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História da agropecuária paranaense é contada em novo livro de Evandro Fadel

Publicação faz um panorama dos desafios e conquistas dos governantes do Paraná ao longo de mais de 170 anos.

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O Paraná é um dos principais produtores de alimentos do Brasil e um dos locais privilegiados para esse tipo de atividade no mundo, com regiões quentes ao Norte e mais frias ao Sul, possibilitando um conjunto variado de produção agropecuária. Ele teve também governantes que, ao longo de mais de 170 anos de história, buscaram conduzir a política pública com vistas a fazer a terra frutificar.

O processo histórico da atividade agropecuária estadual, na perspectiva dos governantes, é o tema do livro “Terra da Gente – Evolução da Agropecuária Paranaense (1853-2023)”, que acaba de ser publicado pelo jornalista Evandro Fadel, assessor de comunicação da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab).

Com 336 páginas, o livro foi diagramado e impresso com ajuda da Federação do Comércio do Estado do Paraná (Fecomércio), Serviço Social do Comércio (Sesc) e Sistema Ocepar (Organização das Cooperativas do Paraná). Ele será distribuído a bibliotecas e museus que ajudaram na elaboração, além de outros locais de maior afluência para que mais pessoas possam ter acesso.

Novo livro mostra os 170 anos de evolução da agropecuária paranaense
Foto: Divulgação/SEAB

E também ficará disponível no site da Ocepar, para ser baixado gratuitamente. “Este livro do jornalista Evandro Fadel é um marco na história paranaense. Pela primeira vez, toda a atividade agrícola foi pesquisada – e está bem contada. Um trabalho de mil fôlegos, mostrando o que aqui se plantava e se planta, do tempo de Zacarias de Góis e Vasconcellos até os dias tecno-agroindustriais contemporâneos”, escreveu o vice-governador Darci Piana na apresentação. “A história da Seab e do cooperativismo no Paraná é um testemunho de como a união e o planejamento podem transformar desafios em oportunidades. Com a edição deste livro, de autoria do jornalista Evandro Fadel, a Seab reafirma seu compromisso com o desenvolvimento rural, celebrando um legado que é tradição e modernidade em benefício de todos os paranaenses”, destacou José Roberto Ricken, presidente do Sistema Ocepar que, assim como Piana, assina texto de apresentação.

Capítulos

O livro tem como fontes primárias as mensagens que os presidentes da Província e governadores do Estado enviam anualmente à Assembleia Legislativa, tradição que se repete desde 1853, detalhando alguns dos fatos ocorridos no período anterior em termos de administração.

Ele foi dividido em quatro capítulos. O primeiro retratando a visão que os primeiros presidentes, a maioria oriunda de fora da Província, tiveram das terras que administravam. O segundo inicia na proclamação da República e se estende até a década de 1930. Em ambos, o autor do livro foca em produtos específicos, assim como os governantes fizeram.

A década de 30 até 1945, que coincide com o Estado Novo, é um capítulo à parte no livro em razão de ter sido preparado o caminho para o surgimento, em 18 de setembro de 1944, da Secretaria dos Negócios da Agricultura, Indústria e Comércio, data até hoje convencionada como o nascimento da atual Secretaria. O interesse do poder público ainda estava no incentivo para cultivar alguns produtos específicos.

Após essa data e até os dias de hoje continuou a determinação por culturas individuais, mas o que mais transparece são as tentativas e boas vitórias em relação à implantação de programas e projetos de trabalho. O jornalista incluiu ainda textos sobre a vitória paranaense em relação à febre aftosa, uma das maiores conquistas coletivas no Estado, e sobre o plantio direto, que continua a ser uma técnica revolucionária de cultivo.

Ele também conversou com os 16 ex-secretários da Agricultura e do Abastecimento que ainda continuam a prestar serviços ao Estado. “Espero que o tempero do passado ajude na absorção do presente e acrescente ingredientes para orientar o futuro, que tem se apresentado como um período de inovação constante, alta tecnologia, ação cada vez mais intensa de microrganismos, inteligência artificial e algoritmos a revolucionar o complexo – e essencial – exercício de produzir alimentos”, afirmou Fadel no livro.

Fonte: Assessoria Agência Estadual de Notícias

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Santa Catarina registra avanço simultâneo nas importações e exportações de milho em 2025

Volume importado sobe 31,5% e embarques aumentam 243%, refletindo demanda das cadeias produtivas e oportunidades geradas pela proximidade dos portos.

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Foto: Cláudio Neves

As importações de milho seguem em ritmo acelerado em Santa Catarina ao longo de 2025. De janeiro a outubro, o estado comprou mais de 349,1 mil toneladas, volume 31,5% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo dados do Boletim Agropecuário de Santa Catarina, elaborado pela Epagri/Cepa com base no Comex Stat/MDIC. Em termos de valor, o milho importado movimentou US$ 59,74 milhões, alta de 23,5% frente ao acumulado de 2024. Toda a origem é atribuída ao Paraguai, principal fornecedor externo do cereal para o mercado catarinense.

Foto: Claudio Neves

A tendência de expansão no abastecimento externo se intensificou no segundo semestre. Em outubro, Santa Catarina importou mais de 63 mil toneladas, mantendo a curva ascendente registrada desde julho, quando os volumes mensais passaram consistentemente da casa das 50 mil toneladas. A Epagri/Cepa aponta que esse movimento deve avançar até novembro, período em que a demanda das agroindústrias de aves, suínos e bovinos segue aquecida.

Os dados mensais ilustram essa escalada. De outubro de 2024 a outubro de 2025, as importações variaram de mínimas próximas a 3,4 mil toneladas (março/25) a máximas superiores a 63 mil toneladas (setembro/25). Nesse intervalo, meses como junho, julho e agosto concentraram forte entrada do cereal, acompanhados de receitas que oscilaram entre US$ 7,4 milhões e US$ 11,2 milhões.

Exportações crescem apesar do déficit interno
Em um cenário aparentemente contraditório, o estado, que possui déficit anual estimado em 6 milhões de toneladas de milho para suprir seu grande parque agroindustrial, também ampliou as exportações do grão em 2025.

Até outubro, Santa Catarina embarcou 130,1 mil toneladas, um salto de 243,9% em relação ao mesmo período de 2024. O valor exportado também chamou atenção: US$ 30,71 milhões, alta de 282,33% na comparação anual.

Foto: Claudio Neves

Segundo a Epagri/Cepa, essa movimentação ocorre majoritariamente em regiões produtoras próximas aos portos catarinenses, onde os preços de exportação tornam-se mais competitivos que os do mercado interno, especialmente quando o câmbio favorece vendas externas ou quando há descompasso logístico entre oferta e demanda regional.

Essa dinâmica reforça um traço estrutural conhecido do agro catarinense: ao mesmo tempo em que é um dos maiores consumidores de milho do país, devido ao peso das cadeias de proteína animal, Santa Catarina não alcança autossuficiência e depende do cereal de outras regiões e países para abastecimento. A exportação pontual ocorre quando há excedentes regionais temporários, oportunidades comerciais ou vantagens logísticas.

Perspectivas
Com a entrada gradual da nova safra 2025/26 no estado e no Centro-Oeste brasileiro, a tendência é que os volumes importados se acomodem a partir do fim do ano. No entanto, o comportamento do câmbio, os preços internacionais e o resultado final da produção catarinense seguirão determinando a necessidade de compras externas — e, por outro lado, a competitividade das exportações.

Para a Epagri/Cepa, o quadro de 2025 reforça tanto a importância do milho como insumo estratégico para as cadeias de proteína animal quanto a vulnerabilidade decorrente da dependência externa e interestadual do cereal. Santa Catarina continua sendo um estado que importa para abastecer seu agro e exporta quando a lógica de mercado permite, um equilíbrio dinâmico que movimenta portos, indústrias e produtores ao longo de todo o ano.

Fonte: O Presente Rural
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Brasil e Japão avançam em tratativas para ampliar comércio agro

Reunião entre Mapa e MAFF reforça pedido de auditoria japonesa para habilitar exportações de carne bovina e aprofunda cooperação técnica entre os países.

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Foto: Percio Campos/Mapa

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, realizou uma reunião bilateral com o vice-ministro internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Florestas (MAFF), Osamu Kubota, para fortalecer a agenda comercial entre os países e aprofundar o diálogo sobre temas da relação bilateral.

No encontro, a delegação brasileira apresentou as principais prioridades do Brasil, incluindo temas regulatórios e iniciativas de cooperação, e reiterou o pedido para o agendamento da auditoria japonesa necessária para a abertura do mercado para exportação de carne bovina brasileira. O Mapa também destacou avanços recentes no diálogo e reforçou os pontos considerados estratégicos para ampliar o fluxo comercial e aprimorar mecanismos de parceria.

Os representantes japoneses compartilharam seus interesses e expectativas, demonstrando disposição para intensificar o diálogo técnico e buscar convergência nas agendas de interesse mútuo.

Fonte: Assessoria Mapa
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Bioinsumos colocam agro brasileiro na liderança da transição sustentável

Soluções biológicas reposicionam o agronegócio como força estratégica na agenda climática global.

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Fotos: Koppert Brasil

A sustentabilidade como a conhecemos já não é suficiente. A nova fronteira da produção agrícola tem nome e propósito: agricultura sustentável, um modelo que revitaliza o solo, amplia a biodiversidade e aumenta a captura de carbono. Em destaque nas discussões da COP30, o tema reposiciona o agronegócio como parte da solução, consolidando-se como uma das estratégias mais promissoras para recuperação de agro-ecossistemas, captura de carbono e mitigação das mudanças climáticas.

Thiago Castro, Gerente de P&D da Koppert Brasil participa de painel na AgriZone, durante a COP30: “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida”

Atualmente, a agricultura e o uso da terra correspondem a 23% das emissões globais de gases do efeito, aproximadamente. Ao migrar para práticas sustentáveis, lavouras deixam de ser fontes de emissão e tornam-se sumidouros de carbono, “reservatórios” naturais que filtram o dióxido de carbono da atmosfera. “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida. E não tem como falar em vida no solo sem falar em controle biológico”, afirma o PhD em Entomologia com ênfase em Controle Biológico, Thiago Castro.

Segudo ele, ao introduzir um inimigo natural para combater uma praga, devolvemos ao ecossistema uma peça que faltava. “Isso fortalece a teia biológica, melhora a estrutura do solo, aumenta a disponibilidade de nutrientes e reduz a necessidade de intervenções agressivas. É a própria natureza trabalhando a nosso favor”, ressalta.

As soluções biológicas para a agricultura incluem produtos à base de micro e macroorganismos e extratos vegetais, sendo biodefensivos (para controle de pragas e doenças), bioativadores (que auxiliam na nutrição e saúde das plantas) e bioestimulantes (que melhoram a disponibilidade de nutrientes no solo).

Maior mercado mundial de bioinsumos

O Brasil é protagonista nesse campo: cerca de 61% dos produtores fazem uso regular de insumos biológicos agrícolas, uma taxa quatro vezes maior que a média global. Para a safra de 2025/26, o setor projeta um crescimento de 13% na adoção dessas tecnologias.

A vespa Trichogramma galloi e o fungo Beauveria bassiana (Cepa Esalq PL 63) são exemplos de macro e microrganismos amplamente utilizados nas culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão, para o controle de lagartas e mosca-branca, respectivamente. Esses agentes atuam nas pragas sem afetar polinizadores e organismos benéficos para o ecossistema.

Os impactos do manejo biológico são mensuráveis: maior porosidade do solo, retenção de água e nutrientes, menor erosão; menor dependência de fertilizantes e inseticidas sintéticos, diminuição na resistência de pragas; equilíbrio ecológico e estabilidade produtiva.

Entre as práticas sustentáveis que já fazem parte da rotina do agro brasileiro estão o uso de inoculantes e fungos benéficos, a rotação de culturas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o manejo biológico de pragas e doenças. Práticas que estimulam a vida no solo e o equilíbrio natural no campo. “Os produtores que adotam manejo biológico investem em seu maior ativo que é a terra”, salienta Castro, acrescentando: “O manejo biológico não é uma tendência, é uma necessidade do planeta, e a agricultura pode e deve ser o caminho para a regeneração ambiental, para esse equilíbrio que buscamos e precisamos”.

Fonte: Assessoria Koppert Brasil
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