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VOZ DO COOP

Suínos / Peixes De 31 de agosto a 02 de setembro

IFC Brasil reúne a cadeia do pescado com foco em mercados e sustentabilidade

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Fotos: Arquivo/OP Rural

A quarta edição do International Fish Congress & Fish Expo Brasil apresenta tecnologias do mundo todo, consolidando o evento como o maior fórum de especialistas em pescado com participantes de toda a América Latina. O encontro, que discute mercado e novas fronteiras para o pescado brasileiro no cenário global, reúne os principais players do setor em Foz do Iguaçu (PR), nos dias 31 de agosto, 1º e 02 de setembro no Maestra Convention Center, do Resort Recanto Cataratas, e congrega feira de tecnologias, congresso, mostra de trabalhos científicos e rodada de negócios.

A edição marca a expansão do evento para América Latina e tem como foco propor alternativas e reunir estratégias para o crescimento sustentável e desenvolvimento responsável do setor. Participam dos painéis e debates especialistas de cinco continentes com diferentes visões e experiências para uma aquicultura orientada para ampliar mercados interno e externo como impulsionador da produção de pescado para o Brasil e o mundo. Serão três dias de palestras, painéis, debates e feira de negócios em evento presencial com transmissão ao vivo, com tradução para o espanhol e on demand em plataforma de streaming exclusiva.

Ex-ministro da Pesca e presidente do IFC Brasil, Altemir Gregolin – Foto: Divulgação/IFC

O ex-ministro da Pesca e presidente do IFC Brasil, Altemir Gregolin, diz que o IFC 2022 propõe uma discussão de temas transversais ao setor, com propósito de orientar o crescimento de forma ordenada e conectada com as tendências mundiais de consumo. “O IFC assume uma dimensão inédita em 2022. Desde o início, tem como objetivo central ser um grande instrumento de apoio ao desenvolvimento da cadeia produtiva de pescado no Brasil. Ao apontar tendências, expor o que tem de melhor em tecnologias e apresentar caminhos e ações para o desenvolvimento, o IFC Brasil uniformiza informações e coloca todos os atores numa mesma sintonia e trabalhando numa mesma direção”.

Fish Expo gerando negócios

O IFC Brasil, depois do recorde de público e lançamentos de tecnologias inéditas na última edição em 2021, reserva para a sua quarta edição muitas novidades, entre elas um evento voltado para a América Latina, com empresas de diversos países e a ampliação da feira Fish Expo Brasil que permite um número de expositores 40% maior.

A diretora executiva Eliana Panty destaca o crescimento da feira e ampliação do foco em negócios “A Fish Expo é uma feira de negócios que vai reunir empresas de todos os elos da cadeia com lançamentos, ofertas exclusivas e participantes de todo o país e da América Latina. Teremos uma nova área chamada Hands On Aqua, destinada a tecnologias de RAS e onde os expositores poderão demonstrar as funcionalidades de equipamentos para aquicultura. Nas rodadas de negócios compradores e fornecedores estarão frente a frente com mediadores profissionais para proporcionar sucesso nas negociações”.

Os organizadores do IFC destacam a importância da geração de negócios e abertura de mercados. “Teremos a ampliação do foco em negócios e discussões de mercado com o projeto Peixe Grande, com a presença já confirmada de importadores americanos e compradores brasileiros do varejo e do food service; aumento da presença de empresas especializadas em tecnologias para a produção, processamento, cadeia de frio e logística”.

Certificadora Cdial Halal é patrocinadora e apoiadora do IFC 2022

A Cdial Halal, referência mundial em certificação de produtos e serviços Halal é patrocinadora e apoiadora conformada no IFC 2022. A certificadora tem mais de 35 anos no mercado e o certificado é aceito em mais de 150 países. Esta é a primeira participação da certificadora em um evento específico do segmento de pescado, refletindo o crescimento do interesse desse mercado exigente no produto brasileiro. A certificadora participará ainda de um painel sobre Mercado Mundial e Nacional de Pescados que abordará o estado atual e tendências da produção, consumo e comércio mundial de pescados; exportações brasileiras de pescado, evolução, desafios e tendências.

As expectativas para o ano de 2024 é que o mercado Halal como um todo movimente 5,7 trilhões de dólares, sendo o setor de alimentos Halal o principal, com expectativa de movimentar 1,38 trilhão de dólares até 2024.

IFC 2022 sedia encontro do Projeto Astral financiado pela União Europeia

IFC Brasil sediará uma reunião internacional do Projeto Astral – iniciativa financiada pela União Europeia e coordenado pela Norce – Centro de Investigação da Noruega – e presente em mais de 15 países. O encontro reúne instituições de pesquisa, universidades e empresas brasileiras, com foco em parcerias no Brasil. Com o lema “Toda a aquicultura sustentável, rentável e resiliente do Oceano Atlântico”, o projeto que foi iniciado com a Universidade Federal de Rio Grande – FURG, agora quer ampliar as parcerias para o desenvolvimento de uma aquicultura sustentável, rentável e cada vez mais demandada no mercado global, através da produção em sistema multitrófico.

O presidente do IFC Brasil, Altemir Gregolin destaca: “É uma honra sediar uma reunião internacional do Projeto Astral que visa desenvolver novas cadeias de valor sustentáveis, rentáveis e resilientes através da produção integrada de aquicultura multitrófica. Astral é um projeto colaborativo da União Europeia Horizonte 2020 que tem nos objetivos definir, apoiar e promover este tipo de produção aquícola sustentável em todo o espaço atlântico”.

Workshop internacional em sistemas de recirculação na aquicultura

Uma parceria entre o IFC Brasil e a rede BluEco Net financiada pelo BMBF – Ministério Alemão de Educação e Pesquisa – e coordenada pelo Centro de Aquacultura do Instituto Alfred-Wegener em Bremerhaven, Alemanha, realiza o Primeiro Workshop Internacional em Sistemas de Recirculação na Aquicultura.

A rede BlueEco Net tematiza a bioeconomia bi-nacional (Alemanha-Brasil) com um foco temático especificamente na sustentabilidade de toda a cadeia de valor da indústria da aquicultura, incluindo seus setores associados de serviços, provedores de tecnologia, fornecedores de matéria-prima (animais, plantas, agricultura) e seus clientes na indústria de alimentos.

O workshop concentra-se na tecnologia RAS e sua aplicabilidade na aquicultura. O objetivo é apoiar o desenvolvimento de uma produção eficiente de peixe e camarões em sistemas fechados. As metas incluem dar uma visão geral da situação atual na Alemanha/Europa sobre RAS e BFT, de um ponto de vista empresarial, incluindo possíveis obstáculos tecnológicos e soluções encontradas, bem como técnicas para reduzir os custos no sistema de produção e exemplos de empresas solidificadas que o tornaram rentável na Alemanha.

A programação deste workshop foi elaborada para propiciar uma visão atual dos desafios técnicos e econômicos da tecnologia RAS em diferentes países, neste caso a Alemanha e o Brasil.

Programação IFC 2022

A programação do IFC 2022 está repleta de novidades e conferencistas que são expoentes em suas áreas no país e em nível internacional, revela Gregolin. “Com os pés no presente e os olhos focados no futuro, uma diversidade de temas serão abordados em uma programação relevante. O debate sobre o mercado e competitividade do pescado brasileiro será um dos pontos fortes a ser discutido com a presença de empresas brasileiras e de Matthew Alexander Perez – CEO da Aquanita, grande importadora americana, que mostrará o perfil e o potencial daquele mercado para o nosso pescado”.

O debate sobre “Inovações e Tendências Tecnológicas” contará com a presença de Diego Lages, diretor global da Marel Fish da Islândia, uma das maiores empresas do setor de tecnologias para processamento de pescado, e de Adolfo Alvial, diretor executivo do Clube de Inovação Aquícola do Chile. No bloco, Sistemas de Produção, destaque para presença do dr. Keith Morris M.Sc, global marketing manager da Phibro Aqua, que tratará da importância da “Mitigação do estresse na aquicultura para elevar a produtividade e a sanidade dos animais”. Outro destaque será o debate sobre a “Produção em sistema de recirculação – RAS” com Simon Dureijka, diretor de produção da empresa Infinite Sea, da Alemanha, e Marcelo Shei, da empresa Altamar.

Destaque também para a palestra do PhD. Rajesh Joshi, pesquisador sênior da GenoMar Genetics – Noruega, cujos estudos são os mais consultados atualmente. Ele abordará o tema “Inovação na criação seletiva para uma indústria rentável de tilápia do Nilo”. Na área de nutrição atenção especial para o “uso de aditivos enzimáticos nas dietas de peixes para melhorar a qualidade de água e performance animal”, com o dr. Alexandre Barbosa de Brito, gerente técnico da ABvista para a América Latina.

IFC BRASIL tem apoio do setor

O 4º International Fish Congress tem coorganização da Fundação de Apoio ao Ensino, Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação (Fundep) e da Unioeste, com apoio da Itaipu Binacional, Secretaria Nacional de Aquicultura e Pesca (SAP), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Governo do Estado do Paraná, Associação Brasileira de Reciclagem Animal (ABRA), Associação de Produtores de Peixes do Brasil (Peixe BR), Associação das Indústrias de Pesca (Abipesca), Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Agência de Fomento do Paraná, Sanepar e Copel. O IFC 2021 conta ainda com o apoio da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) e Sistema Faep/Senar-PR. Como parceiro o evento tem a Caixa Econômica Federal, que lançou recentemente linhas de crédito exclusivas para o agronegócio.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor suinícola e da piscicultura acesse gratuitamente a edição digital Suínos e Peixes.

Fonte: O Presente Rural

Suínos / Peixes

Preços do suíno vivo encerram abril com movimentos distintos

Segundo pesquisadores deste Centro, em Minas Gerais, compradores estiveram mais ativos na aquisição de novos lotes de animais, levando suinocultores daquele estado a reajustarem positivamente os valores. Já em outras praças, as cotações seguiram em queda, pressionadas pela demanda enfraquecida.

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Foto: Ari Dias

Os preços do suíno vivo no mercado independente encerraram abril com movimentos distintos entre as regiões acompanhadas pelo Cepea.

Segundo pesquisadores deste Centro, em Minas Gerais, compradores estiveram mais ativos na aquisição de novos lotes de animais, levando suinocultores daquele estado a reajustarem positivamente os valores.

Já em outras praças, as cotações seguiram em queda, pressionadas pela demanda enfraquecida.

Para a carne, apesar da desvalorização das carcaças, agentes consultados pelo Cepea relataram melhora das vendas no final de abril.

Quanto às exportações, o volume de carne suína embarcado nos 20 primeiros dias úteis de abril já supera o escoado no mês anterior, interrompendo o movimento de queda observado desde fevereiro.

Segundo dados da Secex, são 86,8 mil toneladas do produto in natura enviadas ao exterior na parcial de abril, e, caso esse ritmo se mantenha, o total pode chegar a 95,4 mil toneladas, maior volume até então para este ano.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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Suínos / Peixes

Embaixador da Coreia do Sul visita indústrias da C.Vale

Iniciativa pode resultar em novos negócios no segmento carnes da cooperativa

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Visitantes conheceram frigorífico de peixes - Fotos: Assessoria

A C.Vale recebeu, no dia 25 de abril, o embaixador da Coreia do Sul, Lim Ki-mo, e o especialista de negócios da embaixada sul-coreana, Rafael Eojin Kim. Eles conheceram os processos de industrialização de carne de frango, de peixes e da esmagadora de soja, além da disposição dos produtos nos pontos de venda do hipermercado da cooperativa, em Palotina.

O presidente da C.Vale, Alfredo Lang, recepcionou os visitantes e está confiante no incremento das vendas da cooperativa para a Coréia do Sul. “É muito importante receber uma visita dessa envergadura porque amplia os laços comerciais entre os dois países”, pontuou. Também participaram do encontro o CEO da cooperativa, Edio Schreiner, os gerentes Reni Girardi (Divisão Industrial), Fernando Aguiar (Departamento de Comercialização do Complexo Agroindustrial) e gerências de departamentos e indústrias.

O embaixador Lim Ki-Mo disse ter ficado admirado com o tamanho das plantas industriais e a tecnologia do processo de agroindustrialização da cooperativa. “Eu sabia que a C.Vale era grande, mas visitando pessoalmente fiquei impressionado. É incrível”, enfatizou o embaixador, que finalizou a visita cantando em forma de agradecimento pelo acolhimento da direção e funcionários da C.Vale.

 

Fonte: Assessoria CVale
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Suínos / Peixes

Doença do edema em suínos: uma análise detalhada

Diagnóstico da doença pode ser desafiador devido à rápida progressão da condição e à sobreposição de sintomas com outras enfermidades.

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Foto e texto: Assessoria

A doença do edema (DE) é um importante desafio sanitário em nível global na suinocultura. Com alta prevalência a patologia ocasiona perdas econômicas ao setor associadas, principalmente, com a morte súbita de leitões nas fases de creche e recria.

A doença foi descrita pela primeira vez na literatura por Shanks em 1938, na Irlanda do Norte, ao mesmo tempo que Hudson (1938) registrava sua ocorrência na Inglaterra.

Ao pensarmos no controle da enfermidade, a adoção de medidas de manejo adequadas desempenha um papel fundamental na prevenção da disseminação do Escherichia coli, o agente causador da DE.  Desta forma, é essencial reforçar práticas, como o respeito ao período de vazio sanitário durante a troca de lotes, a limpeza e desinfecção regular de todos os equipamentos e baias ocupadas com produtos adequados, e a garantia de que as baias estejam limpas e secas antes da introdução dos animais. Embora possam parecer simples, a aplicação rigorosa dessas ações é indispensável para o sucesso do manejo sanitário.

A toxinfecção característica pela DE é causada pela colonização do intestino delgado dos leitões por cepas da bactéria Escherichia coli produtoras da toxina Shiga2 (Vt2e) e que possuem habilidade de aderência às vilosidades intestinais, sendo uma das principais causas de morbidade e mortalidade em suínos, resultando em perdas econômicas significativas e impactos negativos na indústria suinícola.

Durante a multiplicação da bactéria (E.coli) no trato gastrointestinal dos suínos, a toxina Shiga 2 (Vt2e) é produzida e absorvida pela circulação sistêmica, onde induz a inativação da síntese proteica em células do endotélio vascular do intestino delgado, em tecidos subcutâneos e no encéfalo. A destruição das células endoteliais leva ao aparecimento do edema e de sinais neurotóxicos característicos da doença (HENTON; HUNTER, 1994).

Como resultado, ocorre extravasamento de fluido para os tecidos circundantes, resultando em edema, hemorragia e necrose, especialmente no intestino delgado. Além disso, a toxina pode desencadear uma resposta inflamatória sistêmica, exacerbando ainda mais os danos aos tecidos e órgãos afetados.

Os sinais clínicos da doença do edema em suínos variam em gravidade, mas frequentemente incluem, incoordenação motora com andar cambaleante que evolui para a paralisia de membros, edema de face, com inchaço bem característico das pálpebras, edema abdominal e subcutâneo, fezes sanguinolentas e dificuldade respiratória. O edema abdominal é uma característica marcante da doença, muitas vezes resultando em distensão abdominal pronunciada. Além disso, os suínos afetados podem apresentar sinais neurológicos, como tremores e convulsões, em casos graves.  Em toxinfecções de evolução mais aguda, os animais podem ir a óbito sem apresentar os sinais clínicos da doença, sendo considerado morte súbita.

O diagnóstico da doença do edema em suínos pode ser desafiador devido à rápida progressão da condição e à sobreposição de sintomas com outras doenças. No entanto, exames laboratoriais, como cultura bacteriana do conteúdo intestinal ou de swabs retais podem ajudar a identificar a presença. Quando há alto índices de mortalidade na propriedade, pode se recorrer a técnicas de necropsia, bem como a histopatologia das amostras de tecidos intestinais, sobretudo a identificação do gene da Vt2e via PCR, para o diagnóstico definitivo da doença

O tratamento geralmente envolve a administração de antibióticos, como penicilina ou ampicilina, para combater a infecção bacteriana, juntamente com terapias de suporte, como fluidoterapia e controle da dor.

Embora tenhamos métodos diagnósticos eficientes, o tratamento da doença do edema ainda é um desafio recorrente nas granjas. Sendo assim, prevenir a entrada da doença do edema no rebanho ainda é a melhor opção. Uma dieta rica em fibras, boas práticas de manejo sanitário, evitar situações de estresse logo após o desmame e a prática de vacinação são estratégias eficazes quando se diz respeito à prevenção (Rocha, 2016). Borowski et al. (2002) demonstraram, por exemplo, que duas doses de uma vacina composta por uma bactéria autógena contra E. coli, aplicadas em porcas e em leitões, foram suficientes para obter uma redução da sintomatologia e mortalidade dos animais acometidos.

A doença do edema em suínos representa um desafio significativo para a indústria suinícola, com sérias implicações econômicas e de bem-estar animal. Uma compreensão aprofundada dos mecanismos subjacentes à patogênese da doença, juntamente com a implementação de medidas preventivas e de controle eficazes, é essencial para minimizar sua incidência e impacto. Ao adotar uma abordagem integrada os produtores podem proteger a saúde e o bem-estar dos animais, ao mesmo tempo em que promovem a sustentabilidade e a rentabilidade da indústria suína.

Referências bibliográficas podem ser solicitadas pelo e-mail gisele@assiscomunicacoes.com.br.

Fonte: Por Pedro Filsner, médico-veterinário gerente nacional de Serviços Veterinários de Suínos da Ceva Saúde Animal.
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