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Abramilho projeta crescimento recorde em produção, exportação e consumo para safra 2022/23

Consolidado como terceiro maior produtor de milho em escala global, o Brasil colheu 113,1 milhões de toneladas (mi/ton) do grão na safra 2021/22, um aumento de 26,1 mi/ton frente ao ciclo anterior. Para a safra 2022/23, a expectativa é de uma produção total de 125,8 milhões de toneladas, com previsão recorde tanto para exportação quanto para consumo interno.

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Foto: Shutterstock

Consolidado como terceiro maior produtor de milho em escala global, o Brasil colheu 113,1 milhões de toneladas (mi/ton) do grão na safra 2021/22, um aumento de 26,1 mi/ton frente ao ciclo anterior. Para a safra 2022/23, a expectativa é de uma produção total de 125,8 milhões de toneladas, com previsão recorde tanto para exportação quanto para consumo interno.

A produção nacional do ciclo 2021/22 apresentou um incremento se comparado com a safra passada, causados por problemas climáticos que impactaram na produção dos principais estados produtores de milho, principalmente do Paraná e do Mato Grosso do Sul, que enfrentaram quebras significativas. No Estado paranaense foram produzidas apenas 9,6 mi/ton em 2020/21, enquanto em 2021/22 saltou para 17,9 mi/ton. E no Mato Grosso do Sul em 2020/21 foram produzidas 6,4 mi/ton, e em 2021/22 voltou a casa das 12,1 mi/ton. “Nesta safra, os estados que apresentaram maior incremento foram Mato Grosso, que saiu de 33,2 mi/ton para 41,6 mi/ton, Paraná e Mato Grosso do Sul”, declarou o presidente executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), Alysson Paolinelli, em entrevista exclusiva ao Jornal O Presente Rural em meados de dezembro.

A área de milho também cresceu em 8,2% se comparada à safra passada. Com destaque para Mato Grosso, que cresceu 11,3%. Para a safra 2022/23, a previsão é de um acréscimo total de 3,4%, chegando a 22,3 milhões de hectares, puxado pelo Mato Grosso – com aumento de 6,3%, e Paraná – com 4,2%.

A produtividade por hectare teve um incremento de 21,7% nesta safra, de 4.367 kg/ha para 5.314 kg/ha, ou seja, de 72 sacas/ha saltou para 88 sacas/ha. “O aumento foi resultado da recuperação do estado do Paraná, que subiu 70%, passando de 3.341kg/ha para 5.679kg/ha, e Mato Grosso do Sul, que de 3.024kg/ha alcançou 5.581kg/há, um aumento de 84,5%. No entanto, no Rio Grande do Sul, a produtividade caiu de 4.390kg/ha para 2.900 kg/ha devido à estiagem”, expôs o presidente executivo da Abramilho.

De acordo com Paolinelli, o consumo interno brasileiro vem crescendo ao longo dos anos puxado pela proteína animal, sobretudo para aves, além da alta demanda pelo setor do etanol. Houve um aumento da demanda de 72,2 mi/ton para 75 mi/ton, e para 2023 a expectativa é que chegue a 80 mi/ton.

Devido a problemas climáticos, que reduziram a produção nacional do cereal, as exportações em 2021 foram de apenas 20 mi/ton, o menor volume dos últimos seis anos. Em 2022, a recuperação na produção fez o Brasil atingir a marca de 41,5 mi/ton, se igualando ao recorde de 2018.
A redução da produção em 2021 trouxe também uma diminuição dos estoques de milho fazendo chegar em seu menor patamar desde 2016, com apenas 7,7 mi/ton contra 10,6 mi/ton do ano anterior. Para 2022 se manteve em 7 mi/ton o estoque do grão.

 

Abertura do mercado chinês

O milho está entre os protagonistas da safra de grãos brasileira e um marco para os produtores rurais em 2022, de acordo com Paolinelli, foi a abertura do mercado da China. Com um apetite por milho e sem a plena disponibilidade do cereal ucraniano, o país asiático buscou o Brasil para atender a sua demanda. “Ainda é cedo para uma previsão do volume, uma vez que dependerá também do desempenho da safra brasileira e do cumprimento de contratos com mercados cativos, mas poderá chegar a seis milhões de toneladas exportadas para China se tudo correr como o planejado”, adiantou, acrescentando que ainda em 2022 já iniciaram os embarques de ao menos seis navios levando 300 mil toneladas.

Produção

Entre os maiores produtores agrícolas mundiais, o presidente executivo da Abramilho enfatiza que o Brasil é o país com maior potencial de crescimento na produção de alimentos no mundo, ainda que, em uma comparação simplista de produção, parece que o país está distante de superar os Estados Unidos, com 353 milhões de toneladas contra 126 milhões de toneladas no Brasil. “No entanto, a produtividade e a área de milho nos Estados Unidos estão constantes, enquanto no Brasil estamos em pleno crescimento”, ressalta.

Para melhorar a produtividade das lavouras brasileiras e aumentar o volume produzido, Paolinelli evidencia que os pontos chaves para isso passam pela assistência técnica, adoção de tecnologia e manejo adequado da cultura. “A biotecnologia voltada para a agricultura tropical tem avançado muito nos últimos anos. Em 2022 foi lançado o primeiro híbrido brasileiro de alto rendimento”, expõe.

Segundo ele, a modernização da pecuária brasileira também tem aberto áreas de pastagem degradada para a produção de grãos. “São ao menos 130 milhões de hectares que podem ser incorporados pela agricultura, lembrando que a produção brasileira de milho ocupa apenas 21,5 milhões de hectares, ou seja, podemos aumentar em 16 vezes a nossa produção sem a necessidade de derrubar uma árvore sequer”, diz, empolgado.

Destinos do milho

Ao contrário da soja, as exportações de milho brasileiro são pulverizadas em vários destinos, sendo os principais deles o Irã, União Europeia, Egito e Vietnã.

Na safra passada, a redução da produção ocasionou uma redução das exportações, mas, por outro lado, em 2022 o Brasil retornou a casa das 41 milhões de toneladas exportadas. A União Europeia enfrentou problemas com seca e falta de abastecimento com milho ucraniano, o que levou a um aumento da procura pelo cereal brasileiro, cenário que levou o país a superar o recorde alcançado em 2019, passando de 5,1 mi/ton para 5,2 mi/ton acumuladas até setembro. De acordo com dados mais recentes do Comex/Stat, tudo indica que deveria ultrapassar as seis milhões de toneladas em 2022.

Custo de produção

Em relação aos principais fatores que interferiram no custo de produção, Paolinelli elenca o aumento de insumos dos fertilizantes e defensivos agrícolas, que responderam por mais de 50% de todo o custo da lavoura.

Segundo dados levantados pela Abramilho nas principais regiões produtoras do país, o custo com estes dois insumos representou aos produtores 54,9% em Rio Verde, GO; 59,4% em Chapadão do Sul, MS; 47,1% em Primavera do Leste, MT; 50,9% em Sorriso, MT; e 37% em Londrina, PR. “No caso de Londrina o custo com sementes também foi bastante expressivo, representando 12,3% de todo o custo da lavoura e 16,9% do custo variável”, mencionou Paolinelli.

Apesar de ser um dos principais produtores de grãos do mundo, o Brasil ainda é muito dependente de fertilizantes do mercado externo, tendo a Rússia como a maior fornecedora. Em razão do conflito no Leste europeu havia um temor que poderia faltar esse insumo para a safra 2022/23, porém, segundo o CEO da Abramilho, o fornecimento aos produtores brasileiros está regularizado. “O fornecimento de fertilizantes e defensivos agrícolas foi um grande temor em 2021, que se estendeu em 2022. Porém, o Ministério da Agricultura (Pecuária e Abastecimento), por meio do Plano Nacional de Fertilizantes, desempenhou um papel decisivo para manter o abastecimento interno. A diplomacia brasileira foi determinante para iniciar novas parcerias para a compra de fertilizantes, porém, evidente que houve atrasos e aumento de preço dos insumos não só no Brasil, mas em diversos outros países. No entanto, o mercado parece se estabilizar, os produtores estão abastecidos e os preços estão recuando”, pontua Paolinelli.

Desafios

Paolinelli cita que entre os principais desafios em 2022 para o milho brasileiro estiveram o aumento de casos do complexo do enfezamento, a revisão do protocolo sanitário chinês e a reavaliação e proibição de produtos importantes para controle de pragas nas lavouras.

De acordo com ele, apesar do aumento recente de casos, o enfezamento causado pela cigarrinha do milho não se trata de uma praga nova. Há registros do inseto nas lavouras desde 1930, no entanto, o aumento da produção de milho por todo o país em diferentes épocas do ano criou uma ponte verde, o que ocasionou o aumento da população.

Ao longo do ano passado, foram registrados problemas com a praga em 11 Estados brasileiros, iniciando na safra de verão na região Sul, principalmente no Rio Grande do Sul – um dos principais produtores de milho verão do Brasil – e em Santa Catarina. O Paraná registrou casos mais graves durante a 2ª safra, na qual o Estado registra a maior parte de sua produção. “Durante a 2ª safra a cigarrinha se espalha pelo resto do país quando combinada com altas temperaturas e estiagem. Seus impactos são potencializados, trazendo tombamento das plantas e atrofia das espigas, podendo causar a morte das plantas e uma redução de produtividade de até 70%”, expõe o presidente da Abramilho.

Para enfrentar a questão, diversas iniciativas conjuntas foram formadas com instituições de pesquisa, produtores e empresas. A Abramilho coordenou o grupo que elaborou a cartilha de manejo da cigarrinha em conjunto com o Mapa e CropLife, que preconiza algumas medidas como o controle de plantas tigueras, evitar a ponte verde, utilizar sementes resistentes, rotação de princípios ativos e respeitar o calendário de Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc).

O segundo desafio foi o Protocolo Sanitário de Exportação de Milho para a China, assinado em 2018, porém com exigências e requisitos de pragas quarentenárias que inviabilizavam os embarques. “Em 2019 a Abramilho iniciou um trabalho junto ao Ministério da Agricultura em conjunto com a Associação Nacional de Exportadores de Cereais para rever este protocolo. Após uma longa negociação com as autoridades chinesas, que se estendeu até 2022, o protocolo foi revisto e o Brasil abriu este novo mercado”, explica Paolinelli.

Por fim, o presidente da Abramilho diz que a possível proibição do glifosato na União Europeia foi sem dúvida um tema de grande preocupação para os produtores rurais brasileiros em 2022, uma vez que poderia causar barreiras para a exportação e influenciar a revisão do princípio ativo no Brasil. “Por meio da Aliança Internacional do Milho, a Maizall, a Abramilho enviou um posicionamento para a Comissão Europeia ressaltando a necessidade de se limitar a análise a evidências científicas. A EFSA responsável pela análise do tema concedeu a extensão da autorização do glifosato por mais um ano”, salienta.

Perspectivas para 2023
A Abramilho prospecta 2023 com expectativas bem positivas, vislumbrando um recorde na produção de milho no Brasil, o que pode representar também um recorde nas exportações, que somadas a abertura do mercado chinês o Brasil poderá ter um ano excelente.

No entanto, Paolinelli lembra que a agricultura é uma fábrica a céu aberto, dependente das condições climáticas e do adequado manejo das lavouras. “A safra de verão está praticamente toda plantada no Brasil, com alguns registros de excesso de chuva no Paraná e incidência importante de cigarrinhas em Santa Catarina e Goiás, o que tem levado a uma pequena redução da estimativa inicial. No entanto, 80% da produção brasileira do grão se dá na 2ª safra e só teremos certeza do volume produzido após a confirmação de uma janela ideal de plantio, condições climáticas favoráveis e baixa incidência de pragas”, declarou.

 

Confira mais informações na edição 2022 do Anuário do Agronegócio Brasileiro clicando aqui. Boa leitura!

Fonte: O Presente Rural

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Santa Catarina registra avanço simultâneo nas importações e exportações de milho em 2025

Volume importado sobe 31,5% e embarques aumentam 243%, refletindo demanda das cadeias produtivas e oportunidades geradas pela proximidade dos portos.

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Foto: Cláudio Neves

As importações de milho seguem em ritmo acelerado em Santa Catarina ao longo de 2025. De janeiro a outubro, o estado comprou mais de 349,1 mil toneladas, volume 31,5% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo dados do Boletim Agropecuário de Santa Catarina, elaborado pela Epagri/Cepa com base no Comex Stat/MDIC. Em termos de valor, o milho importado movimentou US$ 59,74 milhões, alta de 23,5% frente ao acumulado de 2024. Toda a origem é atribuída ao Paraguai, principal fornecedor externo do cereal para o mercado catarinense.

Foto: Claudio Neves

A tendência de expansão no abastecimento externo se intensificou no segundo semestre. Em outubro, Santa Catarina importou mais de 63 mil toneladas, mantendo a curva ascendente registrada desde julho, quando os volumes mensais passaram consistentemente da casa das 50 mil toneladas. A Epagri/Cepa aponta que esse movimento deve avançar até novembro, período em que a demanda das agroindústrias de aves, suínos e bovinos segue aquecida.

Os dados mensais ilustram essa escalada. De outubro de 2024 a outubro de 2025, as importações variaram de mínimas próximas a 3,4 mil toneladas (março/25) a máximas superiores a 63 mil toneladas (setembro/25). Nesse intervalo, meses como junho, julho e agosto concentraram forte entrada do cereal, acompanhados de receitas que oscilaram entre US$ 7,4 milhões e US$ 11,2 milhões.

Exportações crescem apesar do déficit interno
Em um cenário aparentemente contraditório, o estado, que possui déficit anual estimado em 6 milhões de toneladas de milho para suprir seu grande parque agroindustrial, também ampliou as exportações do grão em 2025.

Até outubro, Santa Catarina embarcou 130,1 mil toneladas, um salto de 243,9% em relação ao mesmo período de 2024. O valor exportado também chamou atenção: US$ 30,71 milhões, alta de 282,33% na comparação anual.

Foto: Claudio Neves

Segundo a Epagri/Cepa, essa movimentação ocorre majoritariamente em regiões produtoras próximas aos portos catarinenses, onde os preços de exportação tornam-se mais competitivos que os do mercado interno, especialmente quando o câmbio favorece vendas externas ou quando há descompasso logístico entre oferta e demanda regional.

Essa dinâmica reforça um traço estrutural conhecido do agro catarinense: ao mesmo tempo em que é um dos maiores consumidores de milho do país, devido ao peso das cadeias de proteína animal, Santa Catarina não alcança autossuficiência e depende do cereal de outras regiões e países para abastecimento. A exportação pontual ocorre quando há excedentes regionais temporários, oportunidades comerciais ou vantagens logísticas.

Perspectivas
Com a entrada gradual da nova safra 2025/26 no estado e no Centro-Oeste brasileiro, a tendência é que os volumes importados se acomodem a partir do fim do ano. No entanto, o comportamento do câmbio, os preços internacionais e o resultado final da produção catarinense seguirão determinando a necessidade de compras externas — e, por outro lado, a competitividade das exportações.

Para a Epagri/Cepa, o quadro de 2025 reforça tanto a importância do milho como insumo estratégico para as cadeias de proteína animal quanto a vulnerabilidade decorrente da dependência externa e interestadual do cereal. Santa Catarina continua sendo um estado que importa para abastecer seu agro e exporta quando a lógica de mercado permite, um equilíbrio dinâmico que movimenta portos, indústrias e produtores ao longo de todo o ano.

Fonte: O Presente Rural
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Brasil e Japão avançam em tratativas para ampliar comércio agro

Reunião entre Mapa e MAFF reforça pedido de auditoria japonesa para habilitar exportações de carne bovina e aprofunda cooperação técnica entre os países.

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Foto: Percio Campos/Mapa

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, realizou uma reunião bilateral com o vice-ministro internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Florestas (MAFF), Osamu Kubota, para fortalecer a agenda comercial entre os países e aprofundar o diálogo sobre temas da relação bilateral.

No encontro, a delegação brasileira apresentou as principais prioridades do Brasil, incluindo temas regulatórios e iniciativas de cooperação, e reiterou o pedido para o agendamento da auditoria japonesa necessária para a abertura do mercado para exportação de carne bovina brasileira. O Mapa também destacou avanços recentes no diálogo e reforçou os pontos considerados estratégicos para ampliar o fluxo comercial e aprimorar mecanismos de parceria.

Os representantes japoneses compartilharam seus interesses e expectativas, demonstrando disposição para intensificar o diálogo técnico e buscar convergência nas agendas de interesse mútuo.

Fonte: Assessoria Mapa
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Bioinsumos colocam agro brasileiro na liderança da transição sustentável

Soluções biológicas reposicionam o agronegócio como força estratégica na agenda climática global.

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Fotos: Koppert Brasil

A sustentabilidade como a conhecemos já não é suficiente. A nova fronteira da produção agrícola tem nome e propósito: agricultura sustentável, um modelo que revitaliza o solo, amplia a biodiversidade e aumenta a captura de carbono. Em destaque nas discussões da COP30, o tema reposiciona o agronegócio como parte da solução, consolidando-se como uma das estratégias mais promissoras para recuperação de agro-ecossistemas, captura de carbono e mitigação das mudanças climáticas.

Thiago Castro, Gerente de P&D da Koppert Brasil participa de painel na AgriZone, durante a COP30: “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida”

Atualmente, a agricultura e o uso da terra correspondem a 23% das emissões globais de gases do efeito, aproximadamente. Ao migrar para práticas sustentáveis, lavouras deixam de ser fontes de emissão e tornam-se sumidouros de carbono, “reservatórios” naturais que filtram o dióxido de carbono da atmosfera. “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida. E não tem como falar em vida no solo sem falar em controle biológico”, afirma o PhD em Entomologia com ênfase em Controle Biológico, Thiago Castro.

Segudo ele, ao introduzir um inimigo natural para combater uma praga, devolvemos ao ecossistema uma peça que faltava. “Isso fortalece a teia biológica, melhora a estrutura do solo, aumenta a disponibilidade de nutrientes e reduz a necessidade de intervenções agressivas. É a própria natureza trabalhando a nosso favor”, ressalta.

As soluções biológicas para a agricultura incluem produtos à base de micro e macroorganismos e extratos vegetais, sendo biodefensivos (para controle de pragas e doenças), bioativadores (que auxiliam na nutrição e saúde das plantas) e bioestimulantes (que melhoram a disponibilidade de nutrientes no solo).

Maior mercado mundial de bioinsumos

O Brasil é protagonista nesse campo: cerca de 61% dos produtores fazem uso regular de insumos biológicos agrícolas, uma taxa quatro vezes maior que a média global. Para a safra de 2025/26, o setor projeta um crescimento de 13% na adoção dessas tecnologias.

A vespa Trichogramma galloi e o fungo Beauveria bassiana (Cepa Esalq PL 63) são exemplos de macro e microrganismos amplamente utilizados nas culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão, para o controle de lagartas e mosca-branca, respectivamente. Esses agentes atuam nas pragas sem afetar polinizadores e organismos benéficos para o ecossistema.

Os impactos do manejo biológico são mensuráveis: maior porosidade do solo, retenção de água e nutrientes, menor erosão; menor dependência de fertilizantes e inseticidas sintéticos, diminuição na resistência de pragas; equilíbrio ecológico e estabilidade produtiva.

Entre as práticas sustentáveis que já fazem parte da rotina do agro brasileiro estão o uso de inoculantes e fungos benéficos, a rotação de culturas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o manejo biológico de pragas e doenças. Práticas que estimulam a vida no solo e o equilíbrio natural no campo. “Os produtores que adotam manejo biológico investem em seu maior ativo que é a terra”, salienta Castro, acrescentando: “O manejo biológico não é uma tendência, é uma necessidade do planeta, e a agricultura pode e deve ser o caminho para a regeneração ambiental, para esse equilíbrio que buscamos e precisamos”.

Fonte: Assessoria Koppert Brasil
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