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VOZ DO COOP

Suínos / Peixes DIPIRONA ORAL

Importância da terapia de suporte

A relevância dos processos inflamatórios e o controle da intensidade de resposta fisiológica

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Artigo escrito por Célio Batista da Silva, médico veterinário e gerente técnico da Evance. 

A pressão mundial pela demanda de proteína animal, aliada à disputa por mercados de maior valor agregado que exigem qualidade diferenciada e produtos com menor risco de contaminação biológica e por resíduos de antibióticos, transfere ao produtor de suínos e aves a responsabilidade de adotar medidas para uma produção mais racional.

Apesar de elevados investimentos em sanidade e biossegurança, o simples fato de intensificar a produção animal resulta em maior ocorrência de surtos de doenças virais, doenças bacterianas, reações alérgicas e inflamatórias a alimentos e toxinas presentes nas matérias-primas utilizadas na produção de rações, além do estresse induzido por condições ambientais e climáticas desfavoráveis, reações pós-vacinais cada vez mais intensas pela aplicação de múltiplas vacinas simultâneas, procedimentos rotineiros como a debicagem das aves e a imunocastração de suínos, entre outros.

Os programas vacinais para aves e suínos são cada vez mais complexos e abrangentes, não raro envolvendo a aplicação de diversos imunógenos simultaneamente. Além disso, a utilização de vacinas com veículos oleosos e adjuvantes potencializam o efeito da vacinação com o aumento da resposta imune pelo animal, porém também intensificam a reação no local de aplicação da vacina. Esta combinação contribui para a ocorrência de um maior percentual de animais apresentando reações pós-vacinal intensas, capazes de prejudicar não somente o desempenho zootécnico, como também comprometer a resposta imunológica.

A imunocastração é uma tecnologia desenvolvida para a substituição do procedimento cirúrgico tradicionalmente adotado para a castração de suínos. O procedimento consiste na vacinação dos animais com uma forma modificada de GnRH, conjugada a uma proteína que induz a formação de anticorpos anti-GnRH. A reação inflamatória em resposta à injeção de um antígeno vacinal é essencial para se desencadear a cascata natural de reações químicas necessárias a uma boa resposta imune, porém quando esta reação pós-vacinal é muito intensa, há obrigatoriamente a necessidade de intervenção.

Tais eventos desencadeiam processos inflamatórios com a consequente liberação de mediadores químicos que são responsáveis, entre outros, pelo surgimento de dor e febre, levando os animais à prostração. O aumento da temperatura corporal constitui uma resposta de proteção, melhorando os mecanismos de defesa do organismo animal, porém quando fora de controle, geram drástica redução de consumo de ração, impactando negativamente na capacidade dos animais reagirem ao agente agressor.

Devido ao tamanho dos plantéis, a utilização de medicação por via injetável é inviabilizada, sendo necessária a utilização da via oral, ou seja, via ração ou preferencialmente, via água de bebida, uma vez que a redução de apetite é um dos primeiros eventos observados em animais com quadro febril, enquanto o consumo de água é preservado, garantindo que a droga seja consumida na dosagem preconizada.

A dipirona assume importante papel na mitigação de processos febris, dolorosos e também na atenuação de processos inflamatórios, porém sem suprimi-los completamente, pois são essenciais para o estabelecimento de um eficaz combate ao agente agressor, para a otimização da resposta imune, para a eliminação de tecidos mortos e comprometidos, bem como na reparação destes tecidos.

É um agente analgésico, antitérmico, anti-inflamatório não esteroide e antiespasmódico, cujos efeitos são dose dependentes. Comumente utilizada em humanos e na medicina veterinária, a dipirona é um pró-fármaco, que sofre biotransformação hepática, gerando seus metabólitos ativos, sendo considerada uma das drogas mais eficazes no controle da dor e da febre.

Graças à eficaz e rápida resposta da dipirona no controle de processos febris e dolorosos, os animais prontamente recuperam a rotina de consumo de alimento e atividade, permitindo que os mesmos respondam aos tratamentos associados (antibiótico terapia, por exemplo) ou recuperem-se espontaneamente (reações pós-vacinais, por exemplo) de forma mais rápida e efetiva, com o mínimo comprometimento do desempenho zootécnico.

A dipirona apresenta a vantagem de eliminar rapidamente os sintomas que inviabilizam a reação do próprio organismo dos animais, porém mantendo a reação inflamatória inicial em nível moderado, garantindo assim que processos fisiológicos essenciais da resposta inflamatória reparatória, bem como todas as etapas que compõe a formação da resposta imune sejam preservados e resultem na completa recuperação dos animais e/ou na perfeita imunização do rebanho.

Drogas com maior atividade anti-inflamatória como o cetoprofeno, paracetamol ou ácido acetilsalicílico, utilizadas ainda na fase inicial da manifestação de sinais clínicos de resposta inflamatória ou resposta à estimulação vacinal, podem comprometer a recuperação ou a produção de anticorpos desejados. A inflamação está presente em processos normais do organismo, como a ovulação e a filtração da urina. Sendo assim, o uso abusivo de anti-inflamatórios afeta a fertilidade, a formação da urina, o sistema nervoso central e o calibre dos vasos do coração.

Em estudo com aves submetidas a estresse calórico induzido (35,4º C), a administração de 10 mg de dipirona/kg de peso vivo, por via oral, foi eficaz na redução da temperatura corporal e na estabilização da frequência respiratória das aves, comprovando seu efeito como antitérmico e sua eficácia para contornar situações como as ondas de calor ocorridas em outubro desse ano.

A dipirona é uma excelente ferramenta de suporte terapêutico, praticamente sem efeitos colaterais quando utilizada sob prescrição técnica, capaz de garantir ao suinocultor e avicultor a tranquila transposição de momentos críticos para seus animais, sem comprometer a pronta resposta reparatória ou imunológica dos mesmos, preservando assim os resultados zootécnicos e econômicos de sua atividade.

Outras notícias você encontra na edição de Suínos e Peixes de julho/agosto de 2021 ou online.

Fonte: O Presente Rural

Suínos / Peixes

Brasil detém 32% do mercado global de cortes congelados de carne suína

Santa Catarina desponta como líder nas exportações de cortes cárneos congelados de suínos em 2023, com uma impressionante fatia de 56%. O Rio Grande do Sul e o Paraná seguem atrás, com 23% e 14% de participação, respectivamente.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O Departamento de Economia Rural (Deral) do Paraná divulgou, na quinta-feira (25), o Boletim de Conjuntura Agropecuária, trazendo um panorama abrangente dos setores agrícolas e pecuários referente à semana de 19 a 25 de abril. Entre os destaques, além de ampliar as informações sobre a safra de grãos, o documento traz dados sobre a produção mundial, nacional e estadual de tangerinas.

Segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), a produção global de tangerinas atingiu a marca de 44,2 milhões de toneladas em 2022, espalhadas por uma área de 3,3 milhões de hectares em 68 países. A China, indiscutivelmente, lidera nesse cenário, com uma contribuição de 61,5% para as colheitas mundiais e dominando 73,1% da área de cultivo da espécie. O Brasil, por sua vez, figura como o quinto maior produtor, com uma fatia de 2,5% das quantidades totais.

No contexto nacional, o Paraná se destaca, ocupando o quarto lugar no ranking de produção de tangerinas. Cerro Azul, situado no Vale do Ribeira, emerge como o principal centro produtor do país, respondendo por 9,2% da produção e 8,4% do Valor Bruto de Produção (VBP) nacional dessa fruta. Não é apenas Cerro Azul que se destaca, mas outros 1.357 municípios brasileiros também estão envolvidos na exploração desse cítrico.

Cortes congelados de carne suína

Além das tangerinas, o boletim também aborda a exportação de cortes congelados de carne suína, um mercado no qual o Brasil assume uma posição de liderança inegável. Detentor de cerca de 32% do mercado global desses produtos, o país exportou aproximadamente 1,08 bilhão de toneladas, gerando uma receita de US$ 2,6 bilhões. Os Estados Unidos aparecem em segundo lugar, com uma participação de 29%, seguidos pela União Europeia (23%) e pelo Canadá (15%).

No cenário interno, Santa Catarina desponta como líder nas exportações de cortes cárneos congelados de suínos em 2023, com uma impressionante fatia de 56%. O Rio Grande do Sul e o Paraná seguem atrás, com 23% e 14% de participação, respectivamente.

 

Fonte: Com informações da AEN-PR
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Suínos / Peixes

O que faz o Vale do Piranga ser o polo mineiro de incentivo à suinocultura?

Além de oferecer oportunidades de aprendizado e capacitação por meio de seminários, ampliando as habilidades dos colaboradores de granjas e profissionais da área, feira facilita o acesso dos produtores rurais do interior mineiro às mais recentes tecnologias do agronegócio.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A Suinfair, maior feira de suinocultura de Minas Gerais, acontece no Polo Mineiro de Incentivo à Suinocultura, situado no Vale do Piranga, uma área que se destaca nacionalmente pela sua produção suinícola. Esta região representa, aproximadamente, 35% do rebanho de suínos de Minas Gerais, produzindo anualmente cerca de 370 milhões de quilos de carne suína. O trabalho diário de levar alimento à mesa de diversas famílias faz com que mais de cinco mil empregos sejam gerados diretamente pela suinocultura, além das mais de trinta e cinco mil pessoas que trabalham indiretamente na área.

Com um histórico consolidado, a região foi oficialmente reconhecida como Polo Mineiro de Incentivo à Suinocultura por meio de legislação, o que fortalece ainda mais a cadeia produtiva local. Nesse contexto, a Suinfair surge como uma iniciativa voltada para as necessidades específicas dos suinocultores.

Além de oferecer oportunidades de aprendizado e capacitação por meio de seminários, ampliando as habilidades dos colaboradores de granjas e profissionais da área, a Suinfair facilita o acesso dos produtores rurais do interior mineiro às mais recentes tecnologias do agronegócio.

Desde equipamentos estruturais até grandes máquinas agrícolas e robôs, os suinocultores têm a chance de conhecer de perto as inovações do mercado e estabelecer contatos diretos com os fabricantes. Isso resulta na concretização de negócios baseados em condições justas, fomentando o crescimento dos produtores e incentivando a presença dos fornecedores na região.

A Suinfair é, portanto, um evento feito sob medida para a suinocultura, representando uma oportunidade única de aprendizado, networking e desenvolvimento para todos os envolvidos nesse importante segmento do agronegócio.

Fonte: Assessoria Suinfair
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Suínos / Peixes

PorkExpo Brasil & Latam 2024 abre inscrições para receber trabalhos científicos do mundo inteiro

Disputa científica tradicional da suinocultura vai distribuir R$ 6 mil em dinheiro e reconhecer as quatro pesquisas mais inovadoras da indústria da carne suína.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Inscrições para envio de trabalhos científicos à PorkExpo Brasil & Latam 2024 estão abertas. Esse é um convite conhecido da suinocultura internacional há mais de duas décadas. Encontro inovador, que debate de ponta a ponta a cadeia produtiva da suinocultura, vai confirmar mais uma vez a tradição de incentivar as pesquisas da indústria mundial da carne suína, com a Mostra de Trabalhos Científicos, que será realizada nos dias 23 e 24 de outubro, no Recanto Cataratas Thermas Resort & Convention, em Foz do Iguaçu (PR).

O evento reúne o 12º Congresso Latino Americano de Suinocultura e o 2º Congresso Nacional Mulheres da Suinocultura, que seguem com as inscrições abertas aqui.

A 12ª edição convida pesquisadores e estudiosos para contribuir com seus conhecimentos e inovações. “Em cada edição da PorkExpo são recebidos ao menos 200 trabalhos”, exalta a CEO da PorkExpo Brasil & Latam 2024, Flávia Roppa

Neste ano, a premiação vai premiar quatro pesquisas científicas, sendo três referencias e um grande vencedor. O total da premiação chega a R$ 6 mil.

Flávia explica que os trabalhos devem abranger temas essenciais à atividade, como produção, sanidade, bem-estar animal, marketing da carne suína, economia, extensão rural, nutrição, reprodução, aproveitamento de resíduos e meio Ambiente, refletindo a amplitude e profundidade tecnológica que o setor apresenta a cada década que passa. “A PorkExpo apoia consistentemente o conhecimento por parte dos pesquisadores, professores, profissionais e estudantes, que buscam inovações para subsidiar a produção de campo, a indústria de processamento e o aumento do consumo da nossa carne pelos consumidores. Um propósito que ratificamos em duas décadas. E esperamos pela participação máxima desses estudiosos, do mundo inteiro”, enfatizou Flávia.

Inscrições

Os trabalhos precisam ser totalmente inéditos e entregues impreterivelmente até o dia 11 de agosto, podendo ser redigidos em Português, Inglês ou Espanhol. “Todos serão submetidos pelo site da Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Os inscritos precisam informar o e-mail, telefone para contato e endereço completo de uma pessoa que vai ser a responsável pelo trabalho para futuros contatos com a organização do evento”, informa a CEO da PorkExpo.

Os interessados devem enviar os trabalhos formatados em duas páginas, em papel A4 (21 x 29,7 cm), digitados no Word para Windows, padrão 6.0 ou superior e salvos na extensão .doc, fonte dos textos em Arial, para o endereço: flavia@porkexpo.com.br. “Não serão aceitos trabalhos fora do padrão”, reforça Flávia.

Todas as informações referentes às inscrições e normas de redação podem ser consultadas clicando aqui. Os autores dos trabalhos avaliados pela Comissão Científica serão comunicados da sua aceitação ou não. “Participe e faça a diferença. Não perca a chance de participar desse movimento que define o amanhã da suinocultura. Junte-se aos líderes que estão construindo o futuro da indústria mundial de carnes”, convida Flávia, acrescentando: “Esperamos por sua ideia eficiente e inovadora”.

Fonte: Com informações da assessoria PorkExpo Brasil & Latam
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