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Hora de fazer a rotação de anticoccidianos: o que levar em consideração?

Responsável pelos maiores prejuízos na avicultura, a coccidiose é uma doença de nível controlado hoje

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Foto: O Presente Rural

 Artigo escrito por Antonio Kraieski, médico veterinário e assistente Técnico de Aves da Zoetis

Responsável pelos maiores prejuízos na avicultura, a coccidiose é uma doença de nível controlado hoje. Graças à variedade de produtos disponíveis e ao manejo adequado de seu controle e prevenção, que envolve uma rotação de moléculas para evitar ou postergar o desenvolvimento de resistência das Eimerias, protozoários causadores da doença em aves.

De acordo com as boas práticas aceitas pela comunidade internacional, o controle efetivo da doença se dá com a alternância dos princípios ativos entre categorias distintas, para evitar períodos prolongados de uso de um mesmo anticoccidiano e proporcionar “descanso”. Ao fazer essa escolha, é importante entender que todas as moléculas disponíveis no mercado possuem fortalezas e pontos de atenção, e cabe ao responsável pela decisão da troca usar os princípios da ética, a prudência e a racionalidade.

Para saber se o programa de sua granja faz uso desse conceito, tomamos como exemplo o uso da monensina (ionóforo monovalente) no programa atual. No próximo programa de controle da doença, seria ideal incluir um ionóforo monovalente glicosídico (maduramicina ou semduramicina) ou um divalente (lasalocida), ou ainda um anticoccidiano sintético. Se a rotação estiver acontecendo entre moléculas da mesma categoria de monovalentes (salinomicina ou narasina), haverá predisposição ao desenvolvimento de resistência cruzada para essa classe.

Além das informações técnicas sobre as diferentes categorias e seus modos de ação, os resultados esperados no desempenho e na saúde intestinal (escores de lesão) das aves também devem ser levados em consideração na hora de escolher qual será o próximo programa. Para isso, é possível utilizar como ferramenta o comparativo entre os lotes anteriores ou os testes controlados, como o AST (Anticoccidial Sensitivity Test – teste de sensibilidade aos anticoccidianos).

Mas o que considerar nos resultados dessas investigações? Como saber se vale a pena fazer a troca pela molécula A ou B?

Com os resultados de desempenho em mãos, a maneira mais racional de medir qual molécula vale a pena ser considerada é simular o quanto as diferenças de peso e conversão alimentar impactam a granja, financeiramente. É um cálculo que exige bastante trabalho, já que muitas variáveis devem ser consideradas – custos da ração e do anticoccidiano, valor de venda da carne, rendimento esperado de carcaça etc.

Como se não bastasse, cada anticoccidiano possui diferentes concentrações de princípio ativo, doses de administração e preços de mercado – e tudo isso deve entrar nessa conta.

O responsável pela decisão pode estar se perguntando: Como fazer essa simulação de forma rápida e assertiva? Uma ferramenta para cálculo de indicadores financeiros certamente pode auxiliá-lo.

Importante reforçar aqui que a diferença de preços entre os anticoccidianos pode chegar a até três vezes entre as moléculas. O que o produtor precisa avaliar, com a ajuda dessa planilha e de uma assistência técnica, é se sempre vale a pena optar pelo mais barato. Nem sempre essa economia se refletirá em ganhos, ao final do processo.

Fonte: Assessoria

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Paraná registra queda no custo do frango com redução na ração

Apesar da retração no ICPFrango e no custo total de produção, despesas com genética e sanidade avançam e mantêm pressão sobre o sistema produtivo paranaense.

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Foto: Shutterstock

O custo de produção do frango vivo no Paraná registrou nova retração em outubro de 2025, conforme dados da Central de Inteligência de Aves e Suínos (CIAS) da Embrapa Suínos e Aves. Criado em aviários climatizados de pressão positiva, o frango vivo custou R$ 4,55/kg, redução de 1,7% em relação a setembro (R$ 4,63/kg) e de 2,8% frente a outubro de 2024 (R$ 4,68/kg).

O Índice de Custos de Produção de Frango (ICPFrango) acompanhou o movimento de queda. Em outubro, o indicador ficou em 352,48 pontos, baixa de 1,71% frente a setembro (358,61 pontos) e de 2,7% na comparação anual (362,40 pontos). No acumulado de 2025, o ICPFrango registra variação negativa de 4,90%.

A retração mensal do índice foi influenciada, principalmente, pela queda nos gastos com ração (-3,01%), item que historicamente concentra o maior peso no custo total. Também houve leve recuo nos gastos com energia elétrica, calefação e cama (-0,09%). Por outro lado, os custos relacionados à genética avançaram 1,71%, enquanto sanidade, mão de obra e transporte permaneceram estáveis.

No acumulado do ano, a movimentação é mais desigual: enquanto a ração registra expressiva redução de 10,67%, outros itens subiram, como genética (+8,71%), sanidade (+9,02%) e transporte (+1,88%). A energia elétrica acumulou baixa de 1,90%, e a mão de obra teve leve avanço de 0,05%.

A nutrição dos animais, que responde por 63,10% do ICPFrango, teve queda de 10,67% no ano e de 7,06% nos últimos 12 meses. Já a aquisição de pintinhos de um dia, item que representa 18,51% do índice, ficou 8,71% mais cara no ano e 7,16% acima do registrado nos últimos 12 meses.

No sistema produtivo típico do Paraná (aviário de 1.500 m², peso médio de 2,9 kg, mortalidade de 5,5%, conversão alimentar de 1,7 kg e 6,2 lotes/ano), a alimentação seguiu como principal componente do custo, representando 63,08% do total. Em outubro, o gasto com ração atingiu R$ 2,87/kg, queda de 3,04% sobre setembro (R$ 2,96/kg) e 7,12% inferior ao mesmo mês de 2024 (R$ 3,09/kg).

Entre os principais estados produtores de frango de corte, os custos em outubro foram de R$ 5,09/kg em Santa Catarina e R$ 5,06/kg no Rio Grande do Sul. Em ambos os casos, houve recuos mensais: 0,8% (ou R$ 0,04) em Santa Catarina e 0,6% (ou R$ 0,03) no território gaúcho.

No mercado, o preço nominal médio do frango vivo ao produtor paranaense foi de R$ 5,13/kg em outubro. O valor representa alta de 3,2% em relação a setembro, quando a cotação estava em R$ 4,97/kg, indicando que, apesar da melhora de preços ao produtor, os custos seguem pressionados por itens estratégicos, como genética e sanidade.

Fonte: O Presente Rural com informações Boletim Deral
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Avicultura

Produção de frangos em Santa Catarina alterna quedas e avanços

Dados da Cidasc mostram que, mesmo com variações mensais, o estado sustentou produção acima de 67 milhões de cabeças no último ano.

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Fotos: Shutterstock

A produção mensal de frangos em Santa Catarina apresentou oscilações significativas entre outubro de 2024 e outubro de 2025, segundo dados da Cidasc. O período revela estabilidade em um patamar elevado, sempre acima de 67 milhões de cabeças, mas com movimentos de queda e retomada que refletem tanto fatores sazonais quanto ajustes de mercado.

O menor volume do período foi registrado em dezembro de 2024, com 67,1 milhões de cabeças, possivelmente influenciado pela desaceleração típica de fim de ano e por ajustes de alojamento. Logo no mês seguinte, porém, houve forte recuperação: janeiro de 2025 alcançou 79,6 milhões de cabeças.

Ao longo de 2025, o setor manteve relativa constância entre 70 e 81 milhões de cabeças, com destaque para julho, que atingiu o pico da série, 81,6 milhões, indicando aumento da demanda, seja interna ou externa, em plena metade do ano.

Outros meses também se sobressaíram, como outubro de 2024 (80,3 milhões) e maio de 2025 (80,4 milhões), reforçando que Santa Catarina segue como uma das principais forças da avicultura brasileira.

Já setembro e outubro de 2025 mostraram estabilidade, com 77,1 e 77,5 milhões de cabeças, respectivamente, sugerindo um período de acomodação do mercado após meses de forte atividade.

De forma geral, mesmo com oscilações, o setor mantém desempenho sólido, mostrando capacidade de rápida recuperação após quedas pontuais. O comportamento indica que a avicultura catarinense continua adaptável e resiliente diante das demandas do mercado nacional e internacional.

Fonte: O Presente Rural com informações Epagri/Cepa
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Avicultura

Setor de frango projeta crescimento e retomada da competitividade

De acordo com dados do Itaú BBA Agro, produção acima de 2024 e aumento da demanda doméstica impulsionam perspectivas positivas para o fechamento de 2025, com exportações em recuperação e espaço para ajustes de preços.

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Fotos: Shutterstock

O setor avícola brasileiro encerra 2025 com sinais de recuperação e crescimento, mesmo diante dos desafios impostos pelos embargos que afetaram temporariamente as margens de lucro.

De acordo com dados do Itaú BBA Agro, a produção de frango deve fechar o ano cerca de 3% acima de 2024, enquanto o consumo aparente deve registrar aumento próximo de 5%, impulsionado por maior disponibilidade interna e retomada do mercado externo, especialmente da China.

Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a competitividade do frango frente à carne bovina voltou a se fortalecer, criando espaço para ajustes de preços, condicionados à oferta doméstica. A demanda interna tende a crescer com a chegada do período de fim de ano, sustentando a valorização do produto.

Além disso, os custos de produção, especialmente da ração, seguem controlados, embora a safra de grãos 2025/26 ainda possa apresentar ajustes. No cenário geral, os números do setor podem ser considerados positivos frente às dificuldades enfrentadas, reforçando perspectivas favoráveis para os próximos meses.

Fonte: O Presente Rural com informações Itaú BBA Agro
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