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Incentivo a avicultura do Mato Grosso do Sul garante mais de R$ 35 milhões aos produtores e ânimo ao setor

Alinhado às metas de sustentabilidade estabelecidas pelo governo, das 286 inscrições cadastradas no programa, 133 delas fazem uso de energias renováveis e estão distribuídas em 30 municípios de Mato Grosso do Sul,

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Foto: Arquivo/OP Rural

O Frango Vida, programa do Governo do Estado do Mato Grosso do Sul voltado à avicultura de corte, está garantindo a expansão e modernização da cadeia produtiva em Mato Grosso do Sul, por meio de incentivos a produção. Em 2023, o programa remunerou em mais de R$ 35 milhões os avicultores de 286 unidades de produção de frango.

Na avaliação dos avicultores o programa trouxe entusiasmo, ânimo ao setor e uma melhor harmonização no relacionamento entre produtores e agroindústria. É o que conta o avicultor Nacib Said, de Aparecida do Taboado, que é integrado da Bello Alimentos. Ele ressalta a importância e a relevância do programa para o desempenho da atividade no último ano.

“O Frango Vida é extremamente relevante. porque além de dar um incentivo, ele mantém o avicultor no ramo. É um incentivo que veio para ajudar quem está na ponta”, elogiou o avicultor.

Criado dentro do Programa de Avanços da Pecuária de Mato Grosso do Sul (Proape-MS), gerido pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), o Frango Vida busca assegurar e manter a saúde do rebanho e a biossegurança nas instalações avícolas, apoiando os produtores em ações para regularização ambiental, sanitária, trabalhista e de adoção das boas práticas de produção nos aviários.

De acordo com o gestor do programa da Semadesc, médico-veterinário Rubens Flávio Mello Corrêa, o sistema produtivo de exploração da cadeia produtiva da avicultura de corte no Estado está alicerçado em sua totalidade na modalidade de integração.

Neste sistema a agroindústria é denominada integradora, fornecendo ao produtor integrado os pintinhos, a ração, a assistência técnica e se responsabilizando pelo abate e comercialização do frango abatido. Já o produtor participa com as instalações, equipamentos, aquecimento, fornecimento de água de boa qualidade, cama do frango e a mão de obra.

“Vale ressaltar que hoje já existem aviários e plantas industriais modernas. Estamos em um período de extraordinária evolução tecnológica, com melhorias e avanços no setor de genética, ração, instalações e bem-estar animal”, salientou Mello.

O segmento está em plena expansão no Estado, apoiado em linhas de crédito como o FCO (Fundo Constitucional do Centro-Oeste). No ano passado, Verruck lembra que foram concedidos R$ 93.406.036,77 via FCO para reformas, ampliações e implantação de novos núcleos.

“Produtores que têm este incentivo, já reformularam o ambiente interno dos aviários com a aquisição de equipamentos mais modernos, bem como suas modernizações passando para galpões com automatizações e melhorias no ambiente externo das granjas, instalação de energia fotovoltáica, práticas ambientais, sociais e de governança, elevando a qualidade de vida para todos, envolvendo pessoas e o meio ambiente”, avaliou o secretário da Seamdesc, Jaime Verruck.

Números

Segundo dados da Coordenadoria de Pecuária da Semadesc, o Frango Vida tem hoje 286 inscrições cadastradas e aprovadas, sendo 247 unidades de produção de frangos do tipo comum e 39 aviários de frangos do tipo griller. O secretário-executivo de Desenvolvimento Econômico e Sustentável, Rogério Beretta, o Frango Vida uma das metas do programa é ajudar o produtor a fazer uma atualização tecnológica dos aviários.

“O apoio do Governo por meio do incentivo é um fator fundamental para que os avicultores consigam se manter na atividade reduzindo o índice de produtores menos tecnificados. Queremos diminuir o volume de avicultores excluídos da integração por meio da modernização tecnológica da produção”, acrescentou.

O programa conta com sete níveis de incentivo diferentes, sendo 18 inscrições classificadas com 50%, 108 inscrições classificadas com 48,5%, 100 inscrições classificadas com 47%, 33 inscrições classificadas com 45,5%, 14 inscrições cadastradas com 44%, 12 inscrições cadastradas com 42,5% e 1 inscrição cadastrada com 41%.

Alinhado às metas de sustentabilidade estabelecidas pelo governo, das 286 inscrições cadastradas, 133 delas fazem uso de energias renováveis e estão distribuídas em 30 municípios de Mato Grosso do Sul, com destaque para Sidrolândia, Dourados, Fátima do Sul, Glória de Dourados e Itaquiraí, onde estão concentrados os maiores números de granjas.

Dentro do Estado, as agroindústrias com SIF abateram 160.747.212 de aves, de acordo com relatório do Ministério da Agricultura. Deste total, 93.047.476 de frangos foram abatidos dentro do Frango Vida, sendo 79.419.966 de frangos do tipo comum e 13.419.510 frangos do tipo griller.

Foram concedidos um total R$ 35.129.812,12 em incentivos, sendo R$ 32.068.056,16 para os produtores que produzem o frango do tipo comum e R$ 3.061.755,96 para os que produzem do tipo griller. Neste cenário o valor do incentivo por animal é de R$0,40 para o tipo comum e R$0,22 para o tipo griller.

O Estado tem cinco indústrias aptas ao pagamento do incentivo cadastradas na Semadesc: Bello Alimentos ltda em Itaquiraí e Aparecida do Taboado; BRF S.A. em Dourados; JBS Aves ltda em Caarapó e a Seara Alimentos ltda, em Sidrolândia.

Fonte: Comunicação Semadesc

Avicultura

Indústria avícola amplia presença na diretoria da Associação Brasileira de Reciclagem

Nova composição da ABRA reforça a integração entre cadeias produtivas e destaca o papel estratégico da reciclagem animal na sustentabilidade do agronegócio brasileiro.

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A Associação Brasileira de Reciclagem (ABRA) definiu, na última sexta-feira (12), a nova composição de seu Conselho Diretivo e Fiscal, com mandato até 2028. A assembleia geral marcou a renovação parcial da liderança da entidade e sinalizou uma maior aproximação entre a indústria de reciclagem animal e setores estratégicos do agronegócio, como a avicultura.

Entre os nomes eleitos para as vice-presidências está Hugo Bongiorno, cuja chegada à diretoria amplia a participação do segmento avícola nas decisões da associação. O movimento ocorre em um momento em que a reciclagem animal ganha relevância dentro das discussões sobre economia circular, destinação adequada de subprodutos e redução de impactos ambientais ao longo das cadeias produtivas.

Dados do Anuário da ABRA de 2024 mostram a dimensão econômica do setor. O Brasil ocupa atualmente a terceira posição entre os maiores exportadores mundiais de gorduras de animais terrestres e a quarta colocação no ranking de exportações de farinhas de origem animal. Os números reforçam a importância da atividade não apenas do ponto de vista ambiental, mas também como geradora de valor, renda e divisas para o país.

A presença de representantes de diferentes cadeias produtivas na diretoria da entidade reflete a complexidade do setor e a necessidade de articulação entre indústrias de proteína animal, recicladores e órgãos reguladores. “Como único representante da avicultura brasileira e paranaense na diretoria, a proposta é levar para a ABRA a força do nosso setor. Por isso, fico feliz por contribuir para este trabalho”, afirmou Bongiorno, que atua como diretor da Unifrango e da Avenorte Guibon Foods.

A nova gestão será liderada por Pedro Daniel Bittar, reconduzido à presidência da ABRA. Também integram o Conselho Diretivo os vice-presidentes José Carlos Silva de Carvalho Júnior, Dimas Ribeiro Martins Júnior, Murilo Santana, Fabio Garcia Spironelli e Hugo Bongiorno. Já o Conselho Fiscal será composto por Rodrigo Hermes de Araújo, Wagner Fernandes Coura e Alisson Barros Navarro, com Vicenzo Fuga, Rodrigo Francisco e Roger Matias Pires como suplentes.

Com a nova configuração, a ABRA busca fortalecer o diálogo institucional, aprimorar práticas de reciclagem animal e ampliar a contribuição do setor para uma agropecuária mais eficiente e ambientalmente responsável.

Fonte: O Presente Rural com Unifrango
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Avicultura

Avicultura supera ano crítico e pode entrar em 2026 com bases sólidas para crescer

Após enfrentar pressões sanitárias, custos elevados e restrições comerciais em 2025, o setor mostra resiliência, retoma exportações e reforça a confiança do mercado global.

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O ano de 2025 entra para a história recente da avicultura brasileira como um dos anos mais desafiadores. O setor enfrentou pressão sanitária global, instabilidade geopolítica, custos de produção elevados e restrições comerciais temporárias em mercados-chave. Mesmo assim, a cadeia mostrou capacidade de adaptação, coordenação institucional e resiliência produtiva.

A ação conjunta do Governo Federal, por meio do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e de entidades estaduais foi decisiva para conter danos e recuperar a confiança externa. Missões técnicas, diplomacia sanitária ativa e transparência nos controles sustentaram a reabertura gradual de importantes destinos ao longo do segundo semestre, reposicionando o Brasil como fornecedor confiável de proteína animal.

Os sinais de retomada já aparecem nos números do comércio exterior. Dados preliminares indicam que as exportações de carne de frango em dezembro devem superar 500 mil toneladas, o que levará o acumulado do ano a mais de 5 milhões de toneladas. Esse avanço ocorre em paralelo a uma gestão mais cautelosa da oferta: o alojamento de 559 milhões de pintos em novembro ficou abaixo das projeções iniciais, próximas de 600 milhões. O ajuste ajudou a equilibrar oferta e demanda e a dar previsibilidade ao mercado.

Para 2026, o cenário é positivo. A agenda econômica global tende a impulsionar o consumo de proteínas, com a retomada de mercados emergentes e regiões em recuperação. Nesse contexto, o Brasil – e, em especial, o Paraná, líder nacional – está bem-posicionado para atender ao mercado interno e aos principais compradores internacionais.

Investimentos contínuos para promover o bem-estar animal, biosseguridade e sustentabilidade reforçam essa perspectiva. A modernização de sistemas produtivos, o fortalecimento de protocolos sanitários e a adoção de práticas alinhadas às exigências ESG elevam o padrão da produção e ampliam a competitividade. Mais do que reagir, a avicultura brasileira se prepara para liderar, oferecendo proteína de alta qualidade, segura e produzida de forma responsável.

Depois de um ano de provas e aprendizados, o setor está ainda mais robusto e inicia 2026 com fundamentos sólidos, confiança renovada e expectativa de crescimento sustentável, reafirmando seu papel estratégico na segurança alimentar global.

Fonte: Assessoria Sindiavipar
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Avicultura

Avicultura encerra 2025 em alta e mantém perspectiva positiva para 2026

Setor avança com produção e consumo em crescimento, margens favoráveis e preços firmes para proteínas, apesar da atenção voltada aos custos da ração e à segunda safra de milho.

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O setor avícola deve encerrar 2025 com desempenho positivo, sustentado pelo aumento da produção, pelo avanço do consumo interno e pela manutenção de margens favoráveis, mesmo diante de alguns desafios ao longo do ano. A avaliação é de que os resultados permanecem sólidos, apesar de pressões pontuais nos custos e de um ambiente externo mais cauteloso.

Para 2026, a perspectiva segue otimista. A expectativa é de continuidade da expansão do setor, apoiada em um cenário de preços firmes para as proteínas. Um dos principais pontos de atenção, no entanto, está relacionado à segunda safra de milho, cuja incerteza pode pressionar os custos de ração. Ainda assim, a existência de estoques adequados no curto prazo e a possibilidade de uma boa safra reforçam a visão positiva para o próximo ano.

No fechamento de 2025, o aumento da produção, aliado ao fato de que as exportações não devem avançar de forma significativa, tende a direcionar maior volume ao mercado interno. Esse movimento ocorre em um contexto marcado pelos impactos da gripe aviária ao longo do ano e por um desempenho mais fraco das exportações em novembro. Com isso, a projeção é de expansão consistente do consumo aparente.

Para os próximos meses, mesmo com a alta nos preços dos insumos para ração, especialmente do milho, o cenário para o cereal em 2026 é considerado favorável. A avaliação se baseia na disponibilidade atual de estoques e na expectativa de uma nova safra robusta, que continuará sendo acompanhada de perto pelo setor.

Nesse ambiente, a tendência é de que as margens da avicultura se mantenham em patamares positivos, dando suporte ao crescimento da produção e à retomada gradual das exportações no próximo ano.

Já em relação à formação de preços da carne de frango em 2026 e nos anos seguintes, o cenário da pecuária de corte deve atuar como fator de sustentação. A menor disponibilidade de gado e os preços mais firmes da carne bovina tendem a favorecer a proteína avícola. No curto prazo, porém, o setor deve considerar os efeitos da sazonalidade, com maior oferta de fêmeas e melhor disponibilidade de gado a pasto, o que pode influenciar o comportamento dos preços.

Fonte: O Presente Rural com Consultoria Agro Itaú BBA
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