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Habitat Senai Agro é inaugurado em Toledo

Com o espaço, será possível fomentar a inovação e conectar empresas do agronegócio, Institutos Senai de Tecnologia e Inovação e outras vertentes do Sistema Fiep

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A parceria dá seus primeiros passos por meio do atendimento à sete cooperativas agroindustriais do oeste Paranaense. Foto: Mariana Facchini

O Habitat Senai Agro foi inaugurado em Toledo, no oeste do Paraná. A iniciativa é do Sistema Fiep em parceria com o Sistema Ocepar e visa fomentar a inovação na indústria, possibilitando a conexão entre empresas do agronegócio e os Institutos Senai de Tecnologia e Inovação, Hub de Inteligência artificial do Senai Paraná e startups. O espaço conta com infraestrutura personalizada para as cooperativas, coworking, auditório e salas para reuniões.

“O oeste é extremamente importante quando falamos de produção, não somente na agroindústria, mas em todo o seu contexto. Nós do Sistema Fiep estamos fortalecendo a nossa relação com a Ocepar e as cooperativas do oeste, no sentindo de aprimorar tecnologia, treinamentos e qualificações. Estamos fazendo uma remodelação em apoio a tecnologia em nossos Institutos Senai de Tecnologia e Inovação, pois isso só faz sentido se chegar em forma de serviço até a nossa indústria. Precisamos que a competitividade e produtividade se tornem constantes e isso nós só conseguimos por meio da inovação”, disse o presidente do Sistema Fiep, Carlos Valter Martins Pedro.

Com a nova estrutura, será possível ampliar o desenvolvimento de projetos inovadores que estimulem a produtividade, o crescimento econômico e a sustentabilidade por meio da adoção de novas tecnologias. A parceria, dá seus primeiros passos por meio do atendimento à sete cooperativas agroindustriais do oeste paranaense – Coopavel, Copagril, Copacol, C.Vale, Frimesa, Lar e Primato – , por meio de Inserção em Ecossistema de Inovação, conduzida pela unidade de negócios Habitat Senai e em parceria com o Sistema Ocepar.

“Nós acreditamos que a inovação está muito presente em nosso setor. Nós inovamos com pesquisa, pois hoje cada uma das cooperativas tem um centro de pesquisa e a inovação depende de tecnologia. Esse é o desafio que nós imaginamos e que nós iremos alcançar, pois hoje o nosso principal parceiro é o Senai e o Sesi, quando o assunto é inovação, temos demanda e temos uma expectativa que possamos resolver aqui várias questões que hoje buscamos soluções. Isso só é possível se investirmos em centro de pesquisas. Com a FIEP, temos uma inovação muito bem alinhada e precisamos continuar proporcionando oportunidades. Temos muito a realizar e esse evento de hoje é um start inicial”, enfatizou o presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken.

Atualmente existem poucos ecossistemas de inovação voltados para o agronegócio no Brasil, sendo dois no Paraná: Cascavel e Londrina. E agora mais um na região oeste do Paraná, em Toledo – o Habitat Senai Agro. O oeste paranaense corresponde a 10% do território do estado e representa aproximadamente 30% de toda a produção do agronegócio. Além disso, possui a 2ª maior bacia leiteira do Paraná, sendo responsável pela produção de 66% dos suínos, 80% do peixe, 25% do milho, 18% da soja e 71% do frango de todo Paraná, maior Valor Bruto Agropecuário (VBP). A região ainda possui o Polo de Inovação Agropecuária – Reconhecido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – cuja governança regional a Fiep e o Senai tem representação.

“É um espaço diferenciado, desenvolvido para promover criatividade e inovação, oxigenando o ambiente empresarial. E mais importante que o espaço de interação, são todos os serviços que nós provemos a todas as indústrias que queiram estar aqui com a gente como desenvolvimento de novas ideias, conexão com startups, toda a parte de captação de fomento de recursos públicos para desenvolvimento de inovação. Aqui dentro tudo vai acontecer de maneira orgânica e adaptável conforme a realidade da empresa. Temos desde um diagnóstico até quais são as oportunidades de transformação digital, desenvolvimento de pesquisa ou uma consultoria para aumentar produtividade. Temos uma unidade em Curitiba, que está em atividade há quase dois anos, e agora, com a abertura do Habitat Senai Agro em Toledo, estaremos ainda mais conectados ao mundo do agronegócio”, detalha Fabrício Luz Lopes, gerente executivo de Tecnologia, Inovação e Responsabilidade Social do Sistema Fiep.

Toledo em crescimento constante

“Esse projeto é uma excelente parceria, pois precisamos olhar para a tecnologia e inovação. Nós temos cursos na área, plataformas personalizadas e diversos outros serviços. Essa é uma longa caminhada, proporcionando fortalecimento de duas casas muito fortes como o Senai e o Sesi. É um trabalho de colaboração e para que possa dar certo, é fundamental ter interação. Estamos inaugurando esse espaço, pois aqui em Toledo já existe um ecossistema de inovação extremamente fortalecido. Tudo isso foi pensado, com base em um movimento que já vem da região, que já olhava para as oportunidades existentes”, enfatiza Fabiane Franciscone, superintendente Sesi, IEL e diretora regional do Senai Paraná na Fiep.

De acordo com a prefeitura de Toledo, a cidade é a maior produtora de alimentos do Paraná, pelo 9º ano consecutivo. Ainda conforme dados da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab), o Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) do município referente à safra 2020/2021 foi de R$ 4,3 bilhões, crescimento absoluto de R$ 8,7 milhões e relativo de 24,97% em relação ao ano anterior.

O VBP representa a soma do faturamento das propriedades rurais instaladas no território toledano e novamente os principais responsáveis pelo município seguir com o título de “Capital Paranaense do Agronegócio” são a suinocultura e da avicultura para corte e produção de ovos), com movimentação, respectivamente, de R$ 1,2 bilhões (29,62% do total do VBP do município) e R$ 1 bilhão (23,15%).

Fonte: Assessoria

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Santa Catarina registra avanço simultâneo nas importações e exportações de milho em 2025

Volume importado sobe 31,5% e embarques aumentam 243%, refletindo demanda das cadeias produtivas e oportunidades geradas pela proximidade dos portos.

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Foto: Cláudio Neves

As importações de milho seguem em ritmo acelerado em Santa Catarina ao longo de 2025. De janeiro a outubro, o estado comprou mais de 349,1 mil toneladas, volume 31,5% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo dados do Boletim Agropecuário de Santa Catarina, elaborado pela Epagri/Cepa com base no Comex Stat/MDIC. Em termos de valor, o milho importado movimentou US$ 59,74 milhões, alta de 23,5% frente ao acumulado de 2024. Toda a origem é atribuída ao Paraguai, principal fornecedor externo do cereal para o mercado catarinense.

Foto: Claudio Neves

A tendência de expansão no abastecimento externo se intensificou no segundo semestre. Em outubro, Santa Catarina importou mais de 63 mil toneladas, mantendo a curva ascendente registrada desde julho, quando os volumes mensais passaram consistentemente da casa das 50 mil toneladas. A Epagri/Cepa aponta que esse movimento deve avançar até novembro, período em que a demanda das agroindústrias de aves, suínos e bovinos segue aquecida.

Os dados mensais ilustram essa escalada. De outubro de 2024 a outubro de 2025, as importações variaram de mínimas próximas a 3,4 mil toneladas (março/25) a máximas superiores a 63 mil toneladas (setembro/25). Nesse intervalo, meses como junho, julho e agosto concentraram forte entrada do cereal, acompanhados de receitas que oscilaram entre US$ 7,4 milhões e US$ 11,2 milhões.

Exportações crescem apesar do déficit interno
Em um cenário aparentemente contraditório, o estado, que possui déficit anual estimado em 6 milhões de toneladas de milho para suprir seu grande parque agroindustrial, também ampliou as exportações do grão em 2025.

Até outubro, Santa Catarina embarcou 130,1 mil toneladas, um salto de 243,9% em relação ao mesmo período de 2024. O valor exportado também chamou atenção: US$ 30,71 milhões, alta de 282,33% na comparação anual.

Foto: Claudio Neves

Segundo a Epagri/Cepa, essa movimentação ocorre majoritariamente em regiões produtoras próximas aos portos catarinenses, onde os preços de exportação tornam-se mais competitivos que os do mercado interno, especialmente quando o câmbio favorece vendas externas ou quando há descompasso logístico entre oferta e demanda regional.

Essa dinâmica reforça um traço estrutural conhecido do agro catarinense: ao mesmo tempo em que é um dos maiores consumidores de milho do país, devido ao peso das cadeias de proteína animal, Santa Catarina não alcança autossuficiência e depende do cereal de outras regiões e países para abastecimento. A exportação pontual ocorre quando há excedentes regionais temporários, oportunidades comerciais ou vantagens logísticas.

Perspectivas
Com a entrada gradual da nova safra 2025/26 no estado e no Centro-Oeste brasileiro, a tendência é que os volumes importados se acomodem a partir do fim do ano. No entanto, o comportamento do câmbio, os preços internacionais e o resultado final da produção catarinense seguirão determinando a necessidade de compras externas — e, por outro lado, a competitividade das exportações.

Para a Epagri/Cepa, o quadro de 2025 reforça tanto a importância do milho como insumo estratégico para as cadeias de proteína animal quanto a vulnerabilidade decorrente da dependência externa e interestadual do cereal. Santa Catarina continua sendo um estado que importa para abastecer seu agro e exporta quando a lógica de mercado permite, um equilíbrio dinâmico que movimenta portos, indústrias e produtores ao longo de todo o ano.

Fonte: O Presente Rural
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Brasil e Japão avançam em tratativas para ampliar comércio agro

Reunião entre Mapa e MAFF reforça pedido de auditoria japonesa para habilitar exportações de carne bovina e aprofunda cooperação técnica entre os países.

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Foto: Percio Campos/Mapa

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, realizou uma reunião bilateral com o vice-ministro internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Florestas (MAFF), Osamu Kubota, para fortalecer a agenda comercial entre os países e aprofundar o diálogo sobre temas da relação bilateral.

No encontro, a delegação brasileira apresentou as principais prioridades do Brasil, incluindo temas regulatórios e iniciativas de cooperação, e reiterou o pedido para o agendamento da auditoria japonesa necessária para a abertura do mercado para exportação de carne bovina brasileira. O Mapa também destacou avanços recentes no diálogo e reforçou os pontos considerados estratégicos para ampliar o fluxo comercial e aprimorar mecanismos de parceria.

Os representantes japoneses compartilharam seus interesses e expectativas, demonstrando disposição para intensificar o diálogo técnico e buscar convergência nas agendas de interesse mútuo.

Fonte: Assessoria Mapa
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Bioinsumos colocam agro brasileiro na liderança da transição sustentável

Soluções biológicas reposicionam o agronegócio como força estratégica na agenda climática global.

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Fotos: Koppert Brasil

A sustentabilidade como a conhecemos já não é suficiente. A nova fronteira da produção agrícola tem nome e propósito: agricultura sustentável, um modelo que revitaliza o solo, amplia a biodiversidade e aumenta a captura de carbono. Em destaque nas discussões da COP30, o tema reposiciona o agronegócio como parte da solução, consolidando-se como uma das estratégias mais promissoras para recuperação de agro-ecossistemas, captura de carbono e mitigação das mudanças climáticas.

Thiago Castro, Gerente de P&D da Koppert Brasil participa de painel na AgriZone, durante a COP30: “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida”

Atualmente, a agricultura e o uso da terra correspondem a 23% das emissões globais de gases do efeito, aproximadamente. Ao migrar para práticas sustentáveis, lavouras deixam de ser fontes de emissão e tornam-se sumidouros de carbono, “reservatórios” naturais que filtram o dióxido de carbono da atmosfera. “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida. E não tem como falar em vida no solo sem falar em controle biológico”, afirma o PhD em Entomologia com ênfase em Controle Biológico, Thiago Castro.

Segudo ele, ao introduzir um inimigo natural para combater uma praga, devolvemos ao ecossistema uma peça que faltava. “Isso fortalece a teia biológica, melhora a estrutura do solo, aumenta a disponibilidade de nutrientes e reduz a necessidade de intervenções agressivas. É a própria natureza trabalhando a nosso favor”, ressalta.

As soluções biológicas para a agricultura incluem produtos à base de micro e macroorganismos e extratos vegetais, sendo biodefensivos (para controle de pragas e doenças), bioativadores (que auxiliam na nutrição e saúde das plantas) e bioestimulantes (que melhoram a disponibilidade de nutrientes no solo).

Maior mercado mundial de bioinsumos

O Brasil é protagonista nesse campo: cerca de 61% dos produtores fazem uso regular de insumos biológicos agrícolas, uma taxa quatro vezes maior que a média global. Para a safra de 2025/26, o setor projeta um crescimento de 13% na adoção dessas tecnologias.

A vespa Trichogramma galloi e o fungo Beauveria bassiana (Cepa Esalq PL 63) são exemplos de macro e microrganismos amplamente utilizados nas culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão, para o controle de lagartas e mosca-branca, respectivamente. Esses agentes atuam nas pragas sem afetar polinizadores e organismos benéficos para o ecossistema.

Os impactos do manejo biológico são mensuráveis: maior porosidade do solo, retenção de água e nutrientes, menor erosão; menor dependência de fertilizantes e inseticidas sintéticos, diminuição na resistência de pragas; equilíbrio ecológico e estabilidade produtiva.

Entre as práticas sustentáveis que já fazem parte da rotina do agro brasileiro estão o uso de inoculantes e fungos benéficos, a rotação de culturas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o manejo biológico de pragas e doenças. Práticas que estimulam a vida no solo e o equilíbrio natural no campo. “Os produtores que adotam manejo biológico investem em seu maior ativo que é a terra”, salienta Castro, acrescentando: “O manejo biológico não é uma tendência, é uma necessidade do planeta, e a agricultura pode e deve ser o caminho para a regeneração ambiental, para esse equilíbrio que buscamos e precisamos”.

Fonte: Assessoria Koppert Brasil
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