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Suínos

Ingredientes fitogênicos no centro das atenções

Quillaja saponaria – uma grande árvore com um grande impacto

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Fotos: Divulgação/Cargill

Você sabia que a Quillaja já faz parte da sua vida diária? Este ingrediente à base de plantas não é tão conhecido em comparação com as ervas e especiarias utilizadas nas cozinhas ao redor do mundo porque o grupo das saponinas, princípio ativo da Quillaja saponaria, é frequentemente encontrado à sombra de outros grupos de substâncias, como os óleos essenciais. Isso é incompreensível quando se observa a eficácia do amplo espectro de uso da Quillaja em humanos e animais. Uma boa razão para trazer essa importante substância para a luz.

É por isso que vamos levá-lo em uma viagem. Qual é o nosso destino? Chile, América do Sul – o lugar onde estão as Quillajas nativas de até 30 metros de altura e 100 anos de idade. O poder do universo fitogênico é enorme, mas muitas vezes os recursos naturais são limitados. Este também é o caso das Quillajas que crescem naturalmente e dificilmente podem ser cultivadas. Portanto, o processo de extração florestal é estritamente regulado para ser sustentável. O Governo Chileno concede licenças individuais aos coletores para garantir que apenas um certo número de árvores seja cortado e processado. Geralmente apenas os galhos das árvores são cortados e não a árvore inteira.

A Quillaja saponaria, também conhecida como da “casca de sabão”, é uma árvore de madeira dura e o único tipo dentro da família de Quillajaceae que pertence à ordem dos Fabales. É uma árvore perene com flores brancas e frutas secas, que cresce nas zonas áridas da América do Sul. As substâncias ativas são extraídas principalmente da casca da planta (mas a madeira também é usada) quando as lascas de Quillaja são fervidas e evaporadas para aumentar a concentração.

A palavra “quillay” é derivada da palavra nativa mapuche “quillean” e significa “lavar” – uma forte referência às características distintivas da espuma de saponina. Por isso vemos como a Quillaja é usada desde os tempos antigos como sabão, detergente e na medicina tradicional para aliviar a tosse e a bronquite1. Em alimentos para humanos, a Quillaja é amplamente utilizada, por exemplo, em bebidas à base de água não alcoólicas, como refrigerantes, bebidas esportivas e eletrólitos, em doces e em cosméticos como batons e xampus.

Para melhor compreender os efeitos e aplicações da Quillaja, é necessário examinar de perto a estrutura química e seu modo de ação.

 

Substâncias ativas

Figura 1: Ácido querático, a espinha dorsal das saponinas triterpenóides da Quillaja saponaria.

A Quillaja é uma fonte de saponinas natural muito complexa que, por sua vez, contém mais de 600 tipos diferentes de saponinas. A estrutura química das saponinas de Quillaja consiste de uma porção oligossacarídica hidrofílica ligada de maneira glicosídica a um aglicone triterpenoide hidrofóbico (sapogenina) (Figura 1). Além de seu alto teor de saponinas triterpênicas, os extratos de Quillaja contêm um perfil único de polifenol. O principal composto fenólico foi identificado como ácido piscídico, que contribui para os efeitos antimicrobianos das saponinas da Quillaja. 2

 

Saponinas de Quillaja saponaria vs de Yucca schidigera

A Yucca schidigera (México) e a Quillaja saponaria (Chile) são plantas do deserto usadas como fontes comerciais de saponinas. As saponinas de ambas as plantas contêm uma ou mais cadeias laterais de carboidratos solúveis em água, enquanto diferem na parte aglicona, o núcleo lipofílico das saponinas. Este núcleo tem uma estrutura de esteróides na Yucca e uma estrutura triterpenóide na Quillaja. Em geral, as saponinas de Quillaja têm uma estrutura mais complexa do que as saponinas de Yucca.

Um dos principais usos dos extratos de Quillaja saponaria em animais é como adjuvante em vacinas veterinárias. Devido à estrutura, as saponinas da Quillaja exercem efeitos moduladores imunes únicos, que aumentam a eficácia das vacinas.3

Na utilização como aditivos alimentares, estudos comparando as saponinas de Quillaja e Yucca foram realizados com ruminantes, tanto in vitro como in vivo. Foi demonstrado que ambas as fontes de saponinas diminuem a produção de amônia in vitro, o número de protozoários4 e a produção de metano5. Na literatura, o efeito dessas saponinas sobre os protozoários é um argumento chave em seu mecanismo para alcançar as reduções observadas de amônia. Verificou-se nos estudos in vitro da Delacon, juntamente com o instituto de pesquisa francês INRA que a Quillaja também pode reduzir a produção de amoníaco, sem a redução do número de protozoários, sugerindo diferenças no modo de ação, em comparação com extratos a Yucca. Resultados in vitro também sugerem que a Quillaja tem mais impacto sobre ácidos graxos voláteis do que a Yucca, especialmente em termos de produção de propionato, em técnicas de simulação ruminal.4, 6

Em outro estudo in vivo com ovelhas comparando as duas fontes de saponinas foi demonstrado a redução da amônia, embora nenhum efeito sobre os protozoários do rúmen tenha sido observado7. Nesse estudo, a adição de Quillaja como suplemento aumentou a energia na digestão de dietas. Além disso, em um ensaio com frangos, a Delacon confirmou esses resultados na redução de amônia, com Quillaja, Yucca e uma misturas delas. A maior eficiência foi alcançada quando a mistura continha 50% ou mais de Quillaja.

Portanto, embora muitos dos efeitos observados na Quillaja e na Yucca sejam semelhantes, os mecanismos responsáveis pelos efeitos parecem diferir, pelo menos em alguns parâmetros.

 

 

 

 

 

 

 

Figura 2: Quillaja saponaria (esquerda) vs. Yucca schigidera (direita).

Modo de ação: efeitos benéficos das saponinas de Quillaja

As implicações da adição de saponinas aos alimentos incluem: efeitos sobre o metabolismo do colesterol, a integridade da membrana celular, o sistema imunológico, a atividade viricida e os efeitos sobre os protozoários.8 Embora tradicionalmente considerados componentes antinutricionais em alimentos e ração animal, mostramos que a combinação de saponinas com outros ingredientes fitogênicos como os óleos essenciais estimulam os transportadores intestinais de glicose e aminoácidos, promovendo melhor absorção de nutrientes. 9

A Delacon utiliza uma composição única de óleos essenciais e saponinas de Quillaja. Esta aplicação patenteada aumenta o valor nutricional das dietas dos animais. Deve-se notar que uma dosagem correta de saponinas é ainda mais importante, já que a diferença entre ser benéfico ou prejudicial é estreita.10

 

Efeitos no sistema imunológico

Em geral, as saponinas de Quillaja são mais conhecidas por seus efeitos benéficos sobre a saúde animal, devido às suas ações antiinflamatórias e imunomoduladoras. Elas podem prevenir muitas reações imunes não específicas, como inflamação e proliferação de monócitos.

Os mediadores pró-inflamatórios são regulados negativamente pelos triterpenóides naturais, e é assim que eles são muito eficazes na redução da inflamação11. As saponinas na Quillaja aumentam a proliferação de células imunológicas e aumentam a produção de anticorpos.8

Os efeitos no sistema imunológico e na inflamação ainda não são totalmente compreendidos, mas provavelmente são mediados pela produção de citocinas induzidas pela Quillaja saponaria, como interleucinas e interferons. Estas pequenas proteínas desempenham um papel crucial na sinalização celular, especialmente nas respostas do hospedeiro a infecções, respostas imunes, inflamação, trauma, sepse, câncer e reprodução.

 

Efeitos na produção de amônia

A amônia é um composto tóxico que se origina principalmente do metabolismo de proteínas. É rapidamente eliminado da circulação pelo fígado, convertendo amônia em ureia em mamíferos e em ácido úrico em aves. A ureia e o ácido úrico são excretados pela urina pelos rins. Microrganismos podem gerar amônia por decomposição enzimática de ureia e ácido úrico12 ou fermentação de proteínas. Diversos modos de ação têm sido sugeridos na literatura sobre a redução de amônia induzida por saponina na produção pecuária, entre os quais podemos citar:

  1. A inibição das enzimas envolvidas na degradação do ácido úrico e da ureia, especialmente da urease.12
  2. Ligação direta com a amônia.13
  3. A atividade antiprotozoária reduz a proteólise da proteína bacteriana por protozoários, o que é importante especialmente em ruminantes. 14

Embora os efeitos das saponinas na amônia tenham sido extensivamente estudados em ruminantes, a pesquisa com animais monogástricos sobre este assunto ainda é escassa. Na literatura, vários estudos mostram o potencial das saponinas da Quillaja para reduzir a produção de amônia tanto in vitro4,15 quanto in vivo7 para ruminantes.

O potencial das saponinas da Quillaja para reduzir as emissões de amônia em animais monogástricos foi confirmado pela Delacon no Centro de Pesquisas PNRC. Os testes in vivo mostraram uma diminuição constante nas emissões de amônia com saponinas de Quillaja de 19 a 27% em suínos e de 18 a 65% (32% em média) em aves.

Portanto, a redução de amônia com adição de Quillaja saponaria na dieta pode contribuir para a saúde dos animais, reduzir o estresse metabólico e o gasto de energia para os processos de desintoxicação de amônia no fígado. Além disso, reduzidas concentrações aéreas de amônia reduzem a emissão de odores e a irritação do trato respiratório. Isso pode ser útil, especialmente durante os períodos de inverno nas granjas, quando as taxas de ventilação são baixas e a amônia do ar se acumula em concentrações problemáticas.

Os resultados destes estudos sugerem que, em ruminantes, especialmente o efeito antiprotozoário pode ser responsável pela redução observada da amônia, enquanto nos monogástricos o efeito principal será através das bactérias intestinais e sua atividade metabólica. No entanto, apenas dados limitados estão disponíveis e estudos adicionais são necessários para esclarecer e melhorar o conhecimento sobre a interação de saponinas com comunidades bacterianas.

 

 

 

 

Referências
1 Duke J.A. Handbook of Medicinal Herbs. Boca Raton, FL: CRC Press, 1985.
2 Maier C. et al. 2015. Phenolic constitues in commercial aqueous Quillaja (Quillaja saponaria Molina) wood extracts. Journal of Agricultural and Food Chemistry 63: 1756-1762.
3 Oda K. et al. 2000. Adjuvant and haemolytic activities of 47 saponins derived from medicinal and food plants. Biological Chemistry 381(1):67-74.
4 Pen, B. et al. 2006. Effects of Yucca schidigera and Quillaja saponaria extracts on in vitro ruminal fermentation and methane emission. Animal Feed Science and Technology 129: 175-186.
5 Li, W. 2012. Using saponins to reduce gaseous emissions from steers (Doctoral dissertation). Retrieved from d.lib.msu.edu.
6 Patra A.K., Stiverson J., Yu Z. 2012. Effects of quillaja and yucca saponins on communities and select populations of rumen bacteria and archaea, and fermentation in vitro. Journal of Applied Microbiology 113: 1329-1340.
7 Pen, B. et al. 2007. Effects of Yucca schidigera and Quillaja saponaria with or without ß 1–4 galactooligosaccharides on ruminal fermentation, methane production and nitrogen utilization in sheep. Animal Feed Science and Technology 138: 75-88.
8 Francis G. et al. 2002. The biological action of saponins in animal systems: a review. British Journal of Nutrition 88(6):587-605
9 Reyer H., et al. 2017. Possible molecular mechanisms by which an essential oil blend from Star Anise, Rosmary, Thyme, and Oregano and Saponins increase the performance and ileal protein digestibility of growing broilers. Journal of Agricultural and Food Chemistry 65(32): 6861-6830.
10 Francis G., et al. 2001. Effects of Quillaja saponins on growth, metabolism, egg production and muscle cholesterol in individually reared Nile tilapia (Oreochromis niloticus). Comparative Biochemistry and Physiology – Part C: Toxicology & Pharmacology 129(2):105-14.
11 Moses, T., Papadopoulou K.K., Osbourn A. 2014. Metabolic and functional diversity of saponins, biosynthetic intermediates and semi-synthetic derivatives. Critical Reviews in Biochemistry and Molecular Biology 49(6): 439–462.
12 Nazeer, M.S., et al. 2002. Effect of Yucca saponin on urease activity and development of ascites in broiler chickens. Journal of Poultry Science 1(6): 174-178.
13 Wallace, R.J., Arthaud, L., Newbold, C.J. 1994. Influence of Yucca shidigera extract on ruminal ammonia concentrations and ruminal microorganisms. Applied and Environmental Microbiology 60(6): 1762-1767.
14 Cheeke, P.R. 2001. Actual and potential applications of Yucca schidigera and Quillaja saponaria saponins in human and animal nutrition. Recent Advances in Animal Nutrition in Australia 13: 115-125.
15 Patra, A.K., Yu Z. 2014. Effects of vanillin, quillaja saponin, and essential oils on in vitro fermentation and protein-degrading microorganisms of the rumen. Applied Microbiology and Biotechnology 98:897–905

Fonte: Por Marlene Forrai e Tobias Aummler, equipe técnica da Cargill.
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Suínos

Elevação forte dos preços impulsiona resultados da suinocultura

Demanda de exportação segue vigorosa, com o setor caminhando para um novo recorde anual.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O mês de agosto e a primeira quinzena de setembro foram de continuidade da escalada do preço do suíno, o que fortaleceu substancialmente o spread da atividade, para uma das maiores marcas históricas. A demanda de exportação segue vigorosa, com o setor caminhando para um novo recorde anual.

Os custos da suinocultura na média de agosto subiram 0,5%, para R$ 5,84/kg vivo, porém os preços foram muito além, 9,4% acima do mês anterior, o que fez com que o spread da suinocultura marcasse os 39%, patamar comparado ao bimestre ago-set/20, ocasião do pico relacionado à peste suína africana na China. E setembro aponta para um spread ainda mais elevado, o que ultrapassa um resultado de R$ 300/cabeça terminada, sendo que, há um ano, era de R$ 75/cab.

Custos, preços e spread da suinocultura (Região Sul e MG). Fonte: Embrapa, Cepea, Estimativas Itaú BBA
*valores no mercado spot

Além do ritmo de produção relativamente pequeno, as exportações têm surpreendido. Do lado da oferta, o aumento da produção de carne no primeiro semestre ficou em 0,3%, com o 1T 24 caindo 0,4% sobre o mesmo trimestre do ano anterior, mas voltando a crescer 1%no 2T 2024/23.

Já os envios ao exterior em agosto, continuaram acima de 100 mil toneladas in natura pelo segundo mês consecutivo, significando aumento de 6% sobre agosto de 2023, enquanto no acumulado dos oito meses a expansão foi de 4,8%. Além disso, os preços de exportação continuaram em elevação, acumulando alta de 7% nos últimos três meses. Com isso, o spread da exportação, também subiu um pouco mais.

O grande destaque entre os destinos externos segue sendo as Filipinas, com 78% de crescimento no acumulado anual, o equivalente a 51 mil toneladas a mais, pouco menos da metade da redução das compras chinesas. O país asiático enfrenta dificuldades com o controle da peste suína africana abrindo oportunidades aos exportadores brasileiros. Além disso, bons crescimentos também são observados para o Japão, Chile, Singapura e México.

Preços do suíno vivo no estado de São Paulo. Fonte: Cepea

Fonte: Consultoria Agro do Itaú BBA
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Suínos Campanha Bom de preço, bom de prato!

ABCS entrega mais praticidade, sabor e economia para o dia a dia dos brasileiros

Com cortes temperados e foco no Nordeste, a nova fase da campanha destaca os benefícios da carne suína, mantendo leveza, diversão e informações claras para o consumidor.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A campanha “Carne de Porco: Bom de preço, bom de prato”, lançada em 2021 pela ABCS através do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (FNDS), foi um marco na promoção da carne suína. Com uma abordagem inovadora, ajudou pequenos e médios açougues e varejistas a vender a proteína de forma simples e eficaz, especialmente em um período desafiador para o mercado.

Agora em 2024, a carne suína tem ganhado cada vez mais espaço no paladar e no dia a dia dos brasileiros. Esse crescimento vai além do fator econômico, evidenciando sua versatilidade e seus benefícios nutricionais, que são cada vez mais reconhecidos e valorizados. Nesta nova edição, a campanha evolui com uma nova oferta: cortes de carne suína temperados, prontos para cozinhar, oferecendo ainda mais praticidade para o consumidor!

Essa novidade demonstra o compromisso da cadeia de suínos em colocar as necessidades do consumidor no centro, facilitando o dia a dia das pessoas, proporcionando refeições rápidas e saborosas. A campanha também foca, pela segunda vez, na região Nordeste, mais especificamente nos estados da Bahia e do Ceará, áreas com grande potencial de crescimento no consumo de carne suína.

A nova fase da campanha mantém os elementos que trouxeram sucesso anteriormente, como leveza, diversão e informações claras, mas agora com uma estratégia ampliada. Nosso foco permanece em criar uma conexão entre os consumidores e os benefícios da carne suína, oferecendo novas experiências e sabores.

A estratégia consiste em fomentar as vendas de cortes populares e mais acessíveis, utilizando uma linguagem visual leve e informativa, com  5 posts estáticos, 4 carrosséis, 9 stories e 4 reels. Além de  7 cartazes e 2 precificadores para PDV. O material foi entregue a todas as Associações e Frigoríficos Contribuintes do FNDS no mês de setembro, para que possam trabalhar a campanha em seus respectivos estados e negócios.

Acompanhe as redes sociais da ABCS e dos nossos parceiros para saber mais sobre a execução da campanha, esse é o próximo passo para fortalecer ainda mais a presença da carne suína na mesa dos brasileiros!

Fonte: Assessoria ABCS
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Podcast revela bastidores de discreta, mas poderosa central de genética no seio da suinocultura brasileira

Jornal O Presente Rural reuniu em um podcast um time de feras da suinocultura para falar sobre a WG Central de Genética Suína de Quatro Pontes, PR, um empreendimento da Associação de Suinocultores de Marechal Cândido Rondon que tem se tornado referência nos últimos anos pela sua modernidade e pela sua eficiência.

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O jornal O Presente Rural reuniu em um podcast um time de feras da suinocultura para falar sobre a WG Central de Genética Suína de Quatro Pontes, PR, um empreendimento da Associação de Suinocultores de Marechal Cândido Rondon que tem se tornado referência nos últimos anos pela sua modernidade e pela sua eficiência. Responsável por toda a genética de machos repassada aos suinocultores da cooperativa Copagril, a WG ainda leva o material para várias regiões do Brasil, como Santa Catarina, Mato Grosso e Minas Gerais. Conheça um pouco dessa história em versão impressa. Se preferir, acesse o podcast aqui.

Participaram Ary Giesel, médico-veterinário responsável técnico da WG, empresa terceirizada da associação para administrar a central de inseminação. Também um velho conhecido do setor e premiado suinocultor Milton Becker, um dos fundadores da Associação de Suinocultores de Marechal Cândido Rondon. Quem também participou é outro grande produtor de leitões, Eládio Deves, que contou um pouco sobre a sua experiência com o material genético da central. Contribuíram também o superintendente de Pecuária da Copagril, André Dietrich, é o vice-presidente da cooperativa e suinocultor César Petri.

Suinocultor e um dos fundadores da Associação de Suinocultores de Marechal Cândido Rondon, Milton Becker – Fotos: Sandro Mesquita/OP Rural

O Presente Rural – Acho que seu Milton pode começar contando para nós um pouco quando foi criada e qual era o objetivo da associação na época?

Milton Becker – Estou na suinocultura desde 1977, faz 47 anos. Comecei junto com a minha esposa, uma granja de dez matrizes e um sócio. Eu trabalhava no comércio na época, gerente de uma empresa, mas tinha a intenção de investir no agronegócio. E eu entendi que a suinocultura seria o melhor ramo. A associação foi surgindo de forma natural pela necessidade. Eu fui também na época vice presidente da Associação Brasileira e também foi vice presidente da Associação Paranaense. Fomos fortalecendo então a Associação de Marechal Cândido Rondon. Já que nós vamos falar da Central, surgiu a ideia entre 1991 e 1992 de fazer uma central de inseminação que fosse para benefício de todos O Ary já era na época era o responsável técnico dessa central. Foi uma evolução, um investimento muito bom, o que deixa a gente satisfeito é a evolução. Naquela época eram oito, dez machos.

Tivemos uma evolução boa, eu e meus parceiros fazíamos a venda de leitões, depois nós fizemos um contrato com a Copagril. E nós entendemos também pela necessidade e pelo padrão de genética da cooperativa.

E hoje estamos muito felizes na nossa granja (de matrizes que recebe a genética da central), todo mundo sabe. Nós já fomos campeões nacionais por oito anos, seis anos em primeiro lugar e dois anos em segundo lugar. São vários fatores do segredo de sucesso: genética, assistência técnica e mão de obra. E a central e os reprodutores são muito importantes porque é ali que inicia tudo.

Você tem a matriz, mas você tem que inseminar essa matriz com qualidade e de um padrão, vamos dizer assim, altamente confiável. E esse é o que acaba acontecendo então na nossa granja.

Superintendente de Pecuária da Copagril, André Dietrich

O Presente Rural – Ari, de uns anos para cá houve esse reposicionamento da associação que adotou uma nova forma de gestão. Quais foram os motivos para essa nova forma de atuação, para essa terceirização de fato acontecer?

Ari Giesel – Em um certo momento não se sabia quem iria tocar a central, não tinha gente que dissesse eu posso tocar a central e avançar. Eu era responsável técnico na época, que é uma outra atribuição, eu ia lá uma vez por semana e a central estava na mão de pessoas que iam lá uma vez por mês e que não tinha conhecimento técnico.

E foi aí que a gente entrou em um proposta com a Copagril e ela entendeu que a gente poderia fazer um trabalho de se dedicar com sêmen. Aí a gente terceirizou realmente dentro desse pacote. Em cima disso então eu assumi para terceirizar a central e começar a buscar tecnologia, ver a evolução que que as outras centrais tinham. Fomos para a Espanha para ver como é que era o processo lá. A gente viu maquinários, viu novas ideias e veio com aquilo de que a gente também poderia fazer. Adquirimos a maioria das máquinas que têm hoje lá e graças a Deus a gente conseguiu com esforço, buscando informação junto com o produtor, junto com a cooperativa.

A gente começou então fazer que o sêmen fosse realmente um selo de qualidade, igual a qualquer central. Então, dentro desse propósito, a gente começou treinando todos os funcionários. E qual é o nosso objetivo? É ser igual ou até melhor que as outras centrais. Dentro do nosso volume, a gente tem uma segurança muito forte mesmo para dizer que realmente nosso produto sai com muita qualidade. Ou nós produzimos qualidade, que é a nossa meta, ou não produzimos.

O Presente Rural – Para onde vai esse sêmen? Só para a Copagril?

Ari Giesel – O volume maior realmente vai para a Copagril. Eu diria 70%, esses outros 30% vão para diversas regiões, vai para Minas Gerais, vai para Mato Grosso e para Santa Catarina. Mas o nosso foco mesmo é ter uma parceria e um crescimento com a Copagril. A gente já está almejando e tomara que consiga um aumento de 30% na nossa atividade na nossa produção. Hoje nós temos 150 machos. Desde 2017 já são dois milhões de doses.

Ary Giesel, médico-veterinário responsável técnico da WG, empresa terceirizada da associação para administrar a central de inseminação

O Presente Rural – Diz que a associação, apesar de ser pequena, escondidinha, está sendo reconhecida pelas empresas de genética, pelo mercado, como uma das mais modernas e eficientes do país. Pode contar um pouco para nós os detalhes técnicos?

Ari Giesel – Nós fazíamos no início tudo manual. A gente foi buscar máquinas que façam o trabalho, adquirimos um sistema que a gente não se envolve muito, a máquina te dá o resultado. A gente só gerencia esses resultados. Todo mundo sabe o objetivo que a gente tem. A gente premia também os funcionários de alguma forma para eles estarem realmente engajados e principalmente para nós termos qualidade e ter o resultado lá no campo.

Às vezes dá uma tremedeira porque a responsabilidade é grande, a gente sabe o envolvimento e a parceria que tem que ter com o produtor. Ele tem que fazer a parte dele. E essa parte foi muito bem feita pela cooperativa, pois todos eles têm conservadoras e cuidam do sêmen que nem fosse cuidar uma joia. E essa joia realmente se traduz em ganhos.

O Presente Rural – Andrey, como é que a evolução genética tem contribuído para uma suinocultura moderna?

Andrey Dietrich – A genética é um dos pilares da nossa produção. A gente sempre busca custo, é claro, sem sacrificar qualidade. Mas nós buscamos sim otimizar custo. E a gente vê que a melhoria do desempenho consegue reduzir custos. Eu extrair o máximo potencial é reduzir custo também. A gente tem esse entendimento. A nutrição é a maior parte do nosso custo de produção, a gente precisa que a ração seja bem aproveitada. Então a gente não pode se dar ao luxo de desperdiçar ração ou não extrair o máximo que aquela nutrição pode nos proporcionar.

No nosso ponto de vista, a genética é o limite de até onde a gente consegue. Então, se eu estou com o meu manejo bem alinhado, se eu estou com a minha nutrição bem alinhada, qual é a nota dez do meu sonho? Qual é a nota dez do meu custo? Até onde eu consigo chegar? E a genética é a que delimita isso.

Então é importante essa conversa com a central e algumas solicitações de modernização de investimento que e a gente faz e somos prontamente atendidos. A gente faz isso pensando na evolução genética, para que a gente consiga ser referência em custo e em produtividade.

Vamos pensar só na linha paterna. O macho é extremamente importante para que a gente tenha a melhor conversão alimentar possível. Recentemente foi feita uma alteração na pontuação do macho, utilizando o que tem de melhor no mercado hoje, pelo menos pela troca de informação que a gente tem com as demais cooperativas, mais empresas da nossa região e do Brasil visando esse máximo potencial.

A gente entende que é o papel fundamental da genética determinar até onde consegue chegar, reduzir custo, produzir mais e ter sucesso na atividade.

O Presente Rural – Legal que vocês da cooperativa têm envolvimento com a WG para trocar informações para continuar a evolução da central.

Andrey Dietrich – Sim, apesar de a central não estar dentro na Coopagril, a gente tem essa parceria estabelecida. O Ary falou que 70% do sêmen que é produzido ali vem para a Copagril, mas a cooperativa utiliza 100% do sêmen na central. A central abastece toda a produção da cooperativa. E tem capacidade inclusive que conseguiria contemplar aumentos de produção que a gente por ventura possa ter e provavelmente teremos.

Olhe, o Ari falou que dá aquela tremedeira da responsabilidade e realmente a gente sabe da importância da central, então não tem como ser diferente. Como que a gente espera um resultado bom para o nosso produtor e para a nossa integração se a gente não está nessa conversa afinada com a central? Não tem outra forma. A gente vê essa parceria como bastante estratégica.

O Presente Rural – E esses machos? Como são escolhidos? Eles produzem durante por quanto tempo e como é a reposição?

Andrey Dietrich – O macho tem uma vida útil. Nós acompanhamos a evolução do mercado e das próprias genéticas. Nós temos comprovado que o material genético está entregando o melhor resultado, que é bom para todo mundo, é bom para o produtor, bom para a creche, bom para a terminação e é bom para o frigorífico. No frigorífico também dita muito da tendência que a gente precisa seguir. A gente vai seguir por aquela linha. A nossa definição da genética é com base nos critérios técnicos de produtividade e idade de macho.

Ari Geisel – Hoje os machos são descartados pela pontuação que eles têm de um índice genético. Nós temos o índice máximo que são de 130 pontos, quando chegou a 100 pontos vai para o descarte. Nós descartamos no ano passado 76% do plantel. Às vezes, como central, dá até dó ele está com a idade certa, mas geneticamente eles medem lá que esse macho então já é um candidato ao descarte. Onera bastante, mas mantém a qualidade.

Vice-presidente da cooperativa e suinocultor César Petri

O Presente Rural – O César Petri é vice-presidente da Copagril e também suinocultor. Qual a importância para a Copagril em ter uma parceria sólida para entrega de sêmen?

César Petri – Minha falecida mãe começou com quatro matrizes e era todo ciclo completo e a monta era natural. Na época era com o cachaço, com o macho lá na granja para fazer inseminação, sistema natural. Só que com o crescimento e com a tendência da evolução genética, não cabia mais ter o macho na granja lá porque ele ficava às vezes três, quatro, cinco ano na granja, mas enquanto isso a genética já estava muito mais avançada. Tinha perda de evolução genética muito grande e fora que com o crescimento das granjas hoje é inconcebível e não tem como operacionalizar monta natural. Hoje se faz lotes de 100 matrizes inseminadas numa semana. Então, sem condições de fazer uma inseminação natural. O sistema de ciclo completo foi se extinguindo, foi se verticalizando, o sistema e as grandes de iniciação foram cada vez ampliando mais. Hoje são granjas de 1000, duas mil, 3 mil, 5 mil matrizes. Então para isso teve que se evoluir para o sistema de inseminação artificial.

Se, por exemplo, ele enviar uma dose de sêmen que não teve esse controle perfeitinho, com problema no lote. Da inseminação de 100 matrizes, por exemplo, 40 possam ter problema. O sêmen é o mais barato de tudo, você perdeu um lote de cobertura que custava muito dinheiro. Queremos garantia de ter um parceiro sólido, não só na questão do sêmen, mas em todas as áreas de nutrição, de fornecedores, de compradores. A gente precisa ter parcerias sólidas, que dão garantia de qualidade. Isso a gente conquistou também com a central de inseminação.

O Presente Rural – O abatedouro da Frimesa está a plenos pulmões em Assis Chateaubriand, aumentando cada vez mais a produção, e a Copagril é uma das grandes fornecedoras de suínos para o abate. Quais são os planos para ampliar a produção no campo e como a central se encaixa nisso?

César Petri – A Frimesa fez todo esse investimento no frigorífico novo e demanda de um crescimento na produção de todas as cooperativas. A Copagril hoje está com um plantel de 30 mil matrizes no campo na mão de produtores associados. A Copagril não tem granja própria, mas tá na mão do cooperado. A gente viu que a gente deveria deixar o produtor cooperado produzir e é esse o modelo de produção que a companhia tem. A gente vai atender o crescimento da Frimesa, mas precisa que o associado queira construir essas granjas também, porque esse é o modelo que a gente tem.

Mês passado (março), inclusive, a gente bateu recorde de fornecimento de suínos. Foi mais de 100 mil suínos entregues num único mês. E a central vai continuar tendo papel primordial no crescimento. Se a gente crescer, a central vai precisar continuar crescendo.

O Presente Rural – Temos aqui o Eládio Deves, há muito tempo trabalhando com seu Milton, mas com granja própria. O senhor consegue notar os resultados da genética lá na granja?

Produtor de leitões, Eládio Deves

Eládio Deves – Com certeza. O produtor procura e busca o GPD (ganho de peso diário), número de nascidos vivos ou nascidos totais deles que a gente trabalha da diferença dos nascidos totais e vivos. Com certeza a genética melhorou muito e hoje nós temos um padrão de leitão na granja. Nós não temos um leitão nascendo muito pequeno, precisa de média. Eu quero bastante leitão, mas eu quero uma média boa, que são leitões viáveis, com mais peso. A genética evoluiu muito nesse sentido.

O Presente Rural – O Milton é um dos maiores ganhadores do prêmio Agriness, que destaca os maiores produtores de desmamados/fêmea/ano no Brasil. Fale um pouco dessas conquistas e como o sêmen suíno contribui para esse sucesso?

Milton Becker – Com certeza a genética tem muito a ver não só do macho, mas também da matriz. E a gente sempre busca mais, buscar melhor. Oito anos e desde o primeiro ano nós já passamos a ganhar. São vários fatores, a genética, tanto do macho como da fêmea, nutrição, manejo, mas a mão de obra é fundamental. E a premiação é uma consequência. O prêmio é uma satisfação e realmente eu tenho certeza. Conheço a opinião dos meus colaboradores e eles ficam felizes com essa questão da premiação.

O Presente Rural – Eládio está no páreo também?

Eládio Deves – Não. Comecei a usar o sistema da Agriness no ano passado, mas ficou fui o campeão na Copagril. Fiquei em primeiro lugar. Nos últimos oito anos, ficamos duas vezes em segundo e as outras em primeiro. É importante a referência, o objetivo é sempre ficar entrando entre os melhores, se eu tiver um desempenho baixo, eu não consigo ter rentabilidade e não tenho como crescer na atividade. Eu tenho que ficar no mínimo entre os 10% melhores do país, vamos dizer assim. Esse é o objetivo.

Milton Becker – Só para ter uma ideia, nós estamos fechamos o ano passado com 36,5 leitões em média. Todo mundo sabe que a média regional aqui é 28. Então nós temos oito leitões e meio por porca a mais do que a média regional. Fazendo uma conta bem simples, 5 mil matrizes vezes oito, são 40 mil leitões a mais por ano que a nossa granja produz. E isso é aquilo que demonstra a viabilidade do negócio. Eu falo isso para estimular os outros produtores e para cada buscar o seu melhor, porque é dessa forma que a gente consegue também se manter na atividade.

César Petri – A gente fala muitas vezes em ampliação, falando em ampliação para crescimento da Frimesa ou o produtor investir em ampliação. Quando a gente olha o número dessa forma, a gente percebe que a gente tem uma ampliação dentro do número. Então eu preciso aumentar o tamanho da minha granja. Talvez não. São 40 mil leitões mais em 5 mil matrizes no ano, isso é quase meio mês de abate. Olha o potencial que nós temos em produção, em produtividade e que é uma ampliação que já está dentro da granja. Imagina trazendo para o sistema da Copagril de 30 mil matrizes, se ganhar cinco leitões a mais. São 150 mil suínos a mais no ano. É um mês e um pouco de abate dentro do próprio número.

Eládio Deves – Mas queremos não apenas número, mas um leitão mais pesado, de sete quilos e meio que é um objetivo para ele ir melhor nas creches. Então, vamos dizer, nós não vamos fazer oito leitões a mais. As vezes tem porca com 42 leitões por ano, mas desmama com 16, 18 dias. Na minha opinião não é viável. Desmarcam com 16 dia, 18 dias, para mim sempre vale o custo e tem que sobrar alguma coisa no leitão, não adianta eu ter número.

Andrey Dietrich – Muito bem observado. Também não é nosso objetivo só botar número de leitão. É importante qualidade, isso é a premissa principal.

O Presente Rural – Vice-presidente da Copagril, com tudo isso que a gente falou, como se reflete lá no consumidor final?

César Petri – Qualidade da carne. Aí é um dos pontos também da evolução genética que a gente vem falando é a qualidade de carne, a qualidade nutricional que a gente quer no final, que a gente sempre tem que estar olhando. Temos que olhar para o cara que vai lá na gôndola do supermercado comprar essa suína, caso contrário não tem justificativa em estar produzindo o suíno.

A missão nossa é essa. Acompanhamos a evolução genética para chegar lá no frigorífico um suíno com a característica que o consumidor queira. Esse é o objetivo que a gente vai estar sempre perseguindo.

O Presente Rural – E para o futuro, quais são os planos para a central?

Ari Giesel – Depende muito da demanda. Nós acreditamos que nós vamos ter uma demanda de 30% e para isso a gente vai precisar também mexer na estrutura física geral. E a gente já está vendo a possibilidade. Basicamente já está definido que a gente vai aumentar no mês de maio e depois a central depende da parceria com a Copagril. Estamos querendo chegar em 200 machos. A gente acha que assim vai suprir a necessidade da região

O Presente Rural – Senhores, alguma consideração final?

Milton Becker – Há muitos anos eu descobri que é preciso ter parcerias. Eu acho que hoje o produtor deve produzir e a nossa cooperativa que faz o trabalho de engorda e às vezes e depois vai para a mesa. Eu não vejo outro caminho para a suinocultura sem essas parcerias. Isso é muito forte na região Oeste e no Paraná. A parceria fortalece a Copagril, a central de genética e a granja.

Eládio Deves – Para ser viável, é preciso ter as 52 semanas sem oscilações. A minha granja é pequena e representa tantos por cento, mas todos os produtores têm que ter a consciência disso. Nós precisamos 52 semanas por ano ter um parceiro bom.

Andrey Dietrich – Só enfatizar a importância da parceria com a WG, com os produtores de qualidade, como o Milton e o Eládio. Eu acho que essa sinergia entre central, produtores e cooperativa, todo mundo fazendo a sua parte aqui, vai sempre nos trazer um bom resultado. Só agradecer e enfatizar a importância das parcerias para a gente.

César Petri – Eu quero só reforçar a importância dessa cadeia para a cooperativa, foi a partir da suinocultura que a Copagril surgiu. É extremamente importante essa cadeia, a gente vê como sustentáculo de tantas famílias no campo e que o crescimento da suinocultura nos traz grandes desafios numa região desafiadora, que já tem uma concentração de suínos grande e que a gente precisa crescer da melhor forma possível e no melhor alinhamento possível. E isso central, no trabalho que ela faz, nos dá essa garantia também de crescer tranquilo, que a gente tem a fornecedora de genética que nos dá segurança.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor de suinocultura acesse a versão digital de Suínos, clique aqui. Boa leitura!

Fonte: O Presente Rural
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