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Importância da monitoria dos programas vacinais de Gumboro e Newcastle: qual melhor momento da rotação de programa?

Implementação de um programa vacinal pensado para proteção clínica de frangos de corte contra essas duas principais doenças imunossupressoras da avicultura constitui a base para que essas aves possam expressar seu potencial genético produtivo e contribuir para um controle desses agentes infecciosos no ambiente.

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Foto: Shutterstock

A seleção para características produtivas é concorrente a competência de resposta imunológica, de modo que aves de produção (seja para carne, reprodução ou ovos) somente podem expressar seu potencial zootécnico sem que tenha havido comprometimento do status sanitário.

A implementação de um programa vacinal pensado para proteção clínica de frangos de corte contra duas principais doenças imunossupressoras da avicultura, Marek e Gumboro, constitui a base para que essas aves possam expressar seu potencial genético produtivo e contribuir para um controle desses agentes infecciosos no ambiente. A ocorrência de doenças imunossupressoras exerce efeito importante nos resultados zootécnicos, pois a ave depende da integridade do sistema imune para responder aos desafios.

Recentemente, tem crescido o interesse na proteção contra desafios respiratórios decorrentes pela infecção pelo vírus de Newcastle de baixa patogenicidade, seja em decorrência de desafios regionais ou sazonais ou por demandas de mercados importadores de produtos cárneos de frango. Para atender a essa demanda, programas de vacinação para Newcastle passaram a integrar o programa vacinal basal, somado  a Marek e Gumboro.

Com a inclusão da doença de Newcastle na lista de agentes importantes de prevenção para frangos de corte, ficou evidente que conhecer a realidade de cada empresa e região para esse fator é determinante para a tomada de decisão do programa vacinal mais adequado. Um bom programa de vacinação deve contemplar as características do desafio e fatores inerentes a patogenecidade do agente, sua relação com o meio ambiente e o nível de risco de infecção do hospedeiro animal.

Tecnologias vacinais

Os programas vacinais para frangos de corte podem ser constituídos de diferentes formas e a vacinação no incubatório para esses agentes passou a ser um marco na história da avicultura, ao passo que traz garantia e uniformidade de aplicação e precocidade de resposta imune quando comparado a vacinação tradicional de Gumboro nas granjas. Com o objetivo de migrar a forma de vacinação do campo para o incubatório, buscando os benefícios supracitados, a primeira geração de vacinas tecnológicas de Gumboro foi desenvolvida na década de 90 e é representada pelas vacinas de complexo imune, capaz de promover a proteção contra a doença de Gumboro mesmo a animais de diferentes níveis de anticorpos maternos. A vacina de complexo imune deve ser administrada juntamente a uma vacina para Marek (HVT) para que a proteção seja conferida às duas importantes doenças imunossupressoras.

Ano mais tarde, a segunda geração tecnológica de vacinas foi apresentada ao mercado em uma disruptiva forma de construção de vacinas com o surgimento de uma vacina vetorizada com vetor de vírus de Marek expressando a proteína VP2 do vírus de Gumboro, combinando desta forma a proteção contra duas enfermidades importantes para a avicultura – Marek e Gumboro – em uma só aplicação.

Figura 1 – Representação do mecanismo de proteção para tecnologias vacinais de Gumboro de complexo imune (à esquerda) e vetorizadas (à direita).

Anos mais tarde, a busca pela conveniência da proteção para múltiplas doenças aliada a evolução da tecnologia em construção de vacinas vetorizadas baseadas em vetor HVT culminou na vacina vetorizada de vetor HVT expressando não só a proteína VP2 do vírus de Gumboro, mas também uma proteína F de um vírus da doença de Newcastle.

Figura 2 – Expressão de proteínas VP2, do vírus do Gumboro, e F, do vírus de Newcastle, em vetor HVT para vacina vetorizada HVT+IBD+ND.

Independentemente dos produtos vacinais e diferenças entre eles, principalmente naqueles de mais recente geração, as opções disponíveis trazem flexibilidade ao mercado. As empresas produtoras poderão optar pela tecnologia e espectro de proteção que fizer sentido as exigências de clientes e diferentes características locais.

Monitorias sanitárias como ferramentas de decisão

Uma análise de risco de agentes infecciosos para empresas e regiões pode apontar indicadores para estabeler o programa vacinal mais adequado em cada situação, e as monitorias sanitárias ativas de rotina tem importância crucial para isso. Os laboratórios são fonte de dados e laudos que, junto aos resultados zootécnicos, deveriam servir como suporte à decisão relacionada à manutenção ou as modificações nos programas sanitários.

As monitorias sanitárias podem ser estabelecidas utilizando-se diferentes metodologias analíticas, como sorologias, histologia e biologia molecular. A sorologia pode ser utilizada desde a monitoria da qualidade vacinal até a inferência do nível de pressão de infecção por determinados agentes infecciosos. Já a biologia molecular pode revelar informações referentes aos agentes infecciosos específicos tais como identificação, filogenia e até mesmo quantificação. A histologia tem importância no estudo comparativo de tecidos saudáveis e patológicos, podendo auxiliar no diagnóstico de manifestações clínicas ou de acompanhar o grau de lesão em um tecido.

Com o objetivo de simplificar a análise de dados obtidos com as monitorias laboratoriais combinadas às variações nos resultados zootécnicos, usamos como forma de monitoria ativa em clientes o Programa de Imunização Unificada (Índice PIU), uma ferramenta capaz de traduzir os dados laboratoriais em informações objetivas do potencial de cada empresa, respeitando suas características, auxiliando o produtor a tomar a decisão mais assertiva.

Esta ferramenta está em atuação desde 2020 e alguns exemplos de sua utilização como um indicador da eficácia e eficiência do programa vacinal instituído tem chamado a atenção e aqui trazidos em três casos exemplares.

Em uma empresa do estado do Paraná o Índice PIU de um programa vacinal para Gumboro foi obtido em três momentos ao longo do ano (Figura 3). Percebemos que o mesmo programa vacinal, ao longo do ano, não alterou significativamente o Índice PIU em épocas de maior ou menor temperatura ambiental média.

Figura 3 – Índice PIU ao longo do ano em uma empresa do estado do Paraná. Estão indicados temperaturas máximas e mínimas e índice médio de precipitação para os períodos.

Isso demonstra que um mesmo programa vacinal pode ser utilizado ao longo do tempo sem representar alterações significativa nos indicadores, mesmo que pequenas flutuações desses indicadores ocorrerão naturalmente.

O segundo exemplo demonstra o aumento do Índice PIU comparando-se o momento da primeira análise com a segunda, no mesmo ano, em uma empresa do estado de Minas Gerais. Nota-se, no entanto, que o programa vacinal (B) continou sendo o mesmo.

Figura 4 – Índice PIU ao longo do ano em uma empresa do estado de Minas Gerais. . Estão indicados temperaturas máximas e mínimas e índice médio de precipitação para os períodos.

Neste caso, correções de fatores pontuais com treinamentos de vacinação no incubatório, acompanhamento de práticas de manejo e melhorias do programa vacinal em matrizes possibilitaram a melhora dos índices de um mesmo programa vacinal.

O Índice PIU também pode ser útil para avaliar a situação atual e, em melhor adaptando o programa vacinal a realidade e necessidades de cada empresa, monitorar o desempenho da alteração de programa sugerida, como ocorrido em uma empresa do estado do Paraná diferente daquela do primeiro exemplo (Figura 5).

Figura 5 – Índice PIU em dois momentos distintos: na monitoria de situação e logo após a troca do programa vacinal e dois anos após a troca do programa, na monitoria de acompanhamento no longo prazo em uma empresa do estado do Paraná. Estão indicados temperaturas máximas e mínimas e índice médio de precipitação para os períodos.

Durante a primeira monitoria foi observado que o programa vacinal adotado pela empresa não estava condizente com a necessidade e o potencial produtivo que ela tinha naquele momento. Houve então uma mudança do programa vacinal e acompanhamento contínuo de monitorias e treinamento de equipes. Após dois anos com o mesmo programa vacinal A ininterruptamente, o Índice PIU mostrou uma melhora significativa, corroborando com os melhores resultados zootécnicos.

Considerações finais

E afinal, qual o melhor momento para rotacionar o programa vacinal? Cada tecnologia vacinal traz seus benefícios e, devido às particularidades de cada uma, também seus impactos. Qual a necessidade referente ao equilíbrio entre proteção para Marek, Gumboro e Newcastle e produtividade? O fator de sazonalidade é importante para a região e empresa?

Perguntas como essas merecem atenção e devem ser respondida com base em uma monitoria sanitária bem estabelecida e robusta, que possa trazer informações ao longo do tempo e que, de forma clara, demonstre os impactos e potenciais de forma rotineira.

Para cada necessidade, sendo ela no tempo ou no espaço, as empresas devem contar com a flexibilidade dos melhores produtos vacinais para melhor adaptá-los à sua estratégia. Fica claro que, em se respeitando os fundamentos básicos das boas práticas de vacinação, os programas vacinais não tem um prazo de vencimento pré-estabelecido. Ou seja, determinar antecipadamente um prazo máximo para que um programa vacinal seja utilizado a campo parece ser mera especulação.

Com a implementação de um programa de monitoria sanitária rotineira de maneira correta deixamos de lado os achismos e pré-conceitos para deixarmos as aves responderem “Como está meu programa vacinal? Será que tenho que mudá-lo?”. As decisões produtivas e estratégicas são tomadas com base em dados, então porque a decisão do momento de adaptação do programa vacinal deve ser deixado ao acaso.

As referências bibliográficas estão com os autores. Contato via: thaynara.costa@boehringer-ingelheim.com.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor avícola acesse gratuitamente a edição digital Avicultura – Corte & Postura.

Fonte: Por equipe técnica da Boehringer-Ingelheim

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Relatório traz avanços e retrocessos de empresas latino-americanas sobre políticas de galinhas livres de gaiolas

Iniciativa da ONG Mercy For Animals, a 4ª edição do Monitor de Iniciativas Corporativas pelos Animais identifica compromisso – ou a ausência dele – de 58 grandes companhias, com o fim de uma das piores práticas de produção animal: o confinamento de aves na cadeia de ovos.

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Foto: Freepik

O bem-estar de galinhas poedeiras é gravemente comprometido pelo confinamento em gaiolas. Geralmente criadas em espaços minúsculos, entre 430 e 450 cm², essas aves são privadas de comportamentos naturais essenciais, como construir ninhos, procurar alimento e tomar banhos de areia, o que resulta em um intenso sofrimento.

Fotos: Divulgação/MFA

Estudos, como o Monitor de Iniciativas Corporativas pelos Animais (MICA) da ONG internacional Mercy For Animals (MFA), comprovam que esse tipo de confinamento provoca dores físicas e psicológicas às galinhas, causando problemas de saúde como distúrbios metabólicos, ósseos e articulares, e o enfraquecimento do sistema imunológico das aves, entre outros problemas.

Para a MFA, a adoção de sistemas de produção sem gaiolas, além de promover o bem-estar animal, contribui para a segurança alimentar, reduzindo os riscos de contaminação e a propagação de doenças, principalmente em regiões como a América Latina, o que inclui o Brasil.

Focada nesse processo, a Mercy For Animals acaba de lançar a quarta edição do Monitor de Iniciativas Corporativas pelos Animais (MICA 2024), um instrumento essencial para analisar e avaliar o progresso das empresas latino-americanas em relação ao comprometimento com políticas de bem-estar animal em suas cadeias produtivas.

O relatório considera o compromisso – ou a ausência dele – de 58 grandes empresas, com o fim de uma das piores práticas de produção animal: o confinamento de galinhas em gaiolas em suas cadeias de fornecimento de ovos.

Destaques

A pesquisa se concentrou na análise de relatórios públicos de companhias de diversos setores com operações em territórios latino-americanos, da indústria alimentícia e varejo aos serviços de alimentação e hospitalidade. Elas foram selecionadas conforme o tamanho e influência em suas respectivas regiões de atuação, bem como a capacidade de se adaptarem à crescente demanda dos consumidores por práticas mais sustentáveis, que reduzam o sofrimento animal em grande escala.

O MICA 2024 aponta que as empresas Barilla, BRF, Costco e JBS, com atuação no Brasil, se mantiveram na dianteira por reportarem, publicamente, o alcance de uma cadeia de fornecimento latino-americana 100% livre de gaiolas. Outras – como Accor, Arcos Dourados e GPA – registraram um progresso moderado (36% a 65% dos ovos em suas operações vêm de aves não confinadas) ou algum progresso, a exemplo da Kraft-Heinz, Sodexo e Unilever, em que 11% a 35% dos ovos provêm de aves livres.

De acordo com a MFA, apesar de assumirem um compromisso público, algumas empresas não relataram, oficialmente, nenhum progresso – como a Best Western e BFFC. Entre as empresas que ainda não assumiram um compromisso público estão a Assaí e a Latam Airlines.

“As empresas que ocupam os primeiros lugares do ranking demonstram um forte compromisso e um progresso significativo na eliminação do confinamento em gaiolas. À medida que as regulamentações se tornam mais rigorosas, essas empresas estarão mais bem preparadas para cumprir as leis e evitar penalidades”, analisa Vanessa Garbini, vice-presidente de Relações Institucionais e Governamentais da Mercy For Animals.

Por outro lado, continua a executiva, “as empresas que não demonstraram compromisso com o bem-estar animal e não assumiram um posicionamento público sobre a eliminação dos sistemas de gaiolas, colocam em risco sua reputação e enfraquecem a confiança dos consumidores”.

“É fundamental que essas empresas compreendam a urgência de aderir ao movimento global sem gaiolas para reduzir o sofrimento animal”, alerta Vanessa Garbini.

Metodologia

A metodologia do MICA inclui o contato proativo com as empresas para oferecer apoio e transparência no processo de avaliação, a partir de uma análise baseada em informações públicas disponíveis, incluindo relatórios anuais e de sustentabilidade.

Os critérios de avaliação foram ajustados à medida que o mundo se aproxima do prazo de “2025 sem gaiolas”, estabelecido por muitas empresas na América Latina e em todo o planeta. “A transição para sistemas livres de gaiolas não é apenas uma questão ética, mas um movimento estratégico para os negócios. Com a crescente preocupação com o bem-estar animal, empresas que adotam práticas sem gaiolas ganham vantagem competitiva e a confiança do consumidor. A América Latina tem a oportunidade de liderar essa transformação e construir um futuro mais justo e sustentável”, avalia Vanessa Garbini.

Para conferir o relatório completo do MICA, acesse aqui.

Para saber mais sobre a importância de promover a eliminação dos sistemas de gaiolas, assista ao vídeo no Instagram, que detalha como funciona essa prática.

Assine também a petição e ajude a acabar com as gaiolas, clicando aqui.

Fonte: Assessoria MFA
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Sustentabilidade em foco na Conbrasfran 2024

Evento acontece de 25 a 27 de novembro, em Gramado, na serra gaúcha.

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Foto: Divulgação/Asgav e Sipargs

A importância de uma produção mais sustentável foi a lição mais importante que este ano deixou aponta o presidente executivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul, José Eduardo dos Santos. “A natureza nos lembrou que é soberana e da necessidade de nos reciclarmos cada vez mais do que fizemos no passado. Eu digo a humanidade como um todo. As práticas sustentáveis que tanto se fala e que vamos discutir na Conbrasfran, essas práticas que estamos implementando agora é para amenizar o que vem pela frente, já que estamos enfrentando agora as consequências do que foi feito no passado”.

Então, para ele, a lição é a necessidade de insistirmos no tema da sustentabilidade ambiental e social, insistir na educação, na orientação e na disciplina ambiental com o objetivo de mitigar os efeitos climáticos no futuro. “Os efeitos podem ser vistos no mundo todo. Aumento dos dias de calor extremo, chuvas recordes no Brasil, na Espanha e outros países, além das queimadas em várias regiões do mundo também”.

A Conferência Brasil Sul da Indústria e Produção de Carne de Frango (Conbrasfran 2024), que vai ser realizada entre os dias 25 e 27 de novembro, em Gramado, na serra gaúcha, vai reunir empresários, indústrias, produtores e lideranças de todo o país para discutir todas as áreas estratégicas. “Vamos falar sobre sanidade avícola, um simpósio tradicional da Asgav será absorvido pela programação da Conbrasfran 2024. Vamos debater qualidade industrial, que trata questões de inspeção, controle, autocontrole e processo produtivo, entre outros temas. Teremos também um seminário sobre segurança do trabalho com uma abordagem do ambiente laboral dos colaboradores e da proteção deles em um quadro em que surgem novos desafios na medida em que aumentamos a produção”, pontuou.

Um dos destaques do evento será o 1º Seminário de Sustentabilidade Ambiental e Adequação Global. “Também teremos discussões sobre a área comercial, que impulsiona a nossa economia e é responsável por levar o nosso produto até a mesa do consumidor brasileiro e de mais de 150 países”, salientou Santos. Ele destaca ainda os debates sobre questões jurídicas e tributárias. “São temas que permeiam o nosso dia a dia e estamos diante de uma reforma tributária, que também será abordada”, afirmou mencionando o Agrologs, que vai falar sobre logística, outro desafio para a cadeia produtiva. “O Brasil precisa avançar em ferrovias, hidrovias é uma necessidade para garantir sustentáculos de competitividade”. “É um evento que vai trazer temas estratégicos”, encerrou.

Os interessados podem se inscrever através do site do evento. E a programação completa da Conbrasfran 2024 também está disponível clicando aqui.

Fonte: Assessoria Asgav e Sipargs
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Conbrasfran 2024 ressalta superação e resiliência da avicultura gaúcha em meio a desafios históricos

Evento será realizado entre os dias 25 e 27 de novembro, em Gramado, na serra gaúcha.

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Presidente executivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul, José Eduardo dos Santos: "São muitos os empresários que acreditam nesses movimentos e nos dão carta branca para seguir em frente" - Foto: Divulgação

Se desafio é uma palavra que faz parte do dia a dia da avicultura, este ano levou o seu significado a um novo patamar, especialmente falando do Rio Grande do Sul. O estado enfrentou enchentes e depois um caso isolado de Doença de Newcastle. “Tudo isso nos abalou sim. Redirecionamos toda a atenção e os nossos esforços para ser o elo de ligação do setor com o poder público, com a imprensa e a atender as demandas dos setores. A organização do evento já estava em curso quando tivemos 45 dias de interdição do prédio onde fica a nossa sede, localizado à beira do rio Guaíba. Tivemos enchente. Para se ter uma ideia, a água chegou até 1,80 metro do 1º andar e não pudemos entrar por conta da falta de luz, de água e outra série de dificuldades”, ressaltou o presidente executivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul, José Eduardo dos Santos.

Ainda assim, estes entraves não foram suficientes para desistir da realização da Conferência Brasil Sul da Indústria e Produção de Carne de Frango (Conbrasfran 2024), que vai ser realizada entre os dias 25 e 27 de novembro, em Gramado, na serra gaúcha. “Não houve um único questionamento sequer por parte de associados e dirigentes, o que demonstra que o setor está convencido da importância deste encontro e das discussões que ele vai trazer. Serão vários temas, técnicos, conjunturais, temas estratégicos, de planejamento e de superação de desafios, entre outros. E tudo isso fez com que o setor mantivesse acesa a chama para realizar este evento”, destacou Santos.

De acordo com ele, diante dos desafios, as atividades da organização da Conbrasfran 2024 foram acumuladas com o trabalho da linha de frente para atender as demandas cruciais que chegaram, além da interação com órgãos oficiais, imprensa e parceiros estratégicos, como a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). “E mesmo assim, continuamos com a manutenção e organização do evento. E isso nos sobrecarregou sim. Temos uma equipe enxuta, mas que trabalhou bravamente, com máximo empenho, naqueles dias”.

Santos destaca que os esforços levaram a realização de um evento muito especial, que teve a colaboração de grande parte empresários e técnicos do setor. “São muitos os empresários que acreditam nesses movimentos e nos dão carta branca para seguir em frente, que sabem que apesar das dificuldades, continuamos um estado atrativo, com indústrias e produtores de pequeno, médio e grande portes que continuam produzindo por acreditar no empreendedorismo, na pujança na mão-de-obra, na gestão”, disse o executivo lembrando que apesar dos desafios, o estado conseguiu valorizar a produção, manter empresas e ainda está recebendo novos empreendimentos.

Superação
A superação das dificuldades trazidas pelo ano exigiu muito trabalho, organização e confiança. “Precisamos valorizar a confiança daqueles que são nossos associados e dirigentes. A confiança que recebi deles e da minha equipe como dirigente executivo foi importante. Também vale mencionar as estratégias e ações que colocamos em prática para atender todas as demandas que nos chegaram. Sempre buscamos a melhor forma de atender e ajudar os associados”.

E foi também de maneira virtual que estes desafios foram enfrentados. “Interagimos muitas vezes através de plataforma virtual com os serviços oficiais , seguimos em conjunto e dentro das diretrizes da ABPA e tivemos o apoio incondicional da nossa Federação. Com uma soma de esforços, com a confiança de dirigentes que depositam confiança em nosso trabalho, conseguimos ir para a linha de frente e atender as diferentes demandas do setor e da imprensa”, contou Santos que agiu com firmeza em seus posicionamentos e conseguiu liderar o setor na retomada até chegarmos neste momento.

Os interessados podem se inscrever e conferir a programação completa da Conbrasfran 2024 clicando aqui. Outras informaçõe podem ser obtidas pelo e-mail conbrasfran@asgav.com.br, através do telefone (51) 3228-8844, do WhatsApp (51) 98600-9684 ou pelo Instagram do encontro.

Fonte: Assessoria Asgav
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