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IFC Brasil 2022 reúne mais de 50 conferencistas de 15 países
Evento está programado para os dias 31 de agosto, 1º e 02 de setembro, no Maestra Convention Center do Resort Recanto Cataratas, em Foz do Iguaçu (PR).
Em sua quarta edição, o International Fish Congress & Fish Expo Brasil reúne conferencistas de 15 países que destacam assuntos relacionados a mercados para peixes e crustáceos, além de temas técnicos como sistemas de produção, tecnologias, nutrição, sanidade, biossegurança e genética. O evento está programado para os dias 31 de agosto, 1º e 02 de setembro, no Maestra Convention Center do Resort Recanto Cataratas, em Foz do Iguaçu (PR).
Neste ano, o IFC Brasil presenteia os congressistas com uma programação rica em assuntos importantes para o setor de pescados. Para isso, apresenta um time de conferencistas que são expoentes em suas áreas no país e a nível internacional. “Com os pés no presente e os olhos focados no Futuro”, afirma Altemir Gregolin, ex-ministro da pesca e presidente do IFC Brasil.
O debate relativo a mercado e competitividade do pescado brasileiro será um dos pontos fortes do congresso. Exportações de pescado e perspectivas para o Brasil no mercado internacional será o tema de painel com Dr. Manoel Xavier Pedroza Filho, pesquisador em Economia Aquícola na Embrapa Pesca e Aquicultura; Eduardo Lobo, Sócio Da Empresa Prime Seafood e presidente da Abipesca; e Valdemir Paulino dos Santos, superintendente comercial e marketing da Cooperativa COPACOL – PR e presidente do Conselho de Administração da Peixe BR.
Inovações e tendências tecnológicas serão discutidas com a presença do Dr. Diego Lages, diretor global da Marel Fish da Islândia e do Dr. Adolfo Alvial, diretor executivo do Clube de Inovação Aquícola do Chile.
Sobre sistemas de produção, destaca-se a presença do Dr. Keith Morris M.Sc, global marketing manager da Phibro Aqua, que tratará da importância da “Mitigação do estresse na aquicultura para elevar a produtividade e a sanidade dos animais”.
Outro destaque será o debate em torno da produção em sistema de recirculação – RAS, com Simon Dureijka, diretor de produção da empresa Infinite Sea da Alemanha e Marcelo Shei da empresa Altamar.
Destaque também para a palestra do Dr. Rajesh Joshi, pesquisador sênior da GenoMar Genetics – Noruega. Seus estudos são os mais consultados atualmente. Ele fala sobre inovação na criação seletiva para uma indústria rentável de tilápia do Nilo.
Na área de nutrição, atenção especial para o uso de aditivos enzimáticos nas dietas de peixes, visando melhorar a qualidade de água e performance animal, com o Dr. Alexandre Barbosa de Brito, gerente técnico da ABvista para América Latina. Além destes, muitos outros temas conferencistas enriquecerão os debates e o conhecimento que permeará o IFC Brasil 2022.
Projeto Astral
O IFC Brasil vai sediar uma reunião internacional do projeto Astral, com instituições de pesquisa, universidades e empresas brasileiras. O objetivo é estabelecer parcerias no Brasil, onde já existe um projeto com a Universidade Federal de Rio Grande (FURG), para o desenvolvimento de uma aquicultura sustentável, rentável e cada vez mais demandada no mercado global, através da produção em sistema multitrófico.
O projeto Astral é financiado pela União Europeia, coordenado pelo Centro de Investigação da Noruega (Norce), e está presente em mais de 15 países. O projeto visa desenvolver novas cadeias de valor sustentáveis, rentáveis e resilientes através da produção integrada de aquicultura multitrófica (IMTA).
Lançamento da Semana do Pescado
Outro momento especial do IFC Brasil 2022, no dia 1º de setembro, será o lançamento da 19ª edição da Semana do Pescado. O ato será transmitido para todo o Brasil, seguido por painel de debate sobre os “Padrões, tendências e estratégias para elevar o consumo de pescado no país”. A Semana do Pescado foi criada para estimular o consumo e se consolidou como uma segunda época de pico de consumo, juntamente com a já tradicional “Semana Santa”.
Segundo Festival Nacional do Tambaqui
Ainda no dia 1º de setembro, o IFC Brasil sedia novamente o Festival Nacional do Tambaqui. A segunda edição do evento, que presenteia os participantes e expositores com um jantar especial à base de tambaqui da Amazônia, tem o objetivo de divulgar o sabor e ampliar o mercado do tambaqui, que é um peixe símbolo da Amazônia Brasileira.
Serão servidas mais de 400 bandas de tambaqui, A promoção é do IFC Brasil, Acripar, Sebrae e empresas apoiadoras. Uma delas, já confirmada, é a AgroFish Nova Aurora.
Inscrições IFC Brasil 2022
As inscrições para o IFC Brasil estão com vagas limitadas e podem ser feitas no site www.ifcbrasil.com.br com preços especiais para estudantes.
Apoio e patrocínio ao IFC Brasil 2022
O 4º International Fish Congress tem coorganização da Fundação de Apoio ao Ensino, Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação (FUNDEP) e da Unioeste. Patrocinam o IFC Brasil 2022: Itaipu Binacional, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Fomento Paraná, Tilabrás, Cooperativa Copacol, Sistema FAEP/SENAR-PR e Cooperativa C.Vale.
O IFC Brasil tem o apoio da Food and Agriculture Organization of the United Nations (FAO), Associação das Indústrias de Pesca (Abipesca), Associação de Produtores de Peixes do Brasil (Peixe BR), Club de Innovación Aquícola do Chile, Organização das Cooperativas do Paraná (OCEPAR), Associação Brasileira dos Criadores de Camarão (ABCC), Sindicato dos Armadores e das Indústrias da Pesca de Itajaí e Região (SINDIPI), Associação Brasileira de Reciclagem Animal (ABRA) e Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS).
Como parceiro o evento tem a Caixa Econômica Federal, que lançou recentemente linhas de crédito exclusivas para o agronegócio.
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Feicorte: São Paulo impulsiona mudanças no manejo pecuário com opção de marcação sem fogo
Estado promove alternativa pioneira para o bem-estar animal e a sustentabilidade na pecuária. Assunto foi tema de painel durante a Feicorte 2024
No painel “Uma nova marca do agro de São Paulo”, realizado na Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne – Feicorte, em Presidente Prudente (SP), que segue até o dia 23 de novembro, a especialista em bem-estar animal, Carmen Perez, ressaltou a importância de evitar a marcação a fogo em bovinos.
Segundo ela, a questão está diretamente ligada ao bem-estar animal, especialmente no que diz respeito ao local onde é realizada a marcação da brucelose, que ocorre na face do animal, uma região com maior concentração de terminações nervosas, um ponto mais sensível. Essa ação representa um grande desafio, pois, embora seja uma exigência legal nacional, os impactos para os animais precisam ser cuidadosamente avaliados.
“O estado de São Paulo tem se destacado de forma pioneira ao oferecer aos produtores rurais a opção de decidir se desejam ou não realizar a marcação a fogo. Isso é um grande avanço”, destacou Carmen. Ela também mencionou que os animais possuem uma excelente memória, lembrando-se tanto dos manejos bem executados quanto dos malfeitos, o que pode afetar sua condição e bem-estar a longo prazo.
Além disso, a imagem da pecuária é um ponto crucial, especialmente considerando o poder da comunicação atualmente. “Organizações de proteção animal frequentemente utilizam práticas como a marcação a fogo, castração sem anestesia e mochação para criticar a cadeia produtiva. Essas questões podem impactar negativamente a percepção do setor”, alertou. Para enfrentar esses desafios, Carmen enfatizou a importância de melhorar os manejos e de considerar os riscos de acidentes nas fazendas, que muitas vezes são subestimados quando as práticas de manejo não são adequadas.
“Nos próximos anos, imagino um setor mais consciente, em que as pessoas reconheçam que os animais são seres sencientes. As equipes serão cada vez mais participativas, e a capacitação constante será essencial”, afirmou. Ela finalizou dizendo que, para promover o bem-estar animal, é fundamental investir em treinamento contínuo das equipes. “Vejo a pecuária brasileira se tornando disruptiva, com o potencial de se tornar um modelo mundial de boas práticas”, concluiu.
Fica estabelecido o botton amarelo para a identificação dos animais vacinados com a vacina B19 e o botton azul passa a identificar as fêmeas vacinadas com a vacina RB 51. Anteriormente, a identificação era feita com marcação à fogo indicando o ano corrente ou a marca em “V”, a depender da vacina utilizada.
As medidas foram publicadas no Diário Oficial do Estado, por meio da Resolução SAA nº 78/24 e das Portarias 33/24 e 34/24.
Mudanças estabelecidas
Prazos
Agora, fica estabelecido que o calendário para a vacinação será dividido em dois períodos, sendo o primeiro do dia 1º de janeiro a 30 de junho do ano corrente, enquanto o segundo período tem início no dia 1º de julho e vai até o dia 31 de dezembro.
O produtor que não vacinar seu rebanho dentro do prazo estabelecido, terá a movimentação dos bovídeos da propriedade suspensa até que a regularização seja feita junto às unidades da Defesa Agropecuária.
Desburocratização da declaração
A declaração de vacinação pelo proprietário ou responsável pelos animais não é mais necessária. A partir de agora, o médico-veterinário responsável pela imunização, ao cadastrar o atestado de vacinação no sistema informatizado de gestão de defesa animal e vegetal (GEDAVE) em um prazo máximo de quatro dias a contar da data da vacinação e dentro do período correspondente à vacinação, validará a imunização dos animais.
A exceção acontecerá quando houver casos de divergências entre o número de animais vacinados e o saldo do rebanho declarado pelo produtor no sistema GEDAVE.
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Treinamento em emergência sanitária busca proteger produção suína do estado
Ação preventiva do IMA acontecerá entre os dias 26 e 28 de novembro em Patos de Minas, um dos polos da suinocultura mineira.
Com o objetivo de proteger a produção de suínos do estado contra possíveis ameaças sanitárias, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) realizará, de 26 a 28 deste mês, em Patos de Minas, o Treinamento em Atendimento a Suspeitas de Síndrome Hemorrágica em Suínos. A iniciativa capacitará mais de 50 médicos veterinários do serviço veterinário oficial para identificar e responder prontamente a casos de doenças como a Peste Suína Clássica (PSC) e a Peste Suína Africana (PSA). A disseminação global da PSA tem preocupado autoridades devido ao impacto devastador na produção e na economia, como evidenciado na China que teve início em 2018 e se estendeu até 2023, quando o país perdeu milhões de suínos para a doença. Em 2021, surtos recentes no Haiti e na República Dominicana aumentaram o alerta no continente americano.
A escolha de Patos de Minas como sede para o treinamento presencial reforça sua importância como polo suinícola em Minas Gerais, com cerca de 280 mil animais produzidos, equivalente a 16,3% do plantel estadual, segundo dados de 2023 da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). A Coordenadoria Regional do IMA, em Patos de Minas, que atende cerca de 17 municípios na região, tem mais de 650 propriedades cadastradas para a criação de suínos, cuja sanidade é essencial para evitar prejuízos econômicos que afetariam tanto o mercado interno quanto as exportações mineiras.
Para contemplar a complexidade do tema, o treinamento foi estruturado em dois módulos: remoto e presencial. Na fase on-line, realizada nos dias 11 e 18 de novembro, especialistas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Universidade de Castilla-La Mancha, da Espanha e de empresas parceiras abordaram aspectos clínicos e epidemiológicos das doenças hemorrágicas em suínos. Já na fase presencial, em Patos de Minas, os participantes terão acesso a oficinas práticas de biossegurança, desinfecção, estudos de casos, discussões sobre cenários epidemiológicos, coleta de amostras e visitas a campo, além de simulações de ações de emergência sanitária, onde aplicarão o conhecimento adquirido.
A iniciativa do IMA conta com o apoio de cooperativas, empresas do setor suinícola, instituições de ensino, sindicato rural e a Prefeitura Municipal de Patos de Minas, além do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A defesa agropecuária em Minas Gerais depende de ações como essa, fundamentais para evitar a entrada de patógenos e manter a competitividade da produção local. Esse treinamento é parte das ações para manutenção do status de Minas Gerais como livre de febre aftosa sem vacinação.
Ameaças sanitárias e os impactos para a economia
No Brasil, a Peste Suína Clássica está sob controle nas zonas livres da doença. No entanto, nas áreas não reconhecidas como livres, a enfermidade ainda está presente, representando um risco significativo para a suinocultura brasileira. Esta enfermidade pode levar a alta mortalidade entre os animais, além de causar abortos em fêmeas gestantes. Por ser uma enfermidade sem tratamento, a prevenção constante e a vigilância da doença são fundamentais.
A situação é ainda mais crítica no caso da Peste Suína Africana, para a qual não há vacina eficiente e cuja propagação levaria a prejuízos imensos ao setor suinícola nacional, com risco de desabastecimento no mercado interno e aumento dos preços para o consumidor final. Os animais infectados apresentam sintomas como febre alta, perda de apetite, e manchas na pele.
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Faesp quer retratação do Carrefour sobre a decisão do grupo em não comprar carne de países do Mercosul
Uma das principais marcas de varejo, por meio do CEO do Carrefour França, anunciou que suspenderá vendas de carne do Mercosul: decisão gera críticas e debate sobre sustentabilidade.
O Carrefour França anunciou que suspenderá a venda de carne proveniente de países do Mercosul, incluindo o Brasil, alegando preocupações com sustentabilidade, desmatamento e respeito aos padrões ambientais europeus. A afirmação é do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard, nas redes sociais do empresário, mas destinada ao presidente do sindicato nacional dos agricultores franceses, Arnaud Rousseau.
A decisão gerou repercussão negativa no Brasil, especialmente no setor agropecuário, que considera a medida protecionista e prejudicial à imagem da carne brasileira, amplamente exportada e reconhecida pela qualidade.
Essa decisão reflete tensões maiores entre a União Europeia e o Mercosul, com debates sobre padrões de produção e sustentabilidade como pontos centrais. Para a Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), essa decisão é prejudicial ao comércio entre França e Brasil, com impactos negativos também aos consumidores do Carrefour.
Os argumentos da pauta ambiental alegada pelo Carrefour e pelos produtores de carne na França não se sustentam, uma vez que a produção da pecuária brasileira está entre as mais sustentáveis do planeta. Esta posição, vinda de uma importante marca de varejo, é um indício de que os investimentos do grupo Carrefour no Brasil devem ser vistos com ressalva, segundo o presidente da Faesp, Tirso Meirelles.
“A declaração do CEO do Carrefour França, Alexandre Bompard, demonstra não apenas uma atitude protecionista dos produtores franceses, mas um total desconhecimento da sustentabilidade do setor pecuário brasileiro. A Faesp se solidariza com os produtores e espera que esse fato isolado seja rechaçado e não influencie as exportações do país. Vale lembrar que a carne bovina é um dos principais itens de comercialização do Brasil”, disse Tirso Meirelles.
O coordenador da Comissão Técnica de Bovinocultura de Corte da Faesp, Cyro Ferreira Penna Junior, reforça esta tese. “A carne brasileira é a mais sustentável e competitiva do planeta, que atende aos padrões mais elevados de qualidade e exigências do consumidor final. Tais retaliações contra o nosso produto aparentam ser uma ação comercial orquestrada de produtores e empresas da União Europeia que não conseguem competir conosco no ‘fair play’”, diz Cyro.
Para o presidente da Faesp, cabe ao Carrefour reavaliar sua posição e, eventualmente, se retratar publicamente, uma vez que esta decisão, tomada unilateralmente e sem critérios técnicos, revela uma falta de compromisso do grupo com o Brasil, um importante mercado consumidor.
Várias outras instituições se posicionaram contra a decisão do Carrefour, e o Ministério da Agricultura (Mapa). “No que diz respeito ao Brasil, o rigoroso sistema de Defesa Agropecuária do Mapa garante ao país o posto de maior exportador de carne bovina e de aves do mundo”, diz o Mapa em comunicado. “Vale reiterar que o Brasil possui uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo e atua com transparência no setor […] O Mapa não aceitará tentativas vãs de manchar ou desmerecer a reconhecida qualidade e segurança dos produtos brasileiros e dos compromissos ambientais brasileiros”, continua a nota.
Veja aqui o vídeo do presidente.