em entrevista ao Jornal O Presente, o diretor-presidente Valter Vanzella.

Frigorífico rondonense

Além da construção da nova planta industrial em Assis, a Frimesa adquiriu, em dezembro de 2019, o frigorífico de suínos que havia arrendado em Marechal Cândido Rondon. Atualmente, a empresa realiza adequações e modernizações na indústria.

“Depois da aquisição, a Frimesa já investiu R$ 16 milhões em melhorias na planta industrial. Queremos chegar ainda este ano a abater a capacidade plena, que é de 1,4 mil suínos por dia. Só será possível e o SIF (Selo de Inspeção Federal) só vai liberar assim que terminarmos as exigências das melhorias que estão sendo feitas, e estamos terminando”, adiantou.

Por enquanto, a unidade tem feito o abate de suínos. No entanto, quando o frigorífico de Assis entrar em funcionamento, existe a possibilidade da planta industrial rondonense ser destinada para o abate de matrizes.

“Mas será feito um estudo, porque vamos ter uma quantidade de matrizes significativa devido ao tamanho da integração que será feita. Hoje, as cooperativas filiadas estão vendendo para terceiros, porque em uma linha normal de abate, como temos em Medianeira, as matrizes são um problema para a indústria. Por isso, provavelmente será interessante depois adequar a indústria rondonense para abater somente matrizes, porque elas têm tamanho e algumas especificações. Não é uma decisão definitiva. Vamos fazer um estudo, pois depende da matéria-prima que teremos”, informa o dirigente.

“Provavelmente será interessante depois adequar a indústria rondonense para abater somente matrizes, porque elas têm tamanho e algumas especificações. Não é uma decisão definitiva. Vamos fazer um estudo”

Cenário turbulento

Questionado se o atual cenário muda os investimentos da Frimesa, tendo em vista a alta nos insumos da construção civil e no custo de produção, bem como a oscilação no preço do suíno, Vanzella é enfático de que as pessoas precisam ser realistas.

“Vivemos em um país em que as instabilidades são constantes. Só que, graças a Deus, compramos muitas das coisas necessárias para a obra (em Assis) antes deste aumento generalizado. No entanto, sabemos que vai ter muita coisa que teremos que arcar com o ônus do aumento. O preço do suíno tem oscilado de uma maneira extraordinária. Em uma semana está ruim, 15 dias depois fica bom, e como a Frimesa tem uma produção de produtos de maior valor agregado, e porções que colocamos nos supermercados que vão para a casa das pessoas, que devido à pandemia deixaram de sair para comer e estão optando em fazer as refeições em casa, temos nos dado bem”, observa.

O líder cooperativista lembra ainda que com a cotação do dólar a exportação tem ficado em um patamar acima do normal para a suinocultura.

“A China tem comprado muito e até agora tem ido bem, mas vivemos numa incerteza. Não podemos parar as coisas, pois, caso contrário, nunca vamos fazer nada. Estamos seguindo com as obras, tanto a modernização do frigorífico rondonense como a obra do frigorífico de Assis, que estão sendo tocadas. Paralelamente a isso fizemos adequações e investimentos. Na indústria de lácteos de Marechal Rondon, nos últimos dois anos, foram investidos R$ 30 milhões. A gente não para. Todo dia, quando despacho com o pessoal do comercial, tem novidade. Uma hora melhora e outra piora, e nós temos que nos adequar”, declara.

Dilema 

Vanzella reforça que há momentos em que o mercado está mais estável e, em outros, nem tanto. Agora, de acordo com ele, a dificuldade está na volatilidade por conta do custo de produção.

“O preço do suíno está bom, mas o que está ruim é o custo de produção. O milho saiu de R$ 30, R$ 35, R$ 40 a saca para ir para R$ 90. A soja saiu de R$ 80 e foi para R$ 160. Esse custo de produção oscilou devido às circunstâncias mundiais. O fato da China ter comprado tanta carne suína permitiu que as exportações remunerassem os frigoríficos, que não ficaram no vermelho. Em 2020 tivemos o melhor resultado histórico da Frimesa, puxado por dois fatores: os produtos de valor agregado e a exportação”, detalha.

Apesar de um cenário que poderia aparentar estar bom, o problema é que no Brasil o poder aquisitivo do brasileiro está diminuindo, argumenta o dirigente. “O aumento no preço das coisas provocou um desajuste. Há coisas que subiram 100%, como na construção civil, e outras que não subiram, principalmente o salário do trabalhador. O salário do trabalhador é que gera o poder de compra do povo. Estamos sentindo que a demanda tem esfriado nos últimos tempos”, lamenta, emendando: “Temos que nos adequar dentro desta realidade. Há horas que precisamos trabalhar no vermelho. Temos consciência de que há momentos em que dá prejuízo, mas não podemos desistir”, frisa.

“O preço do suíno está bom, mas o que está ruim é o custo de produção. O milho saiu de R$ 30, R$ 35, R$ 40 a saca para ir para R$ 90. A soja saiu de R$ 80 e foi para R$ 160”

Custo de produção X incerteza

Questionado quais são as perspectivas para o custo de produção no mercado de carnes, Vanzella salienta que as cotações do milho e da soja estão acima do que a suinocultura, avicultura e A cadeia leiteira podem pagar.

“Vamos ter que nos ajustar, ou o produto como consequência das outras atividades vai subir. Porém, se subir gera uma inflação generalizada e aí sobem outras coisas. Estamos em uma incerteza muito grande e na expectativa de uma política de governo. Existe dificuldade, porque existe muita incerteza. Vivemos um momento de muita instabilidade, mas não estamos parando e esperando as coisas acontecerem, porque não vai existir perfeição. Temos que nos adequar e aproveitar os momentos bons”, analisa.

Outro produtor impactado com o aumento do custo de produção e que tem direta influência na Frimesa é o de leite. “O preço da ração ficou hoje em um patamar que o produtor de leite tem dificuldade em ter ganho em função do alto custo. Se não tem capim e não pode reduzir um pouco o consumo de ração, o leite não paga a comida da vaca. Sabemos que é um momento difícil, ouvimos as reclamações, mas os preços estão começando a subir. Esperamos que tenhamos um inverno em que a oferta e demanda permitam que o valor fique em um patamar para viabilizar o produtor”, expõe.

Preços “fora da casinha”

O diretor-presidente reforça que em toda atividade primária o produtor, às vezes, trabalha para não ganhar nada.

“A verdade é uma só: o ponto nervoso de toda a história que estamos falando, tanto em suínos, leite, aves, está no custo de produção. Com toda honestidade, sei que o produtor de milho e soja também têm que ganhar dinheiro, mas nada subiu nos níveis como foi o milho e a soja. Isso não existe. Está fora da casinha. Quem consome esses produtos é que está pagando e muita coisa não está viabilizando. Qual o preço ideal do milho? Eu não sei. Vamos ver a produção da safrinha, que níveis têm, mas temos que nos preocupar. A ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) é muito clara: esse segmento não está conseguindo pagar o custo dos grãos. Se o milho chegar em R$ 70 a saca, que para o produtor é ótimo, viabiliza a produção de suíno, aves e leite”, opina.

Consumo de carne suína

Perguntado se a alta na carne bovina tem feito aumentar o consumo de carne suína, Vanzella comenta que à medida que as pessoas perdem o poder de compra, elas vão migrando para aquilo que é mais acessível em termos de preço. “Com o boi no preço lá em cima, os consumidores começam a migrar para suíno e frango, que são mais baratos. Mas quando é uma migração significativa, faz com que o preço das outras carnes também suba. Diria que a grande expectativa está na safrinha de milho para vermos o patamar que o milho vai se estabilizar e se viabiliza as outras atividades”, explica.

“Também sou produtor de milho, mas na casa próxima de R$ 100 a saca não viabiliza as outras atividades. Onde vai parar? Depende da produção que vamos ter, da produtividade desta safrinha e da demanda internacional por milho para que o preço se estabilize em patamar que viabilize criarmos suínos e leite. Se estes preços, porventura, ficarem muito acima, terá como consequência redução da produção”, prevê.

China

A China, grande consumidora mundial de alimentos, ampliou a importação de carne para dar conta da demanda local. Além disso, tem aumentado a produção de suínos. Para o dirigente da Frimesa, o que acontece lá se trata de uma incógnita em relação ao futuro.

“A China está aumentando significativamente a produção de suínos de forma muito técnica. Está construindo edifícios para criar suínos em granjas verticais, com dez a 12 andares. Só que essa produção tem seu limite, porque a China não tem comida para o suíno e precisará comprar. Vale a pena comprar milho nestes índices de preço para criar suíno se não viabiliza a atividade? Qual será a demanda depois de todo esse ajuste na produção da China? Nós vivemos um momento em que se o Brasil realmente parasse de exportar haveria algumas dificuldades, porque nós, além de tudo, temos uma queda de consumo interno por falta de poder aquisitivo”, salienta.

O dirigente acrescenta: “Vou falar uma coisa: tenho uma preocupação muito grande com relação ao Brasil ter uma dependência significativa da China. Dentro do agronegócio, a participação da China no comércio brasileiro é muito grande. Quando vejo os números me preocupa o fato de que o Brasil tem na China o comprador de mais de 50% do que exportamos do agronegócio. Isso não é bom. Por isso que comemoro a declaração do Paraná livre de febre aftosa sem vacinação. Vai permitir que a gente acesse outros mercados para distribuirmos um pouco mais essas vendas. Não podemos ficar dependentes apenas de um mercado, pois a decisão deste impacta demais. A China é uma grande parceira, mas é demais. Depender de um é preocupante”, finaliza.

Fonte: O Presente

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Santa Catarina registra avanço simultâneo nas importações e exportações de milho em 2025

Volume importado sobe 31,5% e embarques aumentam 243%, refletindo demanda das cadeias produtivas e oportunidades geradas pela proximidade dos portos.

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Foto: Cláudio Neves

As importações de milho seguem em ritmo acelerado em Santa Catarina ao longo de 2025. De janeiro a outubro, o estado comprou mais de 349,1 mil toneladas, volume 31,5% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo dados do Boletim Agropecuário de Santa Catarina, elaborado pela Epagri/Cepa com base no Comex Stat/MDIC. Em termos de valor, o milho importado movimentou US$ 59,74 milhões, alta de 23,5% frente ao acumulado de 2024. Toda a origem é atribuída ao Paraguai, principal fornecedor externo do cereal para o mercado catarinense.

Foto: Claudio Neves

A tendência de expansão no abastecimento externo se intensificou no segundo semestre. Em outubro, Santa Catarina importou mais de 63 mil toneladas, mantendo a curva ascendente registrada desde julho, quando os volumes mensais passaram consistentemente da casa das 50 mil toneladas. A Epagri/Cepa aponta que esse movimento deve avançar até novembro, período em que a demanda das agroindústrias de aves, suínos e bovinos segue aquecida.

Os dados mensais ilustram essa escalada. De outubro de 2024 a outubro de 2025, as importações variaram de mínimas próximas a 3,4 mil toneladas (março/25) a máximas superiores a 63 mil toneladas (setembro/25). Nesse intervalo, meses como junho, julho e agosto concentraram forte entrada do cereal, acompanhados de receitas que oscilaram entre US$ 7,4 milhões e US$ 11,2 milhões.

Exportações crescem apesar do déficit interno
Em um cenário aparentemente contraditório, o estado, que possui déficit anual estimado em 6 milhões de toneladas de milho para suprir seu grande parque agroindustrial, também ampliou as exportações do grão em 2025.

Até outubro, Santa Catarina embarcou 130,1 mil toneladas, um salto de 243,9% em relação ao mesmo período de 2024. O valor exportado também chamou atenção: US$ 30,71 milhões, alta de 282,33% na comparação anual.

Foto: Claudio Neves

Segundo a Epagri/Cepa, essa movimentação ocorre majoritariamente em regiões produtoras próximas aos portos catarinenses, onde os preços de exportação tornam-se mais competitivos que os do mercado interno, especialmente quando o câmbio favorece vendas externas ou quando há descompasso logístico entre oferta e demanda regional.

Essa dinâmica reforça um traço estrutural conhecido do agro catarinense: ao mesmo tempo em que é um dos maiores consumidores de milho do país, devido ao peso das cadeias de proteína animal, Santa Catarina não alcança autossuficiência e depende do cereal de outras regiões e países para abastecimento. A exportação pontual ocorre quando há excedentes regionais temporários, oportunidades comerciais ou vantagens logísticas.

Perspectivas
Com a entrada gradual da nova safra 2025/26 no estado e no Centro-Oeste brasileiro, a tendência é que os volumes importados se acomodem a partir do fim do ano. No entanto, o comportamento do câmbio, os preços internacionais e o resultado final da produção catarinense seguirão determinando a necessidade de compras externas — e, por outro lado, a competitividade das exportações.

Para a Epagri/Cepa, o quadro de 2025 reforça tanto a importância do milho como insumo estratégico para as cadeias de proteína animal quanto a vulnerabilidade decorrente da dependência externa e interestadual do cereal. Santa Catarina continua sendo um estado que importa para abastecer seu agro e exporta quando a lógica de mercado permite, um equilíbrio dinâmico que movimenta portos, indústrias e produtores ao longo de todo o ano.

Fonte: O Presente Rural
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Brasil e Japão avançam em tratativas para ampliar comércio agro

Reunião entre Mapa e MAFF reforça pedido de auditoria japonesa para habilitar exportações de carne bovina e aprofunda cooperação técnica entre os países.

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Foto: Percio Campos/Mapa

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, realizou uma reunião bilateral com o vice-ministro internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Florestas (MAFF), Osamu Kubota, para fortalecer a agenda comercial entre os países e aprofundar o diálogo sobre temas da relação bilateral.

No encontro, a delegação brasileira apresentou as principais prioridades do Brasil, incluindo temas regulatórios e iniciativas de cooperação, e reiterou o pedido para o agendamento da auditoria japonesa necessária para a abertura do mercado para exportação de carne bovina brasileira. O Mapa também destacou avanços recentes no diálogo e reforçou os pontos considerados estratégicos para ampliar o fluxo comercial e aprimorar mecanismos de parceria.

Os representantes japoneses compartilharam seus interesses e expectativas, demonstrando disposição para intensificar o diálogo técnico e buscar convergência nas agendas de interesse mútuo.

Fonte: Assessoria Mapa
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Bioinsumos colocam agro brasileiro na liderança da transição sustentável

Soluções biológicas reposicionam o agronegócio como força estratégica na agenda climática global.

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Fotos: Koppert Brasil

A sustentabilidade como a conhecemos já não é suficiente. A nova fronteira da produção agrícola tem nome e propósito: agricultura sustentável, um modelo que revitaliza o solo, amplia a biodiversidade e aumenta a captura de carbono. Em destaque nas discussões da COP30, o tema reposiciona o agronegócio como parte da solução, consolidando-se como uma das estratégias mais promissoras para recuperação de agro-ecossistemas, captura de carbono e mitigação das mudanças climáticas.

Thiago Castro, Gerente de P&D da Koppert Brasil participa de painel na AgriZone, durante a COP30: “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida”

Atualmente, a agricultura e o uso da terra correspondem a 23% das emissões globais de gases do efeito, aproximadamente. Ao migrar para práticas sustentáveis, lavouras deixam de ser fontes de emissão e tornam-se sumidouros de carbono, “reservatórios” naturais que filtram o dióxido de carbono da atmosfera. “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida. E não tem como falar em vida no solo sem falar em controle biológico”, afirma o PhD em Entomologia com ênfase em Controle Biológico, Thiago Castro.

Segudo ele, ao introduzir um inimigo natural para combater uma praga, devolvemos ao ecossistema uma peça que faltava. “Isso fortalece a teia biológica, melhora a estrutura do solo, aumenta a disponibilidade de nutrientes e reduz a necessidade de intervenções agressivas. É a própria natureza trabalhando a nosso favor”, ressalta.

As soluções biológicas para a agricultura incluem produtos à base de micro e macroorganismos e extratos vegetais, sendo biodefensivos (para controle de pragas e doenças), bioativadores (que auxiliam na nutrição e saúde das plantas) e bioestimulantes (que melhoram a disponibilidade de nutrientes no solo).

Maior mercado mundial de bioinsumos

O Brasil é protagonista nesse campo: cerca de 61% dos produtores fazem uso regular de insumos biológicos agrícolas, uma taxa quatro vezes maior que a média global. Para a safra de 2025/26, o setor projeta um crescimento de 13% na adoção dessas tecnologias.

A vespa Trichogramma galloi e o fungo Beauveria bassiana (Cepa Esalq PL 63) são exemplos de macro e microrganismos amplamente utilizados nas culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão, para o controle de lagartas e mosca-branca, respectivamente. Esses agentes atuam nas pragas sem afetar polinizadores e organismos benéficos para o ecossistema.

Os impactos do manejo biológico são mensuráveis: maior porosidade do solo, retenção de água e nutrientes, menor erosão; menor dependência de fertilizantes e inseticidas sintéticos, diminuição na resistência de pragas; equilíbrio ecológico e estabilidade produtiva.

Entre as práticas sustentáveis que já fazem parte da rotina do agro brasileiro estão o uso de inoculantes e fungos benéficos, a rotação de culturas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o manejo biológico de pragas e doenças. Práticas que estimulam a vida no solo e o equilíbrio natural no campo. “Os produtores que adotam manejo biológico investem em seu maior ativo que é a terra”, salienta Castro, acrescentando: “O manejo biológico não é uma tendência, é uma necessidade do planeta, e a agricultura pode e deve ser o caminho para a regeneração ambiental, para esse equilíbrio que buscamos e precisamos”.

Fonte: Assessoria Koppert Brasil
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