Bovinos / Grãos / Máquinas Pecuária
Homeopatia é aliada contra estábulos sem conforto térmico e pastagens sem sombras naturais
A homeopatia utiliza-se do princípio do tratamento pelos semelhantes.
Artigo escrito por Paulo Sérgio Telles da Cruz, Médico veterinário, Especialista em Homeopatia, especialista em Doenças Parasitárias, Diretor técnico da Orgânica Homeopatia Veterinária.
Quando formei em Medicina Veterinária, no longínquo 1972, falar em bem-estar animal em bovinocultura era algo para o qual pouca gente dava ouvidos. Naquela época havia bem menos tecnologia, a genética recém engatinhava e os métodos de criação eram demasiadamente rudes, para se dizer o mínimo. Atualmente, nós humanos, pelo menos os mais conscientes, passamos a nos importar com a qualidade de vida dos animais, cujos produtos consumimos. Animais não são máquinas; são seres sencientes, ou seja, têm sensações e algum tipo de sentimento. Pelo menos as sensações físicas, tipo dor, medo, ansiedade, estresse, frio e calor, etc. se fazem presentes e estão reconhecidas atualmente na lei dos crimes ambientais.
E é nossa obrigação fazer com que mesmo os animais ditos de produção, tenham uma vida digna e não sejam submetidos a maus tratos e sofrimentos. A propósito da questão ambiental, notícias das estações de meteorologia do mundo inteiro nos dão conta de que no próximo verão do hemisfério Sul o calor irá bater recordes históricos. Daí certamente advirão problemas no desempenho e produtividade animal, na reprodução, na imunidade e no aumento da presença de parasitas de uma forma geral, carrapatos entre eles, pois essas são questões de ocorrência comum na pecuária bovina quando o calor é excessivo.
Gado de origem europeia é o que mais sofre, embora mesmo as raças zebuínas, mais adaptadas a temperaturas altas, também possam se ressentir gravemente. Apesar de termos mais tecnologia disponível, ainda nos falta muito para que a questão do bem-estar animal possa estar resolvida. Estábulos sem conforto térmico e pastagens sem sombras naturais estão entre os principais problemas ainda esperando por solução. Sob este ponto de vista o uso da homeopatia vem sendo de muita utilidade no sentido de fortalecer os animais para que possa ter respostas orgânicas adequadas aos desafios quando colocados em meio ambiente hostil.
A homeopatia é uma especialidade médica conhecida há mais de 200 anos. Atualmente é reconhecida pelos Conselhos de Medicina, de Medicina Veterinária, de Odontologia e de Farmacologia. É utilizada pelo SUS em centenas de municípios brasileiros onde apenas no Rio Grande do Sul 267 localidades disponibilizam as chamadas “Praticas Integrativas e Complementares (PICS), entre elas a homeopatia, melhorando a saúde e qualidade de vida da população.
Embora o uso em veterinária remonte da mesma época da sua criação, foi a partir da metade do século passado que começou a tomar vulto, pois passou a ser aplicada em forma coletiva naquilo que chamamos de homeopatia de rebanho. Enquanto em medicina humana se pratica, preponderantemente, o tratamento individual, em bovinocultura, devido principalmente a razões econômicas, a preferência é pelo coletivo. A homeopatia utiliza-se do princípio do tratamento pelos semelhantes “similia similibus curantur” (semelhante cura semelhante), e está baseada no uso de substâncias capazes de curar e prevenir os mesmos sintomas que podem produzir quando em doses ponderais.
Em homeopatia usam-se estas substâncias em forma diluída e dinamizada. O que atua na homeopatia é a energia e não a substância em si. Explico melhor: uma substância, como a Chamomilla, em forma de chá, usada em fitoterapia como calmante, exerce, de fato, uma excelente ação sobre indivíduos irritados e ansiosos. Por outro lado doses muito frequentes desse chá podem produzir grande irritabilidade e até mesmo convulsões. Quando da pesquisa e experimentação homeopática encontram-se claramente estes mesmos sintomas, indicando que aplicada em indivíduos doentes poderia diminuir a inquietação causada por estresse, como por exemplo aquele provocado por calor excessivo. Tal fato vem a confirmar a lei homeopática de que semelhante cura semelhante. Ou seja, uma substância capaz de produzir irritação, ansiedade e extrema sensibilidade, também vai servir para curar e prevenir a irritabilidade desde que diluída e dinamizada.
Por diluição entende-se em homeopatia as sucessivas etapas de atenuação da substância original e por dinamização o procedimento de, a cada atenuação, realizar vigorosas agitações a fim de transmitir para as moléculas de água e álcool, que servem de veículo, a capacidade terapêutica em forma de energia. Tais características são comprovadas cientificamente pela formação de clusters (conglomerados de H2O com cargas magnéticas diferentes, conforme magnetização. Deste ponto de vista, sempre que for possível evitar o uso de venenos e medicamentos que deixem resíduos nos produtos de origem animal, a escolha pelo tratamento homeopático será certamente uma atitude que vai colaborar com a preservação do meio ambiente, com a manutenção da saúde do ser humano e o bem-estar animal frente a situações estressantes.
As referências bibliográficas estão com o autor. Contato via: paulocruz@paulocruz.vet.br
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Derivados lácteos sobem em outubro, mas mercado prevê quedas no trimestre
OCB aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24.
Preço sobe em setembro, mas deve cair no terceiro trimestre
A pesquisa do Cepea mostra que, em setembro, a “Média Brasil” fechou a R$ 2,8657/litro, 3,3% acima da do mês anterior e 33,8% maior que a registrada em setembro/23, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de setembro). O movimento de alta, contudo, parece ter terminado. Pesquisas ainda em andamento do Cepea indicam que, em outubro, a Média Brasil pode recuar cerca de 2%.
Derivados registram pequenas valorizações em outubro
Pesquisa realizada pelo Cepea em parceria com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24, chegando a R$ 4,74/l e a R$ 33,26/kg, respectivamente. No caso do leite em pó (400g), a valorização foi de 4,32%, com média de R$ 31,49/kg. Na comparação com o mesmo período de 2023, os aumentos nos valores foram de 18,15% para o UHT, de 21,95% para a muçarela e de 12,31% para o leite em pó na mesma ordem, em termos reais (os dados foram deflacionados pelo IPCA de out/24).
Exportações recuam expressivos 66%, enquanto importações seguem em alta
Em outubro, as importações brasileiras de lácteos cresceram 11,6% em relação ao mês anterior; frente ao mesmo período do ano passado (outubro/23), o aumento foi de 7,43%. As exportações, por sua vez, caíram expressivos 65,91% no comparativo mensal e 46,6% no anual.
Custos com nutrição animal sobem em outubro
O Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira subiu 2,03% em outubro na “média Brasil” (BA, GO, MG, SC, SP, PR e RS), puxado sobretudo pelo aumento dos custos com nutrição animal. Com o resultado, o COE, que vinha registrando estabilidade na parcial do ano, passou a acumular alta de 1,97%.
Bovinos / Grãos / Máquinas Protecionismo econômico
O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito
CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias.
A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), entidade representativa, sem fins lucrativos, emite nota oficial para rebater declarações do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard. Nas suas recentes declarações o CEO afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias .
Veja abaixo, na integra, o que diz a nota:
O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito aqui dentro e mundo afora.
O protecionismo econômico de muitos países se traveste de protecionismo ambiental criando barreiras fantasmas para tentar reduzir nossa capacidade produtiva e cada vez mais os preços de nossos produtos.
Todos sabem que é difícil competir com o produtor rural brasileiro em eficiência. Também sabem da necessidade cada vez maior de adquirirem nossos produtos pois além de alimentar sua população ainda conseguem controlar preços da produção local.
A solução encontrada por esses países principalmente a UE e nitidamente a França, foi criar a “Lei Antidesmatamento” para nos impor regras que estão acima do nosso Código Florestal. Ora se temos uma lei, que é a mais rigorosa do mundo e a cumprimos à risca qual o motivo de tanto teatro? A resposta é que a incapacidade de produzir alimentos em quantidade suficiente e a também incapacidade de lidar com seus produtores faz com que joguem o problema para nós.
Outra questão: Por que simplesmente não param de comprar da gente já que somos tão destrutivos assim? Porque precisam muito dos nossos produtos mas querem de graça. Querem que a gente negocie de joelhos com eles. Sempre em desvantagem. Isso é uma afronta também à soberania nacional.
O senador Zequinha Marinho do Podemos do Pará, membro da FPA, tem um projeto de lei (PL 2088/2023) de reciprocidade ambiental que torna obrigatório o cumprimento de padrões ambientais compatíveis aos do Brasil por países que comercializem bens e produtos no mercado brasileiro.
Esse PL tem todo nosso apoio porque é justo e recíproco, que em resumo significa “da mesma maneira”. Os recentes casos da Danone e do Carrefour, empresas coincidentemente de origem francesa são sintomáticos e confirmam essa tendência das grandes empresas de jogar para a plateia em seus países- sede enquanto enviam cartas inócuas de desculpas para suas filiais principalmente ao Brasil.
A Associação dos Criadores do Mato Grosso (Acrimat), Estado com maior rebanho bovino do País e um dos que mais exporta, repudia toda essa forma de negociação desleal e está disposta a defender a ideia da suspensão do fornecimento de animais para o abate de frigoríficos que vendam para essas empresas.
Chega de hipocrisia no mercado, principalmente pela França, um país que sempre foi nosso parceiro comercial, vendendo desde queijos, carros e até aviões para o Brasil e nos trata como moleques.
Nós como consumidores de muitos produtos franceses devemos começar a repensar nossos hábitos de consumo e escolher melhor nossos parceiros.
Com toda nossa indignação.
Oswaldo Pereira Ribeiro Junior
Presidente da Acrimat
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Queijo paranaense produzido na região Oeste está entre os nove melhores do mundo
Fabricado em parque tecnológico do Oeste do estado, Passionata foi o único brasileiro no ranking e também ganhou título de melhor queijo latino americano no World Cheese Awards.
Um queijo fino produzido no Oeste do Paraná ficou entre os nove melhores do mundo (super ouro) e recebeu o título de melhor da América Latina no concurso World Cheese Awards, realizado em Portugal. Ele concorreu com 4.784 tipos de queijos de 47 países. O Passionata é produzido no Biopark, em Toledo. Também produzidos no parque tecnológico, o Láurea ficou com a prata e o Entardecer d´Oeste com o bronze.
As três especialidades de queijo apresentadas no World Cheese Awards foram desenvolvidas no laboratório de queijos finos e serão fabricadas e comercializadas pela queijaria Flor da Terra. O projeto de queijos finos do Biopark é realizado em parceria com o Biopark Educação, existe há cinco anos e foi criado com a intenção de melhorar o valor agregado do leite para pequenos e médios produtores.
“A transferência da tecnologia é totalmente gratuita e essa premiação mostra como podemos produzir queijos finos com muita qualidade aqui em Toledo”, disse uma das fundadoras do Biopark, Carmen Donaduzzi.
“Os queijos finos que trouxemos para essa competição se destacam pelas cores vibrantes, sabores marcantes e aparências únicas, além das inovações no processo produtivo, que conferem um diferencial sensorial incrível”, destacou o pesquisador do Laboratório de Queijos Finos do Biopark, Kennidy Bortoli. “A competição toda foi muito emocionante, saber que estamos entre os nove melhores queijos do mundo, melhor da América Latina, mostra que estamos no caminho certo”.
O Paraná produz 12 milhões de litros por dia, a maioria vem de pequenos e médios produtores. Atualmente 22 pequenos e médios produtores de leite fazem parte do projeto no Oeste do Estado, produzindo 26 especialidades de queijo fino. Além disso, no decorrer de 2024, 98 pessoas já participaram dos cursos organizados pelo Biopark Educação.
Neste ano, foram introduzidas cinco novas especialidades para os produtores vinculados ao projeto de queijos finos: tipo Bel Paese, Cheddar Inglês, Emmental, Abondance e Jack Joss.
“O projeto é gratuito, e o único custo para o produtor é a adaptação ou construção do espaço de produção, quando necessário”, explicou Kennidy. “Toda a assessoria é oferecida pelo Biopark e pelo Biopark Educação, em parceria com o Sebrae, IDR-PR e Sistema Faep/Senar, que apoiam com capacitação e desenvolvimento. A orientação cobre desde a avaliação da qualidade do leite até embalagem, divulgação e comercialização do produto”.
A qualidade do leite é analisada no laboratório do parque e, conforme as características encontradas no leite, são sugeridas de três a quatro tecnologias de fabricação de queijos que foram previamente desenvolvidas no laboratório com leite com características semelhantes. O produtor então escolhe a que mais se identifica para iniciar a produção.
Concursos estaduais
Para valorizar a produção de queijos, vão iniciar em breve as inscrições para a segunda edição do Prêmio Queijos do Paraná, que conta com apoio do Governo do Paraná. As inscrições serão abertas em 1º de dezembro de 2024, e a premiação acontece em 30 de maio de 2025. A expectativa é de que haja mais de 600 produtos inscritos, superando a edição anterior, que teve 450 participantes. O regulamento pode ser acessado aqui. O objetivo é divulgar e valorizar os derivados lácteos produzidos no Estado.
O Governo do Paraná também apoia o Conecta Queijos, evento voltado a produtores da região Oeste. Ele é organizado em parceria pelo o IDR-Paran