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Imunidade de rebanho em suínos começa no manejo e vai além da vacina

No 17º SBSS, o médico-veterinário Luiz Felipe Caron defendeu uma visão integrada, aliando sanidade, nutrição e ambiência para reduzir o “custo imunológico” e preservar desempenho zootécnico.

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Fotos: Shutterstock

Desenvolver e manter um plantel com imunidade robusta vai muito além da aplicação de vacinas. O conceito clássico de ‘imunidade de rebanho’, que costuma ser associado diretamente aos programas vacinais, hoje exige uma visão mais ampla, integrada ao manejo e às condições gerais de criação. É o que defende o médico-veterinário Luiz Felipe Caron, professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), com mestrado em Ciências Veterinárias e doutorado em Biotecnologia. “O que se busca com a imunidade de rebanho é o controle efetivo de uma enfermidade dentro de uma população específica, com proteção direta para os indivíduos vacinados e proteção indireta para os que não estão. Mas para isso, precisamos mais do que apenas um bom programa vacinal”, afirma Caron.

Segundo o professor, ainda que a vacinação seja um instrumento fundamental no combate a agentes infecciosos, alcançar a imunidade coletiva requer o reforço de outros pilares da produção. “Hoje, essa imunidade precisa ser resultado de um manejo bem planejado, que inclua qualidade nutricional, uso racional de melhoradores de desempenho, antibióticos estratégicos, ambiência adequada, capacitação da mão de obra e, claro, boas práticas de vacinação”, detalha.

Custo invisível da defesa imunológica

Professor e médico-veterinário com mestrado em Ciências Veterinárias e doutorado em Biotecnologia, Luiz Felipe Caron: “É preciso parar de ver a imunidade apenas como defesa contra doenças e passar a enxergá-la como parte central da eficiência produtiva” – Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Outro conceito que vem ganhando espaço na produção animal é o chamado ‘custo imunológico’, que expressa, de forma direta, o impacto metabólico da ativação do sistema imune no desempenho do animal. “O animal precisa de tempo, energia e nutrientes para montar uma resposta imune. Coincidentemente, esses são os mesmos recursos que ele usa para crescer. A conta é simples: o que ele consome, menos o que gasta com manutenção e defesa, é o que sobra para ganho de peso”, explica Caron.

A hierarquia biológica, segundo ele, prioriza a defesa. Por isso, antes de pensar em crescimento, o organismo direciona seus recursos para fortalecer barreiras intestinais e respiratórias. “Tudo o que compõe essas barreiras – estrutura química do muco, equilíbrio de ácidos graxos no intestino, integridade dos tecidos, presença de células imunes e microbiota saudável – exige insumos. Só depois disso é que o corpo ativa as etapas da resposta imune, inata e adaptativa”, diz.

A resposta inata, também chamada de inflamatória, é a mais custosa. “Ela consome muito: fagocitose, produção de proteínas de fase aguda, estresse oxidativo. É uma reação pesada para o organismo, que drena recursos que poderiam ir para o desempenho zootécnico”, alerta o pesquisador.

Equilíbrio é a chave

Para Caron, o desafio está justamente em encontrar o equilíbrio sanitário, reduzindo o custo imunológico sem comprometer a eficácia da resposta imune. “Trata-se de entender que tudo está interligado. Um manejo eficiente, uma ambiência correta, uma dieta bem formulada, tudo isso contribui para que o sistema imune seja mais preparado e menos reativo”, resume.

Esse equilíbrio, segundo o especialista, tem impacto direto na produtividade, na eficiência do sistema e, em última análise, na sustentabilidade da cadeia suinícola. “É preciso parar de ver a imunidade apenas como defesa contra doenças e passar a enxergá-la como parte central da eficiência produtiva”, reforça.

Fortalecimento da imunidade dos suínos

Para fortalecer a imunidade dos suínos sem prejudicar o crescimento e a eficiência alimentar, o primeiro passo é entender que desempenho é, antes de tudo, consequência de tempo disponível e boa gestão de nutrientes. “Quanto mais tempo o animal puder dedicar ao crescimento, melhor será o seu resultado zootécnico”, afirma Caron.

O problema surge quando esse tempo e essa energia precisam ser desviados para lidar com situações de estresse imunológico, como o estresse oxidativo. Isso ocorre, por exemplo, em ambientes com falhas na limpeza e desinfecção, presença de pragas, alta densidade populacional ou baixa imunidade materna. “Nesses casos, o animal é forçado a gastar mais energia do que o ideal para se defender, o que compromete diretamente a conversão alimentar”, expõe.

De acordo com o médico-veterinário, fortalecer a resposta imune passa por criar barreiras eficazes tanto de fora para dentro, como boas práticas de manejo e biosseguridade, quanto de dentro para fora, com reforço das defesas fisiológicas. “Não é por acaso que animais criados em ambientes sujos têm menor ingestão de ração e passam menos tempo no coxo. O não comprometimento da eficiência alimentar é, na prática, uma guerra contra o tempo”, ressalta.

Intervir precocemente no ambiente e favorecer a transição rápida da resposta imune inata, mais inflamatória e custosa, para a resposta adaptativa é, segundo Caron, uma das estratégias mais inteligentes para manter a saúde e o desempenho do plantel.

Ponto de equilíbrio

Na busca pelo equilíbrio entre imunidade robusta e desempenho zootécnico, uma das principais questões é como estimular adequadamente o sistema imune dos suínos sem gerar estresse vacinal ou sobrecarregar os animais com manejos excessivos. Para o professor Caron, o ponto de equilíbrio está no investimento necessário do animal para eliminar ou controlar os desafios do ambiente. “O sistema imune é inteligente. Ele responde na medida do necessário enquanto houver estímulo. Então, esse equilíbrio depende de dois lados: a carga de desafio e a resposta exigida para garantir a sobrevivência”, salienta o mestre em Ciências Veterinárias.

Caron destaca que os suínos modernos, fruto de intensa seleção genética para desempenho, muitas vezes acabam sacrificando a qualidade da resposta imunológica. Isso não significa, no entanto, que vacinar implique em sobrecarga. “Ao contrário do que se imagina, a vacinação não é o grande vilão em termos de gasto energético. Quando o animal chega à produção de anticorpos, a chamada resposta humoral, ele já ultrapassou a fase inflamatória da resposta imune, que é a mais custosa”, menciona.

Segundo o docente, o real esforço metabólico está concentrado na resposta inata, que deve ser curta, de no máximo 72 horas. “Esse encurtamento depende da presença de anticorpos de alta afinidade, sejam passivos ou ativos, e de uma carga de desafio moderada”, pontua.

E sobre os efeitos colaterais observados após a vacinação, como apatia ou prostração, Caron esclarece que geralmente estão relacionados a reações aos adjuvantes presentes nas formulações, e que esse é um ponto de atenção constante das indústrias. “As vacinas estão cada vez mais seguras, com adjuvantes mais bem selecionados, o que contribui para reduzir essas respostas indesejadas”, defende.

Personalização de programas sanitários

Caron também reforça a necessidade de personalizar os programas sanitários com base nas características específicas de cada sistema de produção. Fatores como pressão de infecção, genética do plantel e condições ambientais devem nortear as estratégias adotadas. “A personalização de programas sanitários será tão útil quanto a qualidade da análise de risco feita em cada propriedade. Isso inclui avaliar estrutura, manejo, histórico sanitário e nível de conformidade com os protocolos técnicos”, expõe.

Segundo ele, em sistemas de produção verticalizados, essa análise precisa considerar a cadeia como um todo, desde a fábrica de ração e unidades de produção de leitões até o frigorífico. “Não é raro que um problema identificado no abatedouro exija intervenções nas etapas anteriores da cadeia. É por isso que a visão integrada é a única que realmente sustenta a construção de uma imunidade populacional sólida”, enfatiza.

Imunidade previsível

A construção de um plantel com resposta imunológica previsível e eficiente precisa alinhar a adoção de ferramentas de gestão, diagnóstico e vacinação. Modelos matemáticos, como o conceito de R₀ (número básico de reprodução), podem ajudar a orientar decisões estratégicas. “O R₀ indica o potencial de propagação de uma doença numa população sem imunidade. Se ele for maior que 1, o risco de epidemia existe. Abaixo de 1, a tendência é de que a doença desapareça com o tempo”, aponta Caron.

Essas análises matemáticas, que consideram variáveis como número de animais suscetíveis, taxa de contato, tempo de incubação e morbidade, podem apoiar a definição de calendários vacinais mais precisos. No campo, a prática ideal envolve monitoramento constante, por meio de sorologias e uso de animais sentinela. “A implantação de estratégias vacinais deve ser consequência direta dessas monitorias. Só assim garantimos decisões baseadas em dados e aumentamos as chances de sucesso sanitário”, ressalta.

Construção de uma imunidade robusta

Ao avaliar a construção de uma imunidade robusta ao longo da cadeia produtiva, Caron destaca a importância de um tripé fundamental: sanidade, nutrição e ambiência. Segundo ele, esses três pilares sustentam o investimento básico necessário para o equilíbrio imunológico dos plantéis. “Nossos técnicos hoje têm clareza da importância desse equilíbrio. Por isso, vemos empresas e cooperativas cada vez mais maduras na forma como integram essas áreas, que embora sejam separadas por setores de gestão ou manufatura, estão totalmente interligadas quando o foco é o resultado final”, evidencia.

Caron chama atenção para o fato de que os suínos modernos, fruto de avanços genéticos voltados ao alto desempenho, como ganho de peso, conversão alimentar e prolificidade, apresentam, muitas vezes, correlação negativa com a qualidade da resposta imune. Isso torna o ambiente ainda mais determinante para a expressão do potencial produtivo. “Quanto mais exigente é o animal em termos genéticos, mais próximo do ideal deve ser o ambiente. E isso exige um suporte nutricional preciso, que não apenas atenda, mas antecipe as necessidades do sistema imune”, avalia Caron.

Ainda assim, ele ressalta que a sofisticação das ferramentas nutricionais e sanitárias não pode ofuscar o básico. “O simples continua sendo chave. De nada adianta falarmos em nutrição de precisão se o fornecimento de água é negligenciado. Água em temperatura inadequada reduz o consumo, compromete a hidratação das mucosas e, com isso, a qualidade do muco, a primeira barreira contra infecções respiratórias”, frisa o mestre em Ciências Veterinárias.

A construção de uma imunidade coletiva eficiente, portanto, não depende apenas de tecnologias avançadas, mas de um olhar integrado, atento aos detalhes e baseado em decisões técnicas. “O sucesso está em unir estratégia e execução, sem perder de vista o óbvio bem-feito”, resume Caron.

Integração de dados em tempo real

O futuro da imunidade coletiva nas granjas suínas passa por uma transformação que vai além da biotecnologia e da genética: trata-se de converter a tradicional ‘gestão à vista’, tão comum na suinocultura, em uma gestão de tempo real. A mudança, segundo Caron, implica não apenas ampliar a coleta de dados, mas integrar ferramentas capazes de interpretar essas informações com agilidade e devolver diagnósticos precisos à linha de frente da produção. “Estamos falando de tecnologias que permitam reações rápidas diante de qualquer desvio”, salienta.

Entre elas, Caron destaca as monitorias sorológicas, os testes de resposta inflamatória baseados em biomarcadores e os exames rápidos para detecção qualitativa e quantitativa de agentes infecciosos. “É o conceito de velocidade com direção. Não basta agir rápido, é preciso saber para onde ir. E isso só se conquista com dados confiáveis e interpretação eficiente”, sustenta.

Ferramentas de inteligência artificial

Foto: Suellen Santin/MB Comunicação

Nesse contexto, o uso de ferramentas de inteligência artificial tem ganhado espaço. Já existem sistemas capazes de monitorar o comportamento animal e emitir alertas precoces sobre alterações sanitárias e falhas de manejo. “Essas tecnologias são aliadas poderosas, mas seu sucesso depende da sensibilidade e preparo de quem está no campo”, enfatiza o médico-veterinário.

Para o especialista, a saúde do rebanho e a construção de uma imunidade sólida continuam sendo, acima de tudo, um processo humano. “No fim do dia, nenhuma inovação substitui o olhar atento, o bom senso técnico e o investimento contínuo nas pessoas. Profissionais bem-preparados seguem sendo o maior ativo da suinocultura moderna, e a chave para garantir a saúde animal, o desempenho produtivo e a segurança alimentar”, reforça Caron.

Temática foi discutida no SBSS

Todos esses pontos foram debatidos durante o 17º Simpósio Brasil Sul de Suinocultura (SBSS), realizado em agosto na cidade de Chapecó (SC). Luiz Felipe Caron foi um dos palestrantes do evento, com a palestra “Em busca do equilíbrio sanitário: como desenvolver e avaliar ferramentas para obtenção de uma imunidade robusta de plantel – custo imunológico e impacto ao longo da cadeia de produção”.

O acesso à edição digital do jornal Suínos é gratuito. Para ler a versão completa online, clique aqui. Boa leitura!

Fonte: O Presente Rural

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Swine Day 2025 reforça integração entre ciência e indústria na suinocultura

Com 180 participantes, painéis técnicos, pré-evento sanitário e palestras internacionais, encontro promoveu troca qualificada e aproximação entre universidade e setor produtivo.

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Foto: Divulgação/Swine Day

Realizado nos dias 12 e 13 de novembro, na Faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o Swine Day chegou à sua 9ª edição reunindo 180 participantes, 23 empresas apoiadoras, quatro painéis, 29 apresentações orais e oito espaços de discussão. O encontro reafirmou sua vocação de aproximar pesquisa científica e indústria suinícola, promovendo ambiente de troca técnica e atualização profissional.

O evento também contou com um pré-evento dedicado exclusivamente aos desafios sanitários causados por Mycoplasma hyopneumoniae na suinocultura mundial, com quatro apresentações orais, uma mesa-redonda e 2 espaços de debate direcionados ao tema.

As pesquisas apresentadas foram organizadas em quatro painéis temáticos: UFRGS–ISU, Sanidade, Nutrição e Saúde e Produção e Reprodução. Cada sessão contou com momentos de discussão, reforçando a proposta do Swine Day de estimular o diálogo técnico entre academia, empresas e profissionais da cadeia produtiva.

Entre os destaques da programação estiveram as palestras âncoras. A primeira, ministrada pelo Daniel Linhares, apresentou “Estratégias epidemiológicas para monitoria sanitária em rebanhos suínos: metodologias utilizadas nos EUA que poderiam ser aplicadas no Brasil”. Já o Gustavo Silva abordou “Ferramentas de análise de dados aplicadas à tomada de decisão na indústria de suínos”.

Durante o encerramento, a comissão organizadora agradeceu a participação dos presentes e anunciou que a próxima edição do Swine Day será realizada nos dias 11 e 12 de novembro de 2026.

Com elevado nível técnico, forte participação institucional e apoio do setor privado, o Swine Day 2025 foi considerado pela organização um sucesso, consolidando sua importância como espaço de conexão entre ciência e indústria dentro da suinocultura brasileira.

Fonte: O Presente Rural
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Preços do suíno vivo seguem estáveis e novembro registra avanço nas principais praças

Indicador Cepea/ESALQ mostra mercado firme com altas moderadas no mês e estabilidade diária em estados líderes da suinocultura.

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Foto: Shutterstock

Os preços do suíno vivo medidos pelo Indicador Cepea/Esalq registraram estabilidade na maioria das praças acompanhadas na terça-feira (18). Apesar do cenário de calmaria diária, o mês ainda apresenta variações positivas, refletindo um mercado que segue firme na demanda e no escoamento da produção.

Em Minas Gerais, o valor médio se manteve em R$ 8,44/kg, sem alteração no dia e com avanço mensal de 2,55%, o maior entre os estados analisados. No Paraná, o preço ficou em R$ 8,45/kg, registrando leve alta diária de 0,24% e acumulando 1,20% no mês.

No Rio Grande do Sul, o indicador permaneceu estável em R$ 8,37/kg, com crescimento mensal de 1,09%. Santa Catarina, tradicional referência na suinocultura, manteve o preço em R$ 8,25/kg, repetindo estabilidade diária e mensal.

Em São Paulo, o valor do suíno vivo ficou em R$ 8,81/kg, sem variação no dia e com leve alta de 0,46% no acumulado de novembro.

Os dados são do Cepea, que monitora diariamente o comportamento do mercado e evidencia, neste momento, um setor de suínos com preços firmes, porém com oscilações moderadas entre as principais regiões produtoras.

Fonte: Assessoria Cepea
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Produção de suínos avança e exportações seguem perto de recorde

Mercado interno reage bem ao aumento da oferta, enquanto embarques permanecem em níveis históricos e sustentam margens da suinocultura.

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Foto: Jonathan Campos

A produção de suínos mantém trajetória de crescimento, impulsionada por abates maiores, carcaças mais pesadas e margens favoráveis, de acordo com dados do Itaú BBA Agro. Embora o volume disponibilizado ao mercado interno esteja maior, a demanda doméstica tem respondido positivamente, garantindo firmeza nos preços mesmo diante da ampliação da oferta.

Em outubro, o preço do suíno vivo registrou leve retração, com queda de 4% na média ponderada da Região Sul e de Minas Gerais. Apesar disso, o spread da suinocultura sofreu apenas uma redução marginal e segue em patamar sólido.

Foto: Shutterstock

Dados do IBGE apontam que os abates cresceram 6,1% no terceiro trimestre de 2025 frente ao mesmo período de 2024, após altas de 2,3% e 2,6% nos trimestres anteriores. Com carcaças mais pesadas neste ano, a produção de carne suína avançou ainda mais, chegando a 8,1%, reflexo direto das boas margens, favorecidas por custos de produção controlados.

Do lado da demanda, o mercado externo tem sido um importante aliado na absorção do aumento da oferta. Em outubro, as exportações somaram 125,7 mil toneladas in natura, o segundo maior volume da história, atrás apenas do mês anterior, e 8% acima de outubro de 2024. No acumulado dos dez primeiros meses do ano, o crescimento chega a 13,5%.

O preço médio em dólares recuou 1,2%, mas o impacto sobre o spread de exportação foi mínimo. O indicador segue próximo de 43%, acima da média histórica de dez anos (40%), impulsionado pela desvalorização cambial, que atenuou a queda em reais.

Mesmo com as exportações caminhando para superar o recorde histórico de 2024, a oferta interna de carne suína está maior em 2025 em função do aumento da produção. Ainda assim, o mercado doméstico tem absorvido bem esse volume adicional, mantendo os preços firmes e reforçando o bom momento do setor.

Fonte: O Presente Rural com informações Itaú BBA Agro
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