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IDR-Paraná instala Unidades de Referência para fomentar e difundir a criação da raça Purunã

Nas URs, cada pecuarista receberá reprodutores machos puros de origem, com registro, para fazer o cruzamento com matrizes do seu rebanho. A proposta é difundir e fomentar a criação de animais melhorados.

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IDR-PARANÁ

Até março do ano que vem o Paraná contará com 14 propriedades que servirão como Unidades de Referência (UR) voltadas à criação de animais da raça Purunã. As Urs serão instaladas pelo Instituto de Desenvolvimento Rural-Iapar-Emater (IDR Paraná). A Purunã é o resultado de quatro décadas de pesquisa em melhoramento genético realizado pelo IDR-Paraná, com objetivo de criar uma raça composta a partir dos cruzamentos entre Aberdeen Angus, Charolês, Canchin e Caracu.

Nas Unidades de Referência, cada pecuarista receberá reprodutores machos puros de origem, com registro, para fazer o cruzamento com matrizes do seu rebanho. A proposta, que envolve profissionais da pesquisa e extensão rural, é difundir e fomentar a criação de animais melhorados com a raça Purunã nos Campos Gerais e Vale do Ribeira.

Luiz Fernando Brondani, coordenador estadual de pecuária de corte do IDR-Paraná, ressalta que essa proposta sensibiliza os produtores de todo o Estado para o potencial de uma raça que tem como características produzir animais rústicos, dóceis e precoces. Ele informa que oito URs já foram instaladas (três em Ponta Grossa, uma em União da Vitória e quatro na região de Curitiba).

“O IDR-Paraná fornecerá um touro puro, de forma consignada, para cada 30 vacas do produtor. O compromisso é pagar pelo animal a partir do terceiro ano, entregando três bezerros machos mestiços Purunã, desmamados, com no mínimo 220 quilos de peso vivo para cada touro recebido”, explica. Segundo Brondani, essa proposta não visa apenas melhorar o rebanho geneticamente, mas também todo o sistema intensivo de criação de bovinos de corte, com animais prontos para o abate com idade inferior a 24 meses.

Produção de bezerros

As URs estão sendo instaladas em pequenas e médias propriedades, com 50 matrizes em média, que não tenham touro puro de nenhuma outra raça. Para Brondani, o maior atrativo para os produtores é ter um reprodutor de qualidade melhorando o seu rebanho, produzindo bezerros de alto valor comercial, atendendo às exigências de carne de melhor qualidade e suprindo a deficiência de bezerros do Estado.

O especialista lembra que o fechamento das divisas do Paraná, em decorrência da barreira sanitária da aftosa, impede a compra de bezerros de outros estados do Norte do País. Estima-se que atualmente exista uma carência de 500 mil bezerros no Paraná e o incentivo à criação do Purunã pode atender parte desse déficit.

A intenção é que, num futuro próximo, o número de URs seja ampliado com a introdução de reprodutores de pecuaristas que já criam a raça Purunã. De acordo com Breno Menezes de Campos, servidor do IDR-Paraná, as propriedades onde estão sendo instaladas as URs necessariamente devem trabalhar com a cria de animais.

“Os pecuaristas terão que aprimorar todo o sistema de produção e serão acompanhados pelos técnicos locais mensalmente. É preciso ter um mínimo de infraestrutura como instalações adequadas, pastagens e um esquema de mineralização dos animais”, explica. “A meta é fazer com que a taxa de natalidade do rebanho atinja 85%. O pecuarista também deve manter a sua propriedade aberta para a realização de dias de campo ou reuniões técnicas, metodologias da extensão rural”, complementa.

O IDR-Paraná dispõe inicialmente de uma equipe de 17 extensionistas para orientar os produtores destas regiões que aceitarem participar dessa proposta.

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O coordenador estadual de pecuária de corte do IDR-Paraná disse que, a médio prazo, os técnicos da Associação Brasileira de Purunã têm a pretensão de estabelecer uma carne premium Purunã, que poderá ser comercializada com maior valor agregado, beneficiando o produtor. Os pecuaristas das URs também serão orientados sobre a organização para a comercialização, tanto dos bezerros quanto de animais prontos para o abate.

Além da implantação das URs, a proposta de fomento e difusão da raça Purunã inclui, ainda, uma feira específica de bezerros meio sangue Purunã. Outra estratégia para atrair novos criadores é a Vitrine Tecnológica, instalada na Fazenda Modelo do IDR-Paraná em Ponta Grossa. No local os produtores podem acompanhar todo o processo de criação da raça Purunã, desde a cria, a recria, até a terminação dos animais para o abate.

Raça

Atualmente o Paraná tem um rebanho de mais de 4 mil animais Purunã puros e mais de 100 mil cabeças obtidas a partir de cruzamentos. O Purunã hoje está presente em vários estados como Minas Gerais, Piauí, Tocantins e Mato Grosso do Sul, demonstrando sua capacidade de adaptação a diversas condições de clima.

Fonte: AEN Paraná

Bovinos / Grãos / Máquinas

Derivados lácteos sobem em outubro, mas mercado prevê quedas no trimestre

OCB aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24.

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Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

Preço sobe em setembro, mas deve cair no terceiro trimestre

A pesquisa do Cepea mostra que, em setembro, a “Média Brasil” fechou a R$ 2,8657/litro, 3,3% acima da do mês anterior e 33,8% maior que a registrada em setembro/23, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de setembro). O movimento de alta, contudo, parece ter terminado. Pesquisas ainda em andamento do Cepea indicam que, em outubro, a Média Brasil pode recuar cerca de 2%.

Derivados registram pequenas valorizações em outubro

Pesquisa realizada pelo Cepea em parceria com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24, chegando a R$ 4,74/l e a R$ 33,26/kg, respectivamente. No caso do leite em pó (400g), a valorização foi de 4,32%, com média de R$ 31,49/kg. Na comparação com o mesmo período de 2023, os aumentos nos valores foram de 18,15% para o UHT, de 21,95% para a muçarela e de 12,31% para o leite em pó na mesma ordem, em termos reais (os dados foram deflacionados pelo IPCA de out/24).

Exportações recuam expressivos 66%, enquanto importações seguem em alta

Em outubro, as importações brasileiras de lácteos cresceram 11,6% em relação ao mês anterior; frente ao mesmo período do ano passado (outubro/23), o aumento foi de 7,43%. As exportações, por sua vez, caíram expressivos 65,91% no comparativo mensal e 46,6% no anual.

Custos com nutrição animal sobem em outubro

O Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira subiu 2,03% em outubro na “média Brasil” (BA, GO, MG, SC, SP, PR e RS), puxado sobretudo pelo aumento dos custos com nutrição animal. Com o resultado, o COE, que vinha registrando estabilidade na parcial do ano, passou a acumular alta de 1,97%.

Fonte: Assessoria Cepea
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Bovinos / Grãos / Máquinas Protecionismo econômico

O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito

CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias.

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Foto e texto: O Presente Rural

A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), entidade representativa, sem fins lucrativos, emite nota oficial para rebater declarações do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard. Nas suas recentes declarações o CEO afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias .

Veja abaixo, na integra, o que diz a nota:

O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito aqui dentro e mundo afora.

O protecionismo econômico de muitos países se traveste de protecionismo ambiental criando barreiras fantasmas para tentar reduzir nossa capacidade produtiva e cada vez mais os preços de nossos produtos.

Todos sabem que é difícil competir com o produtor rural brasileiro em eficiência. Também sabem da necessidade cada vez maior de adquirirem nossos produtos pois além de alimentar sua população ainda conseguem controlar preços da produção local.

A solução encontrada por esses países principalmente a UE e nitidamente a França, foi criar a “Lei Antidesmatamento” para nos impor regras que estão acima do nosso Código Florestal. Ora se temos uma lei, que é a mais rigorosa do mundo e a cumprimos à risca qual o motivo de tanto teatro? A resposta é que a incapacidade de produzir alimentos em quantidade suficiente e a também incapacidade de lidar com seus produtores faz com que joguem o problema para nós.

Outra questão: Por que simplesmente não param de comprar da gente já que somos tão destrutivos assim? Porque precisam muito dos nossos produtos mas querem de graça. Querem que a gente negocie de joelhos com eles. Sempre em desvantagem. Isso é uma afronta também à soberania nacional.

O senador Zequinha Marinho do Podemos do Pará, membro da FPA, tem um projeto de lei (PL 2088/2023) de reciprocidade ambiental que torna obrigatório o cumprimento de padrões ambientais compatíveis aos do Brasil por países que comercializem bens e produtos no mercado brasileiro.

Esse PL tem todo nosso apoio porque é justo e recíproco, que em resumo significa “da mesma maneira”. Os recentes casos da Danone e do Carrefour, empresas coincidentemente de origem francesa são sintomáticos e confirmam essa tendência das grandes empresas de jogar para a plateia em seus países- sede enquanto enviam cartas inócuas de desculpas para suas filiais principalmente ao Brasil.

A Associação dos Criadores do Mato Grosso (Acrimat), Estado com maior rebanho bovino do País e um dos que mais exporta, repudia toda essa forma de negociação desleal e está disposta a defender a ideia da suspensão do fornecimento de animais para o abate de frigoríficos que vendam para essas empresas.

Chega de hipocrisia no mercado, principalmente pela França, um país que sempre foi nosso parceiro comercial, vendendo desde queijos, carros e até aviões para o Brasil e nos trata como moleques.

Nós como consumidores de muitos produtos franceses devemos começar a repensar nossos hábitos de consumo e escolher melhor nossos parceiros.
Com toda nossa indignação.

Oswaldo Pereira Ribeiro Junior
Presidente da Acrimat

Fonte: O Presente Rural com informações de assessoria
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Bovinos / Grãos / Máquinas

Queijo paranaense produzido na região Oeste está entre os nove melhores do mundo

Fabricado em parque tecnológico do Oeste do estado, Passionata foi o único brasileiro no ranking e também ganhou título de melhor queijo latino americano no World Cheese Awards.

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Foto: Biopark

Um queijo fino produzido no Oeste do Paraná ficou entre os nove melhores do mundo (super ouro) e recebeu o título de melhor da América Latina no concurso World Cheese Awards, realizado em Portugal. Ele concorreu com 4.784 tipos de queijos de 47 países. O Passionata é produzido no Biopark, em Toledo. Também produzidos no parque tecnológico, o Láurea ficou com a prata e o Entardecer d´Oeste com o bronze.

Foto: Gilson Abreu

As três especialidades de queijo apresentadas no World Cheese Awards foram desenvolvidas no laboratório de queijos finos e serão fabricadas e comercializadas pela queijaria Flor da Terra. O projeto de queijos finos do Biopark é realizado em parceria com o Biopark Educação, existe há cinco anos e foi criado com a intenção de melhorar o valor agregado do leite para pequenos e médios produtores.

“A transferência da tecnologia é totalmente gratuita e essa premiação mostra como podemos produzir queijos finos com muita qualidade aqui em Toledo”, disse uma das fundadoras do Biopark, Carmen Donaduzzi.

“Os queijos finos que trouxemos para essa competição se destacam pelas cores vibrantes, sabores marcantes e aparências únicas, além das inovações no processo produtivo, que conferem um diferencial sensorial incrível”, destacou o pesquisador do Laboratório de Queijos Finos do Biopark, Kennidy Bortoli. “A competição toda foi muito emocionante, saber que estamos entre os nove melhores queijos do mundo, melhor da América Latina, mostra que estamos no caminho certo”.

O Paraná produz 12 milhões de litros por dia, a maioria vem de pequenos e médios produtores. Atualmente 22 pequenos e médios produtores de leite fazem parte do projeto no Oeste do Estado, produzindo 26 especialidades de queijo fino. Além disso, no decorrer de 2024, 98 pessoas já participaram dos cursos organizados pelo Biopark Educação.

Neste ano, foram introduzidas cinco novas especialidades para os produtores vinculados ao projeto de queijos finos: tipo Bel Paese, Cheddar Inglês, Emmental, Abondance e Jack Joss.

“O projeto é gratuito, e o único custo para o produtor é a adaptação ou construção do espaço de produção, quando necessário”, explicou Kennidy. “Toda a assessoria é oferecida pelo Biopark e pelo Biopark Educação, em parceria com o Sebrae, IDR-PR e Sistema Faep/Senar, que apoiam com capacitação e desenvolvimento. A orientação cobre desde a avaliação da qualidade do leite até embalagem, divulgação e comercialização do produto”.

Foto: Divulfgação/Arquivo OPR

A qualidade do leite é analisada no laboratório do parque e, conforme as características encontradas no leite, são sugeridas de três a quatro tecnologias de fabricação de queijos que foram previamente desenvolvidas no laboratório com leite com características semelhantes. O produtor então escolhe a que mais se identifica para iniciar a produção.

Concursos estaduais

Para valorizar a produção de queijos, vão iniciar em breve as inscrições para a segunda edição do Prêmio Queijos do Paraná, que conta com apoio do Governo do Paraná. As inscrições serão abertas em 1º de dezembro de 2024, e a premiação acontece em 30 de maio de 2025. A expectativa é de que haja mais de 600 produtos inscritos, superando a edição anterior, que teve 450 participantes. O regulamento pode ser acessado aqui. O objetivo é divulgar e valorizar os derivados lácteos produzidos no Estado.

O Governo do Paraná também apoia o Conecta Queijos, evento voltado a produtores da região Oeste. Ele é organizado em parceria pelo o IDR-Paran

Fonte: AEN-PR
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