Bovinos / Grãos / Máquinas Tecnologia a favor do produtor
Impacto da inovação na construção de uma pecuária leiteira mais sustentável e moderna
Na pecuária leiteira, toda tomada de decisão precisa ser rápida e eficaz para evitar desperdícios e prejuízos para os diferentes elos da cadeia produtiva. Ter a tecnologia como uma aliada próxima é essencial para que a bovinocultura de leite encare esse desafio de aumento de demanda e possa superar as expectativas, com melhores resultados em qualidade e em índices produtivos.

A demanda de consumo da proteína animal, incluindo o leite, apresenta uma estimativa de crescimento de 70% nos próximos anos, o que desafia o produtor a atingir uma maior eficiência na sua produção, com boa rentabilidade, ao mesmo tempo em que precisa atuar de forma socialmente sustentável e cumprir o seu importante papel fornecendo alimento de qualidade.
Na pecuária leiteira, toda tomada de decisão precisa ser rápida e eficaz para evitar desperdícios e prejuízos para os diferentes elos da cadeia produtiva. Ter a tecnologia como uma aliada próxima é essencial para que a bovinocultura de leite encare esse desafio de aumento de demanda e possa superar as expectativas, com melhores resultados em qualidade e em índices produtivos.

Médico-veterinário e professor titular do Departamento de Nutrição e Produção Animal da FMVZ-USP, Marcos Veiga
O médico-veterinário e professor titular do Departamento de Nutrição e Produção Animal da FMVZ-USP, Marcos Veiga, destaca a importância da tecnologia na pecuária leiteira e como ela se faz presente nos dias de hoje, abordando principalmente as tecnologias para o controle e tratamento da mastite, doença que impacta toda a cadeia produtiva.
“Há mais de 30 anos a tecnologia dentro da fazenda vem evoluindo, assim como os próprios animais. Inicialmente a maior preocupação do pecuarista era a mastite contagiosa, mas com a melhoria genética dos animais, melhoria no cuidado sanitário do ambiente em que elas ficam e melhoria na nutrição, hoje temos vacas mais produtivas e com um perfil de mastite muito diferenciado”, explica Marcos. Ainda segundo ele: “Hoje os produtores necessitam de ferramentas e estratégias para lidar com o grande desafio que é a mastite, doença que mais causa impacto negativo no setor, com sustentabilidade e garantindo o bem-estar e saúde dos animais e dos consumidores”.
Na visão do profissional, três questões principais demonstram o impacto da tecnologia na gestão das propriedades leiteiras e na construção de uma pecuária mais sustentável e eficiente.
Como a tecnologia impacta o produtor?
Com a grande capacidade atual de obtenção de dados em todos os setores da fazenda por meio dos equipamentos já presentes no dia a dia do campo, associada ao armazenamento de informações e à possibilidade de transmissão de acontecimentos relevantes em tempo real, o produtor está mais informado sobre o seu plantel e com um compilado de dados relevantes que dão suporte às suas tomadas de decisões.
Hoje é possível ter todas as informações importantes para a fazenda de leite na palma da mão, através de smartphones, tablets e laptops. Assim é possível realizar o reconhecimento de problemas e de indicadores de problemas futuros, atuando no controle e na prevenção de forma mais rápida e eficiente.
Com os modelos de inteligência artificial, que tem um robusto banco de dados construído ao longo de anos focado na identificação do agente causador da mastite e nos tratamentos mais bem-sucedidos contra aquele agente, o problema da mastite é solucionado ainda em seu início, evitando grandes perdas na produção e custos elevados com tratamento e mão de obra.
Por que a tecnologia é aliada do produtor?
A evolução tecnológica dentro da fazenda torna os processos mais ágeis, precisos, e possibilita uma melhor distribuição de mão de obra pela propriedade. Além de trazer mais segurança para os processos, as tecnologias também estão alinhadas com a melhoria do bem-estar do animal e sua sanidade, o que resulta em uma produção de mais qualidade e em maior quantidade. Tudo isso promove uma maior lucratividade para o produtor e ajuda a transformar a pecuária leiteira em um setor mais rentável e competitivo.
Como a Inteligência Artificial contribui para o controle da mastite?
Unindo o binômio: monitoramento e previsão. A Inteligência artificial recebe os dados de monitoramento e consulta em seu robusto banco de dados, obtidos na análise de casos semelhantes em outros animais e fazendas, a fim de informar o produtor qual a melhor estratégia para o controle e prevenção da doença na sua propriedade. Isso pode ocorrer de diversas formas:
Ordenha voluntária
É capaz de identificar cada animal individualmente e as alterações na composição do leite através de dados visuais, facilitando o diagnóstico precoce da mastite. A tecnologia tem a capacidade de previsão com cerca de 80% de sensibilidade para detecção da mastite clínica.
Predizer o status de CCS
É possível predizer o status de CCS (contagem de células somáticas) de uma vaca considerando as informações do mês anterior com 75% de acurácia. Isso permite uma tomada de decisão antecipada e adoção de estratégias de controle antes que o problema se agrave.
Algoritmo de imagem
É possível identificar 80% dos animais que apresentam casos de hiperqueratose nos tetos, um indicativo de problemas de ordenha ou no equipamento. A cada 10 vacas com o problema, 8 são identificadas.
Os algoritmos de imagem são mais eficientes do que o olhar humano para auxiliar no diagnóstico e na interpretação de resultados baseados em informações visuais. Através desses dados se baseiam decisões que envolvem descarte do leite, se o animal necessita de tratamento ou não, e sobre a qualidade do produto a ser comercializado. É uma participação mais ativa e estratégica na produtividade e desempenho da propriedade, sem renunciar ao bem-estar animal, à qualidade dos produtos e à sustentabilidade.
Com todas as informações disponíveis nas fazendas leiteiras, as Inteligências Artificiais são programadas para agrupar, comparar e destacas informações relevantes às questões de interesse do produtor de maneira contínua. Desta forma, a rapidez na tomada de decisão baseada em dados interfere positivamente nos resultados do rebanho.
Para que isso seja uma realidade cada vez mais possível e acessível à todos os produtores de leite, é necessário que as tecnologias permaneçam em contínuo desenvolvimento, aprimoramento e validação, além de ter fácil usabilidade para todos os envolvidos no dia a dia da fazenda.
A democratização do acesso à tecnologia e a Inteligência Artificial como aliadas do produtor amplifica os melhores caminhos e as decisões mais acertadas que podem ser tomadas, identificando problemas, antecipando situações e sugerindo soluções para uma pecuária leiteira mais produtiva e rentável.

Bovinos / Grãos / Máquinas
Brasil apresenta na COP30 ações que unem produtividade e redução de metano na pecuária
Iniciativas do Mapa destacam inovação, assistência técnica e parcerias internacionais para ampliar tecnologias sustentáveis e fortalecer a pecuária de baixa emissão.

Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) apresentou, nesta segunda-feira (17), na Blue Zone da COP30, as principais ações brasileiras que associam ganho de produtividade à redução das emissões de metano na pecuária. A agenda reuniu representantes de financiadores como Global Methane Hub e Environmental Defense Fund (EDF), além de organizações multilaterais como a FAO, a Climate and Clean Air Coalition (CCAC) e a Clean Air Task Force (CATF).
O Mapa foi representado por Bruno Brasil, diretor do Departamento de Produção Sustentável, que destacou a integração entre inovação, assistência técnica e práticas sustentáveis para acelerar a transição climática no campo.

Foto: Mapa
Segundo ele, a adoção de tecnologias alinhadas ao Plano ABC+ e a estratégias de intensificação sustentável reforça o papel do Brasil como referência global em pecuária de baixa emissão. “A experiência brasileira demonstra que o ganho de produtividade na pecuária é uma medida efetiva na redução da intensidade de emissões de metano, conciliando sustentabilidade e renda para o produtor rural”, destacou Bruno Brasil.
Durante o encontro foram discutidas possibilidades de financiamento para serviços de ATER digital com foco em ampliar o acesso de produtores a soluções tecnológicas e sustentáveis. As instituições presentes reforçaram a importância de parcerias internacionais para fortalecer iniciativas que apoiam a redução do metano e a adaptação climática na agropecuária.
Bovinos / Grãos / Máquinas Irregularidades sanitárias
Cargueiro barrado na Turquia inicia retorno após dois meses sem desembarque
Retorno deve durar cerca de um mês, com chegada prevista para 14 de dezembro. As condições a bordo têm sido descritas por testemunhas como degradantes, com forte odor, infestação de moscas e carcaças acumuladas no convés, em processo avançado de decomposição.

Cerca de três mil vacas estão há dois meses confinadas em um navio que não obteve autorização para desembarcar sua carga na Turquia, após autoridades identificarem graves irregularidades na documentação sanitária e na identificação dos animais. A inspeção turca constatou que 146 bovinos estavam sem brincos de identificação ou com numeração ilegível, enquanto 469 apresentavam marcas que não correspondiam às listas oficiais de importação, falhas que acenderam o alerta para riscos sanitários, incluindo a possível transmissão de doenças. Também foi reportada a morte de 48 animais durante a viagem.
O cargueiro Spiridon II deixou Montevidéu, Capital do Uruguai, em 20 de setembro, e chegou à região do porto de Bandırma em 22 de outubro. Desde então, não recebeu permissão para desembarcar as vacas, destinadas à produção de leite. Após semanas ancorado, o navio deixou Bandırma na última sexta-feira (14), cruzou o Estreito de Çanakkale e agora navega de volta rumo ao Uruguai. Segundo dados da plataforma MarineTraffic, o retorno deve durar cerca de um mês, com chegada prevista para 14 de dezembro.

Fotos: Reprodução
Odor forte e infestação de moscas
As condições a bordo têm sido descritas por testemunhas como degradantes, com forte odor, infestação de moscas e carcaças acumuladas no convés, em processo avançado de decomposição. Além das mortes registradas, a organização Animal Welfare Foundation (AWF) relatou, com base em informações obtidas localmente, o nascimento de cerca de 140 bezerros durante a travessia.
Retorno a Uruguai
A especialista em bem-estar animal Maria Boada, da AWF, alertou que muitos dos bovinos não devem resistir a uma segunda viagem de um mês até Montevidéu e que o navio aparenta ter estoque insuficiente de alimento. Ela também afirmou ser provável que os animais mortos tenham sido descartados no mar.

Foto: Reprodução
A veterinária australiana Lynn Simpson, referência internacional em transporte marítimo de animais, lançou novos alertas ao relatar vazamento de fluidos provenientes de carcaças em decomposição no convés, destacando riscos ao bem-estar animal, à saúde pública e à segurança ambiental.
Esta não é uma situação isolada envolvendo a exportação de animais vivos. Ao redor do mundo, casos como esse se repetem, cada vez com maior frequência, devido à péssima condição dos chamados navios boiadeiros. A exportação de animais vivos é uma das atividades de maior impacto negativo da pecuária, as más condições de higiene e bem-estar nos navios causam intenso sofrimento animal e oferecem riscos à saúde pública e ao meio ambiente.
Outros casos
Em 2024, o navio transportador de animais vivos Al Kuwait atracou no porto da Cidade do Cabo para carregar ração. A chegada do curral flutuante poluiu o ar da capital legislativa da África do Sul e seu cartão-postal mais característico com o cheiro fétido de esterco de 19.000 touros embarcados no Brasil para serem enviados ao Iraque. O episódio foi exposto pela National Council of Societies for the Prevention of Cruelty to Animals (NSPCA).
A equipe da NSPCA que embarcou no navio descreveu o que testemunhou como abominável. Além de animais mortos, outros animais feridos e doentes foram encontrados a bordo, alguns dos quais tiveram que ser sacrificados. Havia escassez de medicamentos necessários para lidar com os problemas de saúde animal encontrados, entre eles um surto de conjuntivite bovina. Tampouco havia assistência médica suficiente: apenas dois veterinários, auxiliados por quatro tratadores, acompanhavam os 19.000 touros.
Em 2019, o Queen Hind naufragou no Porto de Midia na Romênia, pouco após zarpar carregado com milhares de ovinos vivos. Em 2022, o Al Badri 1, também carregado, adernou e afundou em um berço de atracação do porto de Suakin, no Sudão. O navio que afundou no porto romeno, o Queen Hind, esteve no Brasil apenas alguns meses antes do acidente. Investigações subsequentes indicaram diversas irregularidades, inclusive a existência de compartimentos de carga ocultos. Tanto o Haidar quanto o Queen Hind e o Al Badri 1 eram navios convertidos.
Em 2018, uma operação de exportação de bovinos vivos causou intensa poluição do ar na cidade de Santos-SP, em decorrência do acúmulo de fezes e urina dos animais na embarcação, o navio de bandeira panamenha MV Nada. Os 27 mil bois pertenciam à Minerva e tinham por destino a Turquia. A empresa foi multada pela prefeitura municipal por infração ambiental e maus tratos animais.
Em 2015, na cidade de Barcarena (PA), o navio Haidar, com quase 5 mil bois vivos, 28 tripulantes a bordo e 700 toneladas de óleo, naufragou no Porto de Vila do Conde. A decomposição dos corpos dos animais mortos e o vazamento de óleo do navio provocaram um dos piores desastres ambientais da história do estado. As carcaças e o óleo que vazou do Haidar deixaram um rastro de contaminação que alcançou a cidade de Belém, cerca de 60 km rio abaixo.
Em 2012, 2.750 bois morreram asfixiados a bordo do navio de bandeira panamenha MV Gracia Del Mar, em decorrência de uma pane no sistema de ventilação durante a viagem. Os animais, fornecidos pela Minerva, foram embarcados no porto de Vila do Conde, em Barcarena-PA, e tinham por destino o Egito.
No Porto de São Sebastião, o terceiro do país que mais exporta animais vivos, a população relata como fica a cidade nos dias de operação: o trânsito fica congestionado pelo grande fluxo de caminhões; o mau cheiro das fezes e da urina dos animais empesteia o ar e prejudica o turismo na região. Este cenário foi retratado no documentário “Elias: O Boi que Aprendeu a Nadar”, da Mercy For Animals.
Bovinos / Grãos / Máquinas
Casos de raiva no Paraná exigem cuidados redobrados nas propriedades
Crescimento dos focos da doença mobiliza autoridades, Sistema Faep e produtores na vacinação obrigatória, reforço da vigilância e ações de educação sanitária em diversas regiões.

O Paraná tem registrado casos de raiva herbívora em rebanhos de animais de produção, o que acende o alerta para a necessidade de ações de controle da zoonose (doença infecciosa transmitida entre animais e seres humanos).
Por isso, as autoridades sanitárias, com apoio do Sistema Faep e produtores rurais, têm promovido uma série de medidas de controle, como vacinação obrigatória, reforço na vigilância e campanhas de educação. “Nas últimas décadas, o Sistema Faep investiu, de forma sistemática, na sanidade animal e na segurança das atividades agropecuárias. Agora, nas ações contra a raiva, não é diferente. Temos colaborado ativamente nas campanhas de disseminação de informações e de conscientização. É preciso ampliar a importância do controle dessa doença e garantir a proteção dos nossos rebanhos comerciais”, enfatiza o presidente interino do Sistema Faep, Ágide Eduardo Meneguette.

Foto: Licia Rubinstein
A presença da raiva no Paraná é recorrente, o que exige atenção constante dos produtores. Porém, há uma região que concentra boa parte dos casos. Em 2024, o Estado confirmou 227 focos de raiva, sendo mais da metade em propriedades localizadas na área de abrangência das regionais de Cascavel e Laranjeiras do Sul. A situação se repete em 2025. Até setembro, já foram contabilizados 166 focos em 41 municípios, sendo 81 na região Oeste.
De acordo com chefe do Departamento de Saúde Animal da Agência Estadual de Defesa Agropecuária (Adapar), Rafael Gonçalves Dias, esse número elevado motivou a publicação da Portaria 368/2025, que torna obrigatória a vacinação contra raiva em 30 municípios da região Oeste do Paraná (veja a lista mais abaixo) para bovinos, búfalos, cavalos, asnos, mulas, ovinos e caprinos a partir de três meses de idade. “Simultaneamente, intensificamos a mobilização com o projeto ‘Adapar Educa a Campo’, que tem percorrido municípios da região para fortalecer a conscientização e engajamento local. Essas ações visam a contenção de focos ativos e a prevenção em áreas vizinhas para evitar a expansão da doença”, detalha Dias.
Em outubro, o órgão e o Sistema Faep realizaram reuniões e encontros em propriedades rurais, assentamentos e prefeituras, com um público estimado em 1,1 mil pessoas. Além disso, a campanha teve divulgação nos veículos de comunicação do Oeste. “O Sistema Faep apoiou diretamente essa ação. Esse projeto-piloto, cuja proposta é expandir para outras áreas da defesa agropecuária, promoveu a integração entre a agência e a sociedade por meio da educação sanitária”, explica Nicolle Wilsek, técnica do Departamento Técnico e Econômico (DTE) do Sistema FAEP.
Confira os municípios onde a vacinação é obrigatória
- Boa Vista da Aparecida
- Braganey
- Campo Bonito
- Capanema
- Capitão Leônidas Marques
- Cascavel
- Catanduvas
- Céu Azul
- Diamante d’Oeste
- Foz do Iguaçu
- Guaraniaçu
- Ibema
- Itaipulândia
- Lindoeste
- Matelândia
- Medianeira
- Missal
- Planalto
- Pérola d’Oeste
- Quedas do Iguaçu
- Ramilândia
- Realeza
- Rio Bonito do Iguaçu
- Santa Lúcia
- Santa Tereza do Oeste
- Santa Terezinha de Itaipu
- São Miguel do Iguaçu
- Serranópolis do Iguaçu
- Três Barras do Paraná
- Vera Cruz do Oeste
Saiba como identificar casos de raiva

Foto: Fabiano Bastos
A raiva em herbívoros é transmitida, entre outras formas, por morcegos hematófagos (que se alimentam de sangue de animais). Entre os sintomas da doença estão o isolamento do animal, apatia ou agitação, perda de apetite, salivação intensa e dificuldade para engolir, fezes secas e escuras, e progressiva paralisia dos membros. “Diante desses sinais clínicos, a doença é praticamente irreversível e fatal para os animais acometidos”, alerta Rafael Gonçalves Dias, chefe do Departamento de Saúde Animal da Adapar.
Se um produtor suspeitar de raiva em algum animal do rebanho, a orientação é: isolar o animal suspeito, notificar imediatamente à Adapar e não mexer ou manipular o animal sem proteção. “É importante que quando o animal morrer, o produtor solicite a visita da Adapar para coletar uma amostra. Além disso, ações importantes são reforçar a vacinação no entorno da propriedade, identificar possíveis abrigos de morcegos e monitorar os demais animais da propriedade”, orienta Dias.
Outros cuidados
O chefe do Departamento de Saúde Animal da Adapar enfatiza que, mesmo em municípios onde a vacinação não é obrigatória, o ato de imunizar o rebanho previne que animais suscetíveis sejam infectados caso o vírus chegue até aquela área. “Mesmo sem obrigatoriedade legal, vacinar ajuda a formar uma ‘cobertura imunológica’, que reduz o risco de propagação desde as áreas de foco. Vacinar antecipadamente constitui uma medida preventiva responsável e vantajosa, independentemente de obrigatoriedade legal”, reforça.
Segundo Nicolle Wilsek, técnica do Sistema FAEP, há medidas complementares que ajudam na prevenção da raiva e de outras doenças que podem afetar os rebanhos. “É preciso seguir boas práticas sanitárias, como manter o registro detalhado de vacinações, investir em capacitação contínua, incluir cláusulas de sanidade em transações de animais e promover a conscientização de cuidados pessoais no manejo”, destaca.



