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Implementos e máquinas agrícolas demandam zelo redobrado na manutenção

Executar manutenções adequadas, aliada ao correto armazenamento das máquinas, aumenta a eficiência do trabalho, minimizando perdas de tempo com paradas para correção de eventuais problemas.

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Não é novidade que o Brasil é o maior produtor de alimentos do mundo. Isso se dá por diversos fatores, incluindo clima, espaço geográfico e tecnologia aplicada na agricultura. Devido ao fomento de diversas instituições de pesquisa, o país se sobressai na questão de elevação tecnológica e produtiva, comparado a grandes países concorrentes.

Para a safra 2022/23, por exemplo, as primeiras projeções da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a produção total de grãos, apontam para uma colheita de 308 milhões de toneladas. O resultado é impulsionado, principalmente, pelo bom desempenho dos mercados de milho, arroz, feijão, algodão e soja. Para a oleaginosa, especificamente, a perspectiva da Conab aponta um cenário recorde na produção, sendo projetada em 150,36 milhões de toneladas para a próxima temporada.

A produtividade do ciclo 2022/23 deve apresentar recuperação em relação à atual safra após os problemas climáticos registrados nos estados do Sul do país e em parte do Mato Grosso do Sul. Com a melhora esperada na produtividade, a Conab estima que a maior disponibilidade do grão deve propiciar exportações na ordem de 92 milhões de toneladas, aumento de 22,2% em relação à safra 2021/22, um recorde para a cultura.

Mesmo sabendo que há grande influência biótica e climática sobre a produtividade vegetativa, outras questões externas também são importantes de serem consideradas, visto que há impacto direto no processo de produção.

Algum desses fatores está atrelado à implementação e desenvolvimento da mecanização agrícola que, apesar de ter influência secundária na produtividade e na qualidade da produção agrícola, ela é basicamente uma tecnologia que visa aumentar a capacidade de trabalho do ser humano.

Por isso, executar manutenções adequadas, aliada ao correto armazenamento das máquinas, aumenta a eficiência do trabalho, minimizando perdas de tempo com paradas para correção de eventuais problemas.

Conceito

Manutenção em máquinas e implementos agrícolas é um conjunto de procedimentos que visa manter a integridade física, elétrica e hidráulica dos equipamentos, proporcionando condições ideais de funcionamento, tal como maior vida útil desses equipamentos. Evitar danos prematuros e eliminar falhas já constatadas, garantindo melhores condições operacionais e de segurança para os colaboradores envolvidos. Além disso, máquina ou implemento em total integridade de operação pode contribuir ativamente nos manejos necessários para busca de aumento de produtividades direto e indiretamente.

Engenheiro agrônomo e consultor técnico interno da MP Agro, Vinicius Vitturi – Fotos: Divulgação/Ascom

Conforme o engenheiro agrônomo e consultor técnico interno da MP Agro, Vinicius Vitturi, as manutenções podem ser caracterizadas pelo tipo de operação e processo executado, com intuito de aumento e manutenção na integridade geral do equipamento. “Podemos classificar de manutenções preventivas, corretivas, preditivas e detectivas”, ressalta.

A detectiva é a busca por falhas não perceptíveis, feita com teste para detecção de falhas, através de sistemas projetados de acordo com parâmetros pré-determinados. Essa proteção evita situações perigosas, podendo gerar manutenção corretiva planejada sem influenciar em outros processos de disponibilidade e uso dos equipamentos”, aponta o .

Já a preventiva é muito relevante no plano de substituição de equipamentos, devido a falhas que ocorrem e podem ter impacto nos processos produtivos. Feito normalmente quando há desgastes de peças, o objetivo é evitar que aconteçam problemas mecânicos no decorrer da operação. As manutenções preditivas estão ligadas a ações pré-estabelecidas, por exemplo, informações captadas ou medida de desgastes que denotam degradação de um bem. Conhecido por revelar o tempo de vida útil de equipamentos, ocorre aqui a antecipação de possíveis necessidades de manutenções, eliminando a necessidade de desmontagem desnecessária e determina com previsão as interrupções no processo.

Por fim, a corretiva é a manutenção que visa consertar o que está quebrado ou em mau funcionamento. Pode ser confundida com preventiva, mas, o processo corretivo só é feito quando há parada do equipamento sem prévia ou programação e, demanda de fato, de uma solução a curto/médio prazo.

Caso não haja execução dessas manutenções, podemos listar possíveis consequências diretas e indiretas, sendo de baixo a elevado grau de complexidade, sendo algumas delas:

  • Ausência de manutenção, queda no rendimento operacional para paradas desnecessárias ou sem planejamento, para execução de processos de manutenção. Com isso, há aumento do custo produtivo no que diz respeito à hora do trabalhador, diesel, peças e tempo operacional gasto.
  • Eficiência reduzida por mecanismos mal revisados ou lubrificados e, até mesmo a troca de componentes “corriqueiros”, mas, de grande importância na complexidade do processo.
  • Custos maiores, pois, em alguns casos em que não se executa as devidas manutenções e cuidados, a troca integral de componentes pode elevar os custos comparado a simples manutenções periódicas.
  • Ausência e dificuldade na busca de pessoas qualificadas para execução de trabalhos mais complexos, ainda mais aqueles que podem ser evitados por manutenções preventivas, preditivas e detectivas.
  • Planejamento não seguido pode gerar consequências em efeito cascata, comprometendo outras áreas e setores de suma importância para o manejo agrícola, e podendo reduzir a estimativa e projeção de produtividade.

“Além dessas medidas, uma boa alternativa pode ser escolher equipamentos que proporcionam facilidade para a manutenção”, destaca Vitturi.

Fonte: Ascom MP Agro

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Brasil avança na regulamentação do mercado de carbono: entenda o impacto e as oportunidades

Mercado de carbono é uma ferramenta estratégica para reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) e combater as mudanças climáticas.

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Foto: Gisele Rosso

O Brasil está cada vez mais próximo de regulamentar o mercado de carbono, uma medida que promete revolucionar o cenário socioeconômico e ambiental do país. Com a discussão do Projeto de Lei n.º 2.148/2015 no Senado Federal, a atenção se volta para as implicações e oportunidades que essa regulamentação trará.

O PL estabelece o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE), que funcionará com base no sistema internacionalmente conhecido cap-and-trade, onde se impõe um limite máximo de emissões e é possível comercializar direitos de emissão, internacionalmente conhecidos como allowances e definidos como Cotas Brasileiras de Emissões (CBE) no projeto de lei.

O mercado de carbono é uma ferramenta estratégica para reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) e combater as mudanças climáticas. Funciona como um sistema de compra e venda de créditos de carbono, incentivando a adoção de práticas sustentáveis pelas empresas e promovendo a transição para uma economia de baixo carbono.

Segundo a advogada Nailia Aguado Ribeiro Franco, existem dois tipos de mercados de carbono: voluntário e regulamentado. No mercado voluntário, as partes podem cooperar de forma voluntária para implementar suas contribuições determinadas nacionalmente, conforme estabelecido no Acordo de Paris.

O Brasil, ao ratificar o Acordo em 2016, comprometeu-se a reduzir emissões até 2025 e atualizou sua meta na COP 26 para uma redução de 50% das emissões de GEE até 2030. “Este mercado é amplo e permite a participação de empresas, pessoas físicas e jurídicas, ONGs, governos e outras instituições na compensação de suas emissões adquirindo créditos de carbono de projetos que reduzem efetivamente as emissões ou capturam carbono”, diz a advogada

Ela explica ainda que a regulamentação do mercado de carbono traz uma série de oportunidades para a economia brasileira. “Setores como o agronegócio, empresas e startups poderão se beneficiar com incentivos para adotar práticas sustentáveis e investir em projetos de mitigação das emissões de carbono”, afima

De acordo com a advogada, o mercado de carbono pode impulsionar a inovação e a competitividade das empresas brasileiras, fortalecendo a posição do país como um líder global em soluções climáticas. “Diante desse cenário, é fundamental que o Brasil avance na regulamentação do mercado de carbono, garantindo uma transição justa e sustentável para todos os setores da sociedade. O futuro do país e do planeta depende das ações que tomarmos hoje para enfrentar os desafios das mudanças climáticas”, finaliza

Fonte: Assessoria Andersen Ballão Advocacia
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Santa Catarina alcança em abril o melhor desempenho do ano na exportação de carnes

Estado alcançou os melhores resultados do ano na exportação de frangos e suínos.

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Foto: Cláudio Neves

Em abril, Santa Catarina alcançou os melhores resultados do ano na exportação de frangos e suínos. No total, o estado exportou 173,2 mil toneladas de carnes de frangos, suínos, perus, patos e marrecos, bovinos, entre outras, com altas de 11,7% em relação aos embarques do mês anterior e de 14,5% na comparação com os do mesmo mês de 2023.

Em receitas, o estado exportou US$ 358,3 milhões, crescimento de 15,5% em relação às de março e de 6,0% na comparação com os valores de abril de 2023.

Foto: Divulgação/SAR

No acumulado do 1º quadrimestre, foram exportadas 631,7 mil toneladas de carnes, alta de 5,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Suínos

Santa Catarina foi responsável por 57,6% da quantidade e 59,7% das receitas das exportações brasileiras de carne suína dos quatro primeiros meses deste ano. O estado exportou 60,5 mil toneladas de carne suína in natura, industrializada e miúdos em abril, alta de 14% em relação aos embarques do mês anterior e de 7,1% na comparação com os de abril de 2023. As receitas de abril foram de US$ 138,7 milhões, alta de 18,1% na comparação com as do mês anterior.

O secretário de Estado da Agricultura e Pecuária Valdir Colatto, avalia que esses são resultados do comprometimento de toda cadeia produtiva com a qualidade dos produtos catarinenses, “nosso estado dá exemplo e está sempre vigilante para garantir a sanidade e segurança alimentar, ampliando assim as relações comerciais externas”, afirma Colatto.

Foto: Ari Dias

A maioria dos principais destinos ampliaram suas aquisições em relação ao 1º. quadrimestre de 2023, com destaque para Filipinas (altas de 89,7% em quantidade e de 78,8% em receitas), Japão (101,8% e 94,0%) e Coreia do Sul (190,2% e 257,0%). Por outro lado, a China registrou queda de 40,1% em quantidade e 51,9% em receitas na comparação entre o 1º quadrimestre deste ano e o mesmo período de 2023. Com isso, a China perdeu a liderança do ranking das exportações catarinenses de carne suína, posição que ocupava desde 2018. O principal destino, atualmente, são as Filipinas (22,7% das exportações do estado).

Frango

O estado foi responsável por 24,3% das receitas geradas pelas exportações brasileiras de carne de frango nos quatro primeiros meses deste ano. Em abril, Santa Catarina exportou 104 mil toneladas de carne de frango com alta de 10% em relação aos embarques do mês anterior e de 19,7% na comparação com os de abril de 2023. As receitas foram de US$ 200,7 milhões, crescimento de 11,9% em relação às do mês anterior e de 9,2% na comparação com as de abril de 2023.

Segundo explica o analista de Socioeconomia e Desenvolvimento Rural da Epagri/Cepa, Alexandre Luís Giehl, o aumento no volume exportado, deve-se ao crescimento nas quantidades embarcadas para os principais destinos ao longo dos quatro primeiros meses do ano, com destaque para Japão (+11,2% em relação ao 1º quadrimestre de 2023), Países Baixos (20,3%) e Emirados Árabes Unidos (30,1%). A China, por sua vez, que foi o principal destino do frango catarinense no ano passado, registrou queda expressiva nas aquisições do produto neste ano: -31,9% em quantidade e -44,1% em receitas.

Fonte: Assessoria SAR
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Aprovação na CCJ garante mais segurança ao seguro rural

Mudanças no PL 4720/16 favorecem melhor gestão dos recursos e evitam contingenciamentos.

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Foto: Roberto Dziura Jr

Com 34 votos a favor, foi aprovada, nesta quarta-feira (15), na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados, a relatoria do deputado Sérgio Souza (MDB-PR) ao Projeto de Lei 4.720/16, que aprimora a gestão dos recursos destinados ao seguro rural. A proposta visa garantir mais segurança e previsibilidade para os produtores rurais, especialmente os pequenos e médios, que são os mais impactados por eventos climáticos adversos.

Deputado Sérgio Souza (MDB-PR): “O Seguro Rural garante a continuidade da produção agropecuária e a segurança alimentar, responsabilidade que o Brasil tem com o planeta” – Fotos: Divulgação/FPA

O Seguro Rural é essencial para proteger a produção agropecuária contra riscos climáticos, como secas, geadas e inundações, que podem provocar perdas significativas. Nas últimas safras, o Brasil enfrentou os efeitos dos fenômenos La Niña e El Niño, causando prejuízos consideráveis aos agricultores. “O Seguro Rural garante a continuidade da produção agropecuária e a segurança alimentar, responsabilidade que o Brasil tem com o planeta”, enfatiza Souza.

Menos burocracia, mais previsibilidade

O PL 4720/16 propõe transferir as responsabilidades financeiras do Seguro Rural do Ministério da Agricultura para as Operações Oficiais de Crédito, vinculadas à Secretaria do Tesouro Nacional. Essa alteração assegura que os recursos para o seguro não sejam contingenciados, como ocorreu nos últimos anos.

“Esta mudança trará mais previsibilidade aos produtores rurais, permitindo que contem com o Seguro Rural de maneira mais eficaz”, explica Sérgio Souza. “Além disso, reduzirá o custo do seguro, aumentando a transparência e a segurança jurídica na aplicação dos recursos.”

Presidente da FPA, deputado Pedro Lupion (PP-PR): “No Rio Grande do Sul, se os produtores tivessem garantia mínima de seguro rural pelo governo brasileiro, o impacto no orçamento federal para auxiliar na reestruturação das dívidas seria substancialmente menor”

O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Pedro Lupion (PP-PR), ressaltou a importância do PL 4720/16 para o desenvolvimento do agronegócio no Brasil. “Este é um tema crucial. Recentemente, foi debatido na Comissão de Agricultura outro projeto similar, tratando da legislação sobre o Seguro Rural”, destacou Lupion. “A demanda por seguro foi muito alta este ano; precisamos endereçar essa questão urgentemente.”

Após a aprovação na CCJ, o deputado Sérgio Souza agradeceu aos colegas que apoiaram a medida e destacou que a proposta proporcionará segurança ao produtor rural, especialmente aos mais afetados por intempéries, como os do Rio Grande do Sul nesse momento. “No Rio Grande do Sul, se os produtores tivessem garantia mínima de seguro rural pelo governo brasileiro, o impacto no orçamento federal para auxiliar na reestruturação das dívidas seria substancialmente menor”, frisou o parlamentar.

 

 

Fonte: Assessoria FPA
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CBNA – Cong. Tec.

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