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Suínos / Peixes

Importância econômica e controle do Actinobacillus pleuropneumoniae

Distribuição dos sorotipos de APP apresenta diferença entre regiões e a importância epidemiológica dos sorotipos pode divergir entre países

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Arquivo/OP Rural

Artigo escrito por Mauro Souza, médico veterinário e assistente Técnico da Ceva Saúde Animal

Actinobacillus pleuropneumoniae (APP) é o causador da Pleuropneumonia suína (PPS), uma doença respiratória grave que na sua fase aguda é caracterizada por broncopneumonia fibrino-hemorrágica e necrosante com exsudação de fibrina e na fase crônica por aderências firmes de pleura (pleurite adesiva) com formação de nódulos de pneumonia no parênquima pulmonar adjacente. O APP é um cocobacilo Gram negativo, anaeróbico facultativo e pleomórfico. A princípio foram descritos 15 sorotipos com o poder patogênico variando entre eles. Recentemente outras divisões foram propostas e 19 sorotipos passaram a ser reconhecidos. São também relatadas amostras não sorotipáveis.

A distribuição dos sorotipos de APP apresenta diferença entre regiões e a importância epidemiológica dos sorotipos pode divergir entre países, pois algumas cepas que se mostram de baixa virulência em determinados continentes podem ser epidêmicas em outros. No Brasil já foram identificados pelo menos os sorotipos 1, 3, 5, 7, 8, 9, e 11, onde temos o predomínio dos sorotipos 3, 5, 7 e 8. Surtos da doença de intensa gravidade ocorridos nos estados de Minas Gerais, Santa Catarina e São Paulo foram causados pelos sorotipos 5, 7 e 11.

Os diferentes sorotipos de APP são capazes de produzir “in vivo” e “in vitro” as toxinas: Apx I, Apx II, Apx III. Por último foi descrita a toxina Apx IV, que é exclusiva do APP e produzida somente “in vivo”, sendo secretada por todos os sorotipos. A Apx IV, por ser antigenicamente específica e secretada por todos os sorotipos, é importante para o diagnóstico e pode ser útil na produção de vacinas.

A Apx I é fortemente hemolítica e citotóxica. A Apx II é fracamente hemolítica e moderadamente citotóxica. Apx III não é hemolítica, mas citotóxica. A patogenicidade do APP é multifatorial, ou seja, é dependente de diversas características tais como componentes estruturais (polissacarídeos capsulares, lipopolissacarídeos ou LPS, proteínas de superfície) e toxinas extracelulares, que apresentam papel importante no desenvolvimento da doença e produzem resposta imunoprotetora. Os sorotipos que produzem duas toxinas Apx diferentes são geralmente mais virulentos que aqueles que produzem apenas uma, e os sorotipos que produzem Apx I tendem a ser os mais virulentos.

Epidemiologia

O APP tem o suíno como seu hospedeiro natural, mas ocasionalmente tem sido isolado de outras espécies animais. A introdução da infecção em um rebanho ocorre, em geral, pela entrada de suínos portadores e estes são considerados os principais disseminadores da doença.

A transmissão do patógeno ocorre principalmente por meio de contato direto com exsudatos respiratórios, sendo também possível através de aerossol a curtas distâncias. O APP permanece viável por alguns dias no ambiente se estiver protegido por muco ou outro tipo de material orgânico, sugerindo-se a transmissão através de fômites.

O desenvolvimento da doença clínica depende de vários fatores, desde a virulência do agente, o número de organismos presentes no ambiente; e a suscetibilidade imunológica dos animais, incluindo as condições do confinamento.

Suínos de todas as idades são suscetíveis, mas os surtos geralmente se concentram em animais entre 70 a 100 dias de idade. Após essa fase, segue-se a forma crônica da doença afetando principalmente suínos na terminação. As taxas de morbidade são amplamente variáveis tendo como média 8,5 a 40% e a de mortalidade 0,4 a 24%. Infecções experimentais de leitões com uma dose padronizada de uma mesma cepa de APP sorotipo 1 geraram taxas de mortalidade de 5% a 50%. Essa variação pode ser explicada pelo fato que no primeiro caso, (5% de mortalidade) os animais vinham de um rebanho livre de APP sorotipo 1, mas estavam infectados por outros sorotipos “menos patogênicos”, enquanto que no segundo caso eles provém de um rebanho isento de todos os sorotipos de APP. A infecção prévia dos animais por sorotipos poucos patogênicos pode conferir certo grau de imunidade contra outros sorotipos mais patogênicos.

Sinais clínicos, lesões e perdas econômicas

A PPS ocorre de três formas clínicas, superaguda, aguda e crônica. Na forma superaguda os animais podem ser encontrados mortos nas terminações, sem sinais prévios. Já na forma aguda observamos anorexia, prostração e febre (40,5 – 42°C), dificuldade respiratória, tosse profunda. A perda de condição dos animais é marcante, sendo aparente 24 horas após o início da enfermidade e no momento da morte animal pode apresentar fluxo sanguíneo nasobucal. Na sua forma crônica os únicos sinais observados são o baixo desenvolvimento e acessos esporádicos de tosse. Nesses casos pode ser observado o aumento significativo de condenações de carcaça no frigorífico, devido as aderências de pleura e pericárdio.

Em suínos mortos pelo APP encontra-se áreas de consolidação pulmonar de aspecto hemorrágico, recobertas por uma espessa camada de fibrina. Em casos fatais, a traqueia e os brônquios são preenchidos com uma espuma sanguinolenta e exsudato mucoso. Na sua forma crônica, quando avaliamos os pulmões em abatedouro, pode-se observar a presença de nódulos pulmonares encapsulados no parênquima pulmonar, abscessos pulmonares, pleurite e pericardite fibrosa, com aderências.

No Brasil com muita frequência as perdas ocasionadas no abatedouro, devido a infecção crônica e/ou subclínica pelo APP, são subdimensionadas em sua prevalência e importância econômica. Normalmente apenas os danos causados pela elevada mortalidade na terminação são considerados. Entretanto, estudos indicam que para cada 1% de pleurite ao abate em um grupo de suínos ocorre uma perda de 70 gramas por animal abatido (redução de ganho de peso + toalete de carcaças). Também é relatado que os dados econômicos são proporcionais a gravidade das lesões.

Diagnóstico

Fatores como a história clínica, sintomatologia, lesões características e apresentação dos surtos de curso agudo podem auxiliar no diagnóstico de PPS. Na sua forma crônica, geralmente o diagnóstico se dá pelas lesões encontradas no frigorífico e pelo isolamento do agente nas mesmas ou também através da sorologia de suínos na fase de terminação.

Na ausência de sinais clínicos e de lesões em abatedouro a sorologia pode ser a melhor ferramenta para descobrir uma infecção em um rebanho. A prevalência de animais reagentes para um determinado sorotipo pode ser fraca e ela pode ocorrer variação de acordo com a idade dos animais e tempo de infecção, por isso é importante examinar um número suficiente de animais e não diagnosticar o rebanho como negativo após um só resultado sorológico negativo. Podemos tem alguns momentos em que a sorologia oferece resultados de difícil interpretação, como por exemplo, uma baixa prevalência de títulos baixos em um dado rebanho.

Nos quadros de APP subclínico, a bactéria se localiza na parte superior do trato respiratório, especialmente nas tonsilas palatinas dos suínos. Muitas granjas estão contaminadas pelo APP, mas devido ao equilíbrio imunológico, boas condições ambientais e um manejo adequado, não há a manifestação da doença. Existem diferentes formas de métodos de pesquisar a presença de APP nas tonsilas ou trato respiratório superior dos suínos. Independente da metodologia empregada, a amostra deve ser cuidadosamente conservada até a realização do exame no laboratório. Os swabs, tecido tonsilar e biopsias devem ser refrigerados entre 2 a 8°C por no máximo dois ou três dias. Tanto pelo isolamento bacteriológico ou pelo PCR pode-se evidenciar a presença da bactéria.

Controle da pleuropneumonia

O controle da PPS suína tem sido problemático, já que esta é uma doença de natureza multifatorial, na qual a abordagem sistemática é fundamental, uma vez que fatores ambientais como a ventilação, temperatura e divisões sólidas nas baias podem diminuir a severidade da doença.

Quando pensamos em programas de controle devemos considerar as características epidemiológicas da doença. A prioridade é controlar as perdas econômicas causadas pela mortalidade, pela doença clínica e subclínica e, em seguida, considerar o controle ou eliminação da infecção. Estudos demonstram que a utilização de antibióticos é efetiva na redução da doença clínica e em especial a normalização da taxa de mortalidade. Entretanto, a medicação provoca a cronificação do processo de forma que tem pouca influência na redução das perdas de longo prazo (queda do ganho de peso e piora da conversão alimentar) e é incapaz de reduzir as lesões ao abate. Logo, para controle da Pleuropneumonia é necessário a utilização de uma vacina que promova a imunização contra todos os sorotipos de APP e contra as toxinas APX I, APX II e APX III.

Mais informações você encontra na edição de Nutrição e Saúde Animal de 2018 ou online. (NO “ONLINE” LINKAR COM http://www.flip3d.com.br/web/pub/opresenterural/?numero=163&edicao=4504)

Fonte: O Presente Rural

Suínos / Peixes

Levantamento da Acsurs estima quantidade de matrizes suínas no Rio Grande do Sul 

Resultado indica um aumento de 5% em comparação com o ano de 2023.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Com o objetivo de mapear melhor a produção suinícola, a Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs) realizou novamente o levantamento da quantidade de matrizes suínas no estado gaúcho.

As informações de suinocultores independentes, suinocultores independentes com parceria agropecuária entre produtores, cooperativas e agroindústrias foram coletadas pela equipe da entidade, que neste ano aperfeiçoou a metodologia de pesquisa.

Através do levantamento, estima-se que no Rio Grande do Sul existam 388.923 matrizes suínas em todos os sistemas de produção. Em comparação com o ano de 2023, o rebanho teve um aumento de 5%.

O presidente da entidade, Valdecir Luis Folador, analisa cenário de forma positiva, mesmo com a instabilidade no mercado registrada ainda no ano passado. “Em 2023, tivemos suinocultores independentes e cooperativas que encerraram suas produções. Apesar disso, a produção foi absorvida por outros sistemas e ampliada em outras regiões produtoras, principalmente nos municípios de Seberi, Três Passos, Frederico Westphalen e Santa Rosa”, explica.

O levantamento, assim como outros dados do setor coletados pela entidade, está disponível aqui.

Fonte: Assessoria Acsurs
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Suínos / Peixes

Preços maiores na primeira quinzena reduzem competitividade da carne suína

Impulso veio do típico aquecimento da demanda interna no período de recebimento de salários.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Os preços médios da carne suína no atacado da Grande São Paulo subiram comparando-se a primeira quinzena de abril com o mês anterior

Segundo pesquisadores do Cepea, o impulso veio do típico aquecimento da demanda interna no período de recebimento de salários.

Já para as proteínas concorrentes (bovina e de frango), o movimento foi de queda em igual comparativo. Como resultado, levantamento do Cepea apontou redução na competitividade da carne suína frente às substitutas.

Ressalta-se, contudo, que, neste começo de segunda quinzena, as vendas da proteína suína vêm diminuindo, enfraquecendo os valores.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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Suínos / Peixes

Pesquisadores adaptam técnica que acelera o crescimento do tambaqui

Por meio de um equipamento de pressão, é possível gerar um par a mais de cromossomos no peixe, gerando animais triploides e favorecendo o seu crescimento. Técnica foi adaptada de versões empregadas em criações de truta e salmão no exterior. Método gera animais inférteis, o que possibilita criações em regiões em que o tambaqui é exótico, uma vez que eventuais escapes não impactarão a fauna aquática local no longo prazo.

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Além do crescimento mais rápido e do peso maior do tambaqui, a esterilidade provocada pela técnica de produção de peixes triploides é uma vantagem para a disseminação da piscicultura nativa - Foto: Siglia Souza

A Embrapa Pesca e Aquicultura (TO) estuda uma técnica capaz de deixar o tambaqui (Colossoma macropomum) aproximadamente 20% maior e mais pesado. A técnica consiste em gerar, por meio de aplicação de pressão nos ovos fertilizados, peixes com três conjuntos de cromossomos (triploides) – em condições naturais são dois conjuntos – para deixar o peixe infértil. Com isso, ele cresce e engorda mais rápido do que em condições normais. A pesquisa faz parte da tese de doutorado de Aldessandro Costa do Amaral, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), sob a orientação da pesquisadora Fernanda Loureiro de Almeida O´Sullivan.

Além do crescimento mais rápido, a esterilidade provocada pela técnica de produção de peixes triploides é uma vantagem para a disseminação da piscicultura nativa. “Quando você tem um peixe estéril, abre a possibilidade de regularização de seu cultivo em uma região onde ele seja exótico”, ressalta a pesquisadora. Isso porque, em caso de escape para a natureza, os animais estéreis não ofereceriam risco de se reproduzir em regiões das quais eles não fazem parte como, por exemplo, a Bacia do Prata, no Pantanal. “Assim, você expande os locais em que a espécie pode ser cultivada, mediante a regularização da atividade”, destaca a cientista.

A tecnologia já é empregada no exterior em peixes como salmão e truta, e o maior desafio era adaptá-la para o tambaqui, a segunda espécie mais produzida no Brasil. “Nas pisciculturas de truta na Escócia, o peixe cultivado tem que ser obrigatoriamente triploide, para não desovar. Como essas espécies são criadas em gaiolas no mar, precisam ser estéreis para não se reproduzir, o que causaria uma contaminação genética na população natural. Por isso é uma obrigação que todos os peixes sejam triploides”, explica a pesquisadora, acrescentando que a técnica em si não é nova; a novidade está na aplicação em peixes nativos brasileiros. “É uma tecnologia antiga, relativamente simples e de grande efeito na aquicultura, que estamos adaptando para o tambaqui.”

Equipamento de pressão para a indução de poliploidia de cromossômica em peixes – Foto: Jefferson Christofoletti/Embrapa

Equipamento importado
A pesquisa faz parte do projeto Aquavitae, o maior consórcio científico já realizado para estudar a aquicultura no Atlântico e no interior dos continentes banhados por esse oceano. Por meio do Aquavitae, a Embrapa utilizou de 2019 até 2023, para os primeiros testes dessa técnica, um equipamento de pressão próprio para a indução de poliploidia de cromossômica em peixes. A empresa norueguesa Nofima cedeu o equipamento para os experimentos na Embrapa Pesca e Aquicultura. Trata-se de aparelho de grande porte que opera de forma automática, bastando regular a pressão e o tempo desejados. A máquina é inédita no Brasil. “O aparelho que mais se assemelha pertence à Universidade de Santa Catarina, porém, a aplicação da pressão é manual”, conta a pesquisadora.

Como é a técnica utilizada?
O´Sullivan explica que a pesquisa buscou definir três parâmetros cruciais para induzir à triploidia. Primeiro, o tempo após a fecundação do ovo em que se deve iniciar o choque de pressão. Depois, foi preciso definir a intensidade da pressão a ser aplicada para o tambaqui, e, por fim, a equipe teve que descobrir a duração ideal da pressão. “Tivemos que identificar esses três parâmetros para o tambaqui ao longo do projeto”, explica a cientista.

Para realizar a técnica, são utilizados um milhão de ovos recém fertilizados, que vão para a máquina de pressão. Em seguida ao choque de pressão, os ovos vão para as incubadoras comumente usadas e o manejo é igual à larvicultura tradicional e à alevinagem. A quantidade de ração também é a mesma por biomassa; apenas os peixes começam a crescer mais. A pesquisadora conta que o protocolo para obtenção de 100% de triploides levou cinco anos para ser alcançado, após vários testes-piloto.

À esquerda, animais convencionais e, à direita, peixes submetidos ao processo de indução de poliploidia. Ambos originários da mesma desova e de idades idênticas.

Em seis meses, 20% maior
Durante a pesquisa, que avaliou o ciclo de crescimento e engorda do tambaqui triploide durante seis meses, observou-se que o peixe ficou 20% maior e mais pesado que os irmãos que não tinham passado pelo choque de pressão (usados como controle). O próximo passo da pesquisa é fazer uma avaliação durante o ciclo completo de crescimento da espécie, que dura 12 meses. “Produzimos um novo lote de triploides que deixaremos crescer até chegarem a um quilo. Se o resultado for o mesmo que tivemos com o peixe de seis meses, eles vão chegar a um quilo em menos de 12 meses”, calcula a pesquisadora, acrescentando que também estão sendo avaliadas a sobrevivência larval e a ocorrência de deformidades nesses peixes.

Outra característica que preocupa os pesquisadores são as consequências da triploidia no sistema imunológico destes peixes. Resultados preliminares indicam que o tambaqui triploide pode ter uma resistência reduzida a condições desafiadoras, como alteração da temperatura da água. Por isso, segundo a pesquisadora, antes que a tecnologia seja repassada para o setor produtivo, serão realizados estudos para a validação completa da técnica de produção de tambaquis triploides. “O primeiro passo era conseguir obter um protocolo que nos desse 100% de triploidia em tambaqui. Ficamos muito felizes e esperançosos de termos alcançado esse objetivo. Agora, outros estudos vão avaliar as vantagens e possíveis desvantagens dessa técnica na produção da espécie”, conclui Fernanda O’Sullivan.

Produção de tilápia usa outra técnica
Embora a infertilidade dos peixes seja uma vantagem para o crescimento do animal e para a expansão a novas regiões de produção, a triploidia não é indicada para a tilápia (Oreochromis niloticus), a espécie mais produzida no Brasil. Segundo a pesquisadora, há para a tilápia uma técnica mais econômica, que promove a criação do monosexo do macho pelo tratamento com hormônio para esse fim.

“A tilápia também tem protocolo de triploidia desde 1980, mas não estão mais usando, pois fica mais barato fazer a masculinização pela ração”, ressalta O´Sullivan. Ao contrário do tambaqui, em que as fêmeas são maiores do que os machos, na tilápia, os machos é que são maiores. Assim, foram desenvolvidas técnicas para masculinizar as larvas da tilápia. Ainda, para se fazer a triploidia, os ovos devem ser fertilizados in vitro, ou seja, artificialmente. E a produção de larvas de tilápias hoje se baseia na reprodução natural dos casais e coletas dos ovos já em desenvolvimento.

No caso da criação de monosexo da tilápia, quando os alevinos começam a comer, é oferecida ração com metiltestosterona. Isso faz com que todos os peixes se tornem machos. Com a produção exclusiva de machos, além de acelerar o crescimento, evita-se problemas de reprodução desenfreada da espécie, que é exótica no Brasil.

A pesquisadora ressalta que a técnica do monosexo nada tem a ver com a triploidia. “A técnica empregada no peixe triploide está ligada ao crescimento e à esterilidade. A esterilidade é muito importante, porque é uma característica que o monosexo não tem. Os peixes são do mesmo sexo, porém são férteis”. Ela conta que a Embrapa já está pesquisando produzir monosexo de tambaqui feminino, também pelo uso da ração – no caso, acrescida de estradiol.

Fonte: Assessoria Embrapa Pesca e Aquicultura
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