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Importações brasileiras de derivados lácteos foram recordes em 2023

Principal derivado lácteo adquirido pelo Brasil no ano passado foi o leite em pó, com expressivo avanço de 83,4% sobre o balanço de 2022.

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Foto: Claudio Neves

Em alta pelo terceiro mês consecutivo, as importações brasileiras de derivados lácteos fecharam dezembro com o maior volume desde setembro de 2016. No acumulado de 2023, as compras bateram recorde da série histórica da Secex.

Em dezembro, foram 226,2 milhões de litros em equivalente leite adquiridos, 10,46% a mais que em novembro. O destaque ficou por conta do leite em pó, com participação de 81,9% no total de produtos lácteos importados pelos brasileiros no período.

Quanto aos queijos, o volume adquirido diminuiu 15,7% no comparativo mensal, mas ainda é 89% maior que o de dezembro de 2022. As compras da manteiga avançaram 40% entre novembro e dezembro. Assim, no acumulado de 2023, as importações somaram 2,25 bilhões de litros em equivalente leite, forte aumento de 68,8% em relação a 2022.

O principal derivado lácteo adquirido pelo Brasil no ano passado foi o leite em pó, com expressivo avanço de 83,4% sobre o balanço de 2022.

O leite modificado foi a única categoria com baixa na quantidade importada. Quanto às exportações brasileiras, os envios de dezembro atingiram 6 milhões de litros em equivalente leite, elevação de 27% frente a novembro – dados da Secex.

O volume de queijos embarcado foi de 2,8 milhões de litros em equivalente leite (com participação de 47,7% no total exportado), o maior desde junho de 2022 e um aumento expressivo 51,8% sobre o mês anterior. Já os embarques de em pó e leite condensado recuaram respectivos 51,3% e 72,1% no comparativo mensal e 87% e 64,6% frente ao mesmo período de 2022.

Em 2023, o volume exportado de lácteos diminuiu 40% em relação ao ano anterior, totalizando 79 milhões de litros em equivalente leite, o menor desde 2019. Apesar dos aumentos nos embarques de leite condensado e creme de leite, de 7,8% e 1,2%, as quedas nas vendas do leite em pó, queijos e manteiga foram significativamente maiores, de 90,8%, 29% e 64,9%, nesta ordem, frente a 2022.

Balança comercial

Em dezembro, a balança comercial dos lácteos fechou com déficit de US$ 87,9 milhões, indicando piora no saldo pelo terceiro mês consecutivo.

Fonte: Assessoria Cepea

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Queijo paranaense produzido na região Oeste está entre os nove melhores do mundo

Fabricado em parque tecnológico do Oeste do estado, Passionata foi o único brasileiro no ranking e também ganhou título de melhor queijo latino americano no World Cheese Awards.

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Foto: Biopark

Um queijo fino produzido no Oeste do Paraná ficou entre os nove melhores do mundo (super ouro) e recebeu o título de melhor da América Latina no concurso World Cheese Awards, realizado em Portugal. Ele concorreu com 4.784 tipos de queijos de 47 países. O Passionata é produzido no Biopark, em Toledo. Também produzidos no parque tecnológico, o Láurea ficou com a prata e o Entardecer d´Oeste com o bronze.

Foto: Gilson Abreu

As três especialidades de queijo apresentadas no World Cheese Awards foram desenvolvidas no laboratório de queijos finos e serão fabricadas e comercializadas pela queijaria Flor da Terra. O projeto de queijos finos do Biopark é realizado em parceria com o Biopark Educação, existe há cinco anos e foi criado com a intenção de melhorar o valor agregado do leite para pequenos e médios produtores.

“A transferência da tecnologia é totalmente gratuita e essa premiação mostra como podemos produzir queijos finos com muita qualidade aqui em Toledo”, disse uma das fundadoras do Biopark, Carmen Donaduzzi.

“Os queijos finos que trouxemos para essa competição se destacam pelas cores vibrantes, sabores marcantes e aparências únicas, além das inovações no processo produtivo, que conferem um diferencial sensorial incrível”, destacou o pesquisador do Laboratório de Queijos Finos do Biopark, Kennidy Bortoli. “A competição toda foi muito emocionante, saber que estamos entre os nove melhores queijos do mundo, melhor da América Latina, mostra que estamos no caminho certo”.

O Paraná produz 12 milhões de litros por dia, a maioria vem de pequenos e médios produtores. Atualmente 22 pequenos e médios produtores de leite fazem parte do projeto no Oeste do Estado, produzindo 26 especialidades de queijo fino. Além disso, no decorrer de 2024, 98 pessoas já participaram dos cursos organizados pelo Biopark Educação.

Neste ano, foram introduzidas cinco novas especialidades para os produtores vinculados ao projeto de queijos finos: tipo Bel Paese, Cheddar Inglês, Emmental, Abondance e Jack Joss.

“O projeto é gratuito, e o único custo para o produtor é a adaptação ou construção do espaço de produção, quando necessário”, explicou Kennidy. “Toda a assessoria é oferecida pelo Biopark e pelo Biopark Educação, em parceria com o Sebrae, IDR-PR e Sistema Faep/Senar, que apoiam com capacitação e desenvolvimento. A orientação cobre desde a avaliação da qualidade do leite até embalagem, divulgação e comercialização do produto”.

Foto: Divulfgação/Arquivo OPR

A qualidade do leite é analisada no laboratório do parque e, conforme as características encontradas no leite, são sugeridas de três a quatro tecnologias de fabricação de queijos que foram previamente desenvolvidas no laboratório com leite com características semelhantes. O produtor então escolhe a que mais se identifica para iniciar a produção.

Concursos estaduais

Para valorizar a produção de queijos, vão iniciar em breve as inscrições para a segunda edição do Prêmio Queijos do Paraná, que conta com apoio do Governo do Paraná. As inscrições serão abertas em 1º de dezembro de 2024, e a premiação acontece em 30 de maio de 2025. A expectativa é de que haja mais de 600 produtos inscritos, superando a edição anterior, que teve 450 participantes. O regulamento pode ser acessado aqui. O objetivo é divulgar e valorizar os derivados lácteos produzidos no Estado.

O Governo do Paraná também apoia o Conecta Queijos, evento voltado a produtores da região Oeste. Ele é organizado em parceria pelo o IDR-Paran

Fonte: AEN-PR
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Cotações do trigo se estabilizam no Brasil

Apesar da queda de quase 20% na produtividade do Paraná, o rendimento nacional deve crescer 13,3%, compensando a redução de área e mantendo a oferta em 8,1 milhões de toneladas, 0,1% acima da do ano passado.

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Foto: Divulgação/Pixabay

Levantamentos do Cepea mostram que os preços domésticos do trigo variaram menos na última semana, enquanto os internacionais caíram com força.

Pesquisadores do Cepea explicam que a colheita do cereal caminha para a reta final no Brasil, mas estimativas oficiais apontam estabilidade na oferta nacional.

Segundo dados da Conab, a área com trigo no País correspondeu a 3,07 milhões de hectares, 11,6% menor que em 2023.

Apesar da queda de quase 20% na produtividade do Paraná, o rendimento nacional deve crescer 13,3%, compensando a redução de área e mantendo a oferta em 8,1 milhões de toneladas, 0,1% acima da do ano passado.

Fonte: Assessoria Cepea
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ICAP reflete reaquecimento do mercado de pecuária de corte, impulsionado pela alta demanda de proteína animal

Com o mercado aquecido e a arroba valorizada, a gestão eficiente dos custos de confinamento, especialmente frente ao aumento do custo de nutrição, é essencial para garantir rentabilidade e aproveitar as oportunidades do setor.

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Fotos: Gilson Abreu

O Índice de Custo Alimentar Ponta (ICAP) registrou, em outubro, R$ 14,90 na região Centro-Oeste e R$ 11,89 no Sudeste. Comparado a setembro de 2024, o ICAP do Centro-Oeste teve um aumento expressivo de 10,13%, enquanto o Sudeste manteve-se praticamente estável, com uma leve alta de 0,25%.

Esse cenário reflete o reaquecimento do mercado de pecuária de corte, impulsionado pela alta demanda de proteína animal, especialmente no mercado internacional, e pelo aumento do preço da arroba.

Esse ambiente favorece investimentos na engorda de animais, o que, por sua vez, eleva a demanda por insumos e o custo de nutrição. O índice é da Ponta, empresa de tecnologia focada na gestão da informação e da precisão na pecuária, responsável pelo gerenciamento de informações de mais de 7 milhões de cabeças por ano em todos os sistemas produtivos.

Centro-Oeste

Foto: Divulgação

O aumento no ICAP no Centro-Oeste foi puxado pelo aumento no custo de todas as dietas do confinamento: adaptação, crescimento e terminação. O custo da tonelada de matéria seca da dieta de terminação foi de R$ 1.114,78, um aumento de 9,62% em comparação ao mês anterior.

Dentre os insumos mais utilizados, o milho grão seco, ureia, núcleos minerais e casca de soja tiveram as maiores altas: +7,82%, +4,98%, +2,30% e +2,14%, respectivamente.

Sudeste

No Sudeste, apesar do ICAP ter permanecido praticamente no mesmo valor nos últimos dois meses, o custo da tonelada de matéria seca da dieta de terminação atingiu R$ 1.120,82, um aumento de 6,38% em relação ao mês anterior.

Em contrapartida, o custo da diária de confinamento das dietas de adaptação e crescimento caíram no último mês, respectivamente 0,21% e 4,96%, o que conteve o crescimento do ICAP geral na região. Entre os insumos mais utilizados, os núcleos minerais (+31,30%), milho grão seco (+8,86%) e caroço de algodão (+8,46%) foram os que apresentaram maiores aumentos.

Porteira pra Fora x Porteira pra Dentro

Ao comparar os índices de outubro de 2024 aos de outubro de 2023, o custo de engorda apresentou um aumento de 5,67% para a região Centro-Oeste e uma redução de -2,67% para a região Sudeste. Diferentemente do ano de 2023, o mercado está se beneficiando de um cenário favorável para a pecuária de corte, mas também apresenta desafios, como o aumento dos custos de insumos, que pressiona as margens dos produtores.

Com uma demanda firme, tanto no Brasil quanto no exterior, é provável que o preço da arroba siga valorizado no curto prazo e que devido à alta demanda por insumos para a engorda dos animais, também ocorra um aumento no custo de nutrição. Outro fator que tem impactado o aumento no custo de alguns insumos no Brasil é a alta do dólar. O aumento da cotação da moeda americana mexe com o mercado de exportação de insumos, em especial o milho e a soja, e isso impacta ainda mais a oferta interna de alimentos para nutrição animal.

Apesar dos aumentos nos custos de produção, a forte recuperação no preço da arroba do boi gordo tem sido um alívio para os pecuaristas. Mas confinadores devem permanecer atentos aos indicadores de gestão da produção, porque no médio prazo, o efeito especulativo tende a aumentar os custos. Desta forma, a lucratividade continuará sendo garantida da porteira para dentro.

Utilizando o ICAP do último mês, é possível estimar o custo da arroba produzida e prever a lucratividade do pecuarista. A estimativa desse custo toma como base os valores médios observados nos clientes da Ponta Agro de cada região no ano de 2023: dias de cocho, total de arrobas produzidas e o percentual do custo de nutrição frente ao custo total.

Os custos estimados são de R$ 218,66 e R$ 188,74 por arroba produzida para Centro-Oeste e Sudeste, respectivamente. Trata-se de um patamar de custos que permite um lucro superior a R$ 980,00 por cabeça* na região Sudeste e superior a R$ 660,00 por cabeça para a região Centro-Oeste, considerando apenas o preço de venda balcão.

Para maximizar as margens, além de ser eficiente na produção, o pecuarista deve buscar agregar valor ao seu produto por meio de bonificações junto aos frigoríficos. Atualmente, o diferencial de preço do Boi China para a cotação balcão varia entre R$ 5,00 e R$ 7,50, dependendo da região produtora.

Fonte: Assessoria Ponta Agro
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