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Incertezas do mercado do trigo nacional e internacional refletirão diretamente nos preços praticados ao consumidor final

Webinar promovido pelo Sindustrigo destacou a volatilidade do cenário atual do trigo e destacou a importância da atenção redobrada dos moinhos para evitar prejuízos futuros.

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Foto: Gilson Abreu

Em meio a um cenário atual de incertezas e baixas expectativas para a próxima safra, o Sindicato da Indústria do Trigo no Estado de São Paulo (Sindustrigo) promoveu, na quinta-feira (23), um webinar para debater o panorama do cereal, que tem operado em alta no mercado, gerando o aumento nos custos dos moinhos, que refletirá em um ajuste significativo dos preços da farinha e seus derivados já nos próximos meses.

Como analisou o consultor em Gerenciamento de Riscos de Trigo na StoneX Brasil, Jonathan Pinheiro, o cenário global do trigo enfrenta um dos seus momentos mais emblemáticos que, mesmo com um crescimento de safra de 10 milhões de toneladas anteriormente, os estoques são menores, fazendo com que se vivencie um aperto de oferta na transição de temporadas – com recuos consideráveis nas últimas cinco.  Ao que se refere unicamente a 2024, o setor contabiliza o menor estoque de passagem nos últimos 15 anos, quando comparado ao consumo mundial do cereal. “Mesmo que a produção global apresente um crescimento gradual, o consumo tem mais que compensado esse movimento, ou seja: há uma demanda muito maior do que a capacidade de crescimento da produção atual”, explicou Pinheiro.

Fotos: Arquivo/OP Rural

Neste cenário, a América do Norte como um todo apresenta um bom desempenho produtivo nas regiões dos Estados Unidos e do Canadá. Já a Europa enfrenta problemas climáticos que podem ocasionar novos ajustes no montante global, com a Rússia e a Ucrânia resultando em produções menores em decorrência da temporada de chuvas.  “Ao que diz respeito à Rússia e à Ucrânia, o restante do mundo já olha para as produções menores desses dois países com preocupação, pois há uma dependência de oferta e de preços mais competitivos, que sobem continuamente, fazendo com que todos as outras regiões produtoras tenham que fazer o mesmo”, frisa o profissional.

Já no hemisfério Sul, até o momento, o resultando tende a ser mais positivo que negativo. A Austrália apresenta uma boa safra e a Argentina, apesar de não contar com um crescimento de área, se destaca pelos bons índices de produtividade e um potencial de safra maior, o que beneficiará o consumo interno brasileiro.

Brasil: um cenário incerto

Como também explicou o consultor, espera-se um cenário desafiador para a produção de trigo em território brasileiro, uma vez que, com a pressão do cenário externo, potencializada pela Europa, o país também enfrentará a baixa rentabilidade da última safra, os preços pressionados no momento de decisão, as dificuldades no acesso a oferta de sementes e maior competição com outras culturas de inverno.

No Rio Grande do Sul, por exemplo, há um cenário muito incerto, fator que pode pressionar ainda mais o mercado, que já se encontra em um momento de atenção. Com um clima considerado arriscado e produtores descapitalizados, o recolhimento da safra de trigo na região apresenta uma tendência de ser mais prejudicado, ao contrário do Paraná, que deve aproveitar a recuperação internacional e se favorecer da situação enfrentada pelo Estado parceiro, se destacando na produção. “Estamos enfrentando um momento muito delicado para a indústria moageira nacional, que tem assistido um aumento quase que diário de sua principal matéria-prima, evidenciando assim a discrepância entre o preço de compra da commodity, o trigo, e o produto final, a farinha de trigo, que não tem acompanhado o mesmo movimento de subida nos preços”, destacou o diretor de Suprimentos da Correcta e Moinho Cruzeiro do Sul, Maurício Ghiraldelli, que moderou o webinar.

A necessidade por importação pelos moinhos brasileiros nesse cenário é cada vez maior. “O mercado doméstico já não tem uma oferta tão abundante e basicamente o que temos lá fora para comprar está um pouco mais caro, ou seja, o aumento nos custos dos moinhos é real e vai resultar no repasse aos consumidores, com o aumento de preços dos derivados de farinha aos consumidores”, frisou o consultor.

Para o presidente do Sindustrigo, João Carlos Veríssimo, “neste momento de transição entressafras, temos que tomar decisões sobre precificação de produto hoje e expectativa de reposição de produtos para o futuro. Tudo o que enfrentamos hoje e enfrentaremos nos próximos meses não representa uma situação simples para o mercado e as perspectivas são complexas”.

“É preciso cautela, pois o resultado de uma política comercial desajustada ou menos conectada com os custos de reposição pode acarretar prejuízos bastante significativos para o setor”, destacou ele.

O webinar completo está disponível no canal do Sindustrigo no Youtube e a apresentação com os dados da Stonex está disponível aqui.

Fonte: Assessoria Sindustrigo

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Adiamento do Plano Safra 2024/25 surpreende setor agropecuário e gera críticas acirradas

O anúncio do Plano Safra 2024/25, previsto para esta quarta-feira (26), foi adiado para 03 de julho, causando forte reação no setor agropecuário. A Frente Parlamentar Agropecuária criticou duramente o governo federal, acusando-o de desorganização e ineficiência, e alertou que os produtores ficarão desamparados na primeira semana do plano. O Sistema Faep/Senar também condenou a mudança, apontando o impacto negativo no planejamento dos agricultores e pecuaristas do Paraná.

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Foto: Shutterstock

Em uma reviravolta inesperada, o anúncio do Plano Safra 2024/25, que estava programado para esta quarta-feira (26), foi adiado para o dia 03 de julho. A decisão, comunicada pelo ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os ministros da Agricultura, Carlos Fávaro, e da Fazenda, Fernando Haddad, pegou de surpresa o setor agropecuário e provocou fortes reações.

A Frente Parlamentar Agropecuária (FPA), liderada pelo deputado Pedro Lupion (PR), não poupou críticas ao governo federal em nota oficial. Segundo a FPA, o adiamento evidencia uma “total demonstração de desorganização e ineficiência do governo federal”. A Frente destacou que os produtores rurais ficarão desamparados na primeira semana de vigência do plano, prolongando a espera pelo crédito rural necessário para o início da safra.

A nota também ressaltou que essa situação pode agravar os problemas enfrentados pelo setor, que já está sob pressão devido à crise e à “sanha arrecadatória” do governo federal em relação à taxação do agronegócio. “Entendemos que o momento é urgente e exige isonomia governamental para que possamos enfrentar os desafios de continuar contribuindo com grande parte do PIB brasileiro, da geração de emprego e renda, além do alimento de qualidade e sem inflação na mesa do brasileiro”, reitera a FPA no documento.

O Sistema Faep/Senar também se manifestou, classificando o adiamento como um “desserviço” aos agricultores e pecuaristas. A entidade enfatizou o impacto direto dessa mudança no planejamento dos produtores, especialmente no Paraná, estado líder na contratação de seguro rural no país. “Essa alteração afeta milhares de agricultores e pecuaristas em um momento crítico, já que a safra oficialmente começa no dia 1º de julho”, afirmou a Federação.

O adiamento do Plano Safra 2024/25, em um momento de incertezas e desafios econômicos, acende um alerta no setor agropecuário sobre a capacidade do governo de atender às demandas e assegurar o suporte financeiro necessário para a próxima safra. “A ausência da definição de recursos e regras do Plano Safra 2024/25 gera problemas adicionais aos produtores rurais do Paraná, que já convivem com dificuldades na tomada de crédito junto às instituições financeiras em função da falta de análise do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e também por conta da falta de recursos destinados ao Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), para subsidiar as apólices”, enfatiza à Faep, em nota.

Enquanto o setor aguarda a nova data, as expectativas e preocupações dos produtores rurais permanecem elevadas, refletindo a importância de um plano bem estruturado e eficiente para a sustentabilidade do agronegócio brasileiro. “Diante desta situação, o Sistema Faep/Senar-PR pede que o Plano Safra 2024/25 seja lançado o quanto antes, para que os produtores rurais paranaenses e brasileiros possam trabalhar com tranquilidade”, ressalta a Faep.

 

Nota oficial FPA

A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) lamenta profundamente o adiamento do Plano Safra 2024/25, numa total demonstração de desorganização e ineficiência do governo federal.

Importante ressaltar que os produtores rurais ficarão descobertos durante a primeira semana de vigência do plano, ou seja, todos os problemas que estiverem na proposta inicial ainda precisarão ser corrigidos, o que leva mais tempo ainda para a chegada do crédito real aos produtores.

Uma sinalização preocupante do governo federal diante da crise enfrentada pelo setor.

Entendemos que o momento é urgente e exige isonomia governamental para que possamos enfrentar os desafios de continuar contribuindo com grande parte do PIB brasileiro, da geração de emprego e renda, além do alimento de qualidade e sem inflação na mesa do brasileiro.

Frente Parlamentar da Agropecuária

 

Nota de Repúdio – Sistema Faep/Senar-PR

Ausência da definição de recursos e regras gera problemas aos produtores rurais do Paraná

O Sistema Faep/Senar-PR considera um desserviço o adiamento, por parte do governo federal, do lançamento do Plano Safra 2024/25, antes previsto para ocorrer nesta quarta-feira (26). Essa mudança tem impacto direto no planejamento de milhares de agricultores e pecuaristas do Paraná e dos demais Estados, já que a safra começa oficialmente no dia 1º de julho. Desta forma, produtoras e produtores rurais vão começar a temporada em meio às incertezas.

A ausência da definição de recursos e regras do Plano Safra 2024/25 gera problemas adicionais aos produtores rurais do Paraná, que já convivem com dificuldades na tomada de crédito junto às instituições financeiras em função da falta de análise do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e também por conta da falta de recursos destinados ao Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), para subsidiar as apólices.

Vale lembrar que o produtor rural do Paraná é quem mais contrata seguro rural no país, resultado do trabalho constante do Sistema Faep/Senar-PR para difundir a cultura do seguro. Ainda, o Estado é o terceiro colocado no ranking nacional na tomada de crédito para financiamento da safra (investimento, custeio e comercialização).

Diante desta situação, o Sistema Faep/Senar-PR pede que o Plano Safra 2024/25 seja lançado o quanto antes, para que os produtores rurais paranaenses e brasileiros possam trabalhar com tranquilidade.

 

Fonte: O Presente Rural
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Notícias No Rio Grande do Sul

Secretaria da Agricultura apresenta proposta de captação de recursos para investimento em laboratórios

Recursos no IPVDF e Laren vão garantir a excelência nas áreas de defesa animal e vegetal no Mercosul

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Fotos: Fernando Dias/Ascom Seapi

Os recursos aprovados na Comissão de Financiamentos Externos (Cofiex), no valor de US$ 2 milhões, cerca de R$ 11 milhões em valores atuais, são para investimento na construção, modernização e ampliação de dois laboratórios de defesa agropecuária da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) do Rio Grande do Sul no âmbito do Mercosul. Um deles, de Biossegurança nível 3, vai garantir maior segurança no diagnóstico de agentes infecciosos, se tornado referência em sanidade animal no Mercosul. Já o outro, na serra, vai ampliar a capacidade de análises de derivados da uva e do vinho.

Atualmente, o processo está em fase de elaboração do Plano de Trabalho pelas equipes técnicas da Seapi, com apoio da Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG), e da assessoria do Banco Fonplata, para que a Seapi possa ser habilitada para receber o recurso. A contrapartida do governo estadual é de US$ 360.327,75, que corresponde a 15% do valor global.

A proposta foi aprovada em reunião da Cofiex, do Ministério do Planejamento e Orçamento, no final de abril. Os recursos são oriundos do Fundo para Convergência Estrutural do Mercosul (Focem), que é um fundo destinado a financiar programas para promover a convergência estrutural e desenvolver a competitividade, entre outros objetivos.

Construção de Laboratório de Nível de Biossegurança 3

O projeto prevê a construção de um Laboratório de Nível de Biossegurança 3 (NB3) no Centro Estadual de Diagnóstico e Pesquisa em Saúde Animal Desidério Finamor (IPVDF), em Eldorado do Sul, que vai garantir a segurança na manipulação de microorganismos potencialmente perigosos para a Defesa Sanitária Animal do Estado. “A possibilidade de construção de um Laboratório de Nível de Biossegurança 3 (NB3) é um marco para a defesa e sanidade animal do Estado. Vai propiciar uma maior segurança no diagnóstico de alta complexidade de agentes infecciosos que apresentam risco potencial para a pecuária, trabalhadores, para o meio ambiente e para a saúde pública”, afirma Caio Efrom, diretor do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária (DDPA/Seapi), ao qual o IPVDF é vinculado. “Com certeza o IPVDF se consolidará como laboratório de referência em sanidade animal no Mercosul”, afirma.

Além da construção do NB3, o projeto também prevê o aprimoramento e a modernização dos laboratórios de Patologia, Biologia Molecular e Virologia do IPVDF. Essas melhorias são essenciais para garantir diagnósticos rápidos e confiáveis de doenças de controle oficial, contribuindo assim para a segurança sanitária animal do Estado.

De acordo com Caio, essas ampliações e modernizações não apenas fortalecerão a capacidade diagnóstica do Instituto, mas também contribuirão para o controle e prevenção de doenças de importância para a saúde pública e para a economia agrícola do Estado. O total do investimento chega a US$ 1 milhão, o que corresponde a cerca de R$ 5,7 milhões.

Reforço no Laren

O Laboratório de Referência Enológica Evanir da Silva (Laren), do Departamento de Defesa Vegetal da Secretaria da Agricultura (DDV/Seapi), em Caxias do Sul, atua na área de constatação de fraudes, resíduos e contaminantes em produtos de origem vegetal, e é uma referência internacional na análise de derivados da uva e do vinho. E também realiza as análises oriundas de amostras voltadas à exportação.

Os recursos do Focem, na ordem de US$ 993,6 mil, cerca de R$ 5,4 milhões, são para ampliação em cerca de 20% das operações executadas, além de aumentar a gama de análises com foco em qualidade. “Assegurar, no âmbito do Mercosul, que o Laren aumente a capacidade de detecção de um elevado número de parâmetros, alguns associados a fraudes, outros ao controle da qualidade, via aquisição de novos equipamentos, pode se considerar como um diferencial importante, oportunizando a melhoria das condições de competitividade econômica do setor vitivinícola”, destaca a pesquisadora Caren Lamb, gerente de qualidade do Laboratório.

A ampliação prevê a aquisição de equipamentos como o espectrômetro de massas de razão isotópica Delta Q – HD Ready, um sistema de cromatografia gasosa com detector de chama, um cromatógrafo líquido de alta eficiência e uma centrífuga para tubos Falcon de preparo de amostras, além da capacitação de operadores e técnicos.

Com esse incremento, será possível o estabelecimento do Laren como referência na análise de resíduos, contaminantes e fraudes em produtos de origem vegetal no âmbito do Mercosul, fortalecendo toda cadeia de produção de vinho e outros produtos de origem vegetal, qualificando o produto gaúcho, brasileiro e dos integrantes do Mercosul, com os benefícios mercadológicos, econômicos e sociais inerentes às cadeias produtivas contempladas.

Fonte: Assessoria Seapi
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Notícias Entre quarta (26) e quinta-feira (27)

Panorama e tendências para safra 2023/2024 serão destaques na Reunião de Pesquisa de Soja

Programação vai contar com debates sobre soluções tecnológicas consolidadas e inovadoras que podem impactar no sistema de produção da oleaginosa.

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Foto: Antonio Neto/Embrapa

Para traçar um panorama da safra 2023/2024 e prever tendências para a safra 2024/2025, a 39ª Reunião de Pesquisa de Soja (RPS), promovida pela Embrapa Soja, será realizada em Londrina (PR) entre quarta (26) e quinta-feira (27). O evento contará com a participação de André Debastiani, da Agroconsult Consultoria e Projetos, e terá como palestra de abertura ‘Cadeia produtiva da soja e do biodiesel: PIB, empregos e comércio exterior’, apresentada por Nicole Rennó Castro, do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP). A programação completa você pode conferir clicando aqui.

presidente da RPS Claudine Seixas, pesquisadora da Embrapa Soja: “Nossa expectativa é reunir aproximadamente 500 profissionais envolvidos com a cadeia produtiva” – Foto: Gustavo Iuri/Embrapa

A programação da RPS contará ainda com debates sobre soluções tecnológicas consolidadas e inovadoras que podem impactar no sistema de produção de soja. A RPS é o principal fórum da sojicultura nacional e tem por objetivo apresentar os principais avanços da pesquisa, debater as dificuldades ocorridas na safra de soja e promover o intercâmbio de experiências e informações entre os envolvidos com a cadeia desse grão. “Iremos promover painéis e palestras sobre temas relevantes para a soja, que tratarão de atualidades e desafios nos sistemas de produção em que a cultura da soja está inserida”, afirma a presidente da RPS Claudine Seixas, pesquisadora da Embrapa Soja. “Nossa expectativa é reunir aproximadamente 500 profissionais envolvidos com a cadeia produtiva, entre técnicos, pesquisadores, professores, produtores e acadêmicos”, complementa.

Soja

Na safra 2022/2023, o Brasil produziu mais de 150 milhões de toneladas de soja, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o que mantém o País na liderança mundial da produção do grão, seguida dos Estados Unidos e da Argentina. Atualmente a soja é cultivada em 20 estados e no Distrito Federal e os principais estados produtores são: Mato Grosso (45 milhões de toneladas), Rio Grande do Sul (13.018,4 milhões de toneladas), Paraná (22 milhões de toneladas) e Goiás (17 milhões de toneladas).

Fonte: Assessoria Embrapa Soja
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