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Iluminação artificial para lavoura aumenta produção de trigo em mais de 50% 

Os resultados com a colheita do trigo impressionam. No campo testemunhal foi feita a colheita de 60 sacas por hectare. Já na parte que recebeu a iluminação artificial foram colhidas 93,5 sacas por hectare, ou seja, 50% a mais.

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Fotos: Divulgação

O produtor Vilmar Steffanello comemora o aumento de mais de 50% na colheita da sua produção de trigo, na propriedade localizada em Jacuizinho, região Centro-Norte do Rio Grande do Sul. Em dezembro de 2020, ele investiu na Tecnologia Irriluce, um sistema de iluminação artificial para a lavoura, outdoor, com um pivô de 12 hectares e meio, 104 luzes de led, que foi instalado em sua propriedade com o objetivo de suplementar a iluminação, que diminui durante o inverno do Sul do país, uma vez que a quantidade de luz ao dia diminui durante os dias mais frios e nublados, e de aumentar a produção existente na sua lavoura, bem como cultivar novas produções.

O agricultor conta que trabalharam no primeiro semestre de 2021 com suplementação luminosa no cultivo de soja, colhida em junho, e no segundo semestre com trigo e milho.  O trigo foi plantado no início de julho e a colheita foi realizada no início de dezembro e a colheita do milho deve ocorrer no final de janeiro.

Os resultados com a colheita do trigo impressionam. No campo testemunhal foi feita a colheita de 60 sacas por hectare. Já na parte que recebeu a iluminação artificial da Tecnologia Irriluce e as recomendações de manejo foram colhidas 93,5 sacas por hectare, ou seja, 50% a mais. Steffanello conta que está otimista com este resultado e que acredita que as próximas colheitas podem ser ainda melhores.

Tecnologia desenvolvida pelo Grupo Fienile, o diretor de pesquisas Ernane Lemes explica que para mensurar os resultados alcançados foram separados: o campo testemunhal – no qual não houve modificação em nada além do que o produtor já fazia; o campo que recebe somente a iluminação artificial da Tecnologia Irriluce, sem o pacote de tecnologias que inclui preparo do solo e técnicas elaboradas de manejo; o campo que recebe somente o pacote de tecnologias  – sem a iluminação; e o campo que recebe iluminação artificial e o pacote de tecnologias.

Por ser o dono do primeiro projeto de suplementação luminosa no Rio Grande do Sul, Steffanello diz que recebe muitas visitas de produtores vindo de todo o Estado gaúcho e que seus resultados são muito comentados.

Resultados

No fim do primeiro semestre, a colheita da soja obteve resultados positivos em quatro cultivares, algumas precoces outras mais tardias, mas todas com resultados interessantes. Foi possível observar que as plantas cresceram mais, colocaram mais entrenós, mais números de vagem e mais grãos, sem contar que a soja alongou o ciclo enquanto o trigo teve um ciclo mais curto. Para a experiência foram plantados quatro cultivares com luz e sem luz. Com o método tradicional do produtor, sem pacote de tecnologias.  A diferença entre a colheita realizada na produção que recebeu e que não recebeu iluminação artificial foi de 30%, sendo 73 sacas por hectare nos campos sem iluminação e 102,97 sacas por hectare onde havia a tecnologia implantada.

Para o produtor, vendo o que aconteceu em 2020, depois da seca que sofreram, que acabou até mesmo com a água do pivô, e mesmo com toda a dificuldade viram diferença após a implementação da Tecnologia Irriluce. “Estamos sempre sendo monitorados de informações, por isso estamos muito contentes com este projeto. Como é um assunto muito novo e não tem muita informação, isso faz toda a diferença. O investimento é alto e eu não posso correr o risco de ter erros que possam comprometer o resultado e causar danos”, enfatiza.

Tecnologia Irriluce

A Tecnologia Irriluce é uma tecnologia de iluminação artificial para a lavoura. Uma suplementação de luz para a planta que é ativada quando o sol já foi embora, fornecendo a iluminação que a planta precisa para complementar seu processo de fotossíntese também durante a noite. Lâmpadas led são acopladas aos pivôs de irrigação (já na fábrica das empresas parceiras) e são ativadas no momento em que o agricultor precisar. Ou no caso em refletores, como está sendo feito no campo experimental da FASA.

A tecnologia foi descoberta pelo agricultor Gustavo Grossi, CEO do Grupo Fienile. Há oito anos ele verificou que uma parte da plantação de soja em sua fazenda em Patos de Minas (MG) estava crescendo mais do que o restante, mas ninguém conseguia explicar aquele fenômeno. Durante uma volta pela fazenda no período da madrugada ele observou que a luz do poste que iluminava a rodovia que margeia sua propriedade iluminava bem certinho aquele pedaço que crescia a mais.

Desde então ele não parou de pesquisar e de envolver especialistas no assunto para criar e disseminar esta tecnologia entre os agricultores Brasil afora, entretanto ele alerta: “não é só sair colocando luz por aí não, tudo é feito com o acompanhamento de especialistas, de mestres e doutores e muita pesquisa. Nossa tecnologia é patenteada para trazer benefício e segurança e cada produtor que se propõe a instalar um sistema em sua propriedade, estando ciente inclusive de que receberá pesquisadores para acompanharem todo o processo da produção, desde a qualidade do solo, a qualidade da cultura e até mesmo o seu desenvolvimento e resultado”, salienta.

Fonte: Assessoria Grupo Fienile

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Epagri divulga Boletim Agropecuário de Santa Catarina referente a outubro

Para a 1ª safra de milho 2024/25, a redução na área plantada deverá chegar a 10,4%. “A produtividade média esperada, entretanto, deverá crescer em torno de 24%, chegando a 8.463kg/ha.

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Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

A Epagri divulgou a última edição do Boletim Agropecuário, publicado mensalmente pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola da Epagri (Epagri/Cepa).

Milho

Foto: Sandra Brito

Em outubro, o preço médio mensal pago ao produtor de milho em Santa Catarina apresentou uma alta de 5,3% em relação ao mês anterior. Segundo o documento, os preços refletem a maior demanda interna pelo cereal, a entressafra no Brasil e a concorrência com as exportações.

De acordo com o analista de socioeconomia e desenvolvimento rural da Epagri/Cepa, Haroldo Tavares Elias, para a 1ª safra de milho 2024/25, a redução na área plantada deverá chegar a 10,4%. “A produtividade média esperada, entretanto, deverá crescer em torno de 24%, chegando a 8.463kg/ha. Assim, espera-se um aumento de 11% na produção, com um volume colhido de aproximadamente 2,24 milhões de toneladas de milho”, diz ele.

O Boletim Agropecuário traz os dados atualizados do acompanhamento das safras e do mercado dos principais produtos agropecuários catarinenses. Confira mais detalhes de outras cadeias produtivas:

Trigo

Em outubro, os preços médios recebidos pelos produtores catarinenses de trigo ficaram praticamente estabilizados, mas com uma pequena variação negativa de 0,34%. Na variação anual, em termos reais, registrou-se uma alta expressiva de 22,07%. Em todo o estado, até a última semana de outubro, cerca de 39% da área destinada ao plantio de trigo nesta safra já havia sido colhida. Para as lavouras que ainda estão a campo, 20% da área estava em fase de floração e 80% em fase de maturação.

Com relação à condição de lavoura, em 94% das áreas avaliadas a condição é boa; 5% a condição é média e, 1% a condição é ruim. A área plantada estimada é de pouco mais de 121 mil hectares, redução de 11,8% em relação à safra passada. A produtividade média estadual está estimada em 3.582kg/ha, um aumento de 60,1%. Até o momento, a expectativa é que a produção estadual deverá crescer 41,3%, chegando a aproximadamente 435 mil toneladas.

Soja

No mês de outubro, as cotações da soja no mercado catarinense apresentaram reação de 2,7% em relação ao mês anterior. No início de novembro, nos 10 primeiros dias do mês, na comparação com o preço médio de setembro, é possível perceber movimento altista de 2,6%. A menor oferta interna do produto no mercado interno tem favorecido as cotações, no entanto, fatores de baixa estão se projetando no mercado futuro.

Para essa safra, deveremos ter um aumento de 2,09% da área plantada, alcançando 768,6 mil hectares na primeira safra. A produtividade média esperada deverá crescer significativamente: a expectativa é um incremento de 8,56%, chegando a 3.743kg/ha. Com isso, espera-se um aumento de 10,8% na produção, com um volume colhido de aproximadamente 2,87 milhões de toneladas de soja 1ª safra.

Bovinos

Nas primeiras semanas de novembro registrou-se de alta nos preços do boi gordo em relação ao mês anterior em praticamente todos os estados brasileiros. Em Santa Catarina, o preço médio estadual do boi gordo atingiu R$295,34 em meados deste mês, o que representa uma alta de 8,8% em relação ao mês anterior e de 20,3% na comparação com maio de 2023. A expectativa é de que se verifique a continuidade desse movimento de alta nas próximas semanas.

A reduzida oferta de animais prontos para abate e a elevada demanda, tanto no mercado interno quanto externo, são responsáveis por esse acentuado movimento de alta observado na maioria dos estados. A forte seca que atingiu grande parte do país, em especial a região Centro-Oeste, tem sido um fator crucial na redução da oferta.

Frangos

Santa Catarina exportou 105,5 mil toneladas de carne de frango (in natura e industrializada) em outubro – queda de 0,03% em relação aos embarques do mês anterior, mas alta de 27,1% na comparação com os de outubro de 2023. As receitas foram de US 212,8 milhões – queda de 4,8% em relação às do mês anterior, mas crescimento de 32,9% na comparação com as de outubro de 2023.

De janeiro a outubro, Santa Catarina exportou 961,8 mil toneladas, com receitas de US$ 1,88 bilhão  alta de 6,7% em quantidade, mas queda de 1,6% em receitas, na comparação com os valores acumulados no mesmo período do ano passado.

A maioria dos principais destinos apresentou variação positiva, na comparação entre o acumulado deste ano e o mesmo período de 2023, com destaque, mais uma vez, para o Japão (crescimento de 35,6% em quantidade e 13,4% em valor).

Suínos

Santa Catarina exportou 68,0 mil toneladas de carne suína (in natura, industrializada e miúdos) em outubro, altas de 10,6% em relação ao montante do mês anterior e de 44,8% na comparação com os embarques de outubro de 2023. As receitas foram de US$169,4 milhões, crescimentos de 12,7% na comparação com as do mês anterior e de 61,5% em relação às de outubro de 2023. Esse é o segundo melhor resultado mensal de toda a série histórica, tanto em quantidade quanto em receitas, atrás apenas de julho passado.

De janeiro a outubro, o estado exportou 595,3 mil toneladas de carne suína, com receitas de US$1,39 bilhão – altas de 10,5% e de 6,3%, respectivamente, em relação ao mesmo período de 2023. Santa Catarina respondeu por 56,7% das receitas e por 55,0% do volume de carne suína exportada pelo Brasil este ano.

Leite

Até setembro/24, as indústrias inspecionadas brasileiras adquiriram 18,331 bilhões de litros de leite cru, 1,2% acima dos 18,116 bilhões adquiridos no período de 2023. Essa quantidade, somada à quantidade importada, mostra que, até setembro, a oferta total de leite foi 1,6% maior do que a do mesmo período de 2023.

De janeiro a outubro/24 foi importado o equivalente a 1,888 bilhão de litros de leite cru, 7% acima dos 1,765 bilhão de litros do mesmo período de 2023.

Em novembro, houve diferentes movimentos nos preços aos produtores catarinenses: estabilidade, alta e baixa. Com isso, pelos levantamentos da Epagri/Cepa, o preço médio de novembro fechou em R$2,75/litro, quase idêntico ao preço médio de outubro, que ficou em R$2,76/litro.

Leia a íntegra do Boletim Agropecuário de novembro, clicando aqui.

Fonte: Assessoria Agência de Notícias SECOM
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IPPA registra alta de 5,5% em outubro de 2024, porém acumula queda de 2,5% no ano

Entre os grupos de alimentos, houve retrações no IPPA-Grãos (-8,3%) e no IPPA-Pecuária (-2,7%).

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Fotos: Marcello Casal

O Índice de Preços ao Produtor de Grupos de Produtos Agropecuários (IPPA/CEPEA) subiu 5,5% em outubro, influenciado pelos avanços em todos os grupos de produtos: de 1,9% para o IPPA-Grãos; de fortes 10,7% para o IPPA-Pecuária; de expressivos 10,4% para o IPPA-Hortifrutícolas; e de 0,5% para o IPPA-Cana-Café.

No mesmo período, o IPA-OG-DI Produtos Industriais apresentou alta de 1,5%, demonstrando que, de setembro para outubro, os preços agropecuários mantiveram-se em elevação frente aos industriais da economia brasileira.

No cenário internacional, o índice de preços calculado pelo FMI subiu 1,4% quando convertido para Reais, acompanhando a valorização da taxa de câmbio oficial divulgada pelo Bacen. Isso indica um comportamento relativamente estável dos preços internacionais dos alimentos.

No acumulado de 2024, o IPPA/CEPEA registra queda de 2,5%. Entre os grupos de alimentos, houve retrações no IPPA-Grãos (-8,3%) e no IPPA-Pecuária (-2,7%), enquanto o IPPA-Hortifrutícolas avançou 34,6% e o IPPA-Cana-Café cresceu 7%.

Em comparação, o IPA-OG-DI Produtos Industriais apresenta estabilidade no ano, enquanto os preços internacionais dos alimentos, convertidos para Reais, acumulam alta de 6,1%.

A despeito desses movimentos divergentes com relação ao IPPA/CEPEA, ressalta-se que, sob uma perspectiva de longo prazo, o que se observa é a convergência ao mesmo nível, após elevação acelerada dos preços domésticos nos últimos anos.

Fonte: Assessoria Cepea
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ABCZ participa da TecnoAgro e destaca sustentabilidade no agro

Tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento do agronegócio e explorar o potencial econômico das cidades da região.

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Fotos: Divulgação/ABCZ

Nesta semana, a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) marca presença na TecnoAgro 2024, evento realizado no Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG). Com o tema “Agro Inteligente”, a iniciativa promovida pelo Grupo Integração e tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento do agronegócio e explorar o potencial econômico das cidades da região.

A abertura do evento aconteceu na manhã da última quinta-feira (21), reunindo autoridades e representantes dos setores ligados ao agro. A ABCZ esteve em destaque logo após a solenidade, quando o Superintendente Técnico, Luiz Antonio Josahkian, participou do painel “O Futuro da Pecuária”. O debate, mediado pela jornalista Adriana Sales, também contou com a presença da Prefeita de Uberaba, Elisa Araújo, e do Professor da ESALQ/USP, Sérgio de Zen.

Superintendente Técnico, Luiz Antonio Josahkian: “Temos uma vocação natural para a produção de alimentos, com recursos essenciais, como a água, que é um insumo cada vez mais valorizado e disputado globalmente”

A discussão abordou a responsabilidade do Brasil diante da crescente demanda global por proteína. “Temos o potencial para liderar o aumento da demanda por proteína animal. Contamos com terras disponíveis, mão de obra qualificada e políticas públicas que fortalecem continuamente o setor. O Brasil se destaca como um dos poucos países que ainda investe em qualificação profissional através de políticas públicas, com o apoio de órgãos como as Secretarias de Estado, o Senar e as extensões rurais Além disso, temos uma vocação natural para a produção de alimentos, com recursos essenciais, como a água, que é um insumo cada vez mais valorizado e disputado globalmente”, destacou Josahkian.

Complementando o debate, Sérgio de Zen enfatizou a necessidade de modelos produtivos mais sustentáveis. “É perfeitamente possível aumentar a demanda na redistribuição de renda e atender ao crescimento populacional sem recorrer ao desmatamento. Isso pode ser alcançado por meio do uso mais eficiente das tecnologias e dos sistemas de produção já disponíveis”, afirmou.

O evento, que segue até amanhã (22), reúne mais de 50 palestras voltadas para a sustentabilidade no agronegócio. Entre os destaques da programação técnica desta sexta-feira, o Zootecnista e Gerente do Departamento Internacional da ABCZ, Juan Lebron, participará da palestra “Recuperação de Pastagem, Genética, Nutrição e Saúde: Pilares da Sustentabilidade na Pecuária”, ao lado de especialistas como Guilherme Ferraudo e Thiago Parente.

Além das contribuições técnicas, a ABCZ participa com um estande apresentando produtos e serviços da maior entidade de pecuária zebuína do mundo.

Fonte: Assessoria ABCZ
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