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Impacto da ambiência sobre problemas respiratórios ligados ao gás amônia

Grandes são os impactos dos gases gerados pelas aves em seu processo de produção devido à má qualidade do ar e umidade da cama, ocasionado principalmente por manejo inadequado das instalações.

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Artigo escrito por Kenes Leonel de Morais Castro, consultor de serviços técnicos Aves Agroceres Multimix

Grandes são os impactos dos gases gerados pelas aves em seu processo de produção devido à má qualidade do ar e umidade da cama, ocasionado principalmente por manejo inadequado das instalações (estruturas mal dimensionadas, falta de isolamento, falhas de projetos, falha no treinamento de mão de obra, entre outros).

Estes fatores impactam diretamente o status sanitário do lote, abrindo portas para agentes oportunistas presentes no ambiente. E na maioria dos casos, há uma correlação dos fatores causadores, predispondo ainda mais ao aparecimento de patologias que acometem o trato respiratório.

Nas aves, os pulmões são ligados a nove sacos aéreos. Essas estruturas permitem uma alta eficiência de troca de gases do ar, visto que, após passar pelos sacos aéreos posteriores, o ar é forçado através dos pulmões por compressão dos brônquios primários, antes de retornar para o exterior. Apesar de possuírem pulmões rígidos e pequenos, esse mecanismo permite que a ventilação ocorra de forma eficaz nas aves.

No entanto, devido a esse fator, as aves ficam expostas aos agentes externos e variação do ambiente. As membranas dos sacos aéreos são normalmente transparentes, muito finas e frágeis que se rompem facilmente ao toque durante a necropsia ou no abate. No entanto, essa condição muda em caso de alterações inflamatórias. Os sacos aéreos tornam-se opacos, apresentam fibrose e, por vezes, acumulam conteúdo líquido e/ou espumoso, ou mesmo caseoso. Esse processo inflamatório é denominado aerossaculite.

Enfermidade infecciosa, pode apresentar diversificadas etiologias, desde bactérias e fungos a infecções virais. Entre os agentes mais encontrados estão: Mycoplasma gallisepticum, Escherichia coli e Aspergillus spp. E os menos frequentes são: Coronavírus, Paramixovírus e Herpes vírus. É frequente quadros de aerossaculite com agentes associados.

A aerossaculite geralmente está ligada a fatores ambientais e tem papel importante na manifestação e/ou na evolução do quadro clínico. Entre os fatores ambientais causadores da aerossaculite destaca-se a amônia (NH3), que se forma devido à falha na ambiência.

Sinais

Os sinais clínicos podem variar, como diminuição na produtividade, taquipnéia, pescoço alongado, respiração com o bico aberto, inquietação, respiração dificultosa, estertores e eriçamento de penas e em casos graves, aumento na mortalidade. Aves com aerossaculite tem seu desempenho zootécnico prejudicado, acarretando peso reduzido e desuniformidade do lote.

Agente

Um dos pontos críticos na avicultura, ligado diretamente à formação e liberação do NH3, é a cama do aviário, que tem o papel de garantir conforto às aves ao absorver parte da umidade, diluir uratos e fezes, proporcionar isolamento térmico e diminuir lesões de peito, joelho e coxim plantar e problemas respiratórios.

Normalmente, a cama é constituída por substratos inertes e sua qualidade depende da composição, tamanho das partículas, teor de umidade e grau de compactação. Pode ser reutilizada, a fim de diminuir os custos de produção, mas isso pode aumentar a umidade e propiciar a produção excessiva de amônia.

O excesso de umidade causada pelo mal manejo dos equipamentos e vazios sanitários curtos, entre outros, contribuem para a formação e liberação do gás. O gás amônia (NH3) é tóxico e reconhecido como um dos contaminantes mais dominantes em galpões que abrigam frangos de corte. Esta molécula provém da quebra do ácido úrico excretado pelos frangos de corte, e a taxa de emissão depende da umidade da cama, que tende a aumentar à medida que a excreta é acumulada no material. Uma vez emitida, a amônia se acumula no interior do aviário até ser liberada para a atmosfera pelo sistema de ventilação.

Os humanos não detectam amônia abaixo de 20ppm e não a percebem como nociva até 50ppm. Desta forma, as aves são afetadas antes que o problema seja identificado, visto ser detectada pelas aves a partir de 15ppm, sendo 25ppm o limite máximo de exposição.

Ajustes da ventilação e manejo adequado da cama são mecanismos estratégicos para manter uma adequada qualidade do ambiente no interior dos galpões.

Causas

A crescente busca por novas tecnologias contribui para as aves expressarem seu potencial genético, porém, faz-se necessário mão de obra qualificada para manter e seguir corretamente os parâmetros dos equipamentos.

A climatização de galpões estimula aumentos na densidade animal para reduzir custos e amortizar investimentos. Todavia, o maior número de aves/m2 aumenta a compactação da cama, o que diminui sua capacidade de absorção e eleva a concentração de amônia. Assim, ambientes de alta densidade requerem melhor controle do teor de amônia, especialmente no final do ciclo produtivo, para evitar prejuízos ao bem-estar e à produtividade do lote.

Em galpões de alta densidade é necessário garantir a troca de ar por meio de ventilação, sem que a temperatura interna do galpão se torne crítica. Os nebulizadores devem estar regulados para produzirem micro gotículas, facilitando a evaporação da água e para não umedecer a cama. Os bebedouros e encanamentos demandam manutenção para evitar derramamento de água na cama e, se ocorrer, é preciso substituir por substrato seco e/ou trituração desta.

O correto dimensionamento é de extrema importância, proporcionando uma dinâmica perfeita de acordo com as necessidades e desafios enfrentados nos ambientes externos e internos. Todavia, falhas nos projetos levam a condições que impactam negativamente a produção.

Uso exacerbado de placas evaporativas e sistemas de umidificação durante o lote interferem nos alojamentos seguintes, pois uma cama mal trabalhada e com umidade elevada aumenta a liberação de amônia, afetando as aves nas primeiras semanas, período crítico. A exposição de animais a altos níveis de amônia causa irritação das membranas mucosas e do trato respiratório, conjuntivite e dermatite.

No sistema respiratório das aves, a traqueia atua como um canal de ar para a respiração, sendo a primeira linha de defesa contra poluentes. A exposição ao NH3 afeta diretamente a traqueia, causando anormalidades na resposta imune traqueal no sistema respiratório. O aumento das células T auxiliares 2 ( Th2 ) e das células T auxiliares 17 (Th17) acelera o desequilíbrio das células reguladoras (Treg)/células T auxiliares 1 (Th1), causando inflamação das lesões da traqueia (Figura 2).

Além disso, a exposição excessiva ao NH3 (30 ppm) causa resposta inflamatória nos neutrófilos do sangue periférico em frangos.

Estes fatores culminam em um gasto metabólico da ave para o sistema imunitário e aumenta a vascularização da área, abrindo portas para agentes expostos no ar. Frangos de corte expostos à amônia, dióxido de carbono e poeira por seis dias consecutivos apresentam perda significativa de cílios a partir do epitélio da porção superior da traqueia, prejudicando o transporte de muco e a eliminação de partículas indesejáveis. A partir de 10ppm de amônia, inicia-se a deterioração dos cílios do epitélio traqueal das aves e, acima de 20ppm, há maior susceptibilidade às enfermidades respiratórias.

Níveis de amônia acima de 25ppm paralisam alguns cílios, que deixam de filtrar contaminantes. Concentrações de 50ppm são capazes de destruir alguns cílios e causar alterações patológicas nas aves, incluindo o desenvolvimento de E. coli na traqueia. Acima de 60ppm de amônia, as aves tornam-se predispostas a doenças respiratórias e infecções secundárias, mesmo após vacinações.

A exposição prolongada à grande concentração de amônia (75-100ppm) resulta em prejuízos à respiração, perda de cílios e aumento de células caliciformes. Quando o nível de amônia atinge 100ppm, há redução na frequência e amplitude respiratória, prejudicando a troca gasosa. Níveis de amônia entre 60 e 100ppm podem ser observados no início de ciclos produtivos quando se reutiliza cama.

Considerações finais

Os impactos negativos gerados pelo mal controle do ambiente das aves afetam diretamente o desempenho e status sanitário do lote, abrindo portas para agentes oportunistas, prejudicando a criação.

O dimensionamento incorreto, somado à falta de manutenção e ao manejo inadequado das instalações, inevitavelmente impactará o desempenho zootécnico e a imunidade dos animais.

Dentre as várias consequências está a formação em excesso da amônia, um dos principais causadores destes problemas, devido ao impacto negativo no sistema de defesa da ave. O conhecimento sobre a forma correta de operação dos sistemas de climatização, assim como uma boa instalação, permite minimizar e até neutralizar estes efeitos negativos, proporcionando bem-estar animal, refletindo em melhor desempenho tanto produtivo como na resposta imunológica às vacinações e agentes nocivos presentes no ambiente.

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Fonte: O Presente Rural com Kenes Leonel de Morais Castro

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União Europeia reabre pre-listing e libera avanço das exportações de aves e ovos do Brasil

Com o restabelecimento do sistema de habilitação por indicação, frigoríficos que atenderem às exigências sanitárias poderão exportar de forma mais ágil, retomando um mercado fechado desde 2018.

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A União Europeia confirmou ao governo brasileiro, por meio de carta oficial, o retorno do sistema de habilitação por indicação da autoridade sanitária nacional, o chamado pre-listing, para estabelecimentos exportadores de carne de aves e ovos do Brasil. “Uma grande notícia é a retomada do pré-listing para a União Europeia. Esse mercado espetacular, remunerador para o frango e para os ovos brasileiros estava fechado desde 2018. Portanto, sete anos com o Brasil fora”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

Foto: Freepik

Com a decisão, os estabelecimentos que atenderem aos requisitos sanitários exigidos pela União Europeia poderão ser indicados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e, uma vez comunicados ao bloco europeu, ficam aptos a exportar. No modelo de pre-listing, o Mapa atesta e encaminha a lista de plantas que cumprem as normas da UE, sem necessidade de avaliação caso a caso pelas autoridades europeias, o que torna o processo de habilitação mais ágil e previsível. “Trabalhamos três anos na reabertura e, finalmente, oficialmente, o mercado está reaberto. Todas as agroindústrias brasileiras que produzem ovos e frangos e que cumprirem os pré-requisitos sanitários podem vender para a Comunidade Europeia”, completou.

A confirmação oficial do mecanismo é resultado de uma agenda de trabalho contínua com a Comissão Europeia ao longo do ano. Em 2 de outubro, missão do Mapa a Bruxelas, liderada pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luís Rua, levou à União Europeia um conjunto de pedidos prioritários, entre eles o restabelecimento do pre-listing para proteína animal, o avanço nas tratativas para o retorno dos pescados e o reconhecimento da regionalização de enfermidades.

Na sequência, em 23 de outubro, reunião de alto nível em São Paulo entre o secretário Luís Rua e o comissário europeu para Agricultura, Christophe Hansen, consolidou entendimentos na pauta sanitária bilateral e registrou o retorno do sistema de pre-listing para estabelecimentos brasileiros habilitados a exportar carne de aves, o que agora se concretiza com o recebimento da carta oficial e permite o início dos procedimentos de habilitação por parte do Mapa. O encontro também encaminhou o avanço para pre-listing para ovos e o agendamento da auditoria europeia do sistema de pescados.

Foto: Ari Dias

Na ocasião, as partes acordaram ainda a retomada de um mecanismo permanente de alto nível para tratar de temas sanitários e regulatórios, com nova reunião prevista para o primeiro trimestre de 2026. O objetivo é assegurar previsibilidade, transparência e continuidade ao diálogo, reduzindo entraves técnicos e favorecendo o fluxo de comércio de produtos agropecuários entre o Brasil e a União Europeia.

Com o pre-listing restabelecido para carne de aves e ovos, o Brasil reforça o papel de seus serviços oficiais de inspeção como referência na garantia da segurança dos alimentos e no atendimento às exigências do mercado europeu, ao mesmo tempo em que avança em uma agenda de facilitação de comércio baseada em critérios técnicos e cooperação regulatória.

Fonte: Assessoria Mapa
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Exportações gaúchas de aves avançam e reforçam confiança do mercado global

Desempenho positivo em outubro, expansão da receita e sinais de estabilidade sanitária fortalecem o posicionamento do estado no mercado externo.

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O setor agroindustrial avícola do Rio Grande do Sul mantém um ritmo consistente de recuperação nas exportações de carne de frango, tanto processada quanto in natura. Em outubro, o estado registrou alta de 8,8% no volume embarcado em relação ao mesmo mês do ano passado. Foram 60,9 mil toneladas exportadas, um acréscimo de 4,9 mil toneladas frente às 56 mil toneladas enviadas em outubro de 2023.

A receita também avançou: o mês fechou com US$ 108,9 milhões, crescimento de 5% na comparação anual.

No acumulado de janeiro a outubro, entretanto, o desempenho ainda reflete os impactos do início do ano. Os volumes totais apresentam retração de 1%, enquanto a receita caiu 1,8% frente ao mesmo período de 2024, conforme quadro abaixo:

O rápido retorno das exportações de carne de aves do Rio Grande do Sul para mercados relevantes, confirma que, tanto o estado quanto o restante do país permanecem livres das doenças que geram restrições internacionais.

Inclusive, o reconhecimento por parte da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e muitos outros mercados demonstram a importância do reconhecimento da avicultura do Rio Grande do Sul por parte da China, ainda pendente. “Estamos avançando de forma consistente e, em breve, estaremos plenamente aptos a retomar nossas exportações na totalidade de mercados. Nossas indústrias, altamente capacitadas e equipadas, estão preparadas para atender às demandas de todos os mercados, considerando suas especificidades quanto a volumes e tipos de produtos avícolas”, afirmou José Eduardo dos Santos, Presidente Executivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul (Asgav/Sipargs).

Indústria e produção de ovos

O setor da indústria e produção de ovos ainda registra recuo nos volumes exportados de -5,9% nos dez meses de 2025 em relação ao mesmo período de 2024, ou seja, -317 toneladas. Porém, na receita acumulada o crescimento foi de 39,2%, atingindo um total de US$ 19 milhões de dólares de janeiro a outubro deste ano.

A receita aumentou 49,5% em outubro comparada a outubro de 2024, atingindo neste mês a cifra de US$ 2.9 milhões de dólares de faturamento. “A indústria e produção de ovos do Rio Grande do Sul está cada vez mais presente no mercado externo, o atendimento contínuo aos mais diversos mercados e o compromisso com qualidade, evidenciam nosso potencial de produção e exportação”, pontua Santos.

Exportações brasileiras

As exportações brasileiras de carne de frango registraram em outubro o segundo melhor resultado mensal da história do setor, de acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Ao todo, foram exportadas 501,3 mil toneladas de carne no mês, saldo que superou em 8,2% o volume embarcado no mesmo período do ano passado, com 463,5 mil toneladas.

Presidente Eeecutivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul, José Eduardo dos Santos: “A indústria e produção de ovos do Rio Grande do Sul está cada vez mais presente no mercado externo, o atendimento contínuo aos mais diversos mercados e o compromisso com qualidade, evidenciam nosso potencial de produção e exportação”

Com isso, as exportações de carne de frango no ano (volume acumulado entre janeiro e outubro) chegaram a 4,378 milhões de toneladas, saldo apenas 0,1% menor em relação ao total registrado no mesmo período do ano passado, com 4,380 milhões de toneladas.

A receita das exportações de outubro chegaram a US$ 865,4 milhões, volume 4,3% menor em relação ao décimo mês de 2024, com US$ 904,4 milhões. No ano (janeiro a outubro), o total chega a US$ 8,031 bilhões, resultado 1,8% menor em relação ao ano anterior, com US$ 8,177 bilhões.

Já as exportações brasileiras de ovos (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 2.366 toneladas em outubro, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O número supera em 13,6% o total exportado no mesmo período do ano passado, com 2.083 toneladas.

Em receita, houve incremento de 43,4%, com US$ 6,051 milhões em outubro deste ano, contra US$ 4,219 milhões no mesmo período do ano passado. No ano, a alta acumulada chega a 151,2%, com 36.745 toneladas entre janeiro e outubro deste ano contra 14.626 toneladas no mesmo período do ano passado. Em receita, houve incremento de 180,2%, com US$ 86,883 milhões nos dez primeiros meses deste ano, contra US$ 31,012 milhões no mesmo período do ano passado.

Fonte: Assessoria ABPA
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MBRF avança na sustentabilidade com transição global para ovos cage-free

Empresa anunciou a conclusão da mudança para ovos livres de gaiolas em todas as suas operações internacionais, um marco que reforça o compromisso com o bem-estar animal e a ética produtiva.

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A MBRF, uma das maiores companhias de alimentos do mundo, anuncia a conclusão da transição para o uso exclusivo de ovos cage-free em seus processos industriais globais. O compromisso, já cumprido no Brasil desde 2020, agora se estende às operações internacionais, consolidando um importante avanço em sustentabilidade e bem-estar animal e antecipando a meta global prevista para dezembro de 2025.

A implementação do uso de ovos cage-free nas operações internacionais envolveu uma construção conjunta com fornecedores locais, especialmente em mercados como Turquia e Emirados Árabes Unidos, onde a produção de ovos livres de gaiolas ainda representa um desafio. A companhia trabalhou em parceria com os produtores para viabilizar investimentos, incorporar novas práticas e assegurar a oferta de insumos alinhados aos mais altos padrões de bem-estar animal. Além disso, implementou protocolos voltados à rastreabilidade e à conformidade com referências internacionais, mantendo acompanhamento contínuo para garantir a sustentabilidade da meta alcançada.

A adoção global do sistema cage-free reflete o compromisso da MBRF com práticas produtivas mais éticas e sustentáveis. “O modelo elimina o confinamento das aves em gaiolas, permitindo que expressem comportamentos naturais e movimentem-se livremente. Alinhada aos princípios de Saúde Única na produção de alimentos, essa prática contribui de forma significativa para o bem-estar animal e atende às expectativas de clientes e consumidores cada vez mais atentos à origem e à responsabilidade das empresas,” explica Josiane Busatta, consultora de bem-estar animal da MBRF.

A conclusão da transição para o sistema cage-free é apenas uma entre as diversas metas de bem-estar animal estabelecidas pela MBRF. A companhia já atingiu outros compromissos relevantes, como garantir que 100% das aves do sistema de integração sejam criadas livres de gaiolas. Além disso, concluiu a certificação de 100% das unidades de abate em bem-estar animal globalmente e a eliminação da castração cirúrgicas na cadeia de suinocultura. Como resultado desses e outros avanços, a companhia se mantém entre as mais bem posicionadas do setor em importantes rankings e índices internacionais, como o BBFAW (Business Benchmark on Farm Animal Welfare), o mais importante índice global de gestão do bem-estar dos animais de fazenda.

Sustentabilidade na MBRF

O bem-estar animal é um dos seis pilares que sustentam a Plataforma de Sustentabilidade da MBRF, que busca conciliar produtividade com a preservação dos recursos naturais e da biodiversidade. A companhia adota práticas que protegem biomas, promovem o bem-estar animal e respeitam os direitos humanos. As iniciativas incluem o uso eficiente de água e energia, o melhor aproveitamento dos alimentos, a redução das emissões de gases de efeito estufa e a gestão responsável da cadeia de fornecimento — com foco no controle de origem, no combate ao desmatamento e na promoção da inclusão social.

A MBRF adota altos padrões de bem-estar animal em toda a cadeia produtiva, com compromissos voltados à criação de aves, suínos e bovinos, guiados por diretrizes nacionais e internacionais que asseguram cuidados adequados e abate humanitário, tanto nas operações próprias quanto junto aos fornecedores.

Durante o manejo do gado, das aves e dos suínos — desde a propriedade rural até as unidades de produção —, a companhia garante o respeito aos Cinco Domínios dos animais: nutrição adequada, boa saúde, ambiente confortável, comportamento natural e estado mental. Esses princípios surgiram como uma expansão das Cinco Liberdades dos Animais, oferecendo uma abordagem mais abrangente e holística para avaliar o bem-estar animal que foram estabelecidos pelo Farm Animal Welfare Council, conselho britânico independente que é referência global na definição de parâmetros de bem-estar animal.

Fonte: Assessoria MBRF
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