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Hiperprolificidade exige novas abordagens na suinocultura e será tema de palestra no SBSS 2025

Pesquisador da Topigs Norsvin participa do 17º Simpósio Brasil Sul de Suinocultura com análise sobre como a genética está ajustando seus programas para garantir mais produtividade com equilíbrio.

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Foto: Shutterstock

Com o aumento significativo do número de leitões nascidos por parto, a hiperprolificidade tem se consolidado como um dos temas centrais na suinocultura moderna. No entanto, transformar esse ganho genético em leitões desmamados com qualidade exige mais do que genética. Essa será a abordagem do zootecnista Marcos Lopes, doutor em Melhoramento Genético Animal e diretor técnico da Topigs Norsvin no Brasil, durante um painel no 17º Simpósio Brasil Sul de Suinocultura (SBSS), que será realizado nesta semana, em Chapecó (SC). “O principal ponto é entender que a fêmea hiperprolífica de hoje não é a mesma de anos atrás. Suas necessidades são diferentes, e isso exige mudanças no manejo, na nutrição e na estrutura das granjas”, afirma Lopes, que atua no Centro de Pesquisa da Topigs Norsvin, na Holanda, e cujo painel será na quarta-feira (13), às 10h10.

Zootecnista Marcos Lopes, doutor em Melhoramento Genético Animal: “Produções modernas exigem matrizes com boa habilidade materna, alto número de tetos funcionais e capacidade de criar seus próprios leitões” – Foto: Divulgação

Segundo o especialista, quando o melhoramento genético é realizado de forma balanceada (considerando um conjunto amplo de características) os desafios em torno da hiperprolificidade tornam-se mais administráveis. “Aquele discurso de ‘sempre fiz assim e deu certo’ não se aplica mais. O animal mudou, então as práticas também precisam mudar”, pontua.

Lopes também reforça que o programa genético da Topigs Norsvin já foi desenhado com esse equilíbrio em mente. “Focamos além do aumento no tamanho da leitegada, incluindo a manutenção do peso ao nascimento, na uniformidade dos leitões e a habilidade materna das fêmeas. Hoje, conseguimos desmamar mais de 300 kg de leitão fêmea por ano”, resume.

Para que o potencial genético expresso nos índices chegue, de fato, ao campo, o diálogo entre as diferentes áreas é indispensável. “Genética, nutrição, ambiência e sanidade são complementares. Todos buscam o sucesso do cliente. Por isso, compartilhar bons exemplos e discutir caminhos, como faremos no SBSS, é essencial”, destaca.

O pesquisador também chama atenção para os próximos passos da cadeia. Segundo ele, o futuro da suinocultura estará pautado não só em prolificidade, mas em sustentabilidade. “Não podemos mais aceitar leitegadas numerosas com altas taxas de mortalidade pré-desmame ou fêmeas com pouca longevidade. Produções modernas exigem matrizes com boa habilidade materna, alto número de tetos funcionais e capacidade de criar seus próprios leitões”, expõe.

Para Lopes, os limites biológicos ainda não foram alcançados, e talvez nunca o sejam, mas os avanços precisam ser conduzidos com responsabilidade. “É preciso buscar um equilíbrio entre quantidade e qualidade, adotando práticas que respeitem o bem-estar animal e a eficiência produtiva”, ressalta.

Fonte: Assessoria Topigs Norsvin

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Swine Day 2025 reforça integração entre ciência e indústria na suinocultura

Com 180 participantes, painéis técnicos, pré-evento sanitário e palestras internacionais, encontro promoveu troca qualificada e aproximação entre universidade e setor produtivo.

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Foto: Divulgação/Swine Day

Realizado nos dias 12 e 13 de novembro, na Faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o Swine Day chegou à sua 9ª edição reunindo 180 participantes, 23 empresas apoiadoras, quatro painéis, 29 apresentações orais e oito espaços de discussão. O encontro reafirmou sua vocação de aproximar pesquisa científica e indústria suinícola, promovendo ambiente de troca técnica e atualização profissional.

O evento também contou com um pré-evento dedicado exclusivamente aos desafios sanitários causados por Mycoplasma hyopneumoniae na suinocultura mundial, com quatro apresentações orais, uma mesa-redonda e 2 espaços de debate direcionados ao tema.

As pesquisas apresentadas foram organizadas em quatro painéis temáticos: UFRGS–ISU, Sanidade, Nutrição e Saúde e Produção e Reprodução. Cada sessão contou com momentos de discussão, reforçando a proposta do Swine Day de estimular o diálogo técnico entre academia, empresas e profissionais da cadeia produtiva.

Entre os destaques da programação estiveram as palestras âncoras. A primeira, ministrada pelo Daniel Linhares, apresentou “Estratégias epidemiológicas para monitoria sanitária em rebanhos suínos: metodologias utilizadas nos EUA que poderiam ser aplicadas no Brasil”. Já o Gustavo Silva abordou “Ferramentas de análise de dados aplicadas à tomada de decisão na indústria de suínos”.

Durante o encerramento, a comissão organizadora agradeceu a participação dos presentes e anunciou que a próxima edição do Swine Day será realizada nos dias 11 e 12 de novembro de 2026.

Com elevado nível técnico, forte participação institucional e apoio do setor privado, o Swine Day 2025 foi considerado pela organização um sucesso, consolidando sua importância como espaço de conexão entre ciência e indústria dentro da suinocultura brasileira.

Fonte: O Presente Rural
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Preços do suíno vivo seguem estáveis e novembro registra avanço nas principais praças

Indicador Cepea/ESALQ mostra mercado firme com altas moderadas no mês e estabilidade diária em estados líderes da suinocultura.

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Foto: Shutterstock

Os preços do suíno vivo medidos pelo Indicador Cepea/Esalq registraram estabilidade na maioria das praças acompanhadas na terça-feira (18). Apesar do cenário de calmaria diária, o mês ainda apresenta variações positivas, refletindo um mercado que segue firme na demanda e no escoamento da produção.

Em Minas Gerais, o valor médio se manteve em R$ 8,44/kg, sem alteração no dia e com avanço mensal de 2,55%, o maior entre os estados analisados. No Paraná, o preço ficou em R$ 8,45/kg, registrando leve alta diária de 0,24% e acumulando 1,20% no mês.

No Rio Grande do Sul, o indicador permaneceu estável em R$ 8,37/kg, com crescimento mensal de 1,09%. Santa Catarina, tradicional referência na suinocultura, manteve o preço em R$ 8,25/kg, repetindo estabilidade diária e mensal.

Em São Paulo, o valor do suíno vivo ficou em R$ 8,81/kg, sem variação no dia e com leve alta de 0,46% no acumulado de novembro.

Os dados são do Cepea, que monitora diariamente o comportamento do mercado e evidencia, neste momento, um setor de suínos com preços firmes, porém com oscilações moderadas entre as principais regiões produtoras.

Fonte: Assessoria Cepea
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Produção de suínos avança e exportações seguem perto de recorde

Mercado interno reage bem ao aumento da oferta, enquanto embarques permanecem em níveis históricos e sustentam margens da suinocultura.

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Foto: Jonathan Campos

A produção de suínos mantém trajetória de crescimento, impulsionada por abates maiores, carcaças mais pesadas e margens favoráveis, de acordo com dados do Itaú BBA Agro. Embora o volume disponibilizado ao mercado interno esteja maior, a demanda doméstica tem respondido positivamente, garantindo firmeza nos preços mesmo diante da ampliação da oferta.

Em outubro, o preço do suíno vivo registrou leve retração, com queda de 4% na média ponderada da Região Sul e de Minas Gerais. Apesar disso, o spread da suinocultura sofreu apenas uma redução marginal e segue em patamar sólido.

Foto: Shutterstock

Dados do IBGE apontam que os abates cresceram 6,1% no terceiro trimestre de 2025 frente ao mesmo período de 2024, após altas de 2,3% e 2,6% nos trimestres anteriores. Com carcaças mais pesadas neste ano, a produção de carne suína avançou ainda mais, chegando a 8,1%, reflexo direto das boas margens, favorecidas por custos de produção controlados.

Do lado da demanda, o mercado externo tem sido um importante aliado na absorção do aumento da oferta. Em outubro, as exportações somaram 125,7 mil toneladas in natura, o segundo maior volume da história, atrás apenas do mês anterior, e 8% acima de outubro de 2024. No acumulado dos dez primeiros meses do ano, o crescimento chega a 13,5%.

O preço médio em dólares recuou 1,2%, mas o impacto sobre o spread de exportação foi mínimo. O indicador segue próximo de 43%, acima da média histórica de dez anos (40%), impulsionado pela desvalorização cambial, que atenuou a queda em reais.

Mesmo com as exportações caminhando para superar o recorde histórico de 2024, a oferta interna de carne suína está maior em 2025 em função do aumento da produção. Ainda assim, o mercado doméstico tem absorvido bem esse volume adicional, mantendo os preços firmes e reforçando o bom momento do setor.

Fonte: O Presente Rural com informações Itaú BBA Agro
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