Notícias Ambiente de negociação
Implantação da bolsa de suínos em Mato Grosso ameniza perdas
Ferramenta implantada pela Acrismat há três semanas elimina especulação no mercado suinícola e remunera o produtor de forma mais justa.

A Associação de Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat), a exemplo de outros Estados, implantou no mês de maio, a primeira bolsa de suínos no Mato Grosso. A medida é uma forma que a associação encontrou para melhorar o ambiente de negociação entre os suinocultores e empresas interessadas em comprar a produção, ao mesmo tempo que visa acabar com a especulação de preço da carne suína no mercado. Também pretende tirar o suinocultor do vermelho.
A ferramenta já é utilizada por suinocultores de vários estados, como Santa Catarina, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. A partir dela, o produtor tem mais informações e maior segurança no momento de comercializar o suíno, sabendo que o preço que está recebendo é justo para o momento.

Presidente da Acrismat, Itamar Canossa: “Decidimos implantar a bolsa de suínos como uma forma de chegar a um preço mais justo ao produtor, sem interferir no preço final da proteína”
“Há algum tempo observamos muita especulação dentro do mercado suinícola, o preço pago ao produtor estava muito abaixo daquilo que encontramos na gôndola. Nesse caminho entre o produtor e o consumidor, alguém estava ganhando muito além do que deveria, e por isso, assim como outros estados já fazem, decidimos implantar a bolsa de suínos, como forma de chegar a um preço mais justo ao produtor, sem interferir no preço final da proteína”, explica o presidente da Acrismat, Itamar Canossa.
Implantada pela associação no dia 19 de maio, a bolsa é realizada semanalmente todas às quintas-feiras, durante reunião online com suinocultores de todo o estado, diretores da Acrismat e frigoríficos, quando são definidos os preços para a semana.
“Primeiramente vamos entender o que o consumidor compra e quanto ele está pagando. Com esse levantamento podemos balizar o preço de carcaça e o preço pago ao produtor. É uma forma de trabalho que conseguimos nos organizar melhor e eliminar a especulação, de uma forma que o preço não seja alterado para o consumidor final”, explica Canossa.
De acordo com levantamento realizado pela Acrismat, desde o período em que foi instalada a bolsa, já se observa um movimento de melhora no preço pago aos suinocultores sem alteração do valor pago pelo consumidor final nos supermercados e açougues. “Ao longo dessas semanas, em conversas com os compradores observamos uma diferença de 50 centavos entre o preço pago atualmente e o que poderia ser pago caso não houvesse a bolsa. Em um animal de 120 kg isso representa uma diferença de R$ 60. É um valor considerável para qualquer atividade”, pontua.
A modalidade bolsa já existe há 40 anos em Minas Gerais e há 25 anos em São Paulo, e serviram de parâmetro para outros Estados.

Notícias No Rio Grande do Sul
45ª Expointer é lançada com expectativa de público de mais de 600 mil pessoas
Exposição vai ocorrer entre os dias 27 de agosto e 04 de setembro no Parque Estadual de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS).

O Governo do Rio Grande do Sul deu a largada, na segunda-feira (15), para a 45ª Expointer, que vai ocorrer entre 27 de agosto e 04 de setembro no Parque Estadual de Exposições Assis Brasil, em Esteio. O lançamento ocorreu no espaço Multiverso, no Cais Embarcadero, em Porto Alegre, com a presença do governador Ranolfo Vieira Júnior; do secretário da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Domingos Velho Lopes; além de outros secretários estaduais, prefeitos, autoridades, convidados e imprensa.
No local, foram exibidas centenas de imagens do fotógrafo da Seapdr, Fernando Dias, que representam a diversidade produtiva do setor agropecuário gaúcho. “A Expointer é a feira onde demonstramos para o país e para o mundo a nossa principal vocação. Neste ano, temos uma expectativa altamente positiva, seja em relação ao número de circulação de pessoas ou de negócios, porque não haverá restrições para a presença de público. Por tudo isso, vamos transferir a sede do governo para o parque de exposições durante os nove dias da feira”, disse o governador.
Nos últimos dois anos, a feira ocorreu em meio a um cenário de restrições impostas pela pandemia – em 2020, foi fechada ao público; em 2021, contou com número de visitantes limitado para cumprimento dos protocolos de saúde.
Além de eventos técnicos, oficinas, julgamento de animais e exposição e venda de produtos, a edição de 2022 terá atividades de entretenimento, leilões e shows artísticos e culturais. Também haverá discussão de temas relevantes para a agropecuária gaúcha e nacional: inovação, tecnologia, produção sustentável, reservação de água, agricultura de baixa emissão de carbono e desenvolvimento econômico aliado à preservação do ambiente.

Secretário da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Domingos Antonio Velho Lopes: “Esperamos mais de 600 mil pessoas e movimentar cerca de R$ 4 bilhões em negócios” – Fotos: Itamar Aguiar/Palácio Piratini e Rodrigo Martins/Seapdr
“Esperamos mais de 600 mil pessoas e movimentar cerca de R$ 4 bilhões em negócios. Queremos que a feira represente a alma gaúcha, com toda a sua diversidade e pluralidade de culturas. É essa imagem que pretendemos passar, de um estado onde a harmonia e o desenvolvimento sustentável da cadeia produtiva são exemplos para o mundo”, disse o secretário da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Domingos Antonio Velho Lopes.
Detalhes
Ao todo, 6.378 animais foram inscritos na feira (5.093 de argola e 1.285 rústicos). Haverá retorno de raças ausentes nos últimos anos e estreia de outras no evento. A admissão dos animais de argola no parque começará no dia 22, às 08 horas. O Pavilhão da Agricultura Familiar contará com 337 expositores, apresentando a variedade de produtos provenientes de agroindústrias familiares, setor de plantas e artesanato.
A área de máquinas e implementos agrícolas contará com a presença de mais de cem empresas, que apresentarão lançamentos, serviços e a tecnologia oferecida pelo segmento. Neste ano, a feira também terá um espaço de inovação que reunirá startups e tecnologias voltadas ao setor do agro.
Ingressos
A venda de ingressos para visitação à feira será feita de forma on-line e presencial. A comercialização na plataforma virtual inicia-se nesta semana (informações no site da Expointer). A venda presencial ocorre apenas durante os dias do evento na bilheteria do parque (portão 3).
Os ingressos custarão R$ 16 (inteiro), R$ 8 (meia entrada), R$ 40 (estacionamento de visitantes) e R$ 400 (camping para expositores). Pedestres poderão ingressar no parque entre 08 horas e 20h30 pelos portões 2 e 6.
A Expointer é uma realização do governo do Estado e dos copromotores Febrac, Fetag, prefeitura de Esteio, Simers, Sistema Farsul e Sistema Ocergs-Sescoop/RS.
Notícias
Demanda por grão de soja e derivados dos Estados Unidos e do Brasil aumenta
Esse cenário está relacionado a incertezas quanto ao volume de derivados de soja a ser ofertado pela Argentina.

Os preços internacionais do complexo soja subiram na semana passada, devido à maior demanda externa por soja em grão dos Estados Unidos e a expectativas de aumento na procura global pelos derivados norte-americanos e também do Brasil.
Esse cenário, por sua vez, está relacionado a incertezas quanto ao volume de derivados de soja a ser ofertado pela Argentina – principal abastecedora global de farelo e de óleo de soja.
Além disso, o baixo volume de chuvas em importantes regiões produtoras do Hemisfério Norte também impulsionou os valores externos, já que isso pode reduzir a produtividade da safra 2022/23.
Notícias
Preços do milho têm comportamentos distintos dentre as praças
Em algumas regiões do Sul do país e nos portos, o forte ritmo das exportações e as altas externas elevam os preços do cereal. Já em outras praças, a colheita da segunda safra na reta final pressiona as cotações.

As cotações do milho vêm apresentando comportamentos distintos dentre as praças acompanhadas pelo Cepea.
Em algumas regiões do Sul do país e nos portos, o forte ritmo das exportações e as altas externas elevam os preços do cereal.
Já em outras praças, a colheita da segunda safra na reta final pressiona as cotações.
Quanto ao Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas/SP), caiu 0,44% de 5 a 12 de agosto, fechando a R$ 81,55/sc na sexta-feira (12).
No geral, compradores resistem em elevar os valores pagos no spot nacional, contexto que tem limitado a liquidez.
Exportações
Nos primeiros cinco dias úteis de agosto, o Brasil embarcou 1,7 milhão de toneladas de milho, segundo dados da Secex, com média diária de 338,4 mil toneladas.
Caso esse ritmo se mantenha até o final do mês, as exportações podem somar 7,4 milhões de toneladas em agosto.