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Abramilho projeta crescimento recorde em produção, exportação e consumo para safra 2022/23

Consolidado como terceiro maior produtor de milho em escala global, o Brasil colheu 113,1 milhões de toneladas (mi/ton) do grão na safra 2021/22, um aumento de 26,1 mi/ton frente ao ciclo anterior. Para a safra 2022/23, a expectativa é de uma produção total de 125,8 milhões de toneladas, com previsão recorde tanto para exportação quanto para consumo interno.

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Consolidado como terceiro maior produtor de milho em escala global, o Brasil colheu 113,1 milhões de toneladas (mi/ton) do grão na safra 2021/22, um aumento de 26,1 mi/ton frente ao ciclo anterior. Para a safra 2022/23, a expectativa é de uma produção total de 125,8 milhões de toneladas, com previsão recorde tanto para exportação quanto para consumo interno.

A produção nacional do ciclo 2021/22 apresentou um incremento se comparado com a safra passada, causados por problemas climáticos que impactaram na produção dos principais estados produtores de milho, principalmente do Paraná e do Mato Grosso do Sul, que enfrentaram quebras significativas. No Estado paranaense foram produzidas apenas 9,6 mi/ton em 2020/21, enquanto em 2021/22 saltou para 17,9 mi/ton. E no Mato Grosso do Sul em 2020/21 foram produzidas 6,4 mi/ton, e em 2021/22 voltou a casa das 12,1 mi/ton. “Nesta safra, os estados que apresentaram maior incremento foram Mato Grosso, que saiu de 33,2 mi/ton para 41,6 mi/ton, Paraná e Mato Grosso do Sul”, declarou o presidente executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), Alysson Paolinelli, em entrevista exclusiva ao Jornal O Presente Rural em meados de dezembro.

A área de milho também cresceu em 8,2% se comparada à safra passada. Com destaque para Mato Grosso, que cresceu 11,3%. Para a safra 2022/23, a previsão é de um acréscimo total de 3,4%, chegando a 22,3 milhões de hectares, puxado pelo Mato Grosso – com aumento de 6,3%, e Paraná – com 4,2%.

A produtividade por hectare teve um incremento de 21,7% nesta safra, de 4.367 kg/ha para 5.314 kg/ha, ou seja, de 72 sacas/ha saltou para 88 sacas/ha. “O aumento foi resultado da recuperação do estado do Paraná, que subiu 70%, passando de 3.341kg/ha para 5.679kg/ha, e Mato Grosso do Sul, que de 3.024kg/ha alcançou 5.581kg/há, um aumento de 84,5%. No entanto, no Rio Grande do Sul, a produtividade caiu de 4.390kg/ha para 2.900 kg/ha devido à estiagem”, expôs o presidente executivo da Abramilho.

De acordo com Paolinelli, o consumo interno brasileiro vem crescendo ao longo dos anos puxado pela proteína animal, sobretudo para aves, além da alta demanda pelo setor do etanol. Houve um aumento da demanda de 72,2 mi/ton para 75 mi/ton, e para 2023 a expectativa é que chegue a 80 mi/ton.

Devido a problemas climáticos, que reduziram a produção nacional do cereal, as exportações em 2021 foram de apenas 20 mi/ton, o menor volume dos últimos seis anos. Em 2022, a recuperação na produção fez o Brasil atingir a marca de 41,5 mi/ton, se igualando ao recorde de 2018.
A redução da produção em 2021 trouxe também uma diminuição dos estoques de milho fazendo chegar em seu menor patamar desde 2016, com apenas 7,7 mi/ton contra 10,6 mi/ton do ano anterior. Para 2022 se manteve em 7 mi/ton o estoque do grão.

 

Abertura do mercado chinês

O milho está entre os protagonistas da safra de grãos brasileira e um marco para os produtores rurais em 2022, de acordo com Paolinelli, foi a abertura do mercado da China. Com um apetite por milho e sem a plena disponibilidade do cereal ucraniano, o país asiático buscou o Brasil para atender a sua demanda. “Ainda é cedo para uma previsão do volume, uma vez que dependerá também do desempenho da safra brasileira e do cumprimento de contratos com mercados cativos, mas poderá chegar a seis milhões de toneladas exportadas para China se tudo correr como o planejado”, adiantou, acrescentando que ainda em 2022 já iniciaram os embarques de ao menos seis navios levando 300 mil toneladas.

Produção

Entre os maiores produtores agrícolas mundiais, o presidente executivo da Abramilho enfatiza que o Brasil é o país com maior potencial de crescimento na produção de alimentos no mundo, ainda que, em uma comparação simplista de produção, parece que o país está distante de superar os Estados Unidos, com 353 milhões de toneladas contra 126 milhões de toneladas no Brasil. “No entanto, a produtividade e a área de milho nos Estados Unidos estão constantes, enquanto no Brasil estamos em pleno crescimento”, ressalta.

Para melhorar a produtividade das lavouras brasileiras e aumentar o volume produzido, Paolinelli evidencia que os pontos chaves para isso passam pela assistência técnica, adoção de tecnologia e manejo adequado da cultura. “A biotecnologia voltada para a agricultura tropical tem avançado muito nos últimos anos. Em 2022 foi lançado o primeiro híbrido brasileiro de alto rendimento”, expõe.

Segundo ele, a modernização da pecuária brasileira também tem aberto áreas de pastagem degradada para a produção de grãos. “São ao menos 130 milhões de hectares que podem ser incorporados pela agricultura, lembrando que a produção brasileira de milho ocupa apenas 21,5 milhões de hectares, ou seja, podemos aumentar em 16 vezes a nossa produção sem a necessidade de derrubar uma árvore sequer”, diz, empolgado.

Destinos do milho

Ao contrário da soja, as exportações de milho brasileiro são pulverizadas em vários destinos, sendo os principais deles o Irã, União Europeia, Egito e Vietnã.

Na safra passada, a redução da produção ocasionou uma redução das exportações, mas, por outro lado, em 2022 o Brasil retornou a casa das 41 milhões de toneladas exportadas. A União Europeia enfrentou problemas com seca e falta de abastecimento com milho ucraniano, o que levou a um aumento da procura pelo cereal brasileiro, cenário que levou o país a superar o recorde alcançado em 2019, passando de 5,1 mi/ton para 5,2 mi/ton acumuladas até setembro. De acordo com dados mais recentes do Comex/Stat, tudo indica que deveria ultrapassar as seis milhões de toneladas em 2022.

Custo de produção

Em relação aos principais fatores que interferiram no custo de produção, Paolinelli elenca o aumento de insumos dos fertilizantes e defensivos agrícolas, que responderam por mais de 50% de todo o custo da lavoura.

Segundo dados levantados pela Abramilho nas principais regiões produtoras do país, o custo com estes dois insumos representou aos produtores 54,9% em Rio Verde, GO; 59,4% em Chapadão do Sul, MS; 47,1% em Primavera do Leste, MT; 50,9% em Sorriso, MT; e 37% em Londrina, PR. “No caso de Londrina o custo com sementes também foi bastante expressivo, representando 12,3% de todo o custo da lavoura e 16,9% do custo variável”, mencionou Paolinelli.

Apesar de ser um dos principais produtores de grãos do mundo, o Brasil ainda é muito dependente de fertilizantes do mercado externo, tendo a Rússia como a maior fornecedora. Em razão do conflito no Leste europeu havia um temor que poderia faltar esse insumo para a safra 2022/23, porém, segundo o CEO da Abramilho, o fornecimento aos produtores brasileiros está regularizado. “O fornecimento de fertilizantes e defensivos agrícolas foi um grande temor em 2021, que se estendeu em 2022. Porém, o Ministério da Agricultura (Pecuária e Abastecimento), por meio do Plano Nacional de Fertilizantes, desempenhou um papel decisivo para manter o abastecimento interno. A diplomacia brasileira foi determinante para iniciar novas parcerias para a compra de fertilizantes, porém, evidente que houve atrasos e aumento de preço dos insumos não só no Brasil, mas em diversos outros países. No entanto, o mercado parece se estabilizar, os produtores estão abastecidos e os preços estão recuando”, pontua Paolinelli.

Desafios

Paolinelli cita que entre os principais desafios em 2022 para o milho brasileiro estiveram o aumento de casos do complexo do enfezamento, a revisão do protocolo sanitário chinês e a reavaliação e proibição de produtos importantes para controle de pragas nas lavouras.

De acordo com ele, apesar do aumento recente de casos, o enfezamento causado pela cigarrinha do milho não se trata de uma praga nova. Há registros do inseto nas lavouras desde 1930, no entanto, o aumento da produção de milho por todo o país em diferentes épocas do ano criou uma ponte verde, o que ocasionou o aumento da população.

Ao longo do ano passado, foram registrados problemas com a praga em 11 Estados brasileiros, iniciando na safra de verão na região Sul, principalmente no Rio Grande do Sul – um dos principais produtores de milho verão do Brasil – e em Santa Catarina. O Paraná registrou casos mais graves durante a 2ª safra, na qual o Estado registra a maior parte de sua produção. “Durante a 2ª safra a cigarrinha se espalha pelo resto do país quando combinada com altas temperaturas e estiagem. Seus impactos são potencializados, trazendo tombamento das plantas e atrofia das espigas, podendo causar a morte das plantas e uma redução de produtividade de até 70%”, expõe o presidente da Abramilho.

Para enfrentar a questão, diversas iniciativas conjuntas foram formadas com instituições de pesquisa, produtores e empresas. A Abramilho coordenou o grupo que elaborou a cartilha de manejo da cigarrinha em conjunto com o Mapa e CropLife, que preconiza algumas medidas como o controle de plantas tigueras, evitar a ponte verde, utilizar sementes resistentes, rotação de princípios ativos e respeitar o calendário de Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc).

O segundo desafio foi o Protocolo Sanitário de Exportação de Milho para a China, assinado em 2018, porém com exigências e requisitos de pragas quarentenárias que inviabilizavam os embarques. “Em 2019 a Abramilho iniciou um trabalho junto ao Ministério da Agricultura em conjunto com a Associação Nacional de Exportadores de Cereais para rever este protocolo. Após uma longa negociação com as autoridades chinesas, que se estendeu até 2022, o protocolo foi revisto e o Brasil abriu este novo mercado”, explica Paolinelli.

Por fim, o presidente da Abramilho diz que a possível proibição do glifosato na União Europeia foi sem dúvida um tema de grande preocupação para os produtores rurais brasileiros em 2022, uma vez que poderia causar barreiras para a exportação e influenciar a revisão do princípio ativo no Brasil. “Por meio da Aliança Internacional do Milho, a Maizall, a Abramilho enviou um posicionamento para a Comissão Europeia ressaltando a necessidade de se limitar a análise a evidências científicas. A EFSA responsável pela análise do tema concedeu a extensão da autorização do glifosato por mais um ano”, salienta.

Perspectivas para 2023
A Abramilho prospecta 2023 com expectativas bem positivas, vislumbrando um recorde na produção de milho no Brasil, o que pode representar também um recorde nas exportações, que somadas a abertura do mercado chinês o Brasil poderá ter um ano excelente.

No entanto, Paolinelli lembra que a agricultura é uma fábrica a céu aberto, dependente das condições climáticas e do adequado manejo das lavouras. “A safra de verão está praticamente toda plantada no Brasil, com alguns registros de excesso de chuva no Paraná e incidência importante de cigarrinhas em Santa Catarina e Goiás, o que tem levado a uma pequena redução da estimativa inicial. No entanto, 80% da produção brasileira do grão se dá na 2ª safra e só teremos certeza do volume produzido após a confirmação de uma janela ideal de plantio, condições climáticas favoráveis e baixa incidência de pragas”, declarou.

 

Confira mais informações na edição 2022 do Anuário do Agronegócio Brasileiro clicando aqui. Boa leitura!

Fonte: O Presente Rural

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Presidente da Lar assume Conselho Diretivo da ABPA

Irineo da Costa Rodrigues traz consigo uma vasta bagagem de conhecimento e experiência, adquiridos ao longo de mais de três décadas à frente da Lar Cooperativa Agroindustrial.

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Presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal, Ricardo Santin, com o Irineo da Costa Rodrigues, diretor-presidente da Lar Cooperativa Agroindustrial e do Conselho Diretivo da ABPA - Foto: Divulgação/Lar

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) anunciou na última semana a continuidade do mandato de Ricardo Santin como presidente, garantindo estabilidade e liderança consistente para a entidade. Simultaneamente, Irineo da Costa Rodrigues, diretor-presidente da Lar Cooperativa Agroindustrial, foi nomeado para presidir o Conselho Diretivo, trazendo sua vasta experiência e visão estratégica para fortalecer ainda mais a representatividade do setor.

A reafirmação de Ricardo Santin na presidência da ABPA é um reconhecimento de sua competência e dedicação à indústria de proteína animal. Santin demonstrou habilidade em enfrentar desafios complexos e impulsionar o desenvolvimento sustentável do segmento es ua recondução ao cargo é uma demonstração da confiança depositada pelos membros da ABPA em sua liderança.

Por sua vez, Irineo da Costa Rodrigues traz consigo uma vasta bagagem de conhecimento e experiência, adquiridos ao longo de mais de três décadas à frente da Lar Cooperativa Agroindustrial. Sua nomeação para presidir o Conselho Diretivo representa um marco importante na história da ABPA, evidenciando o compromisso da entidade em diversificar sua liderança e garantir representatividade para todos os segmentos da cadeia produtiva.

Em uma entrevista exclusiva ao programa de rádio da Lar Cooperativa, Irineo da Costa Rodrigues compartilhou sua visão e expectativas para o novo papel que assumirá na ABPA. Ele enfatizou a importância de promover o diálogo e a cooperação entre as empresas associadas, destacando a necessidade de buscar o consenso e a harmonia em prol do desenvolvimento sustentável do setor. “Assumir a presidência do Conselho Diretivo da ABPA é uma honra e um desafio que encaro com muita responsabilidade”, afirmou Irineo da Costa Rodrigues durante a entrevista. “Estou comprometido em trabalhar em conjunto com todas as empresas associadas, buscando sempre o interesse comum e contribuindo para o crescimento e a valorização da indústria de proteína animal.”

A renovação de Ricardo Santin na presidência da ABPA e a nomeação de Irineo da Costa Rodrigues para o Conselho Diretivo marcam um momento de continuidade e renovação para a entidade. Com essa combinação de liderança experiente e novas perspectivas, a ABPA se fortalece para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que se apresentam, assegurando seu papel como uma das principais vozes do agronegócio brasileiro.

Importância da ABPA na indústria brasileira de proteína animal

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) é uma entidade fundamental para a representação e promoção dos setores de avicultura e suinocultura do Brasil. Como uma organização sem fins lucrativos, a ABPA é administrada por um Conselho Diretivo, com o respaldo de um Conselho Consultivo, e desempenha um papel crucial na defesa dos interesses desses segmentos.

A estrutura funcional da ABPA é composta por câmaras setoriais temáticas, responsáveis por tratar de questões técnicas e conjunturais relevantes para os setores de aves e suínos. Sob a liderança do presidente executivo Ricardo Santin, a ABPA tem como missão primordial representar esses setores em fóruns tanto nacionais quanto internacionais, zelando pela qualidade, sanidade e sustentabilidade dos produtos.

Além de sua atuação representativa, a ABPA também se dedica ao fomento do desenvolvimento tecnológico e à expansão da atuação do setor produtivo nos mercados interno e internacional. Por meio de diversas iniciativas, a associação busca promover a profissionalização e o crescimento sustentável da indústria de proteína animal, contribuindo para a economia brasileira e para a geração de empregos no país.

Um dos principais focos da ABPA é viabilizar novas oportunidades para o setor produtivo, tanto por meio de negociações internacionais quanto através de relações institucionais junto aos stakeholders no Brasil e no exterior. Ações para a abertura de novos mercados e a promoção da qualidade e segurança dos produtos brasileiros também estão entre as prioridades da associação.

Assim, a ABPA desempenha um papel central na promoção e defesa dos interesses da avicultura e da suinocultura brasileiras, contribuindo para o desenvolvimento sustentável e a competitividade desses setores no cenário nacional e internacional.

Composição do Conselho

O novo conselho diretivo contará ainda, entre titulares e suplentes com a participação de Neivor Canton, diretor presidente da Aurora Coop, José Carlos Garrote de Souza, presidente conselho de administração da São Salvador Alimentos, Cláudio Almeida Faria, gerente geral da Pif Paf Alimentos, Irani Pamplona Peters, presidente da Pamplona Alimentos, José Roberto Fraga Goulart, diretor-presidente da Alibem, José Mayr Bonassi, Rudolph Foods, Fábio Stumpf, diretor vice-presidente de agro e qualidade da BRF, Marcelo Siegmann, diretor de exportações da Seara, Dilvo Grolli, diretor presidente Coopavel, Bernardo Gallo, diretor-geral Cobb-Vantress, Rogério Jacob Kerber, diretor-executivo SIPS, Antônio Carlos Vasconcelos Costa, CEO Avivar Alimentos, Dilvo Casagranda, diretor de exportações da Aurora Alimentos, Carlos Zanchetta, diretor de Operações da Zanchetta Alimentos, Nestor Freiberger, presidente da Agrosul, Cleiton Pamplona Peters, diretor comercial mercado interno da Pamplona Alimentos, Elias Zydek, diretor-executivo da Frimesa, Gerson Muller, conselheiro Vibra Agroindustrial, Leonardo Dall’Orto, vice-presidente de mercado internacional e planejamento da BRF, Jerusa Alejarra, Relações Institucionais da JBS, Valter Pitol, diretor-presidente da Copacol, Mauro Aurélio de Almeida, diretor da Hendrix Genetics para o Brasil, José Eduardo dos Santos, presidente da Asgav, Jorge Luiz de Lima, Diretor da ACAV/Sindicarne, e Roberto Kaefer, presidente do Sindiavipar.

O ex-ministro e ex-presidente da ABPA, Francisco Turra, também foi reconduzido à presidência do Conselho Consultivo da associação, juntamente com os demais membros do conselho.

Fonte: Assessoria Lar
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41ª Conferência Facta WPSA-Brasil será realizada em setembro de 2025

Tradicional evento da avicultura brasileira agora é bienal. Evento vai trazer como tema “A inovação e a produtividade na proteína animal” manterá a qualidade dos debates que vêm reunindo, ao longo de mais de 41 anos, profissionais e estudantes do setor, que buscam atualizar-se e contribuir para a melhoria do cenário avícola mundial.

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Presidente da Facta, Ariel Mendes: "Historicamente, o evento sempre ocorreu no primeiro semestre, entre maio e junho, no entanto, devido à saturação de eventos nesse período, a Facta optou por realizar a conferência de 2025 em setembro" - Foto: Divulgação/Facta

A partir de 2025 a Conferência Facta WPSA-Brasil será bienal, a próxima edição ocorrerá entre os dias 02 e 03 de setembro, na Sociedade Hípica de Campinas (SP). O evento, que traz como tema “A inovação e a produtividade na proteína animal”, manterá a qualidade dos debates que vêm reunindo, ao longo de mais de 41 anos, profissionais e estudantes do setor, que buscam atualizar-se e contribuir para a melhoria do cenário mundial da avicultura.

“Historicamente, o evento sempre ocorreu no primeiro semestre, entre maio e junho, no entanto, devido à saturação de eventos nesse período, a Facta optou por realizar a conferência de 2025 em setembro. Essa escolha se baseia no término das férias na Europa e nos Estados Unidos, o que facilita a participação de palestrantes estrangeiros, além de ser um mês com menos eventos no Brasil. Essa mudança visa otimizar a participação e o aproveitamento do evento pelos profissionais do setor avícola”, explica o presidente da Facta, Ariel Mendes.

A evolução da conferência, desde seus primórdios como um seminário até sua consolidação como a Conferência Facta de Ciência e Tecnologia Avícolas, demonstra seu compromisso contínuo com a excelência e a inovação. Por isso, nesta edição, a organização abordará estratégias eficientes de controle de salmonela, competitividade na produção de frango sem antimicrobianos, temas sobre incubação, manejo da microbiota em poedeiras, automação, gestão de dados e qualidade na produção, uso de inteligência artificial na gestão avícola e gestão integrada de sanidade e dados.

A Conferência Facta é o principal evento técnico da avicultura brasileira, reconhecido por sua qualidade técnica, com palestrantes nacionais e internacionais, o evento aborda temas essenciais ao setor. “O lançamento da próxima conferência está previsto para ocorrer durante o SIAVS 2024, em agosto, com o programa completo já planejado até setembro ou outubro, proporcionando às empresas tempo para incluí-lo em seus orçamentos para o próximo ano”, lembrou Mendes.

Fonte: Assessoria Facta
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Chuvas no Rio Grande do Sul prejudicam lavouras e dificultam logística

Estado já contabiliza perdas na produção agrícola e pecuária, de pontes, estradas e rodovias, e de danos em fazendas inteiras, envolvendo maquinários, estruturas e implementos agrícolas.

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A fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde a última terça-feira (30) deixou um rastro de destruição e prejuízos por onde passou. O estado já contabiliza perdas na produção agrícola e pecuária, de pontes, estradas e rodovias, e de danos em fazendas inteiras, envolvendo maquinários, estruturas e implementos agrícolas.

O Rio Grande do Sul é segundo maior estado produtor de soja no Brasil. Por isso, as intensas chuvas têm deixado agricultores em alerta. Além de retardar as atividades de campo, as precipitações em excesso vêm gerando preocupações sobre a qualidade das lavouras. O excesso de umidade tente a elevar a acidez do óleo de soja, o que pode reduzir a oferta de boa qualidade deste subproduto, especialmente para a indústria alimentícia.

De acordo com a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), o Brasil colheu, até agora, 90,5% da área de soja da safra 2023/24. O Sul é a região com as atividades de campo mais atrasadas – no Rio Grande do Sul, somam 60%, contra 70% no mesmo período de 2023, conforme aponta a Conab. A Emater/RS, por sua vez, indica que 76% da área sul-rio-grandense havia sido colhida até o dia 2 de maio, inferior aos 83% na média dos últimos cinco anos. Em Santa Catarina, a colheita alcançou 57,6% da área, abaixo dos 82,8% há um ano (Conab).

Para o milho, a colheita da safra verão está praticamente paralisada no Rio Grande do Sul.  Segundo a Emater/RS, os trabalhos atingiram 83% da área sul-rio-grandense até o dia 2 de maio, avanço semanal de apenas 1 p.p.. No Paraná, foram colhidos 98% da área total até essa segunda-feira, leve aumento de 1 p.p. em relação ao dado divulgado no dia 29 pela Seab/Deral. Em Santa Catarina, a colheita chegou a 93% no dia 28, segundo a Conab.

Frango, suínos e ovos

De acordo com colaboradores do Rio Grande do Sul consultados pelo Cepea, as fortes chuvas dos últimos dias têm prejudicado as negociações envolvendo frango, suínos e ovos. Com rodovias e pontes interditadas, o transporte do produto para atender à demanda em parte das regiões sul-rio-grandenses e também de fora do estado vem sendo comprometido.

Além disso, produtores relatam dificuldade em adquirir insumos, como rações e também embalagens e caixas, no caso de ovos. Agentes consultados pelo Cepea também indicam que algumas propriedades de produção suinícola e avícola foram danificadas; eles estão à espera de que a situação seja controlada para que os prejuízos sejam calculados.

Pecuária de corte

Agentes consultados pelo Cepea no Rio Grande do Sul indicam que, como as chuvas destruíram pontes e danificaram trechos de estradas, muitos lotes de animais para abate não conseguem ser transportados aos frigoríficos. Com isso, muitos compradores e vendedores estão fora do mercado nestes últimos dias, à espera de que a situação seja controlada.

Arroz

O Rio Grande do Sul é o principal estado produtor de arroz do Brasil, e as intensas chuvas desta semana deixaram orizicultores em alerta. Segundo pesquisadores do Cepea, a colheita, que já estava bastante atrasada em relação a anos anteriores, pode ser ainda mais prejudicada.

Colaboradores consultados pelo Cepea relatam que as recentes tempestades deixaram as lavouras debaixo d’água, inviabilizando as atividades.

Além disso, algumas estradas estão interditadas, o que também dificulta o carregamento do cereal. Esse cenário aumenta as incertezas quanto à produtividade da safra 2023/24, ainda conforme apontam pesquisadores do Cepea.

Dados do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) divulgados no dia 22 de abril indicavam que, até aquele momento, a média era de 8.612 quilos por hectare no estado.

Cenoura

Dentre os produtos hortifrutícolas acompanhados pelo Cepea no Sul, o mais prejudicado foi a cenoura. O Cepea ainda não conseguiu levantar a extensão das perdas na praça produtora de Caxias do Sul (RS), mas o cenário é crítico.

Em Vacaria (RS), localizada em uma altitude mais elevada, os impactos do temporal foram menos severos. Pesquisadores do Cepea ressaltam que, diante da situação delicada, a amostragem de preços de cenoura desta semana foi significativamente menor.

Estima-se que as inundações resultem em uma janela de oferta e, em muitos casos, dificultem, inclusive, a retomada das áreas afetadas.

De acordo com a prefeitura de Caxias do Sul, a barragem São Miguel está em estado de alerta. Sinal de evacuação já foi emitido, e, em caso de ruptura, tanto a área urbana quanto a rural correm risco de alagamento.

Tomate e batata

As safras de batata em Bom Jesus e de tomate em Caxias do Sul estão próximas do final, mas os danos neste encerramento de safra devem ser grandes, devido aos volumes e à duração das chuvas.

Fonte: Com assessoria Cepea
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CBNA – Cong. Tec.

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