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Notícias Problemas climáticos do ano

IBGE projeta safra de grãos 6,2% menor em 2024

Principal causa da redução na produção foi a diminuição da área cultivada do milho, especialmente na primeira safra. Fatores climáticos adversos, como a estiagem, afetaram o desenvolvimento das plantações, impactando negativamente os rendimentos.

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Foto: Wenderson Araujo/CNA/Trilux

A safra brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas deve alcançar 295,9 milhões de toneladas de acordo com a estimativa de junho do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica (IBGE). Resultado é 6,2% menor ou 19,5 milhões de toneladas abaixo da safra obtida em 2023 (315,4 milhões de toneladas) e 0,3% inferior (940,3 mil toneladas) do que a estimativa de maio.

Foto: Jaelson Lucas

A área a ser colhida foi de 78,3 milhões de hectares, aumento de 0,6% (462,7 mil hectares) frente a 2023; e acréscimo de 8.220 hectares (0,0%) em relação a maio. Apenas o algodão registrou recorde de produção, com crescimento de 9,8%, em decorrência do acréscimo de 12,5% na área cultivada. “A safra 2023/2024 teve vários problemas desde o início da sua implantação, como falta de chuvas e ocorrência de altas temperaturas, durante a safra de verão (1ª safra), havendo a necessidade do replantio de algumas áreas. No Rio Grande do Sul houve excesso de chuvas e inundações. E agora com a colheita do milho de segunda safra, temos constatado que esses problemas foram mais graves que imaginávamos. Os estados que sofreram as maiores reavaliações foram Minas Gerais, com uma queda de quase 900 mil toneladas, além de Paraná e Bahia. Em contrapartida, houve crescimento na estimativa da produção do arroz em Tocantins”, analisa Carlos Alfredo Guedes, gerente de agricultura do IBGE.

O gerente do LSPA, Carlos Barradas, observa que, embora a pesquisa ainda não reflita totalmente as perdas esperadas com as enchentes do Rio Grande do Sul, a redução da produção reflete o impacto dos problemas climáticos ocorridos em 2023 e 2024, não só de excesso de chuvas, mas também de seca no bioma Cerrado, em alguns estados, especialmente Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás e Mato Grosso do Sul. No Rio Grande do Sul, o IBGE vem intensificando esforços no sentido de levantar as perdas em decorrência do excesso de chuvas e das inundações.

Foto: Divulgação/Pixabay

Em junho, a estimativa da produção do trigo está crescendo 23,7% em relação a 2023. Mas, em parte se deve à baixa base de comparação da safra do ano anterior, quando a produção foi muito impactada por problemas climáticos. Em face dos problemas com o excesso de chuvas e inundações no Estado, é possível que esses números não se confirmem, pois ainda não se sabe os prejuízos ocorridos de perdas de solo nas áreas de plantio. Além disso, os preços do produto não estão colaborando. “Em junho, continuamos apurando as perdas ocorridas no Sul e no cerrado. Mas, de uma forma geral, tivemos uma boa produção de café, recorde de produção de algodão e acréscimo de 0,1% ou 140.946 toneladas da soja, para a qual o mercado estimava inicialmente uma redução maior. Houve ainda aumentos nas estimativas da produção do feijão 3ª safra (5,7% ou 42.201 t), do arroz (1,8% ou 188.812 t), do feijão 1ª safra (1,3% ou 12.485 t), do feijão 2ª safra (0,2% ou 2.534 t)”, ressalta Barradas observando que o aumento da oferta é importante, pois reduz a pressão sobre os preços no varejo.

A estimativa para a soja é de uma produção de 146,8 milhões de toneladas, decréscimo de 3,4% em relação à produção do ano anterior. Para o milho, é estimada uma queda de 13,3% (reduções de 15,0% no milho de 1ª safra e de 12,8% no milho de 2ª safra). A produção deve alcançar 113,7 milhões de toneladas. Outro produto com queda expressiva é o sorgo que deve reduzir a produção em 10,4%, alcançando 3,9 milhões de toneladas.

Outra boa notícia é o aumento da produção do arroz para 10,7 milhões de toneladas, acréscimo de 1,8% em relação a estimativa do mês anterior, e crescimento de 4,1% em relação ao volume produzido em 2023. Esse aumento deve-se à área plantada, que cresceu 6,7%, enquanto o rendimento médio teve uma retração de 2,8%. Em junho, o Tocantins reavaliou positivamente sua estimativa de produção, devendo a mesma alcançar 764,3 mil toneladas. A produção de arroz em 2024, embora de forma apertada, deve atender ao consumo interno do País.

Sobre o LSPA

Implantado em novembro de 1972 com o propósito de atender às demandas de usuários por informações estatísticas conjunturais mensais, o LSPA fornece estimativas de área plantada, área colhida, quantidade produzida e rendimento médio de produtos selecionados com base em critérios de importância econômica e social para o país. Ele permite não só o acompanhamento de cada cultura investigada, desde a fase de intenção de plantio até o final da colheita, no ano civil de referência, como também o prognóstico da safra do ano seguinte, para o qual é realizado o levantamento nos meses de outubro, novembro e dezembro. Acesse os dados no Sidra. A próxima divulgação do LSPA será em 13 de agosto.

Fonte: Agência de Notícias IBGE

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Colômbia abre mercado para exportação de grãos secos de destilaria

Com esta nova autorização, o agronegócio brasileiro alcança sua 105ª abertura neste ano, totalizando 183 aberturas em 58 destinos desde o início de 2023.

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Foto: Shutterstock

O Governo da Colômbia autorizou, a partir desta sexta-feira (06), a exportação pelo Brasil de grãos secos de destilaria ao país, conhecidos como DDG ou DDGS, para aquele país.

O insumo é uma fonte proteica e energética utilizada na produção de ração para ruminantes, suínos, aves, peixes e camarões. Os DDG/DDGS são gerados a partir da produção de etanol de milho na segunda safra.

A plantação é feita na mesma área da safra principal, após a sua colheita e no mesmo ano agrícola. Assim, não demanda terra adicional para ser cultivada, o que resulta em melhor aproveitamento dos recursos naturais.

Com esta nova autorização, o agronegócio brasileiro alcança sua 105ª abertura neste ano, totalizando 183 aberturas em 58 destinos desde o início de 2023.

Fonte: Assessoria Mapa
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Câmara Temática de Gestão de Risco Agropecuário cria GTs para fortalecimento das políticas públicas no setor

Objetivo é enfrentar os desafios críticos no setor, como os riscos climáticos, operacionais, de crédito e a necessidade de inovação tecnológica.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Em busca de aprimorar as políticas públicas voltadas ao setor do agronegócio, a Câmara Temática de Gestão de Risco Agropecuário do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) criou quatro Grupos de Trabalho (GTs) focados em temas prioritários como inovação tecnológica, riscos climáticos, operacionais e crédito. “A criação desses GTs é uma resposta ao crescente reconhecimento da importância de uma abordagem estruturada para lidar com os riscos que afetam a produção agrícola. A adesão de representantes de todos os setores envolvidos, como seguradoras, produtores e o próprio governo, mostra o comprometimento com a sustentabilidade e a resiliência do agro brasileiro”, destacou o presidente da Câmara Temática, Vitor Ozaki. 

O GT de Política Integrada de Gestão de Riscos na Agropecuária visa propor uma política que vá além do seguro rural, englobando outros riscos da cadeia produtiva como os tecnológicos, sanitários e logísticos.  

Já o GT de Inovação Tecnológica, Científica e de Negócios se propõe a desenvolver novas ferramentas digitais e modelos de parceria para modernizar o ZARC (Zoneamento Agrícola de Risco Climático) e melhorar o acesso às informações de risco. 

Tem também o GT de Integração Crédito e Seguro Rural com foco na criação de sinergias entre as políticas de crédito rural e o seguro rural, buscando aumentar a resiliência financeira dos produtores e melhorar o acesso a financiamentos sustentáveis, como o FIAGRO. 

E, por último, o GT de Acompanhamento e Inovações no Programa de Subvenção ao Prêmio de Seguro Rural (PSR) que será responsável por monitorar a execução do PSR, identificar desafios orçamentários e operacionais, além de propor inovações que expandam o alcance do programa entre os produtores rurais. 

A gestão de risco é um tema estratégico para o agronegócio brasileiro, que tem enfrentado desafios cada vez maiores devido à imprevisibilidade climática e às oscilações do mercado. Nesse contexto, o papel da Câmara Temática e dos GTs se torna ainda mais relevante para assegurar a sustentabilidade financeira dos produtores rurais e a competitividade do setor. “A Câmara Temática é um espaço privilegiado de debate técnico que permite aprimorar as políticas públicas e integrar diversos atores do setor, gerando soluções concretas para problemas complexos. As contribuições dos Grupos de Trabalho serão decisivas para o futuro da gestão de risco no agronegócio”, afirmou o diretor de Gestão de Risco, Jônatas Pulquério.   

Os Grupos de Trabalho terão prazos de até 12 meses para a entrega de relatórios finais, com diagnósticos e propostas que visam aprimorar a gestão de risco no agro, além de fortalecer programas como o PSR e o PROAGRO.  

Com essas iniciativas, o Mapa reafirma seu compromisso com a criação de soluções integradas e inovadoras, capazes de enfrentar os desafios e garantir o crescimento sustentável do agronegócio no Brasil. 

Fonte: Assessoria Mapa
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Portaria define 11 novos postos para adidos agrícolas na África, Ásia e Américas

Com a ampliação, o Brasil passa a contar com sete adidos agrícolas em embaixadas na África e fortalecerá sua presença em importantes parceiros econômicos e mercados potenciais, expandindo as oportunidades para o setor agrícola nacional.

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O Ministério da Agricultura e o Ministério das Relações Exteriores definiram os locais dos 11 novos adidos agrícolas do Brasil no exterior. As futuras adidâncias serão na Argélia, Bangladesh, Chile, Costa Rica, Emirados Árabes Unidos, Etiópia (incluindo União Africana, Djibuti e Sudão do Sul), Filipinas (incluindo Ilhas Marshall, Micronésia e Palau), Irã, Malásia (incluindo Brunei), Nigéria e Turquia.

Com a ampliação, o Brasil passa a contar com sete adidos agrícolas em embaixadas na África e fortalecerá sua presença em importantes parceiros econômicos e mercados potenciais, expandindo as oportunidades para o setor agrícola nacional. “As novas adidâncias reflete o reconhecimento da importância do agronegócio e de sua maior inserção no mercado internacional para o Brasil. Com os novos postos iremos potencializar ainda mais as oportunidades para o setor, gerando empregos e renda para os brasileiros, principalmente em virtude das aberturas de mercados”, pontuou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.  

No mês de julho, o Governo Federal havia assinado o Decreto presidencial autorizando o aumento das adidâncias agrícolas de 29 para 40 postos. Essa ampliação do número foi a maior desde que a função foi criada, em 2008, pelo Decreto nº 6.464, já que estão sendo implementadas de uma única vez. 

Os adidos agrícolas desempenham funções de assessoramento junto às representações diplomáticas brasileiras no exterior. Suas principais atividades envolvem a identificação de oportunidades de comércio, investimentos e cooperação para o agronegócio brasileiro. Para isso, mantêm interlocução com representantes dos setores público e privado, formadores de opinião relevantes na sociedade civil e academia. 

Atualmente, há adidos agrícolas nos seguintes locais: África do Sul, Alemanha, Angola, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Canadá, China (dois adidos), Colômbia, Coreia do Sul, Egito, Estados Unidos da América, França (Delegação do Brasil junto às Organizações Internacionais Econômicas Sediadas em Paris), Índia, Indonésia, Itália (Delegação Permanente do Brasil junto à Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura e aos Organismos Internacionais), Japão, Marrocos, México, Suíça (Delegação do Brasil junto à Organização Mundial do Comércio e outras organizações econômicas em Genebra), Peru, Reino Unido, Rússia, Singapura, Tailândia, Bélgica (Missão do Brasil junto à União Europeia em Bruxelas, dois adidos) e Vietnã. 

Fonte: Assessoria Mapa
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