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Homogeneidade de mistura de aminoácidos em pó e análogos líquidos

É possível obter resultados de mistura adequados com a adição de líquidos

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Artigo escrito por Christian Rabe, Applied Feed Technology da Evonik

A homogeneidade da mistura das rações é fundamental para o desempenho animal, porque garante que todos os nutrientes adicionados estejam disponíveis. Em especial, ingredientes essenciais e de baixa dosagem, como vitaminas, microminerais, minerais e aminoácidos, por exemplo, devem estar disponíveis na quantidade certa dentro de cada pellet da ração acabada.

O impacto da homogeneidade da mistura, expresso como coeciente de variação (CV), nos parâmetros desempenho pode ser observado neste estudo, realizado com 240 frangos Ross durante um ciclo de 42 dias. (Ciftci e Ercan, 2003).

A melhor homogeneidade da ração (CV de 10% vs. de 30%) promoveu um aumento moderado do consumo de ração e da conversão alimentar. Porém, a homogeneidade do lote foi significativamente melhor, que é um fator econômico importante. A eficiência e a lucratividade da produção animal no campo são diretamente inuenciadas pela homogeneidade da mistura da ração.

Em geral, tecnicamente é possível obter misturas homogêneas de ração, com um CV igual ou menor que 5%, considerado ideal para o desempenho de animais de produção, especialmente de aves. Neste contexto, é importante que a análise que está sendo usada para avaliar a homogeneidade seja adequada, sensível e precisa para captar a variação. A seguinte classificação de CV é comumente usada para aditivos na ração acabada.

Durante a produção comercial de rações, a homogeneidade da mistura nem sempre é bem administrada. De quase 100 misturadores comerciais testados, aproximadamente 51% tiveram CV de mistura menores que 10% e 19% dos misturadores tiveram CV maior que 20% (Vogel e Laudert, 2015).

Vários fatores inuenciam a homogeneidade da mistura da ração acabada. Um fator importante é a incorporação de líquidos. Mesmo a uma taxa de adição menor que 3%, deve ser tomado cuidado especial para obter resultados comparáveis à dosagem de ingredientes em pó. Os líquidos adicionados devem ser misturados por mais tempo que os ingredientes em pós secos para garantir a homogeneidade e para desfazer os grumos formados. Existe o risco de que, se a técnica de dosagem de adição de líquidos não for ideal, possa haver formação de pequenos grumos que não se dissolvem durante o processo de mistura, levando a grumos maiores (Behnke, 1996; Froetscher, 2005).

Para desfazer os grumos e aumentar a homogeneidade da mistura, são necessários misturadores de pás de alta velocidade e sistemas de pulverização adequados para o produto dosado. O posicionamento dos bicos para a adição de líquido no misturador e o tempo adicional de mistura úmida são importantes para que a ração acabada seja homogênea. Além disso, os sistemas de dosagem de líquidos demandam limpeza e manutenção adicionais dos bicos para evitar resultados inadequados de mistura (Clark, 2009). Devido ao tempo necessário para pulverizar líquidos, o tempo ideal de mistura é frequentemente comprometido para não prolongar o tempo da batida e não diminuir a produção da fábrica. Isso geralmente resulta em pior qualidade da mistura. É extremamente importante a cuidadosa operação e manutenção do sistema de pulverização de líquidos para evitar a formação de crostas, que prejudicam a homogeneidade da mistura e resultam em dosagem insuciente do produto, com graves consequências para o desempenho dos animais.

Em geral, materiais que têm tamanho, forma e densidade semelhantes tendem a promover uma mistura mais uniforme do que materiais diferentes, como sólidos e líquidos (Fellow, 2000). Foi comprovado que a uidez dos sólidos também é fundamental para a homogeneidade da mistura de rações e que o aumento da umidade da mistura inuencia negativamente a homogeneidade da mistura, reduzindo a fuidez dos sólidos (Shenoy, 2015).

Estudos de longo prazo na Evonik Industries (Figura 1) indicam que uma porcentagem maior de mis – turadores não atingiu a qualidade de mistura aceitável. Em média, a adição da forma líquida do análogo de aminoácido resultou em menor recuperação do produto na ração acabada e pior homogeneidade de mistura. Uma de cada três batidas não é aceitável se forem usadas formas líquidas de aminoácidos. Esses testes de longo prazo foram realiza – dos em condições de campo com misturadores de diferentes tamanhos, desenhos de equipamentos, níveis de enchimento, alimentação tipos e taxas de suplementação. Os resultados gerais foram analisados estatisticamente e o CV do aminoácido suplementado foi usado avaliar a homogeneidade da mistura.

A menor homogeneidade de mistura observada com a adição da forma líquida de análogo de aminoácido deve-se a diferentes fatores, incluindo tempo de mistura muito curto, mau posiciona – mento da injeção de líquidos, dosagem simultânea de produtos pós e líquidos ou tecnologia inadequada do misturador.

É possível obter resultados de mistura adequados com a adição de líquidos. No entanto, é necessário cuidado especial quanto ao desenho, manutenção e limpeza do sistema de dosagem e de mistura. Minimizar a adição de líquidos e utilizar, de preferência, ingredientes e aditivos em pó secos continua a ser o conceito mais robusto na fabricação de rações.

Outras notícias você encontra na edição de Avicultura de janeiro/fevereiro de 2021 ou online.

Fonte: O Presente Rural

Avicultura

Paraná registra queda no custo do frango com redução na ração

Apesar da retração no ICPFrango e no custo total de produção, despesas com genética e sanidade avançam e mantêm pressão sobre o sistema produtivo paranaense.

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O custo de produção do frango vivo no Paraná registrou nova retração em outubro de 2025, conforme dados da Central de Inteligência de Aves e Suínos (CIAS) da Embrapa Suínos e Aves. Criado em aviários climatizados de pressão positiva, o frango vivo custou R$ 4,55/kg, redução de 1,7% em relação a setembro (R$ 4,63/kg) e de 2,8% frente a outubro de 2024 (R$ 4,68/kg).

O Índice de Custos de Produção de Frango (ICPFrango) acompanhou o movimento de queda. Em outubro, o indicador ficou em 352,48 pontos, baixa de 1,71% frente a setembro (358,61 pontos) e de 2,7% na comparação anual (362,40 pontos). No acumulado de 2025, o ICPFrango registra variação negativa de 4,90%.

A retração mensal do índice foi influenciada, principalmente, pela queda nos gastos com ração (-3,01%), item que historicamente concentra o maior peso no custo total. Também houve leve recuo nos gastos com energia elétrica, calefação e cama (-0,09%). Por outro lado, os custos relacionados à genética avançaram 1,71%, enquanto sanidade, mão de obra e transporte permaneceram estáveis.

No acumulado do ano, a movimentação é mais desigual: enquanto a ração registra expressiva redução de 10,67%, outros itens subiram, como genética (+8,71%), sanidade (+9,02%) e transporte (+1,88%). A energia elétrica acumulou baixa de 1,90%, e a mão de obra teve leve avanço de 0,05%.

A nutrição dos animais, que responde por 63,10% do ICPFrango, teve queda de 10,67% no ano e de 7,06% nos últimos 12 meses. Já a aquisição de pintinhos de um dia, item que representa 18,51% do índice, ficou 8,71% mais cara no ano e 7,16% acima do registrado nos últimos 12 meses.

No sistema produtivo típico do Paraná (aviário de 1.500 m², peso médio de 2,9 kg, mortalidade de 5,5%, conversão alimentar de 1,7 kg e 6,2 lotes/ano), a alimentação seguiu como principal componente do custo, representando 63,08% do total. Em outubro, o gasto com ração atingiu R$ 2,87/kg, queda de 3,04% sobre setembro (R$ 2,96/kg) e 7,12% inferior ao mesmo mês de 2024 (R$ 3,09/kg).

Entre os principais estados produtores de frango de corte, os custos em outubro foram de R$ 5,09/kg em Santa Catarina e R$ 5,06/kg no Rio Grande do Sul. Em ambos os casos, houve recuos mensais: 0,8% (ou R$ 0,04) em Santa Catarina e 0,6% (ou R$ 0,03) no território gaúcho.

No mercado, o preço nominal médio do frango vivo ao produtor paranaense foi de R$ 5,13/kg em outubro. O valor representa alta de 3,2% em relação a setembro, quando a cotação estava em R$ 4,97/kg, indicando que, apesar da melhora de preços ao produtor, os custos seguem pressionados por itens estratégicos, como genética e sanidade.

Fonte: O Presente Rural com informações Boletim Deral
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Avicultura

Produção de frangos em Santa Catarina alterna quedas e avanços

Dados da Cidasc mostram que, mesmo com variações mensais, o estado sustentou produção acima de 67 milhões de cabeças no último ano.

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A produção mensal de frangos em Santa Catarina apresentou oscilações significativas entre outubro de 2024 e outubro de 2025, segundo dados da Cidasc. O período revela estabilidade em um patamar elevado, sempre acima de 67 milhões de cabeças, mas com movimentos de queda e retomada que refletem tanto fatores sazonais quanto ajustes de mercado.

O menor volume do período foi registrado em dezembro de 2024, com 67,1 milhões de cabeças, possivelmente influenciado pela desaceleração típica de fim de ano e por ajustes de alojamento. Logo no mês seguinte, porém, houve forte recuperação: janeiro de 2025 alcançou 79,6 milhões de cabeças.

Ao longo de 2025, o setor manteve relativa constância entre 70 e 81 milhões de cabeças, com destaque para julho, que atingiu o pico da série, 81,6 milhões, indicando aumento da demanda, seja interna ou externa, em plena metade do ano.

Outros meses também se sobressaíram, como outubro de 2024 (80,3 milhões) e maio de 2025 (80,4 milhões), reforçando que Santa Catarina segue como uma das principais forças da avicultura brasileira.

Já setembro e outubro de 2025 mostraram estabilidade, com 77,1 e 77,5 milhões de cabeças, respectivamente, sugerindo um período de acomodação do mercado após meses de forte atividade.

De forma geral, mesmo com oscilações, o setor mantém desempenho sólido, mostrando capacidade de rápida recuperação após quedas pontuais. O comportamento indica que a avicultura catarinense continua adaptável e resiliente diante das demandas do mercado nacional e internacional.

Fonte: O Presente Rural com informações Epagri/Cepa
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Avicultura

Setor de frango projeta crescimento e retomada da competitividade

De acordo com dados do Itaú BBA Agro, produção acima de 2024 e aumento da demanda doméstica impulsionam perspectivas positivas para o fechamento de 2025, com exportações em recuperação e espaço para ajustes de preços.

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O setor avícola brasileiro encerra 2025 com sinais de recuperação e crescimento, mesmo diante dos desafios impostos pelos embargos que afetaram temporariamente as margens de lucro.

De acordo com dados do Itaú BBA Agro, a produção de frango deve fechar o ano cerca de 3% acima de 2024, enquanto o consumo aparente deve registrar aumento próximo de 5%, impulsionado por maior disponibilidade interna e retomada do mercado externo, especialmente da China.

Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a competitividade do frango frente à carne bovina voltou a se fortalecer, criando espaço para ajustes de preços, condicionados à oferta doméstica. A demanda interna tende a crescer com a chegada do período de fim de ano, sustentando a valorização do produto.

Além disso, os custos de produção, especialmente da ração, seguem controlados, embora a safra de grãos 2025/26 ainda possa apresentar ajustes. No cenário geral, os números do setor podem ser considerados positivos frente às dificuldades enfrentadas, reforçando perspectivas favoráveis para os próximos meses.

Fonte: O Presente Rural com informações Itaú BBA Agro
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