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VOZ DO COOP

Suínos / Peixes

Importância da biosseguridade interna abre debates do 2º dia do 14º SBSS

Programação segue no período da tarde, a partir das 14 horas, com as palestras do Painel Sanidade.

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Nelson Morés abriu a programação de palestras desta quarta-feira - Fotos: Divulgação/Nucleovet

Limpeza e desinfecção das instalações das granjas são de extrema importância para garantir a biosseguridade na produção. Esse tema abriu a programação científica do segundo dia do 14º Simpósio Brasil Sul de Suinocultura (SBSS). O evento, promovido pelo Núcleo Oeste de Médicos Veterinários e Zootecnistas (Nucleovet), acontece no Parque de Exposições Tancredo Neves, em Chapecó (SC), com transmissão on-line ao vivo. Paralelamente acontece a 13ª Brasil Sul Pig Fair.

Especialista abordou diversos aspectos em relação à limpeza das instalações

O médico-veterinário e consultor autônomo na área de sanidade de suínos, Nelson Morés, palestrou sobre “Biosseguridade: está na hora de parar com o ‘faz de conta’. Será que compreendemos o significado dos desafios sanitários? Uma visão de dentro da granja”. O especialista abordou diversos aspectos em relação à limpeza das instalações e reforçou a necessidade de todas as pessoas que trabalham na granja conhecerem os processos, saberem para que servem e sua importância. Morés explanou sobre a biosseguridade interna, ou seja, as medidas direcionadas a controlar a proliferação e disseminação de patógenos no rebanho. “A biosseguridade interna é o ponto mais importante para a redução no uso de antimicrobianos nas granjas”, frisou.

O palestrante explicou que os patógenos se disseminam pelo movimento de animais, dos funcionários, pelos equipamentos de uso interno e por vetores, como moscas e ratos. Para inativá-los, é preciso privá-los das necessidades básicas, ou seja, de alimentação, de água e de esconderijos. Para isso, a limpeza diária, com uso de detergente, desinfetantes e realização do vazio sanitário são ações fundamentais, além da drenagem e secagem das instalações. “Isso é essencial para baixar a pressão infectiva no ambiente”, destacou.

Morés enfatizou que os principais pontos relacionados à biosseguridade interna são a produção em lotes com vazio sanitário adequado; manter um bom sistema de limpeza e desinfecção das instalações; combate a insetos e roedores; fluxo de animais (“jamais retroceder”), fluxo de pessoas dentro dos galpões, salas e baias; uso de equipamentos compartilhados entre as salas; manejo de animais doentes; e a higiene diária das instalações.

Em todos esses processos podem acontecer falhas, que estão relacionadas a diversos fatores, como estrutura, desconhecimento técnico dos produtores, dosagem e volume incorretos do detergente e desinfetante, ausência ou uso inadequado de baias/sala hospital, entre outros. Por isso, é essencial treinar os funcionários sobre biosseguridade, a exemplo das rotas de eliminação e transmissão de patógenos, as condições ambientais para a sobrevivência dos agentes infecciosos e como as pessoas podem se tornar transmissores devido ao uso inadequado de equipamentos.

“A forma mais eficiente de manter a saúde dos animais é a quebra do ciclo de infecção e a redução da pressão infectiva. Também é preciso lembrar que a biosseguridade interna, juntamente com programa adequado de vacinação e controle de fatores de risco, são fundamentais para a manutenção da saúde dos rebanhos e para a utilização racional de antimicrobianos”, concluiu Morés.

Redução da pressão de infecção

Palestrante Anne Caroline de Lara explicou que um programa básico deve seguir as etapas de limpeza seca, limpeza úmida, desinfecção e vazio sanitário

Na sequência, a médica-veterinária, doutora Anne Caroline de Lara explanou sobre “Estratégias de redução da pressão de infecção em um sistema de produção: entendendo e aplicando programas de limpeza e desinfecção”. Ela frisou que a persistência dos agentes patogênicos está ligada a características de estabilidade e transmissão. “Considerando que muitas doenças são dose-dependende, quanto menor a exposição desses agentes aos animais, menor a probabilidade de doença clínica. Portanto, o correto manejo de ambiência e a redução da pressão de infecção são fatores importantes para que o animal possa desempenhar o melhor de seu potencial”, realçou.

Ela acrescentar que um programa básico de limpeza e desinfecção tem custo muito inferior quando comparado aos custos com tratamentos usando antimicrobianos, sem considerar o prejuízo com queda no desempenho zootécnico. “Também deve se considerar a demanda por redução do uso de antimicrobianos, por exigência de mercados e de consumidores”, complementou.

Anne explicou que um programa básico deve seguir as etapas de limpeza seca, limpeza úmida, desinfecção e vazio sanitário. A limpeza seca consiste em retirar resíduos mais grosseiros e na limpeza úmida deve-se utilizar água sob alta pressão e baixa vazão. O uso de detergentes é imprescindível para a remoção da matéria orgânica, incluindo os locais com mais difícil acesso, como superfícies mais porosas ou com defeitos, como rachaduras e frestas. A especialista enfatizou a importância de seguir a recomendação do fabricante com relação à dose de aplicação, concentração e tempo de contato de cada produto. Além disso, Anne observou que a qualidade da água utilizada interfere na ação do desinfetante.

Anne Caroline de Lara explanou sobre estratégias de redução da pressão de infecção

De acordo com a palestrante, o vazio sanitário tem o objetivo de complementar o processo de desinfecção. “Para que o vazio sanitário traga benefícios, todas as etapas anteriores devem ser realizadas com o máximo critério”, salientou, ao acrescentar que ao perceber problemas quanto a patógenos, é preciso reavaliar o processo, pois os programas devem ser completos e realizados com eficiência, incluindo limpeza, desinfecção, vazio sanitário e controle de vetores. “O ponto chave é a remoção da matéria orgânica e do biofilme”, reforçou, ao acrescentar que o treinamento das equipes para atender as premissas de um bom protocolo de limpeza e desinfecção é fundamental e que sempre surgem novas ferramentas, que devem ser associadas às medidas básicas.

Inscrições

As inscrições para o 14º SBSS estão no terceiro lote. O investimento é de R$ 600 (para o evento presencial) e R$ 500 (virtual) para profissionais e R$ 460 (presencial) e R$ 400 (virtual) para estudantes. Na compra de pacotes a partir de dez inscrições serão concedidos códigos-convites. Nessa modalidade há possibilidade de parcelamento em até três vezes.

O acesso para a 13ª Brasil Sul Pig Fair, que ocorre em paralelo ao 14º SBSS, é gratuito, tanto presencial quanto virtual. As inscrições ainda podem ser feitas pelo site www.nucleovet.com.br.

Somando forças

O 14º SBSS tem apoio da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), do Conselho Regional de Medicina Veterinária de Santa Catarina (CRMV/SC), da Embrapa Suínos e Aves, da Prefeitura de Chapecó e da Sociedade Catarinense de Medicina Veterinária (Somevesc). O Jornal O Presente Rural é veículo de comunicação oficial do evento.

Programação Científica do 14º Simpósio Brasil Sul de Suinocultura:

Quarta-feira (17)

Painel Sanidade (Jurij Sobestiansky)

14h às 14h40 – Peste Suína Africana: como está o cenário mundial atual?

Palestrante: Leandro Hackenhaar

14h45 às 16h – Mesa Redonda: Agentes respiratórios? Estamos dando a real importância aos diagnósticos?

Palestrantes: Danielle Gava, David Barcellos e Karine Takeuti

Moderador: Geraldo Alberton

16h às 16h20 – Intervalo

16h20 às 17h – Estratégias de diagnóstico e controle de meningite estreptocócica: como enfrentar este agente e sua diversidade antigênica?

Palestrante: Rafael Frandoloso

17h05 às 17h45 – Resistência bacteriana: uma pandemia silenciosa!

Palestrante: Jalusa Deon Kich

17h45 às 18h05 – Questionamentos

18h15 às 19h15 – Evento Paralelo Zoetis

19h15 – Happy Hour na PIG FAIR

Quinta-feira (18)

Painel Nutrição e Reprodução

08h às 08h40 – Efeito da matéria-prima no desempenho e saúde intestinal dos suínos

Palestrante: Gabriel Cipriano Rocha

08h45 às 09h25 – Imunonutrição: como manejar a imunidade através da nutrição

Palestrante: Breno Castelo Beirão

09h25 às 09h45 – Questionamentos

09h45 às 10h05 – Intervalo

10h05 às 10h45 – Perdas reprodutivas na produção de suínos: diagnóstico situacional e alternativas de correção

Palestrante: Rafael Ulguim

10h50 à 11h30 – Prolapsos uterinos: fatores predisponentes e abordagem para o controle

Palestrante: Augusto Heck

11h30 às 11h50 – Questionamentos

12h – Sorteios e encerramento

Fonte: Ascom Nucleovet

Suínos / Peixes

Brasil detém 32% do mercado global de cortes congelados de carne suína

Santa Catarina desponta como líder nas exportações de cortes cárneos congelados de suínos em 2023, com uma impressionante fatia de 56%. O Rio Grande do Sul e o Paraná seguem atrás, com 23% e 14% de participação, respectivamente.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O Departamento de Economia Rural (Deral) do Paraná divulgou, na quinta-feira (25), o Boletim de Conjuntura Agropecuária, trazendo um panorama abrangente dos setores agrícolas e pecuários referente à semana de 19 a 25 de abril. Entre os destaques, além de ampliar as informações sobre a safra de grãos, o documento traz dados sobre a produção mundial, nacional e estadual de tangerinas.

Segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), a produção global de tangerinas atingiu a marca de 44,2 milhões de toneladas em 2022, espalhadas por uma área de 3,3 milhões de hectares em 68 países. A China, indiscutivelmente, lidera nesse cenário, com uma contribuição de 61,5% para as colheitas mundiais e dominando 73,1% da área de cultivo da espécie. O Brasil, por sua vez, figura como o quinto maior produtor, com uma fatia de 2,5% das quantidades totais.

No contexto nacional, o Paraná se destaca, ocupando o quarto lugar no ranking de produção de tangerinas. Cerro Azul, situado no Vale do Ribeira, emerge como o principal centro produtor do país, respondendo por 9,2% da produção e 8,4% do Valor Bruto de Produção (VBP) nacional dessa fruta. Não é apenas Cerro Azul que se destaca, mas outros 1.357 municípios brasileiros também estão envolvidos na exploração desse cítrico.

Cortes congelados de carne suína

Além das tangerinas, o boletim também aborda a exportação de cortes congelados de carne suína, um mercado no qual o Brasil assume uma posição de liderança inegável. Detentor de cerca de 32% do mercado global desses produtos, o país exportou aproximadamente 1,08 bilhão de toneladas, gerando uma receita de US$ 2,6 bilhões. Os Estados Unidos aparecem em segundo lugar, com uma participação de 29%, seguidos pela União Europeia (23%) e pelo Canadá (15%).

No cenário interno, Santa Catarina desponta como líder nas exportações de cortes cárneos congelados de suínos em 2023, com uma impressionante fatia de 56%. O Rio Grande do Sul e o Paraná seguem atrás, com 23% e 14% de participação, respectivamente.

 

Fonte: Com informações da AEN-PR
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Suínos / Peixes

O que faz o Vale do Piranga ser o polo mineiro de incentivo à suinocultura?

Além de oferecer oportunidades de aprendizado e capacitação por meio de seminários, ampliando as habilidades dos colaboradores de granjas e profissionais da área, feira facilita o acesso dos produtores rurais do interior mineiro às mais recentes tecnologias do agronegócio.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A Suinfair, maior feira de suinocultura de Minas Gerais, acontece no Polo Mineiro de Incentivo à Suinocultura, situado no Vale do Piranga, uma área que se destaca nacionalmente pela sua produção suinícola. Esta região representa, aproximadamente, 35% do rebanho de suínos de Minas Gerais, produzindo anualmente cerca de 370 milhões de quilos de carne suína. O trabalho diário de levar alimento à mesa de diversas famílias faz com que mais de cinco mil empregos sejam gerados diretamente pela suinocultura, além das mais de trinta e cinco mil pessoas que trabalham indiretamente na área.

Com um histórico consolidado, a região foi oficialmente reconhecida como Polo Mineiro de Incentivo à Suinocultura por meio de legislação, o que fortalece ainda mais a cadeia produtiva local. Nesse contexto, a Suinfair surge como uma iniciativa voltada para as necessidades específicas dos suinocultores.

Além de oferecer oportunidades de aprendizado e capacitação por meio de seminários, ampliando as habilidades dos colaboradores de granjas e profissionais da área, a Suinfair facilita o acesso dos produtores rurais do interior mineiro às mais recentes tecnologias do agronegócio.

Desde equipamentos estruturais até grandes máquinas agrícolas e robôs, os suinocultores têm a chance de conhecer de perto as inovações do mercado e estabelecer contatos diretos com os fabricantes. Isso resulta na concretização de negócios baseados em condições justas, fomentando o crescimento dos produtores e incentivando a presença dos fornecedores na região.

A Suinfair é, portanto, um evento feito sob medida para a suinocultura, representando uma oportunidade única de aprendizado, networking e desenvolvimento para todos os envolvidos nesse importante segmento do agronegócio.

Fonte: Assessoria Suinfair
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Suínos / Peixes

PorkExpo Brasil & Latam 2024 abre inscrições para receber trabalhos científicos do mundo inteiro

Disputa científica tradicional da suinocultura vai distribuir R$ 6 mil em dinheiro e reconhecer as quatro pesquisas mais inovadoras da indústria da carne suína.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Inscrições para envio de trabalhos científicos à PorkExpo Brasil & Latam 2024 estão abertas. Esse é um convite conhecido da suinocultura internacional há mais de duas décadas. Encontro inovador, que debate de ponta a ponta a cadeia produtiva da suinocultura, vai confirmar mais uma vez a tradição de incentivar as pesquisas da indústria mundial da carne suína, com a Mostra de Trabalhos Científicos, que será realizada nos dias 23 e 24 de outubro, no Recanto Cataratas Thermas Resort & Convention, em Foz do Iguaçu (PR).

O evento reúne o 12º Congresso Latino Americano de Suinocultura e o 2º Congresso Nacional Mulheres da Suinocultura, que seguem com as inscrições abertas aqui.

A 12ª edição convida pesquisadores e estudiosos para contribuir com seus conhecimentos e inovações. “Em cada edição da PorkExpo são recebidos ao menos 200 trabalhos”, exalta a CEO da PorkExpo Brasil & Latam 2024, Flávia Roppa

Neste ano, a premiação vai premiar quatro pesquisas científicas, sendo três referencias e um grande vencedor. O total da premiação chega a R$ 6 mil.

Flávia explica que os trabalhos devem abranger temas essenciais à atividade, como produção, sanidade, bem-estar animal, marketing da carne suína, economia, extensão rural, nutrição, reprodução, aproveitamento de resíduos e meio Ambiente, refletindo a amplitude e profundidade tecnológica que o setor apresenta a cada década que passa. “A PorkExpo apoia consistentemente o conhecimento por parte dos pesquisadores, professores, profissionais e estudantes, que buscam inovações para subsidiar a produção de campo, a indústria de processamento e o aumento do consumo da nossa carne pelos consumidores. Um propósito que ratificamos em duas décadas. E esperamos pela participação máxima desses estudiosos, do mundo inteiro”, enfatizou Flávia.

Inscrições

Os trabalhos precisam ser totalmente inéditos e entregues impreterivelmente até o dia 11 de agosto, podendo ser redigidos em Português, Inglês ou Espanhol. “Todos serão submetidos pelo site da Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Os inscritos precisam informar o e-mail, telefone para contato e endereço completo de uma pessoa que vai ser a responsável pelo trabalho para futuros contatos com a organização do evento”, informa a CEO da PorkExpo.

Os interessados devem enviar os trabalhos formatados em duas páginas, em papel A4 (21 x 29,7 cm), digitados no Word para Windows, padrão 6.0 ou superior e salvos na extensão .doc, fonte dos textos em Arial, para o endereço: flavia@porkexpo.com.br. “Não serão aceitos trabalhos fora do padrão”, reforça Flávia.

Todas as informações referentes às inscrições e normas de redação podem ser consultadas clicando aqui. Os autores dos trabalhos avaliados pela Comissão Científica serão comunicados da sua aceitação ou não. “Participe e faça a diferença. Não perca a chance de participar desse movimento que define o amanhã da suinocultura. Junte-se aos líderes que estão construindo o futuro da indústria mundial de carnes”, convida Flávia, acrescentando: “Esperamos por sua ideia eficiente e inovadora”.

Fonte: Com informações da assessoria PorkExpo Brasil & Latam
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CBNA – Cong. Tec.

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