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Copagril inaugura nova era no agronegócio ao distribuir R$ 2 milhões com vendas de créditos de carbono

Esse repasse coloca a cooperativa em posição de destaque no cenário nacional.

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Produtor rural Tadeu Lawandowski conseguiu R$ 70 mil em duas safras de sua área de 22 alqueires - Fotos: Giuliano De Luca/OP Rural

Marechal Cândido Rondon (PR) presenciou em 24 de outubro um evento que promete ser um divisor de águas no agronegócio regional e servir de modelo para o país. A Cooperativa Agroindustrial Copagril, em parceria com a Netword Agro, fez a primeira distribuição de valores referentes aos créditos de carbono da safrinha 2024, totalizando R$ 2 milhões em repasses aos produtores cooperados. A cerimônia contou com a presença de 600 pessoas, incluindo lideranças do setor, cooperados e parceiros comerciais. Esse repasse coloca a Copagril em posição de destaque no cenário nacional como uma das primeiras cooperativas a gerar e distribuir créditos de carbono entre seus associados.

O conceito

Para entender a relevância desse acontecimento, é necessário compreender o conceito de créditos de carbono e sua aplicação no setor agropecuário. O mercado global de carbono foi criado após o Protocolo de Quioto em 1997 e reforçado pelo Acordo de Paris em 2015. Os créditos de carbono são certificados emitidos para empresas ou propriedades que comprovam a redução ou sequestro de emissões de gases de efeito estufa (GEE), como o dióxido de carbono (CO₂) e o metano (CH₄), principais responsáveis pelo aquecimento global. Em outras palavras, quando uma propriedade adota práticas sustentáveis que evitam a emissão desses gases, ela “gera” créditos de carbono, que neste caso são comercializados no mercado regulado de carbono. Cada crédito corresponde a uma tonelada de CO₂ não emitida ou capturada da atmosfera.
Empresas muito poluidoras, como as petroquímicas, de logística, indústria de transformação e mineração, são as principais compradoras desses créditos. Como elas emitem mais de 25 mil toneladas de CO2 equivalente ao ano, precisam comprar créditos de carbono para cumprir suas metas. Ou seja: o crédito de carbono é um mecanismo financeiro que permite a empresas e países compensarem suas emissões de gases de efeito estufa.
Para o setor agropecuário, os créditos de carbono abrem portas para uma nova fonte de renda, especialmente em propriedades que investem em tecnologias como o plantio direto, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF), o uso de biodigestores, painéis solares, além do manejo eficiente de dejetos e pastagens. Essas práticas, além de reduzirem o impacto ambiental, agora trazem um retorno econômico direto aos produtores.

Previsão de R$ 160 milhões até 2029

A Copagril, ao distribuir esses recursos entre seus associados, se posiciona na vanguarda desse processo no Brasil. Daniel Engels Rodrigues, CEO da Copagril, ressaltou que o montante distribuído refere-se a uma área de 5 mil hectares e que o programa deve crescer de forma significativa nos próximos anos. “Em 2024 são R$ 2 milhões relativos a 5 mil hectares. Em 2025, a previsão é de repassar R$ 62 milhões. Em 2026, R$ 88 milhões. Em 2027, R$ 112 milhões. Em 2028, R$ 136 milhões e, em 2029, R$ 160 milhões”, destacou o CEO.

Nova fonte de renda

A adesão ao programa de créditos de carbono da Copagril é uma oportunidade concreta de diversificação de renda para os produtores. Tadeu Lewandowski, um dos associados contemplados, relatou com entusiasmo a rentabilidade adicional que o programa trouxe para sua propriedade de 22 alqueires, gerida em conjunto com o filho. “Nos 22 alqueires meu e do meu filho, conseguimos R$ 33 mil na safra de verão (ele foi um dos projetos-piloto, por isso já recebeu duas vezes) e R$ 37.169,00 na safrinha de 2024. Isso é uma boa renda para a pequena propriedade,” afirmou Lewandowski.
O produtor compartilhou ainda detalhes sobre sua estratégia de plantio de árvores em consórcio com a pastagem: “Em nossa propriedade, plantamos árvores na direção de Norte a Sul, o que não atrapalha em nada”, garantiu.
Tadeu destacou ainda o impacto que essa iniciativa pode ter no setor como um todo. “Imaginem quanto dinheiro para nossa região. Depois, quando a Copagril tiver 80, 90% das propriedades com crédito de carbono, vai gerar mais valor para o produto (grãos). A Lar (cooperativa que tem o abatedouro de aves em Marechal Cândido Rondon) vai poder vender com valor agregado, porque é um produto rastreado”, acrescentou.

Sustentabilidade e inovação na prática

O Programa de Crédito de Carbono Copagril foi desenvolvido com a missão de fomentar práticas sustentáveis e inovadoras entre seus cooperados. A parceria com a Netword Agro foi destacada como fundamental para o sucesso dessa iniciativa. A empresa é responsável por aplicar tecnologias como o sensoriamento remoto para a certificação das propriedades, assegurando a precisão na mensuração do sequestro de carbono e cumprindo as exigências do mercado regulado, destacou em sua apresentação o CEO da Netword Agro, Marcos Ferronato. “O mercado de carbono exige uma série de regulações,” acrescentou, ressaltando a seriedade e complexidade que envolve essa certificação.
Eloi Darci Podkowa, presidente da cooperativa, enfatizou o compromisso da Copagril em promover um modelo de produção sustentável e lucrativo para os associados. “Vocês vão ter um benefício safra por safra. Quem tiver biodigestor, placa solar, manejo melhor, vai ganhar mais. Começa uma nova era para a Copagril e para vocês, associados. Estamos certos no caminho que estamos trilhando,” afirmou Podkowa durante a solenidade.

A expansão dos créditos de carbono e o futuro da produção sustentável
A previsão de crescimento do programa de créditos de carbono da Copagril aponta para uma transformação de longo prazo no agronegócio da região de atuação da Copagril, no Paraná e Mato Grosso do Sul. Com o aumento anual dos valores distribuídos, espera-se que cada vez mais produtores se sintam motivados a adotar práticas sustentáveis e usufruir dos benefícios econômicos do programa. Esse avanço não só amplia a rentabilidade das propriedades, mas também coloca a Copagril em uma posição estratégica em um mercado global cada vez mais focado em sustentabilidade.

Para além dos impactos locais, a iniciativa da Copagril serve como um modelo a ser seguido por outras cooperativas e empresas do setor. Com uma abordagem que alia responsabilidade ambiental e desenvolvimento econômico, a Copagril reforça o valor da cooperação e da inovação, pilares que sustentam sua missão e visão.
Esse modelo pode servir de exemplo para outras regiões do Brasil e se tornar um diferencial competitivo para a Copagril no mercado nacional e internacional. A rastreabilidade proporcionada pelos créditos de carbono eleva o patamar de qualidade e sustentabilidade dos produtos, beneficiando também os consumidores, que buscam cada vez mais alimentos produzidos com responsabilidade ambiental.
O evento de 24 de outubro marcou o início de uma nova e ambiciosa etapa para a Copagril e seus associados. A expectativa é que, até 2029, com R$ 160 milhões distribuídos entre os produtores, o programa alcance um impacto econômico expressivo para a região, além de contribuir diretamente para as metas ambientais globais. Em uma realidade onde a sustentabilidade se torna cada vez mais essencial para o sucesso no mercado, a Copagril coloca-se na linha de frente, transformando a maneira como se faz agricultura e pecuária no Brasil.

Fonte: O Presente Rural

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Encontro regional das agroindústrias da RMC discute atualizações no segmento

Evento na Ceasa Paraná tratou da atualização do segmento em questões relacionadas, principalmente, à comercialização dos produtos. Também abordou a regularização de agroindústrias no âmbito de produtos de origem vegetal e animal.

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Foto: Ceasa Paraná

Cerca de 180 pessoas participaram nesta sexta-feira (25), na Ceasa Paraná, do 1º Encontro Regional de Agroindústrias da Região Metropolitana de Curitiba. Agricultores e dirigentes de agroindústrias trataram da atualização do segmento em questões relacionadas, principalmente, à comercialização dos produtos. Também abordaram a regularização de agroindústrias no âmbito de produtos de origem vegetal e animal.

O evento foi promovido pela secretaria estadual da Agricultura e do Abastecimento, Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), Ceasa Paraná e Agência de Defesa Agropecuária (Adapar). “A agroindústria tem participação de aproximadamente 5,9% no Produto Interno Bruto brasileiro. Isso ocorre no beneficiamento, na transformação dos produtos, e no processamento de matérias-primas provenientes da agropecuária, promovendo dessa forma maior integração do meio rural com a economia de mercado”, afirmou Renato Viana, gerente estadual do IDR-Paraná.

“A intenção é darmos também maior representatividade aos trabalhos desenvolvidos neste setor pelos municípios paranaenses”, disse o diretor-presidente da Adapar, Otamir César Martins. Segundo Eder Eduardo Bublitz, diretor-presidente da Ceasa Paraná, o importante também é abrir novas fronteiras para a agroindústria do Estado. “Queremos ampliar horizontes. Devemos, em breve, criar um espaço na Ceasa para uma feira de varejo, dentro das normas da agroindústria”, disse Bublitz.

O espaço vai garantir aos empreendedores um novo canal de comercialização, visando o fortalecimento da economia da região.

Fonte: AEN-PR
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Reunião da Câmara Produtiva do Leite faz avaliação do setor

Um estudo sobre os principais desafios do setor leiteiro foi apresentado na última quinta-feira (24/10), na reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite e Derivados, de forma presencial e online.

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Foto: Divulgação/Ascom Seapi

O estudo, apresentado pelo engenheiro agrônomo Jair Mello, gerente de Suprimento de Leite da Cooperativa Central Gaúcha Ltda (CCGL). De acordo com ele, a produção gaúcha de leite inspecionado deve ficar neste ano em cerca de 2,98 bilhões de litros/ano, segundo dados da Pesquisa Municipal do IBGE. “A produção não cresce há 12 anos e perdemos lugar para os outros estados do Sul, hoje estamos em terceiro lugar”, afirma Jair.

Outros desafios são a melhoria na produtividade dos animais e da terra, a escala de produção e a rentabilidade, as dificuldades para a formação de mão de obra, com cursos de qualificação profissional e adaptação dos currículos das escolas técnicas para atender também essa área de produção, assistência técnica qualificada e a sucessão rural. “É preciso entender as novas gerações, o que os jovens estão buscando, e estimular para que fiquem no campo”, destaca.

O engenheiro agrônomo da CCGL apresentou o exemplo do casal Oliveira, de Eugênio de Castro, que largou o emprego na cidade para assumir a propriedade do pai, de 29,9 hectares, que seria arrendada. A produção passou de 8.559 litros/hectare/ano, em 2012, para 16.250 litros/hectare/ano, em 2023. A média de litros/vaca/dia também aumentou 102%, passando de 12,8, em 2012, para 25,9 em 2023. E o objetivo dos produtores para 2025 é aumentar a produção, a produtividade da terra e tornar a propriedade 100% digital.

Mas Mello destaca que o setor passa por muitos desafios. “Foram três secas, uma enchente, aparecimento da cigarrinha e da doença foliar no milho silagem e ainda o aumento dos custos de produção”, constata.

O coordenador da Câmara, Eugênio Zanetti, da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag/RS), colocou em pauta o Fundo de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Leite do Rio Grande do Sul (Fundoleite), que tem um volume de recursos que ainda não está acessível para a cadeia do leite.

De acordo com o secretário da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Clair Kuhn, presente na reunião, “a Secretaria está trabalhando internamente no governo para encontrar uma solução para que estes recursos possam ser liberados o mais rapidamente possível”. E assim que tivermos esta posição, iremos discutir os termos com a cadeia leiteira, setor tão importante para a economia do nosso estado”.

Fonte: Assessoria Seapi
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Notícias 2ª ExpoLeite

Promovido pela Alta Brasil, IntegraLeite reúne mais de 400 inscritos

Abordou temas como sustentabilidade, novas tecnologias, manejo de bezerros, prenhez e muito mais. 

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Foto: Divulgação/ABCZ

Centro de Eventos Rômulo Kardec de Camargos cheio para prestigiar o 1ª IntegraLeite, promovido pela Alta Brasil e parte da programação oficial da 2ª ExpoLeite. O evento, que começou na quarta-feira (23), marca a parceria da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) com a Alta, que deve continuar pelas próximas feiras.

“Iremos apresentar uma série de informações e dados valiosos, que são fundamentais para impulsionar a melhoria da nossa pecuária. São esses dados que realmente vão orientar o nosso desenvolvimento e aprimoramento no setor”, destaca o Diretor da Alta Brasil, Heverardo Carvalho.

A ABCZ foi representada pelo Presidente Gabriel Garcia Cid e o Gerente Comercial e de Exposições, Rodrigo Abdanur. “Nós, da ABCZ, toda a diretoria, e como pecuaristas, associados e clientes da Alta Brasil, reconhecemos o grande trabalho que a Alta realiza em benefício de toda a pecuária brasileira”, apontou Gabriel Garcia Cid.

Com palestras técnicas, grandes nomes da pecuária nacional e mais de 400 participantes inscritos, o IntegraLeite abordou temas como sustentabilidade, novas tecnologias, manejo de bezerros, prenhez e muito mais.

“Não há lugar melhor para falar com o produtor do que em uma exposição como a Expoleite. Dentro do nosso compromisso de modernizar a pecuária e produzir de forma mais eficiente, é fundamental levar essa mensagem a um público maior. Mesmo com rebanhos menores, é necessário ser eficiente e profissional no que fazemos, buscando maior produtividade dos animais. A tecnologia é a chave para isso. Ela nos permite produzir mais utilizando menos recursos — menos vacas, menos área, menos água, menos alimento. Parece mágica, mas não é. A tecnologia tem um papel essencial em nos ajudar a alcançar essa eficiência”, diz o Gerente de Negócios do Leite da Alta Brasil, Cleocy Junior.

Fonte: Assessoria ABCZ
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