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IDR-Paraná supera 200 mil atendimentos no Show Rural 2023

Sob a coordenação da Mesorregião Oeste, que integra as regionais de Cascavel, Toledo e Campo Mourão, todas as áreas do IDR-Paraná foram preparadas desde meados de 2022 para prestar atendimento no Show Rural.

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Perto do produtor: IDR-Paraná supera 200 mil atendimentos no Show Rural - Foto: IDR-PARANÁ

O IDR-Paraná confirmou na 35ª edição do Show Rural, em Cascavel, seu DNA para estar cada vez mais próximo do produtor, não importa o tamanho da propriedade, levando informação e tecnologia, além da busca por qualidade nos produtos da agricultura. Com suas 12 estações, reuniu cerca de 120 pesquisadores e extensionistas que prestaram em torno de 200 mil atendimentos diretos aos produtores no evento, que terminou na sexta-feira (10).

“Participar de um evento como este é uma prática pedagógica que faz despertar o produtor para tudo aquilo que está disponível para ele. Para a instituição, também é muito positivo porque colocamos os envolvidos com a pesquisa e quem está a campo lado a lado nos projetos. Um não vive sem o outro e resultado desta integração vai beneficiar toda a agricultura”, salientou o presidente do IDR-Paraná, Natalino Avance de Souza.

Sob a coordenação da Mesorregião Oeste, que integra as regionais de Cascavel, Toledo e Campo Mourão, todas as áreas do IDR-Paraná foram preparadas desde meados de 2022 para prestar atendimento no Show Rural.

“Esses números da partipação do IDR no Show Rural coroam todo o planejamento e execução do nosso time, que inovou em várias áreas e possibilitou uma expansão da difusão de informações da extensão e da pesquisa. Uma oportunidade ímpar para os produtores que buscam tecnologias adaptadas à sua propriedade para a intensificação da produção”, analisou o gerente da Mesorregião Oeste, Ivan Decker Raupp.

“Tudo o que apresentamos na área do IDR-Paraná é validado pela pesquisa, ciência, tecnologia, e chega aos produtores através dos nossos extensionistas, que têm o contato direto com o produtor. O IDR-Paraná está em todas as cidades, está o tempo todo perto de quem produz. Só que toda essa produção precisa de um mercado, e para isso, nada melhor do que o investimento que estamos fazendo em qualidade, com a certificação dos produtos e em tecnologias que unam produtor e consumidor”, afirmou o gerente regional do IDR-Paraná em Cascavel, Lindomir Pezenti.

Cultivares

Um dos destaques foi a apresentação da nova cultivar de feijão do IDR-PR e de mais 20 cultivares de outras culturas, como soja, mandioca, milho e plantas de cobertura.

Antes mesmo do lançamento oficial, previsto para março, a IPR Águia, nova cultivar de feijão, já desperta o interesse do setor produtivo. Do grupo comercial carioca, ela se destaca pela alta tolerância ao escurecimento dos grãos, característica desejada por todos os elos da cadeia produtiva e especialmente importante para os agricultores, já que lhes permite estocar a produção e decidir sobre o melhor momento de fazer a venda.

A nova cultivar tem ciclo de 88 dias e potencial produtivo ao redor de 3,3 toneladas por hectare. É resistente à ferrugem, oídio e mosaico comum; moderadamente resistente à antracnose, crestamento bacteriano comum, murcha de curtobacterium e mancha angular; e suscetível a mosaico dourado.

O instituto programou para 2023 o lançamento de outra cultivar de feijão: a IPR Cardeal, de grãos vermelhos (tipo Dark Red Kidney), desenvolvida para o segmento de exportação, será utilizada para a indústria de enlatados e conservas.

Com ciclo de 78 dias, a IPR Cardeal pode alcançar produtividade de 3 toneladas por hectare. É resistente à ferrugem e ao mosaico comum; moderadamente resistente à antracnose, mancha angular e murcha de curtobacterium; e suscetível a mosaico dourado, crestamento bacteriano comum e oídio.

Assistência e visibilidade

Quem passou pelo Show Rural também pôde conferir a Feira da Agroindústria Familiar Rural, montada dentro do espaço do IDR-Paraná. Ela era destinada à venda de produtos de agricultores familiares regularizados que são assistidos pelo Instituto.

Este foi o segundo ano em que o IDR-Paraná montou o barracão da agroindústria, através de uma parceria com Coopavel, Fetaep e Seab. Participaram 30 agroindústrias e havia mais de 6 mil peças inscritas por 19 artesãos individuais e nove associações e grupos de artesãos de 15 municípios.

A feira é famosa por dar visibilidade aos participantes e ao que produzem. Além de gerar renda com as vendas no próprio Show Rural, é uma vitrine para divulgação, trazendo oportunidades de ampliar da comercialização.

Novas ferramentas

Aproximar produtores e consumidores. Com esse objetivo foram lançados no Show Rural dois aplicativos: Vendo Meu Peixe e Rede Campo – Sabor do Campo a um Clique. O trabalho de desenvolvimento das duas ferramentas foi liderado pela professora Alessandra Matte, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), em parceria com o IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater).

O Vendo Meu Peixe é destinado a aproximar piscicultores e compradores ou abatedouros de peixes. A ferramenta é fruto da observação de extensionistas do IDR-Paraná. Eles perceberam que os piscicultores do Oeste têm apresentado dificuldades para encontrar canais de venda da produção. Para resolver esse problema, o aplicativo vai apresentar um mural de ofertas. Assim, resolve também um problema dos compradores, que poderão localizar lotes por tamanho dos peixes e localização, e então negociar a compra.

A ferramenta já está disponível para download na Google Play Store (dispositivos Android), e também pode ser acessada pelo Instagram do IDR-Paraná (@idrparana). Em breve será também disponibilizado para iOS. A ferramenta é dirigida a piscicultores, abatedouros de peixe e empresas de piscicultura de todo o Estado.

O Rede Campo

Sabor do Campo a um Clique é um aplicativo destinado a viabilizar a comercialização de alimentos da agricultura familiar, buscando aproximar produtores rurais e consumidores. Essa necessidade foi identificada pelo grupo Rede Campo, especialmente durante o período de pandemia. O objetivo é ter um espaço para que agricultores familiares possam comercializar seus produtos, bem como garantir para a população o acesso a alimentos saudáveis e de qualidade.

Atualmente o app se encontra em testes no município de Santa Helena, e na sequência será implementada em Londrina e Toledo, e então por todo o Estado. Depois dos devidos ajustes, a ferramenta ficará disponível nas plataformas de aplicativos para agricultores familiares, agroindústrias rurais, cooperativas e consumidores.

Fonte: Assessoria IDR-Paraná

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Santa Catarina registra avanço simultâneo nas importações e exportações de milho em 2025

Volume importado sobe 31,5% e embarques aumentam 243%, refletindo demanda das cadeias produtivas e oportunidades geradas pela proximidade dos portos.

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Foto: Cláudio Neves

As importações de milho seguem em ritmo acelerado em Santa Catarina ao longo de 2025. De janeiro a outubro, o estado comprou mais de 349,1 mil toneladas, volume 31,5% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo dados do Boletim Agropecuário de Santa Catarina, elaborado pela Epagri/Cepa com base no Comex Stat/MDIC. Em termos de valor, o milho importado movimentou US$ 59,74 milhões, alta de 23,5% frente ao acumulado de 2024. Toda a origem é atribuída ao Paraguai, principal fornecedor externo do cereal para o mercado catarinense.

Foto: Claudio Neves

A tendência de expansão no abastecimento externo se intensificou no segundo semestre. Em outubro, Santa Catarina importou mais de 63 mil toneladas, mantendo a curva ascendente registrada desde julho, quando os volumes mensais passaram consistentemente da casa das 50 mil toneladas. A Epagri/Cepa aponta que esse movimento deve avançar até novembro, período em que a demanda das agroindústrias de aves, suínos e bovinos segue aquecida.

Os dados mensais ilustram essa escalada. De outubro de 2024 a outubro de 2025, as importações variaram de mínimas próximas a 3,4 mil toneladas (março/25) a máximas superiores a 63 mil toneladas (setembro/25). Nesse intervalo, meses como junho, julho e agosto concentraram forte entrada do cereal, acompanhados de receitas que oscilaram entre US$ 7,4 milhões e US$ 11,2 milhões.

Exportações crescem apesar do déficit interno
Em um cenário aparentemente contraditório, o estado, que possui déficit anual estimado em 6 milhões de toneladas de milho para suprir seu grande parque agroindustrial, também ampliou as exportações do grão em 2025.

Até outubro, Santa Catarina embarcou 130,1 mil toneladas, um salto de 243,9% em relação ao mesmo período de 2024. O valor exportado também chamou atenção: US$ 30,71 milhões, alta de 282,33% na comparação anual.

Foto: Claudio Neves

Segundo a Epagri/Cepa, essa movimentação ocorre majoritariamente em regiões produtoras próximas aos portos catarinenses, onde os preços de exportação tornam-se mais competitivos que os do mercado interno, especialmente quando o câmbio favorece vendas externas ou quando há descompasso logístico entre oferta e demanda regional.

Essa dinâmica reforça um traço estrutural conhecido do agro catarinense: ao mesmo tempo em que é um dos maiores consumidores de milho do país, devido ao peso das cadeias de proteína animal, Santa Catarina não alcança autossuficiência e depende do cereal de outras regiões e países para abastecimento. A exportação pontual ocorre quando há excedentes regionais temporários, oportunidades comerciais ou vantagens logísticas.

Perspectivas
Com a entrada gradual da nova safra 2025/26 no estado e no Centro-Oeste brasileiro, a tendência é que os volumes importados se acomodem a partir do fim do ano. No entanto, o comportamento do câmbio, os preços internacionais e o resultado final da produção catarinense seguirão determinando a necessidade de compras externas — e, por outro lado, a competitividade das exportações.

Para a Epagri/Cepa, o quadro de 2025 reforça tanto a importância do milho como insumo estratégico para as cadeias de proteína animal quanto a vulnerabilidade decorrente da dependência externa e interestadual do cereal. Santa Catarina continua sendo um estado que importa para abastecer seu agro e exporta quando a lógica de mercado permite, um equilíbrio dinâmico que movimenta portos, indústrias e produtores ao longo de todo o ano.

Fonte: O Presente Rural
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Brasil e Japão avançam em tratativas para ampliar comércio agro

Reunião entre Mapa e MAFF reforça pedido de auditoria japonesa para habilitar exportações de carne bovina e aprofunda cooperação técnica entre os países.

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Foto: Percio Campos/Mapa

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, realizou uma reunião bilateral com o vice-ministro internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Florestas (MAFF), Osamu Kubota, para fortalecer a agenda comercial entre os países e aprofundar o diálogo sobre temas da relação bilateral.

No encontro, a delegação brasileira apresentou as principais prioridades do Brasil, incluindo temas regulatórios e iniciativas de cooperação, e reiterou o pedido para o agendamento da auditoria japonesa necessária para a abertura do mercado para exportação de carne bovina brasileira. O Mapa também destacou avanços recentes no diálogo e reforçou os pontos considerados estratégicos para ampliar o fluxo comercial e aprimorar mecanismos de parceria.

Os representantes japoneses compartilharam seus interesses e expectativas, demonstrando disposição para intensificar o diálogo técnico e buscar convergência nas agendas de interesse mútuo.

Fonte: Assessoria Mapa
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Bioinsumos colocam agro brasileiro na liderança da transição sustentável

Soluções biológicas reposicionam o agronegócio como força estratégica na agenda climática global.

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Fotos: Koppert Brasil

A sustentabilidade como a conhecemos já não é suficiente. A nova fronteira da produção agrícola tem nome e propósito: agricultura sustentável, um modelo que revitaliza o solo, amplia a biodiversidade e aumenta a captura de carbono. Em destaque nas discussões da COP30, o tema reposiciona o agronegócio como parte da solução, consolidando-se como uma das estratégias mais promissoras para recuperação de agro-ecossistemas, captura de carbono e mitigação das mudanças climáticas.

Thiago Castro, Gerente de P&D da Koppert Brasil participa de painel na AgriZone, durante a COP30: “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida”

Atualmente, a agricultura e o uso da terra correspondem a 23% das emissões globais de gases do efeito, aproximadamente. Ao migrar para práticas sustentáveis, lavouras deixam de ser fontes de emissão e tornam-se sumidouros de carbono, “reservatórios” naturais que filtram o dióxido de carbono da atmosfera. “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida. E não tem como falar em vida no solo sem falar em controle biológico”, afirma o PhD em Entomologia com ênfase em Controle Biológico, Thiago Castro.

Segudo ele, ao introduzir um inimigo natural para combater uma praga, devolvemos ao ecossistema uma peça que faltava. “Isso fortalece a teia biológica, melhora a estrutura do solo, aumenta a disponibilidade de nutrientes e reduz a necessidade de intervenções agressivas. É a própria natureza trabalhando a nosso favor”, ressalta.

As soluções biológicas para a agricultura incluem produtos à base de micro e macroorganismos e extratos vegetais, sendo biodefensivos (para controle de pragas e doenças), bioativadores (que auxiliam na nutrição e saúde das plantas) e bioestimulantes (que melhoram a disponibilidade de nutrientes no solo).

Maior mercado mundial de bioinsumos

O Brasil é protagonista nesse campo: cerca de 61% dos produtores fazem uso regular de insumos biológicos agrícolas, uma taxa quatro vezes maior que a média global. Para a safra de 2025/26, o setor projeta um crescimento de 13% na adoção dessas tecnologias.

A vespa Trichogramma galloi e o fungo Beauveria bassiana (Cepa Esalq PL 63) são exemplos de macro e microrganismos amplamente utilizados nas culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão, para o controle de lagartas e mosca-branca, respectivamente. Esses agentes atuam nas pragas sem afetar polinizadores e organismos benéficos para o ecossistema.

Os impactos do manejo biológico são mensuráveis: maior porosidade do solo, retenção de água e nutrientes, menor erosão; menor dependência de fertilizantes e inseticidas sintéticos, diminuição na resistência de pragas; equilíbrio ecológico e estabilidade produtiva.

Entre as práticas sustentáveis que já fazem parte da rotina do agro brasileiro estão o uso de inoculantes e fungos benéficos, a rotação de culturas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o manejo biológico de pragas e doenças. Práticas que estimulam a vida no solo e o equilíbrio natural no campo. “Os produtores que adotam manejo biológico investem em seu maior ativo que é a terra”, salienta Castro, acrescentando: “O manejo biológico não é uma tendência, é uma necessidade do planeta, e a agricultura pode e deve ser o caminho para a regeneração ambiental, para esse equilíbrio que buscamos e precisamos”.

Fonte: Assessoria Koppert Brasil
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