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IBGE estima queda de 1% na safra de grãos em 2020

Apesar da queda, essa é a segunda maior estimativa da série histórica, ficando atrás somente de 2017

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Licia Rubinstein/Agência IBGE Notícias

A safra nacional de grãos deve somar 238,5 milhões de toneladas em 2020, segundo o primeiro prognóstico do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado nesta quarta-feira (13) pelo IBGE. Isso corresponde a uma redução de 1% em relação à colheita estimada para 2019, uma diferença de 2,3 milhões de toneladas. Apesar da queda, essa é a segunda maior estimativa da série histórica iniciada em 1975, ficando atrás somente de 2017 (240,6 milhões).

A redução decorre, principalmente, da menor produção prevista para o milho (-7,5%), enquanto para a soja espera-se um crescimento de 4,7%. O primeiro prognóstico de milho estima uma produção de 92,7 milhões de toneladas no próximo ano, o que representa uma redução de 7,5 milhões de toneladas em relação a 2019. O levantamento mantém a tendência de um maior volume de produção do milho em segunda safra, com 72,4% de participação na produção nacional para 2020, contra 27,6% de participação da primeira safra de milho.

Para o pesquisador do IBGE, Carlos Barradas, a conjuntura não é tão benéfica para a segunda safra de milho em 2020 quanto a de 2019. “O ano agrícola iniciou-se de forma normal, com o plantio da soja sendo realizado, em sua maior parte, na segunda quinzena de outubro, portanto, a janela de plantio para o milho segunda safra deve ser mais restrita”, disse ele.

Já a produção de soja deve crescer 4,7% em 2020, chegando a 118,4 milhões de toneladas. A área a ser plantada com o grão deve ser de 36 milhões de hectares, aumento de 0,7%. Dentre os maiores produtores, o Mato Grosso, estima colher 31,4 milhões de toneladas, declínio de 2,4% em relação a 2019, apesar de aumento de 0,4% na área a ser plantada. O Paraná, segundo maior produtor, espera produzir 19,8 milhões de toneladas, aumento de 22,6%, recuperando-se de um 2019 em que teve sua safra comprometida pela estiagem durante o ciclo da cultura.

Em 2019, safra deve ter novo recorde

O IBGE também divulgou hoje que a safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas deve atingir um novo recorde de 240,8 milhões de toneladas em 2019, uma alta de 6,3% em relação à produção do ano passado. A safra de 2019 deve ser 1% maior que a de 2017, com 2,4 milhões de toneladas a mais produzidas.

O aumento foi puxado pelo milho que deve ter uma produção recorde de 100,2 milhões em 2019 (25,9 milhões de toneladas de milho na primeira safra e 74,3 milhões de toneladas de milho na segunda safra), o que representa um aumento de 23,2% frente a 2018. “Houve uma conjuntura de preços que incentivou o plantio do milho de segunda safra. O clima também se comportou de forma favorável”, comentou Barradas.

Outro grão que deve bater um recorde da série história do IBGE é o algodão. Na safra deste ano, a produção deve chegar a 6,9 toneladas, um aumento de 39,7% na relação com o ano anterior. Segundo o pesquisador do IBGE, o aumento no plantio do grão ocorre em função da melhora nos preços.

Por outro lado, a soja e o arroz, outros dois carros-chefes da produção agrícola nacional, reduziram a colheita. A estimativa do IBGE aponta para uma produção de 113 milhões de toneladas de soja em 2019, o que o que representa uma retração de 4,1% em relação ao ano passado. Já o arroz teve queda na produção por consequência da redução de 9,5% na área plantada e de 12% na área a ser colhida. Estima-se produção de 10,3 milhões de toneladas do grão, um recuo de 12% em relação ao ano passado.

“Os preços não têm incentivado o consumo de arroz em algumas áreas. Os produtores têm optado por usar a área para plantio de outras culturas, como a soja, por exemplo”, explicou Carlos Barradas.

A pesquisa estima ainda que, em 2019, a área a ser colhida será de 63,1 milhões de hectares, apresentando crescimento de 3,6% frente à área colhida em 2018, aumento de 2,2 milhões de hectares. Em relação ao mês anterior, a estimativa da área a ser colhida apresentou crescimento de 71,3 mil hectares (0,1%). O recorde anterior da produção fora de 2017, quando foram produzidas 238,4 milhões de toneladas.

Capacidade dos estoques cresce 3,5%

A Pesquisa de Estoques, também divulgada nesta quarta-feira pelo IBGE, mostrou que o total de capacidade útil disponível para armazenamento cresceu 3,5% no primeiro semestre de 2019, frente ao segundo semestre de 2018, totalizando 175,5 milhões de toneladas.

Em termos de capacidade útil armazenável, os silos predominam no país, com 84,7 milhões de toneladas, o que representa 48,3% da armazenagem nacional. Armazéns graneleiros e granelizados responderam por 66,7 milhões de toneladas, enquanto armazéns convencionais, estruturais e infláveis, somaram 24 milhões de toneladas de capacidade útil armazenável.

Fonte: IBGE

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Importância da agricultura de precisão na produção global

Monitoramento de culturas baseado em satélite desempenha um papel crucial na dinâmica global da área de cultivo e produção, e soluções avançadas como o EOSDA Crop Monitoring contribuem para melhorar a eficiência e a sustentabilidade na agricultura moderna.

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Fotos: Shutterstock

Até 2050, espera-se que a população global se aproxime de 10 bilhões, colocando uma imensa pressão sobre a agricultura para aumentar a produção. Inovações tecnológicas, especialmente na agricultura de precisão baseada em satélites, estão transformando as práticas agrícolas para atender a essas demandas.

O monitoramento de culturas baseado em satélite desempenha um papel crucial na dinâmica global da área de cultivo e produção, e soluções avançadas como o EOSDA Crop Monitoring contribuem para melhorar a eficiência e a sustentabilidade na agricultura moderna. O monitoramento via satélite torna-se essencial nesse contexto.

Produção agrícola global: principais tendências

Até 2032, espera-se que melhorias nos rendimentos das culturas representem quase 80% do crescimento total da produção. No entanto, expandir as áreas agrícolas nem sempre é viável. É aqui que o monitoramento de safras via satélite e o monitoramento de cultivo agrícola entram em ação, fornecendo aos agricultores dados acionáveis sobre a saúde do solo, condições das culturas e variabilidade do campo.

Os cereais são uma parte importante dessa demanda crescente, com 41% da produção consumida diretamente por humanos e 37% usada para alimentação animal. Mas o aumento da produção muitas vezes traz desafios ambientais e relacionados aos recursos, destacando a importância do monitoramento de fazenda via satélite e do monitoramento de fazenda na otimização da saúde das culturas e minimização de desperdícios. O monitoramento agrícola e o monitoramento agropecuário são fundamentais para enfrentar esses desafios.

Perdas de culturas: uma preocupação global crescente

Apesar dos avanços na tecnologia, a produção de safras é altamente vulnerável a pragas, doenças e riscos ambientais. Estima-se que entre 20% e 40% dos rendimentos globais de safras são perdidos a cada ano devido a esses fatores, custando ao setor agrícola bilhões.

Por exemplo, o trigo é frequentemente afetado por doenças como a ferrugem da folha, levando a perdas anuais de rendimento de até 3%. O milho sofre de podridão do colmo, que pode reduzir os rendimentos em 5%, enquanto as culturas de soja são impactadas por nematoides de cisto, resultando em perdas de produção de 4,5%.  

O monitoramento de safras via satélite fornece uma solução, oferecendo detecção precoce de problemas e permitindo que os agricultores tomem ações preventivas. Em regiões propensas a riscos agrícolas, essas tecnologias permitem analisar remotamente a safra, o que pode ser particularmente benéfico na redução de perdas e garantia da sustentabilidade das safras.

Inovações tecnológicas na agricultura

A agricultura está se tornando cada vez mais dependente de dados para otimizar a produção e o uso de recursos. A agricultura de precisão baseada em satélites está liderando essa revolução, permitindo que os agricultores possam fazer um monitoramento de cultivo agrícola e ajustem as práticas de acordo.

Na EOSDA, nossa plataforma de monitoramento via satélite combina dados de satélite com algoritmos avançados para fornecer aos agricultores insights sobre a saúde das culturas, classificação de campos e previsão de rendimentos. Por exemplo, nossa plataforma EOSDA Crop Monitoring oferece até 90% de precisão na classificação de culturas, permitindo que os agricultores monitorem campos de até três hectares. O monitoramento de culturas baseado em satélite e o monitoramento de safra são ferramentas indispensáveis para alcançar esses objetivos.

Dinâmica da área e produção de culturas

Até 2023/24, projeta-se que a área para oleaginosas cresça para quase 270 milhões de hectares, enquanto trigo e milho cobrirão 223 milhões e 204 milhões de hectares, respectivamente. O milho, em particular, continua sendo uma cultura líder, com a produção prevista para exceder 1,2 bilhão de toneladas.

No entanto, simplesmente expandir a área não é suficiente para atender às necessidades futuras. O monitoramento de culturas baseado em satélite permite que os agricultores aumentem a produtividade nas terras agrícolas existentes, fornecendo insights baseados em dados que otimizam estratégias de plantio, irrigação e colheita. O monitoramento agropecuário e o monitoramento agrícola são essenciais para maximizar a eficiência produtiva.

Milho
O milho permanece como uma das culturas mais amplamente cultivadas, com Estados Unidos, China e Brasil liderando a produção global. O milho é essencial para alimentos, ração animal e biocombustíveis como o etanol. O monitoramento de satélite desempenha um papel crucial na produção de milho.

Trigo

O trigo é um alimento básico para mais de 2,5 bilhões de pessoas, com regiões de produção importantes incluindo China, Índia e Rússia. Também é uma commodity altamente comercializada, tornando o monitoramento de fazenda via satélite crítico para manter níveis de produção constantes.

Oleaginosas

A produção de oleaginosas, particularmente soja, sementes de girassol e colza, é impulsionada pela demanda dos setores alimentício e industrial. A região Ásia-Pacífico e a Europa Ocidental lideram a produção de oleaginosas, e o monitoramento agrícola garante o acompanhamento preciso do desenvolvimento e saúde das culturas.

Arroz
Como alimento básico para quase metade da população global, o arroz é cultivado principalmente na Ásia. O monitoramento agropecuário via satélites permite analisar remotamente a safra e ajustar a irrigação em tempo real, otimizando o uso da água.

Soja
Estados Unidos, Brasil e Argentina dominam o cultivo de soja, e com a crescente demanda global, o monitoramento de fazenda via satélite assegura que os agricultores possam

atingir metas de produção eficientemente. Essa tecnologia ajuda a monitorar a saúde da soja e otimizar as práticas agrícolas para atender à crescente demanda por proteínas de origem vegetal.

Aproveitando a tecnologia de satélite para a produção sustentável de culturas
A agricultura de precisão baseada em satélites fornece as ferramentas para enfrentar esses problemas, oferecendo aos agricultores a capacidade de analisar remotamente a safra, prever rendimentos e responder a potenciais ameaças.

Com plataformas como o EOSDA Crop Monitoring, os agricultores podem otimizar a produção enquanto minimizam o impacto ambiental, ajudando a garantir um futuro sustentável para a agricultura global.

O monitoramento via satélite, o monitoramento de fazenda e o monitoramento de safras via satélite são essenciais para alcançar esses objetivos.

Fonte: Por Vasyl Cherlinka, doutor em Ciências Biológicas, especializado em Pedologia (Ciência do Solo), com 30 anos de experiência na área.
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Valor Bruto da Produção atinge R$ 1,2 trilhão em agosto

Os principais produtos que puxaram o resultado do VBP foram soja, milho, cana-de-açúcar, bovinos e frango.

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Foto: Shutterstock

O Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária em agosto deste ano alcançou R$ 1,2 trilhão, segundo dados da da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Desse total, R$ 391,6 bilhões referem-se à produção pecuária (32,6%) e R$ 809,1 bilhões à produção das lavouras (67,4%).

Entre os principais produtos agrícolas, destacam-se a soja (23,5%), o milho (10,1%), a cana-de-açúcar (9,9%) e o café (5,9%). No setor pecuário, os bovinos (12%), frango (8,3%), leite (5,3%) e suínos (4,9%) tiveram maior destaque.

O valor registrado em agosto presenta estabilidade em relação ao ano anterior, com uma leve variação positiva de 0,1%. No recorte específico, o VBP das lavouras apresentou uma queda de 3,2%, puxada pela redução no VBP do milho (-16,6%) e da soja (-17,4%), ambos impactados por quebras de safra e queda nos preços. Em contrapartida, o VBP da pecuária cresceu 7,7% em relação a 2023, impulsionado principalmente pelo aumento de 68,9% no setor de suínos.

A região Centro-Oeste ocupa a primeira posição em participação no VBP, com 28,6%, seguida pela região Sudeste, com 28,4%. Entre os estados, Mato Grosso, maior produtor de grãos do país, lidera com 13,9%, seguido por São Paulo (13,3%), com participação significativa da cana-de-açúcar, Minas Gerais (11,4%), destaque na produção de café, e Paraná (11,3%), o segundo maior produtor de grãos do Brasil.

O estudo traz dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA/Esalq/USP) e da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

O Valor Bruto da Produção detalha o faturamento bruto dos estabelecimentos rurais e leva em consideração os volumes de produção agrícola e pecuária e, a média dos preços recebidos pelos produtores.

Acesse os dados completos do Valor Bruto da Produção (VBP).

Fonte: Assessoria Mapa
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Óleo de soja mostra recuperação em setembro enquanto farelo continua em queda

Na parcial de setembro, mesmo com a alta observada no grão até o momento, a elevação dos derivados serve como contraponto e mantém o spread de esmagamento em 16% em Rondonópolis (MT).

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O óleo de soja iniciou setembro com leve reação em Chicago, após ter caído fortemente em agosto. Já o farelo, segue em trajetória de baixa desde junho. O preço interno do óleo de soja fechou agosto com valorização e segue em alta no início de setembro, mês que pode marcar a sexta alta seguida para o derivado.

No Brasil, as exportações de óleo de soja atingiram 114 mil toneladas em agosto, volume 43,6% inferior ao mesmo mês do ano passado. Mesmo com pequena valorização observada para o preço da soja, a alta do óleo favoreceu a elevação do spread de esmagamento.

Preços do farelo na CBOT e em Rondonópolis. Fonte: CBOT, IMEA.

O óleo de soja subiu 0,5% na parcial dos dez primeiros dias de setembro, para USDc/lb 41,50, enquanto o farelo apresentou desvalorização de 1,8% no mesmo período, para US$ 317/t. O esmagamento americano de soja segue aquecido, registrando em julho 5,3 milhões de toneladas, 4,3% acima que no mesmo mês do ano passado, como resposta à produção de biocombustíveis do país e ao aumento da capacidade de produção de diesel renovável.

Nos primeiros 10 dias de setembro, a valorização é de 3% no Mato Grosso, para R$ 5,3 mil/t. A demanda interna de óleo para a produção de biodiesel continua aquecida, dando sustentação para os preços.

No acumulado de janeiro a agosto, os embarques de óleo de soja alcançaram 965,3 mil toneladas, 49% abaixo do registrado nos primeiros oito meses de 2023, com a maior parte do óleo ficando no mercado interno para abastecer o aumento de 2 p.p. na mistura obrigatória do biodiesel.

Em agosto, o spread de esmagamento (calculado utilizando os preços da soja, farelo e óleo em Rondonópolis), apresentou alta, diante da ligeira queda no preço da soja e alta do óleo. Na parcial de setembro, mesmo com a alta observada no grão até o momento, a elevação dos derivados serve como contraponto e mantém o spread de esmagamento em 16% em Rondonópolis.

Esmagamento mensal acumulado, EUA. Fonte: NOPA.

Fonte: Consultoria Agro do Itaú BBA
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