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Suínos / Peixes

Impacto das perdas no peri-parto em matrizes suínas

Bom controle de índices zootécnicos, especialmente dos registros do desempenho reprodutivo das matrizes, deve ser almejado no intuito de se avaliar o desempenho da unidade produtora de leitões

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Arquivo/OP Rural

Artigo escrito por Luis Gustavo Schütz, médico veterinário e consultor Técnico em Aves e Suínos da Bayer

A suinocultura brasileira, assim como outras cadeias produtivas do agronegócio, obteve um crescimento significativo nos últimos anos. Esse crescimento pode ser averiguado avaliando-se os vários indicadores econômicos e sociais, como volume de exportações, participação no mercado mundial, número de empregos diretos e indiretos, entre outros. Esse crescimento, em partes, pode ser explicado pela evolução nas técnicas empregadas na criação, assim como no modelo de coordenação das atividades entre fornecedores de insumos, produtores rurais, agroindústrias e consumidores. Com esses avanços, a cadeia de produção suinícola tornou-se mais profissionalizada, com a exploração da atividade de forma economicamente eficiente.

Alguns parâmetros são utilizados para avaliar a produtividade da suinocultura industrial, dentre os quais o número de leitões desmamados/fêmea/ano é um dos mais utilizados. A mortalidade embrionária, mortalidade fetal e a natimortalidade são aspectos reprodutivos que podem influenciar negativamente esse parâmetro e consequentemente proporcionar prejuízos ao produtor.

Dessa maneira, objetivou-se abordar as principais causas de natimortalidade e mumificação fetal na espécie suína, com enfoque na descrição dos possíveis tipos de natimortalidade, nas causas infecciosas e não infecciosas de natimortalidade e mumificação fetal, as quais competem para a redução da rentabilidade das unidades produtoras de suínos.

Natimortalidade

Leitões natimortos são aqueles que se encontravam vivos ao início do parto, que, no entanto, morreram durante o mesmo. Contudo, a natimortalidade também é caracterizada como sendo a morte fetal, e que dessa maneira sua ocorrência pode ocorrer após 90 dias de gestação.

Os natimortos podem ser classificados em dois diferentes tipos, tipo I ou pré-parto (PP) são aqueles leitões mortos antes do início do parto, e que frequentemente são expulsos envolvidos nas membranas fetais, as quais sofrem descoloração e alterações degenerativas.  Pesquisadores relataram que os natimortos pré-parto são aqueles mortos anteriormente ao término da gestação.

Os natimortos tipo II ou intra-parto (IP) são considerados, como sendo aqueles leitões, os quais morreram durante o parto. Geralmente, observam-se fragmentos de mecônio sobre a pele de natimortos intra-parto. A natimortalidade na suinocultura industrial é considerada uma grande perda.  Em geral a ocorrência de leitões natimortos está associada à anoxia fetal, devido ao rompimento do cordão umbilical, bastante comum em partos distócicos.

Ocorrências

O índice aceitável de leitões natimortos estaria entre 3 e 5% do total de nascidos, contudo, observa-se nas granjas a variação entre 3 a 10%. Os relatórios mostram que a natimortalidade acontece em aproximadamente 5 a 7% dos leitões nascidos, onde de 10 a 20% morreram antes do início do parto (natimorto tipo I) e 80 a 90% ocorrem após o início do parto (tipo II)

Para a realização de um programa de controle da ocorrência de leitões natimortos é necessária a definição prévia do conceito de natimorto e dos tipos de natimortos: leitões mortos antes, durante e logo após o parto. Há uma classificação histórica, sendo que as principais causas de ocorrência de natimortos pré-parto estão associadas à agentes infecciosos, geralmente aqueles que proporcionam a ocorrência de doenças reprodutivas. As quais as mais importantes são a leptospirose, parvovirose, além da doença de Aujeszky e enterovírus.

A ocorrência de natimortos intra-parto estão geralmente associada às causas não infecciosas, dentre essas estão a ordem de parto da fêmea, tamanho de leitegada (>12 leitões), duração do parto (associado à idade da matriz), ausência ou ineficiência da contração uterina, estresse (temperaturas ambientais elevadas), estreitamento da via fetal ao parto, lesões nessa via (decorrentes de alterações da fêmea ou do próprio leitão).

Entre as causas não infecciosas, a hipóxia fetal durante o parto, de maneira indireta, tem sido apontada como a principal causa de natimortalidade intra-parto. O intervalo de tempo entre os nascimentos, a ordem de nascimento e o peso corporal dos leitões também são fatores que podem influenciar na ocorrência desse tipo de natimortos. Sendo assim, a maternidade é um setor da criação, responsável por grande parte do sucesso da produção de suínos. Portanto a redução da mortalidade a partir de 1 a 2% há maior retorno econômico da atividade, pelo aumento direto no número de leitões desmamados/fêmea/ano.

Mumificação fetal

Já a mumificação é um indício de que a morte fetal ocorreu após a ossificação com reabsorção líquida dos tecidos moles. Autores relatam que a mumificação é um processo não específico, que ocorre quando fetos mortos são retidos dentro do útero e se desidratam. O período fetal inicia-se por volta dos 35 dias de gestação, e é a partir dessa fase que ocorre o início do processo de ossificação do esqueleto. Portanto quando a mortalidade ocorre durante o período fetal, normalmente o processo de mumificação fetal ocorre. Também não podemos descartar a mortalidade que normalmente ocorre após o recente início da calcificação, podendo observar reabsorção completa do embrião/feto pelo organismo da fêmea.

Dessa maneira, os fetos que morrem e não são totalmente reabsorvidos e nem sofrem contaminação bacteriana tornam-se mumificados. Os fetos mumificados normalmente apresentam elevado grau de desidratação e de escurecimento, apresentando coloração entre cinza escura, marrom escuro no momento da sua expulsão durante o parto (figura 2). Assim como a natimortalidade, a mumificação fetal também proporciona grandes perdas de produtividade na atividade suinícola. Analisando os índices de mumificação fetal, uma prevalência de 0,5% a 1,5% é considerada comum do total de leitões nascidos.

Em estudos brasileiros realizados com o objetivo de avaliar o número de partos que ocorre com a presença de mumificados, os autores verificaram variação entre 28 a 44% dos partos com a presença desse tipo de feto. Entre as principais causas de mumificação fetal estão as de origem infecciosa ou não. As doenças infecciosas de caráter progressivo estão geralmente entre as principais causas, entre elas as infecções pelo Parvovírus suíno, Leptospira sp. e enterovírus podendo induzir a mumificação. Entre as causas não infecciosas, a ausência de espaço uterino tem recebido enfoque principal, sendo a ordem de parto e o tamanho da leitegada considerados como fatores relacionados principalmente ao espaço uterino. Também o estresse e a ação das micotoxinas podem causar a mumificação.

Considerações finais

A natimortalidade e a mumificação fetal estão entre fatores que proporcionam consideráveis prejuízos na produção suinícola. A realização de um bom manejo, associado a adequadas medidas de biosseguridade, é fundamental, evitando ou controlando o aumento nos índices de natimortalidade e mumificação fetal, uma vez que esses estão associados a causas multifatoriais, como aquelas relacionadas à matriz, ao ambiente e aos agentes infecciosos.

O bom controle de índices zootécnicos, especialmente dos registros do desempenho reprodutivo das matrizes, deve ser almejado no intuito de se avaliar o desempenho da unidade produtora de leitões. Sempre que necessário, a busca pelo auxílio técnico e de atualização técnica de funcionários visando melhor desempenho da equipe pode garantir o alcance de metas estabelecidas.

Mais informações você encontra na edição de Nutrição e Saúde Animal de 2018 ou online. (NO “ONLINE” LINKAR COM http://www.flip3d.com.br/web/pub/opresenterural/?numero=163&edicao=4504)

 

Suínos / Peixes

Peixes têm quantidade limitada para captura em 2024

Cotas foram limitadas por dois ministérios

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Foto: Adriano Gambarini/OPAN/Agência Brasil

Quatro espécies de peixes muito consumidos na culinária brasileira tiveram cotas de pesca estabelecidas para este ano de 2024. Os limites de captura valem para as espécies albacora-branca (Thunnus alalunga), albacora-bandolim (Thunnus obesus), espadarte (Xiphias gladius) e tubarão-azul (Prionace glauca), tanto em águas nacionais, quanto internacionais, inclusive na Zona Econômica Exclusiva (ZEE), que é a região de responsabilidade ambiental do Brasil e que vai até 200 milhas além da costa, onde embarcações brasileiras têm direito prioritário para pesca.

Para a espécie albacora-branca, também conhecida como atum branco ou voador, o limite é de 3.040 toneladas e para o albacora-bandolim, também conhecido por atum-cachorro ou patudo, é permitida a captura de até 5.639 toneladas.

Espadarte

A cota para pesca do espadarte foi limitada em 2.839 toneladas no Atlântico Sul (abaixo do paralelo 5ºN) e em 45 toneladas no Atlântico Norte (acima do paralelo 5ºN). Já o tubarão-azul, conhecido popularmente como cação, teve a captura autorizada este ano em até 3.481 toneladas.

As cotas foram determinadas por portaria conjunta dos Ministérios da Pesca e Aquicultura e Meio Ambiente e Mudança Climática, publicada nesta quarta-feira (27), no Diário Oficial da União. A medida tem como objetivo a sustentabilidade no uso dos recursos pesqueiros e atende à Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável da Aquicultura e da Pesca.

Fonte: Agência Brasil
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Suínos / Peixes

Semana Nacional da Carne Suína 2024 na era da personalização: tem para todo mundo, tem para você!

De 4 a 19 de junho a 12ª edição da SNCS levará a diversidade da carne suína para as maiores e melhores redes de varejo do Brasil

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Foto: Divulgação/Assessoria ABCS

De 4 a 19 de junho, prepare-se para mais uma edição da Semana Nacional da Carne Suína (SNCS), a maior vitrine e case de sucesso da proteína no varejo brasileiro. Em um mundo onde a diversidade crescente apresenta um mar de escolhas individuais cada dia maior, a décima segunda edição da SNCS emerge nas maiores e melhores redes de varejo do país não apenas como uma data comercial, mas como uma celebração da diversidade e da personalização. Reconhecendo cada preferência, cada necessidade e cada desejo dos consumidores, sem esquecer que as diferenças não mais afastam, mas sim agregam.

A SNCS é a maior estratégia de incentivo às vendas e ao consumo de carne suína no Brasil, uma iniciativa premiada com resultados comprovados que agrega valor à proteína suína e traz ganhos financeiros para toda a suinocultura brasileira, com o apoio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (FNDS). Desde sua primeira edição, a campanha vem arrecadando crescimento e foi essencial para a conquista dos 20,68 kg per capita de 2023, totalizando um crescimento de mais de 50% no período de 12 anos.

É por isso que a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) se inspira em um insight verdadeiro para o tema deste ano: existe diversidade no prato, mas também união na mesa. “Reconhecemos que cada um de nós tem suas próprias preferências e restrições. E seja você um mestre do churrasco buscando a peça perfeita, alguém procurando opções saudáveis e econômicas, ou um chef de cozinha inovador à procura de ingredientes para aquela receita especial, a carne suína tem uma opção para você”, explica o presidente da ABCS, Marcelo Lopes.

Saudabilidade, Sabor e Economia: esses são os pilares que sustentam a paixão pela carne suína. Mais do que uma escolha econômica, ela é uma fonte de nutrição saborosa adaptável a um estilo de vida saudável, a um cotidiano prático e a momentos inesquecíveis. A carne suína incorpora tecnologia e consciência ambiental, refletindo o compromisso da suinocultura brasileira em promover melhorias contínuas para garantir mais saúde, menos desperdício e práticas sustentáveis.

Este ano, é hora de redescobrir a carne suína. Porque sabemos que, independentemente da preferência, ela tem algo para todos. Para Maria e João. Para o churrasqueiro e para o chef premiado. Para todas as receitas e necessidades. Para cada geração, à sua maneira. Afinal, a carne suína é para todos. Há opções para quem tem pouco tempo, para o forno e para a airfryer, para todas as necessidades. Para quem busca economia, para quem procura uma opção mais saudável, para aquela receita especial. Para o churrasco, para os conectados e, é claro, para você! Por isso, nada mais claro do que dizer este ano: Semana Nacional da Carne Suína. Tem para todo mundo. Tem para você.

A diretora de marketing da ABCS, Lívia Machado, e também especialista em comportamento do consumidor aponta que a SNCS deste ano está ainda mais conectada com o conceito do consumidor ao centro e da necessidade de propor, a cada interação, uma experiência única que retrate os benefícios da carne suína para todas as gerações. “Estamos cada vez mais dentro da era do “e”, deixando o conceito do “ou” para trás. Lidamos constantemente com as mudanças e os conflitos de interesse geracionais e dentro deste contexto, temos o desafio de promover a carne suína de forma interessante e que cative a atenção das pessoas. A SNCS de 2024 está em consonância com tudo isso”.

O compromisso da ABCS é garantir que a carne suína não apenas satisfaça paladares diversos, mas também contribua para um mundo melhor. Isso inclui uma comunicação mais personalizada, sem perder o senso de comunidade. Varejo, produtores e consumidores unidos para celebrar tradições e criar novas memórias em torno da mesa, onde a carne suína é a grande anfitriã.

Fonte: Assessoria ABCS
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Suínos / Peixes

ABCS promove 1ª reunião do Departamento de Integração

A reunião marca uma nova etapa de ações da ABCS para promover a união entre os integrados

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Foto: Divulgação/Assessoria ABCS

A Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) realizou na quinta-feira (21), a 1ª reunião do Departamento de Integração, reunindo líderes das Comissões de Acompanhamento, Desenvolvimento e Conciliação da Cadeia Produtiva de Suínos (CADECs) atendidas pela associação.

Durante a abertura, o presidente da ABCS, Marcelo Lopes, enfatizou a importância da troca de informações para impulsionar as demandas dos integrados e que, ao unirem esforços, é possível avançar os pleitos. “É evidente que a força da unicidade é fundamental para acelerarmos as pautas em questão. Quando nos unimos, os resultados são altamente positivos. Por isso, este deverá ser o primeiro encontro de muitos outros”, destacou Lopes.

O consultor do Departamento de Integração da ABCS, Iuri Pinheiro Machado, apresentou o andamento das CADECS do Rio Grande do Sul atendidas pela Associação, além do processo envolvido para evoluir nas negociações. “Existem desafios a serem superados. Alguns produtores ainda desconhecem a dinâmica de uma CADEC como um órgão paritário. Também estamos trabalhando para superar a falta de informação do custo real dos integrados, valor de investimento e outras questões diretamente ligadas ao dia a dia do suinocultor”, explicou Machado.

O produtor da Associação de Produtores Integrados de Suínos do Estado de Minas Gerais, Lucas Vasconcelos, compartilhou com os participantes a experiência da APROIMG na negociação com integradora para mudanças de contrato.

Vasconcelos afirmou que, durante o processo, ficou nítido que o preparo dos envolvidos é fundamental. “Compreender o negócio do suinocultor independente ao discutir um contrato de integração é essencial. É preciso ter conhecimento sobre preços de commodities como soja, milho e sorgo, além de insumos como ração, medicamentos e vacinas, pois esses aspectos impactam diretamente no dia a dia do suinocultor”, ressaltou o produtor.

A reunião marca uma nova etapa de ações da ABCS para promover a união entre os integrados, fortalecendo a cadeia produtiva de suínos e buscando soluções conjuntas para os desafios enfrentados pelo setor.

Fonte: Assessoria ABCS
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