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IFC 2023 reúne mais de 50 conferencistas para falar sobre desafios e oportunidades na aquicultura

Evento será realizado nos dias 19, 20 e 21 de setembro, no Recanto Cataratas Thermas Resort & Convention, em Foz do Iguaçu (PR).

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Foto: Divulgação/IFC Brasil

O International Fish Congress e Fish Expo Brasil chega à 5ª edição consolidado como o maior evento da cadeia do pescado do Brasil e um dos maiores da América Latina. O evento internacional será realizado nos dias 19, 20 e 21 de setembro, no Recanto Cataratas Thermas Resort & Convention, em Foz do Iguaçu (PR). A Fish Expo reúne mais de 100 empresas de nutrição, vacinas, equipamentos, entre outros, que apresentam suas soluções e tecnologias para a aquicultura. O congresso, com mais de 50 conferencistas nacionais e internacionais reúne temas de conjuntura, antecipa gargalos do setor e apresenta inovações e tecnologias que prometem revolucionar a produção de pescados.

O evento transforma Foz do Iguaçu no maior fórum de debates e negócios do setor e já tem confirmados mais de dois mil inscritos vindos de toda a América Latina, Europa, Ásia, América do Norte e África.

A programação científica do IFC Brasil abre no dia 19 de setembro às 09h20. O consultor internacional da ODConsulting Planejamento e Estratégia, Osler Desouzart, trata do “Desenvolvimento da cadeia de pescado à luz das demais proteínas de origem animal – Os caminhos para a consolidação”, com Osler Desouzart. Membro da Diretoria Consultiva do World Agricultural Forum, Osler fez carreira na Sadia e Perdigão. Participou da construção das exportações brasileiras de carne desde seus primeiros dias e ocupou cargos em várias associações profissionais diferentes, como ABEF e ABIPECS.

O “Mercado de tilápia em números”, será apresentado na palestra de Juliana Rodrigues Ferraz , gestora de áreas das cadeias de suínos, frango, ovos e tilápia no Cepea da Esalq/USP, no dia 19 de setembro, às 14h10.

Destaque ainda para o painel sobre a “A Internacionalização dos peixes amazônicos – Desafios e estratégias” que terá a participação de André Macedo Brugger- Gerente de Sustentabilidade e Complice da Netuno EUA, empresa que apresentou a costelinha de tambaqui, premiada como melhor produto para food service, na Seafood North América 2023; Glauber Cruvinel – Diretor Comercial da RondoFish; Bruno Leite – Sócio da empresa Zaltana Pescados.

No dia 20 de setembro, o especialista internacional Christian Jensen – Diretor Interino de Vendas da Área de Pescados da Marel – Espanha, profere a palestra “Perspectivas para o processamento de pescado frente às transformações na demanda dos consumidores”.

A apresentação “Rastreabilidade e certificação do pescado” reúne, no dia 20, às 09h10: Anderson Luis Alves – pesquisador e supervisor da área de negócios da Embrapa Digital – Campinas; e Pedro Henrique Di Martino – Relações Governamentais e Institucionais da GSI Brasil.

Painel vai tratar sobre Planejamento e Gestão na Aquicultura. No dia 21 de setembro, às 08h50, o IFC Brasil recebe Larissa Pereira Mouro da Comissão Nacional de Aquicultura da CNA para falar sobre Resultados do Campo Futuro da Aquicultura (Análise dos custos de produção na aquicultura). O tema Eficiência como suporte à gestão à aquicultura será abordado por Omar Sabbag, Professor e coordenador do curso de Agronomia na UNESP.

Larissa Pereira Mouro destaca que o campo futuro é um projeto da CNA que levanta os custos de produção de diversas atividades agropecuárias pelo Brasil e a aquicultura é uma delas. Omar Sabbag fala sobre a importância da eficiência. “Vamos abordar conceitos práticos para a aquicultura, em especial à piscicultura, focando variáveis importantes, como custos de produção, mão de obra e produtividade, enfatizando a importância da produção no país com alguns dados estatísticos. Nem sempre ser mais rentável é ser mais eficiente”.

No dia 21 de setembro, às 09h30, o IFC Brasil 2023 apresenta a palestra: Perfil da tilapicultura do Paraná e sua importância para a compreensão da aquicultura brasileira e a formulação de políticas públicas, com Dirceu Basso, professor e coordenador do curso de Desenvolvimento Rural e Segurança Alimentar da Unila.

Programação científica: nutrição e sanidade

Delbert Gatlin III abre o Bloco Nutrição na programação científica do V International Fish Congress, dia 20 de setembro, com a palestra “Otimizando a nutrição com carboidratos para promover a sustentabilidade econômica e ambiental da aquicultura”. Gatlin III é professor PhD do Departamento de Ecologia e Biologia da Conservação da Texas A&M University e membro da Faculdade Intercolegial de Nutrição. Suas pesquisas e ensino abrangem várias abordagens da aquicultura, incluindo diferentes aspectos da nutrição e alimentação de peixes.

Benny Shapira, diretor sênior da Phibro Aqua de Israel, palestra no IFC Brasil sobre “O uso de Saponinas de Quillaja para melhorar a saúde intestinal de tilápias”. A apresentação será no dia 20 de setembro, às 14h40. Shapira destaca o uso de saponinas para melhorar a saúde intestinal em tilápia. “O intestino é um órgão vital que desempenha um papel essencial e tem várias funções: metabolismo, produção de energia e resposta imune. Portanto, a saúde intestinal é um tópico popular na saúde da Tilápia. Com o aumento dos custos das matérias-primas e a importância da eficiência alimentar, manter um intestino saudável na tilápia torna-se ainda mais crítico”.

Nos últimos anos, afirma Shapira, os efeitos benéficos do extrato botânico tornaram-se mais evidentes e assim, sua aplicação é promovida para ambos: manejo de doenças e desempenho geral na aquicultura. “As saponinas são glicosídeos que existem em muitas plantas diferentes. Eles são surfactantes naturais ou “sabões” como moléculas que espumam quando agitadas na água. Durante esta apresentação, discutiremos o potencial das saponinas na melhoria da saúde intestinal nos sistemas metabólico e imunológico da tilápia”.

A palestra A tilapicultura no Sudeste Asiático e África: tendências globais de produção e estratégias nutricionais será proferida por Maarten Jay van Schoonhoven, no dia 20 de setembro, às 15h20. Renomado especialista em imunologia e aquacultura, Maarten Jay van Schoonhoven atua na De Heus na gestão de produtos e desenvolvimento de mercado na Europa, Oriente Médio e África.

Boas práticas de sanidade na produção de tambaqui com enfoque em salmonelose é o tema da palestra da Dra. Juliana Galvão, no dia 20 de setembro, às 15h50min. A Dra. Juliana Galvão, é Bióloga; Mestre e Doutora em Ciências pela USP: Especialização pela United Nations University – Fisheries Trainning Program (UNU-FTP) em Quality Management of Fish Handling and Processing. Atualmente é Especialista no Departamento de Agroindústria (USP/Esalq) sendo coordenadora do Grupo de Estudos e Extensão em Inovação Tecnológica e Qualidade do Pescado-GETEP, desenvolvendo trabalhos de pesquisa e extensão com foco na qualidade e sustentabilidade da cadeia produtiva do Pescado: da água ao prato.

André Blanch, gerente de Mercado Aqua da MSD Saúde Animal, profere a palestra “Revolução das vacinas e o controle de enfermidades virais” no IFC Brasil 2023, no dia 20 de setembro, às 15h10.

No dia 20 de setembro, às 14h10, o IFC Brasil apresenta a palestra: “Uso de minerais quelatados na nutrição de precisão de peixes”, com o Wilson Massamitu Furuya, professor da Universidade Estadual de Ponta Grossa. Wilson Massamitu Furuya é zootecnista, mestre e doutor em zootecnia. É Professor Titular do Departamento de Zootecnia da UEPG/Ponta Grossa (PR). É pesquisador 1D do CNPq em Produtividade em Pesquisa na área de Aquicultura – Nutrição de Peixes. Realiza pesquisas com foco na nutrição de aminoácidos em peixes de interesse comercial, especialmente tilápias. Realiza pesquisas sobre as exigências nutricionais, valor nutritivo dos alimentos, e os resultados da suplementação de aminoácidos no crescimento, eficiência alimentar, rendimento do filé, crescimento muscular, expressão gênica, qualidade da carne, considerando os impactos econômicos e ambientais.

Aquicultura sustentável

No dia 20 de setembro, às 15h40, o Painel sobre Sanidade em Peixes com a Peixe BR reúne Juliana Galvão, professora e pesquisadora no Departamento de Agroindústria da USP/Esalq, para o lançamento do manual de boas práticas para o controle da salmonela em tambaqui e peixes redondos; e o Henrique Figueiredo, professor e pesquisador da UFMG, para a análise dos 10 anos de vacinação de tilápia no Brasil.

“O bem-estar se paga: melhorar a qualidade de vida dos peixes eleva sua produtividade e rentabilidade” será um dos temas discutidos na quinta edição do IFC Brasil. Apresentam: O professor doutor Leonardo José Gil Barcellos, médico-veterinário, mestre em Zootecnia e doutor em Ciências Biológicas: Fisiologia pela Universidade de Passo Fundo; e a PhD Caroline Marques Maia, Bióloga, mestre e doutora em Ciências Biológicas: Zoologia. Ela é ainda Eepecialista em Jornalismo Científico e em Etologia, pós-doutoranda em Aquicultura pelo Caunesp. É especialista em peixes na Alianima e membro da equipe FishEthoGroup Association.

Produção em Sistema de Recirculação (RAS)

Avanços e desafios para o reuso eficiente dos recursos hídricos será tema de apresentação do IFC Brasil 2023. No dia 21 de setembro, às 08h10, o palco do IFC Brasil recebe Marcelo Shei, sócio-fundador da Altamar Sistemas Aquáticos e Yedod Snir, além de CEO da Map Aqua, bacharel em Aquicultura e líder em Design RAS nos Estados Unidos, para falar sobre o assunto.

Confira a programação completa do IFC Brasil clicando aqui.  “Você é nosso convidado especial para participar da 5ª edição do IFC Brasil, de 19 a 21 de setembro, em Foz do Iguaçu, no Paraná. O evento internacional receberá participantes do Brasil e de toda a América Latina”, convidam os organizadores.

O último lote de inscrições com desconto vai até 30 de agosto. Pacotes de inscrições para empresas, prefeituras e associações têm desconto! Para se inscrever clique aqui.

Sobre o IFC Brasil

Correalizado pela Fundep e Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná), O IFC Brasil 2023 tem o patrocínio do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, Itaipu Binacional; Ministério da Pesca e Aquicultura; Copel (Companhia Paranaense de Energia; Fomento Paraná; BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo-Sul) e Ocepar (Organização da Cooperativas do Paraná). O evento é realizado com o apoio da Apex , MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços); Abipesca (Associação Brasileira das Indústrias de Pescados), Peixe BR (Associação Brasileira da Piscicultura); ABCC (Associação Brasileira dos Criadores de Camarão); Camarão BR (Associação Nacional da Cadeia Produtiva do Camarão); Unila (Universidade Federal da Integração) e UFPR (Universidade Federal do Paraná.

Fonte: Assessoria IFC Brasil

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Feicorte: São Paulo impulsiona mudanças no manejo pecuário com opção de marcação sem fogo

Estado promove alternativa pioneira para o bem-estar animal e a sustentabilidade na pecuária. Assunto foi tema de painel durante a Feicorte 2024

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Fotos: Shutterstock

No painel “Uma nova marca do agro de São Paulo”, realizado na Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne – Feicorte, em Presidente Prudente (SP), que segue até o dia 23 de novembro, a especialista em bem-estar animal, Carmen Perez, ressaltou a importância de evitar a marcação a fogo em bovinos.

Segundo ela, a questão está diretamente ligada ao bem-estar animal, especialmente no que diz respeito ao local onde é realizada a marcação da brucelose, que ocorre na face do animal, uma região com maior concentração de terminações nervosas, um ponto mais sensível. Essa ação representa um grande desafio, pois, embora seja uma exigência legal nacional, os impactos para os animais precisam ser cuidadosamente avaliados.

“O estado de São Paulo tem se destacado de forma pioneira ao oferecer aos produtores rurais a opção de decidir se desejam ou não realizar a marcação a fogo. Isso é um grande avanço”, destacou Carmen. Ela também mencionou que os animais possuem uma excelente memória, lembrando-se tanto dos manejos bem executados quanto dos malfeitos, o que pode afetar sua condição e bem-estar a longo prazo.

Além disso, a imagem da pecuária é um ponto crucial, especialmente considerando o poder da comunicação atualmente. “Organizações de proteção animal frequentemente utilizam práticas como a marcação a fogo, castração sem anestesia e mochação para criticar a cadeia produtiva. Essas questões podem impactar negativamente a percepção do setor”, alertou. Para enfrentar esses desafios, Carmen enfatizou a importância de melhorar os manejos e de considerar os riscos de acidentes nas fazendas, que muitas vezes são subestimados quando as práticas de manejo não são adequadas.

“Nos próximos anos, imagino um setor mais consciente, em que as pessoas reconheçam que os animais são seres sencientes. As equipes serão cada vez mais participativas, e a capacitação constante será essencial”, afirmou. Ela finalizou dizendo que, para promover o bem-estar animal, é fundamental investir em treinamento contínuo das equipes. “Vejo a pecuária brasileira se tornando disruptiva, com o potencial de se tornar um modelo mundial de boas práticas”, concluiu.

Fica estabelecido o botton amarelo para a identificação dos animais vacinados com a vacina B19 e o botton azul passa a identificar as fêmeas vacinadas com a vacina RB 51. Anteriormente, a identificação era feita com marcação à fogo indicando o ano corrente ou a marca em “V”, a depender da vacina utilizada.

As medidas foram publicadas no Diário Oficial do Estado, por meio da Resolução SAA nº 78/24 e das Portarias 33/24 e 34/24.

Mudanças estabelecidas

Prazos

Agora, fica estabelecido que o calendário para a vacinação será dividido em dois períodos, sendo o primeiro do dia 1º de janeiro a 30 de junho do ano corrente, enquanto o segundo período tem início no dia 1º de julho e vai até o dia 31 de dezembro.

O produtor que não vacinar seu rebanho dentro do prazo estabelecido, terá a movimentação dos bovídeos da propriedade suspensa até que a regularização seja feita junto às unidades da Defesa Agropecuária.

Desburocratização da declaração

A declaração de vacinação pelo proprietário ou responsável pelos animais não é mais necessária. A partir de agora, o médico-veterinário responsável pela imunização, ao cadastrar o atestado de vacinação no sistema informatizado de gestão de defesa animal e vegetal (GEDAVE) em um prazo máximo de quatro dias a contar da data da vacinação e dentro do período correspondente à vacinação, validará a imunização dos animais.

A exceção acontecerá quando houver casos de divergências entre o número de animais vacinados e o saldo do rebanho declarado pelo produtor no sistema GEDAVE.

Fonte: Assessoria Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
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Treinamento em emergência sanitária busca proteger produção suína do estado

Ação preventiva do IMA acontecerá entre os dias 26 e 28 de novembro em Patos de Minas, um dos polos da suinocultura mineira.

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Com o objetivo de proteger a produção de suínos do estado contra possíveis ameaças sanitárias, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) realizará, de 26 a 28 deste mês, em Patos de Minas, o Treinamento em Atendimento a Suspeitas de Síndrome Hemorrágica em Suínos. A iniciativa capacitará mais de 50 médicos veterinários do serviço veterinário oficial para identificar e responder prontamente a casos de doenças como a Peste Suína Clássica (PSC) e a Peste Suína Africana (PSA). A disseminação global da PSA tem preocupado autoridades devido ao impacto devastador na produção e na economia, como evidenciado na China que teve início em 2018 e se estendeu até 2023, quando o país perdeu milhões de suínos para a doença. Em 2021, surtos recentes no Haiti e na República Dominicana aumentaram o alerta no continente americano.

A escolha de Patos de Minas como sede para o treinamento presencial reforça sua importância como polo suinícola em Minas Gerais, com cerca de 280 mil animais produzidos, equivalente a 16,3% do plantel estadual, segundo dados de 2023 da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). A Coordenadoria Regional do IMA, em Patos de Minas, que atende cerca de 17 municípios na região, tem mais de 650 propriedades cadastradas para a criação de suínos, cuja sanidade é essencial para evitar prejuízos econômicos que afetariam tanto o mercado interno quanto as exportações mineiras.

Para contemplar a complexidade do tema, o treinamento foi estruturado em dois módulos: remoto e presencial. Na fase on-line, realizada nos dias 11 e 18 de novembro, especialistas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Universidade de Castilla-La Mancha, da Espanha e de empresas parceiras abordaram aspectos clínicos e epidemiológicos das doenças hemorrágicas em suínos. Já na fase presencial, em Patos de Minas, os participantes terão acesso a oficinas práticas de biossegurança, desinfecção, estudos de casos, discussões sobre cenários epidemiológicos, coleta de amostras e visitas a campo, além de simulações de ações de emergência sanitária, onde aplicarão o conhecimento adquirido.

A iniciativa do IMA conta com o apoio de cooperativas, empresas do setor suinícola, instituições de ensino, sindicato rural e a Prefeitura Municipal de Patos de Minas, além do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A defesa agropecuária em Minas Gerais depende de ações como essa, fundamentais para evitar a entrada de patógenos e manter a competitividade da produção local. Esse treinamento é parte das ações para manutenção do status de Minas Gerais como livre de febre aftosa sem vacinação.

Ameaças sanitárias e os impactos para a economia

No Brasil, a Peste Suína Clássica está sob controle nas zonas livres da doença. No entanto, nas áreas não reconhecidas como livres, a enfermidade ainda está presente, representando um risco significativo para a suinocultura brasileira. Esta enfermidade pode levar a alta mortalidade entre os animais, além de causar abortos em fêmeas gestantes. Por ser uma enfermidade sem tratamento, a prevenção constante e a vigilância da doença são fundamentais.

A situação é ainda mais crítica no caso da Peste Suína Africana, para a qual não há vacina eficiente e cuja propagação levaria a prejuízos imensos ao setor suinícola nacional, com risco de desabastecimento no mercado interno e aumento dos preços para o consumidor final. Os animais infectados apresentam sintomas como febre alta, perda de apetite, e manchas na pele.

Fonte: Assessoria Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais
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Faesp quer retratação do Carrefour sobre a decisão do grupo em não comprar carne de países do Mercosul

Uma das principais marcas de varejo, por meio do CEO do Carrefour França, anunciou que suspenderá vendas de carne do Mercosul: decisão gera críticas e debate sobre sustentabilidade.

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Foto: oliver de la haye

O Carrefour França anunciou que suspenderá a venda de carne proveniente de países do Mercosul, incluindo o Brasil, alegando preocupações com sustentabilidade, desmatamento e respeito aos padrões ambientais europeus. A afirmação é do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard, nas redes sociais do empresário, mas destinada ao presidente do sindicato nacional dos agricultores franceses, Arnaud Rousseau.

A decisão gerou repercussão negativa no Brasil, especialmente no setor agropecuário, que considera a medida protecionista e prejudicial à imagem da carne brasileira, amplamente exportada e reconhecida pela qualidade.

Essa decisão reflete tensões maiores entre a União Europeia e o Mercosul, com debates sobre padrões de produção e sustentabilidade como pontos centrais. Para a Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), essa decisão é prejudicial ao comércio entre França e Brasil, com impactos negativos também aos consumidores do Carrefour.

Os argumentos da pauta ambiental alegada pelo Carrefour e pelos produtores de carne na França não se sustentam, uma vez que a produção da pecuária brasileira está entre as mais sustentáveis do planeta. Esta posição, vinda de uma importante marca de varejo, é um indício de que os investimentos do grupo Carrefour no Brasil devem ser vistos com ressalva, segundo o presidente da Faesp, Tirso Meirelles.

“A declaração do CEO do Carrefour França, Alexandre Bompard, demonstra não apenas uma atitude protecionista dos produtores franceses, mas um total desconhecimento da sustentabilidade do setor pecuário brasileiro. A Faesp se solidariza com os produtores e espera que esse fato isolado seja rechaçado e não influencie as exportações do país. Vale lembrar que a carne bovina é um dos principais itens de comercialização do Brasil”, disse Tirso Meirelles.

Foto: Shutterstock

O coordenador da Comissão Técnica de Bovinocultura de Corte da Faesp, Cyro Ferreira Penna Junior, reforça esta tese. “A carne brasileira é a mais sustentável e competitiva do planeta, que atende aos padrões mais elevados de qualidade e exigências do consumidor final. Tais retaliações contra o nosso produto aparentam ser uma ação comercial orquestrada de produtores e empresas da União Europeia que não conseguem competir conosco no ‘fair play’”, diz Cyro.

Para o presidente da Faesp, cabe ao Carrefour reavaliar sua posição e, eventualmente, se retratar publicamente, uma vez que esta decisão, tomada unilateralmente e sem critérios técnicos, revela uma falta de compromisso do grupo com o Brasil, um importante mercado consumidor.

Várias outras instituições se posicionaram contra a decisão do Carrefour, e o Ministério da Agricultura (Mapa). “No que diz respeito ao Brasil, o rigoroso sistema de Defesa Agropecuária do Mapa garante ao país o posto de maior exportador de carne bovina e de aves do mundo”, diz o Mapa em comunicado. “Vale reiterar que o Brasil possui uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo e atua com transparência no setor […] O Mapa não aceitará tentativas vãs de manchar ou desmerecer a reconhecida qualidade e segurança dos produtos brasileiros e dos compromissos ambientais brasileiros”, continua a nota.

Veja aqui o vídeo do presidente.

Fonte: Assessoria Faesp
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