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IDR-Paraná incentiva pesquisas sobre agricultura sustentável e proteção ambiental

Através do trabalho de pesquisadores e extensionistas, o IDR tem tecnologias que são capazes de reduzir o uso de agrotóxicos, contribuir para a conservação dos recursos hídricos, manter ou melhorar a fertilidade do solo e ainda mitigar os efeitos da erosão no meio rural.

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Fotos: Divulgação/IDR-PR

Sustentabilidade é um dos temas dessa geração e tarefa urgente para diversos segmentos da sociedade. Na agropecuária o tema é recorrente e tem mobilizado esforços do Governo do Estado, produtores, lideranças e profissionais do setor. Os profissionais do IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater), que atuam em campo ao lado dos agricultores, têm trabalhado em diversas frentes para manter a produtividade do meio rural utilizando os recursos naturais de maneira responsável.

O IDR, através do trabalho de pesquisadores e extensionistas, tem tecnologias que são capazes de reduzir o uso de agrotóxicos, contribuir para a conservação dos recursos hídricos, manter ou melhorar a fertilidade do solo e ainda mitigar os efeitos da erosão no meio rural. Ações como essas apontam para uma convivência muito mais equilibrada entre o produtor rural e o meio ambiente.

Entre as grandes áreas estão Agroecologia (estudo da agricultura desde uma perspectiva ecológica), Sistema de Plantio Direto de Hortaliças (SPDH), a produção sustentável de grãos com o Manejo Integrado de Pragas e Doenças da soja (MIP/MID), o sistema de plantio direto na palha, a Integração Lavoura-Pecuária-Florestas (ILPF) e o turismo rural.

De acordo com Richard Golba, coordenador estadual de Sustentabilidade Ambiental do IDR-Paraná, o ser humano sempre fez uso dos recursos naturais, mas a necessidade de rever essa

relação aumentou nas últimas décadas. A demanda por minérios e energia também preocupa setores ligados ao meio ambiente. “Na agricultura conseguimos aumentar a produção nos últimos anos, mas ainda não alcançamos a plenitude de sustentabilidade ambiental desejada. Temos muitos desafios a serem superados e estamos conquistando novos e melhores cenários com ações concretas nos municípios paranaenses”, afirmou.

Golba destaca que o IDR-Paraná uniu extensão rural e pesquisa, disponibilizando amplo acervo de conhecimento ao produtor. “Buscamos qualificar e fortalecer nosso trabalho para que extensionistas e pesquisadores deem o suporte necessário ao produtor. Trabalhamos para corrigir as inconformidades do modelo de produção que existia no passado em relação ao modelo que o mundo exige hoje em dia”, ressaltou.

Para ele, modernizar a agropecuária significa mudar a atitude, o que depende também do envolvimento dos agricultores. “A tecnologia não se restringe a investimentos em máquinas e insumos, mas ela entra na diminuição do impacto ambiental. Temos que trabalhar à luz da ciência para dar soluções seguras ao produtor, garantindo a sua produtividade e a preservação das condições do ambiente para isso”, observou. “Tecnologias como o Plantio Direto de Hortaliças e o Monitoramento Integrado de Pragas e Doenças diminuem a emissão dos gases causadores do efeito estufa”.

Para Golba, também é preciso considerar o contexto de pressão do mercado. “De maneira errônea, muitos produtores estão suprimindo passos de um plantio direto mais eficiente. Muitos produtores acreditavam que o plantio direto resolveria os problemas de solo. Porém, o que temos visto é erosão e perda de água nas propriedades”, disse. “Ao seguir esse modelo, muitos produtores deixam de fazer a rotação de culturas, prática que propicia a cobertura do solo e a melhoria do ambiente, contribuindo para a construção da fertilidade do solo”.

Uma pesquisa recente, conduzida pelo pesquisador Tiago Telles, do IDR-Paraná, mostrou que o custo da erosão do solo é da ordem de R$ 2,1 bilhões/ano no Brasil. “As plantas vivas recomendadas pelo IDR melhoram a infiltração da água no solo, aumentando o volume de água nos lençóis freáticos, e ajudam ainda a resistência das lavouras a períodos de estiagem e a manutenção das nascentes. Precisamos olhar para o solo com mais cuidado”, explicou.

O IDR-Paraná vem executando um programa de grande importância para a sustentabilidade agropecuária do Estado, o Prosolo-Paraná. A iniciativa envolve diversas instituições: Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, Federação da Agricultura do Paraná, Sistema Ocepar, Itaipu Binacional, Sanepar, Copel e Federação dos Trabalhadores da Agricultura. Em agosto sete seminários em todo o Estado vão aumentar a divulgação do projeto.

Cooperativismo

Outra importante ação de sustentabilidade de participar ativamente de alguma associação ou cooperativa. “É o caminho mais seguro para o agricultor trilhar rumo a uma agricultura mais sustentável. Na medida em que soma forças, o produtor compartilha problemas e soluções para questões de mercado, acesso a insumos e ao conhecimento que pode ser aplicado na sua propriedade”, aconselhou Golba.

Ele acrescenta que o agricultor deve analisar onde está, do ponto de vista ambiental, e reconhecer os objetivos que ainda precisa alcançar. E, além disso, se o projeto requerer financiamento, ele pode contar com apoio do Estado por meio de programas como o Banco do Agricultor.

“Basta buscar os escritórios do IDR-Paraná, as cooperativas e empresas de planejamento agropecuário para discutir o assunto. Sustentabilidade é uma questão econômica e humanitária. Nosso esforço é unir a pesquisa e a extensão, chegando mais facilmente numa agricultura mais verde”, disse Golba.

Fonte: AEN Paraná

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Santa Catarina registra avanço simultâneo nas importações e exportações de milho em 2025

Volume importado sobe 31,5% e embarques aumentam 243%, refletindo demanda das cadeias produtivas e oportunidades geradas pela proximidade dos portos.

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Foto: Cláudio Neves

As importações de milho seguem em ritmo acelerado em Santa Catarina ao longo de 2025. De janeiro a outubro, o estado comprou mais de 349,1 mil toneladas, volume 31,5% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo dados do Boletim Agropecuário de Santa Catarina, elaborado pela Epagri/Cepa com base no Comex Stat/MDIC. Em termos de valor, o milho importado movimentou US$ 59,74 milhões, alta de 23,5% frente ao acumulado de 2024. Toda a origem é atribuída ao Paraguai, principal fornecedor externo do cereal para o mercado catarinense.

Foto: Claudio Neves

A tendência de expansão no abastecimento externo se intensificou no segundo semestre. Em outubro, Santa Catarina importou mais de 63 mil toneladas, mantendo a curva ascendente registrada desde julho, quando os volumes mensais passaram consistentemente da casa das 50 mil toneladas. A Epagri/Cepa aponta que esse movimento deve avançar até novembro, período em que a demanda das agroindústrias de aves, suínos e bovinos segue aquecida.

Os dados mensais ilustram essa escalada. De outubro de 2024 a outubro de 2025, as importações variaram de mínimas próximas a 3,4 mil toneladas (março/25) a máximas superiores a 63 mil toneladas (setembro/25). Nesse intervalo, meses como junho, julho e agosto concentraram forte entrada do cereal, acompanhados de receitas que oscilaram entre US$ 7,4 milhões e US$ 11,2 milhões.

Exportações crescem apesar do déficit interno
Em um cenário aparentemente contraditório, o estado, que possui déficit anual estimado em 6 milhões de toneladas de milho para suprir seu grande parque agroindustrial, também ampliou as exportações do grão em 2025.

Até outubro, Santa Catarina embarcou 130,1 mil toneladas, um salto de 243,9% em relação ao mesmo período de 2024. O valor exportado também chamou atenção: US$ 30,71 milhões, alta de 282,33% na comparação anual.

Foto: Claudio Neves

Segundo a Epagri/Cepa, essa movimentação ocorre majoritariamente em regiões produtoras próximas aos portos catarinenses, onde os preços de exportação tornam-se mais competitivos que os do mercado interno, especialmente quando o câmbio favorece vendas externas ou quando há descompasso logístico entre oferta e demanda regional.

Essa dinâmica reforça um traço estrutural conhecido do agro catarinense: ao mesmo tempo em que é um dos maiores consumidores de milho do país, devido ao peso das cadeias de proteína animal, Santa Catarina não alcança autossuficiência e depende do cereal de outras regiões e países para abastecimento. A exportação pontual ocorre quando há excedentes regionais temporários, oportunidades comerciais ou vantagens logísticas.

Perspectivas
Com a entrada gradual da nova safra 2025/26 no estado e no Centro-Oeste brasileiro, a tendência é que os volumes importados se acomodem a partir do fim do ano. No entanto, o comportamento do câmbio, os preços internacionais e o resultado final da produção catarinense seguirão determinando a necessidade de compras externas — e, por outro lado, a competitividade das exportações.

Para a Epagri/Cepa, o quadro de 2025 reforça tanto a importância do milho como insumo estratégico para as cadeias de proteína animal quanto a vulnerabilidade decorrente da dependência externa e interestadual do cereal. Santa Catarina continua sendo um estado que importa para abastecer seu agro e exporta quando a lógica de mercado permite, um equilíbrio dinâmico que movimenta portos, indústrias e produtores ao longo de todo o ano.

Fonte: O Presente Rural
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Brasil e Japão avançam em tratativas para ampliar comércio agro

Reunião entre Mapa e MAFF reforça pedido de auditoria japonesa para habilitar exportações de carne bovina e aprofunda cooperação técnica entre os países.

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Foto: Percio Campos/Mapa

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, realizou uma reunião bilateral com o vice-ministro internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Florestas (MAFF), Osamu Kubota, para fortalecer a agenda comercial entre os países e aprofundar o diálogo sobre temas da relação bilateral.

No encontro, a delegação brasileira apresentou as principais prioridades do Brasil, incluindo temas regulatórios e iniciativas de cooperação, e reiterou o pedido para o agendamento da auditoria japonesa necessária para a abertura do mercado para exportação de carne bovina brasileira. O Mapa também destacou avanços recentes no diálogo e reforçou os pontos considerados estratégicos para ampliar o fluxo comercial e aprimorar mecanismos de parceria.

Os representantes japoneses compartilharam seus interesses e expectativas, demonstrando disposição para intensificar o diálogo técnico e buscar convergência nas agendas de interesse mútuo.

Fonte: Assessoria Mapa
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Bioinsumos colocam agro brasileiro na liderança da transição sustentável

Soluções biológicas reposicionam o agronegócio como força estratégica na agenda climática global.

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Fotos: Koppert Brasil

A sustentabilidade como a conhecemos já não é suficiente. A nova fronteira da produção agrícola tem nome e propósito: agricultura sustentável, um modelo que revitaliza o solo, amplia a biodiversidade e aumenta a captura de carbono. Em destaque nas discussões da COP30, o tema reposiciona o agronegócio como parte da solução, consolidando-se como uma das estratégias mais promissoras para recuperação de agro-ecossistemas, captura de carbono e mitigação das mudanças climáticas.

Thiago Castro, Gerente de P&D da Koppert Brasil participa de painel na AgriZone, durante a COP30: “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida”

Atualmente, a agricultura e o uso da terra correspondem a 23% das emissões globais de gases do efeito, aproximadamente. Ao migrar para práticas sustentáveis, lavouras deixam de ser fontes de emissão e tornam-se sumidouros de carbono, “reservatórios” naturais que filtram o dióxido de carbono da atmosfera. “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida. E não tem como falar em vida no solo sem falar em controle biológico”, afirma o PhD em Entomologia com ênfase em Controle Biológico, Thiago Castro.

Segudo ele, ao introduzir um inimigo natural para combater uma praga, devolvemos ao ecossistema uma peça que faltava. “Isso fortalece a teia biológica, melhora a estrutura do solo, aumenta a disponibilidade de nutrientes e reduz a necessidade de intervenções agressivas. É a própria natureza trabalhando a nosso favor”, ressalta.

As soluções biológicas para a agricultura incluem produtos à base de micro e macroorganismos e extratos vegetais, sendo biodefensivos (para controle de pragas e doenças), bioativadores (que auxiliam na nutrição e saúde das plantas) e bioestimulantes (que melhoram a disponibilidade de nutrientes no solo).

Maior mercado mundial de bioinsumos

O Brasil é protagonista nesse campo: cerca de 61% dos produtores fazem uso regular de insumos biológicos agrícolas, uma taxa quatro vezes maior que a média global. Para a safra de 2025/26, o setor projeta um crescimento de 13% na adoção dessas tecnologias.

A vespa Trichogramma galloi e o fungo Beauveria bassiana (Cepa Esalq PL 63) são exemplos de macro e microrganismos amplamente utilizados nas culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão, para o controle de lagartas e mosca-branca, respectivamente. Esses agentes atuam nas pragas sem afetar polinizadores e organismos benéficos para o ecossistema.

Os impactos do manejo biológico são mensuráveis: maior porosidade do solo, retenção de água e nutrientes, menor erosão; menor dependência de fertilizantes e inseticidas sintéticos, diminuição na resistência de pragas; equilíbrio ecológico e estabilidade produtiva.

Entre as práticas sustentáveis que já fazem parte da rotina do agro brasileiro estão o uso de inoculantes e fungos benéficos, a rotação de culturas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o manejo biológico de pragas e doenças. Práticas que estimulam a vida no solo e o equilíbrio natural no campo. “Os produtores que adotam manejo biológico investem em seu maior ativo que é a terra”, salienta Castro, acrescentando: “O manejo biológico não é uma tendência, é uma necessidade do planeta, e a agricultura pode e deve ser o caminho para a regeneração ambiental, para esse equilíbrio que buscamos e precisamos”.

Fonte: Assessoria Koppert Brasil
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