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Guia de Indicadores da Pecuária Sustentável auxilia na gestão e melhoria continua da cadeia da carne

Aplicação de ferramenta como apoio na evolução da pecuária sustentável foi tema de evento promovido pelo GTPS

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O GTPS – Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável, entidade que integra representantes de todos os elos da cadeia de valor da pecuária bovina brasileira, desde o produtor rural até os varejistas e restaurantes, conduziu um debate na última quinta-feira (26) sobre a evolução da cadeia de valor e os benefícios da aplicação do Guia de Indicadores da Pecuária Sustentável (GIPS), como importante ferramenta de coleta e gerenciamento de dados em propriedade rurais.

Dividido em três painéis, o evento reuniu representantes de todas as categorias de associados: produtores, indústria, insumos e serviços, varejo, sociedade civil e instituições financeiras. O tema central das discussões norteou a aplicação do GIPS, um material compilado de indicadores, construído por diferentes segmentos para demonstrar adoção de boas práticas de manejo, processamento e comercialização de produtos da pecuária.

Os termos ‘sustentabilidade’ ou ‘produção sustentável’ ainda são pouco associados a ferramentas de gestão de produtividade, capacitação de mão-de-obra, adequação legal ou relacionamento com a comunidade local. No entanto, em grande parte dos casos, a falta de gestão desses itens é o que inviabiliza, ou seja, torna insustentável a produção rural. “E é neste sentido que a ferramenta do GIPS veio auxiliar, na coleta e interpretação de dados que darão um panorama da propriedade rural e na melhoria continua da pecuária brasileira”, destacou Ruy Fachini, presidente do GTPS.

O uso de indicadores como ferramenta de apoio à melhoria contínua de qualquer atividade é uma tendência que aumenta a cada ano. Com o uso mais frequente de tecnologias acessíveis ao produtor rural, tem se tornado cada vez mais fácil coletar e gerenciar dados da propriedade rural que permitirão uma melhor gestão e consequente evolução da agropecuária. Em um projeto financiado pela Fundação Moore, dentro de um escopo de trabalho do CFA (Collaboration for Forests and Agriculture) através do WWF US, o GTPS desenvolveu a plataforma do GIPS, onde é possível ter acesso a todo material e aplicação do questionário através de aparelhos eletrônicos como: smartphones, tablets ou PC.

Representando a comissão que desenvolveu o Guia, Breno Félix, Diretor Técnico Comercial da Agrotools, explica que a ferramenta permitirá disseminar os conceitos e práticas do GIPS, que podem servir até mesmo como ‘um livro de cabeceira do produtor rural’. “O Guia é resultado de anos de trabalho e esforço em conjunto de todos os elos da cadeia produtiva, por isso, reflete a maturidade de propor ações que são possíveis e atendem as necessidades de todos os setores”, reforça.

Uma das primeiras entidades a começar utilizar o Guia como ferramenta de gestão, foi o Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) do Mato Grosso do Sul, por meio do programa Mais Inovação, que tem objetivo de oferecer inovação tecnológica para pequenos e médios produtores de bovinocultura de Corte. A utilização do GIPS teve início na temporada 2017/18, onde 152 propriedades receberam a aplicação do questionário.

Mariana Urt, Coordenadora da Unidade Técnica do Sistema FAMASUL e responsável pelo projeto, conta que o GIPS foi um importante passo na busca por evolução das fazendas. “Aplicando a ferramenta percebemos que muitos produtores já estavam no caminho certo, mas não sabiam. Além disso, foi possível traçar um panorama de como estava cada propriedade rural e, a partir disso, os técnicos de campo terão base para aperfeiçoar as áreas que ainda precisam de melhorias”, diz.

Também no Mato Grosso do Sul, o GIPS é utilizado desde o ano passado, como mais uma ferramenta de avaliação e mensuração das fazendas participantes da Associação Novilho Precoce. Aplicando o questionário no critério de produção animal, juntamente com outros meios de avaliação próprios da entidade, os pecuaristas são classificados nas categorias de gestão, ambiental e sistema produtivo. Esses dados servem de base para orientar as demandas de cursos, treinamentos e orientações de associados.

“A ferramenta é uma ótima oportunidade de termos informações precisas sobre nossa produção. Agora em 2018 nossa meta é aplicar o questionário em 52 fazendas, que totalizam uma área de 140.000 hectares, sendo 27.000ha de reserva e 3.700ha de APP (Área de Preservação Permanente). Além de oferecer treinamento para 365 colaboradores em aproximadamente 70 cursos”, ressalta Nedson Pereira, Presidente da Associação dos Produtores de Novilho Precoce.

Como resultado da parceria GTPS e WWF/CFA, além do desenvolvimento da plataforma digital do GIPS e criação de material de apoio para consultas e orientações no preenchimento do Guia, o projeto também treinou mais de 300 técnicos para aplicação do questionário, em parceria com 15 instituições, em seis estados da federação. Ao todo já são mais de 332 preenchimentos do Guia na plataforma, sendo que atualmente sete projetos utilizam o GIPS parcial ou integralmente em suas atividades. Ainda nesse ano, o GTPS vai percorrer 60.000km, em 20 eventos regionais, alcançando mais de 3.000 técnicos e produtores e 150 fazendas durante o Rally da Pecuária 2018.

O Guia pode ser um parceiro não só para melhoria continua das propriedades rurais, mas também serve de parâmetro para instituições financeiras, indústrias e varejistas conseguirem mapear e ter garantias de rastreabilidade em seus produtos e serviços. “Como banco, precisamos que o GIPS seja aplicado, para que tenhamos um cenário da produção pecuária no Brasil e, de cada propriedade, para que consigamos oferecer linhas de crédito diferenciadas, por exemplo”, explica Cristiane Ana de Jesus, Assessora de Agronegócios na Gerência de Assessoramento Técnico do Banco do Brasil em São Paulo.

Na ponta final da cadeia, o GIPS “pode ser um aliado para esclarecermos o conceito de ‘sustentabilidade’, especialmente porque o consumidor nem sempre sabe o que significa ter uma carne sustentável e a importância da produção ambientalmente responsável”, lembrou Leonardo Lima, Diretor Corporativo de Desenvolvimento Sustentável da Arcos Dorados.

O evento aconteceu na McDonald's University (HU). Entre os convidados estavam: Marcelo Posonski, Gerente de Projetos de Sustentabilidade Proforest; Taciano Custodio, Gerente Executivo de Sustentabilidade da Minerva Foods e Caio Penido, do Grupo Roncador, que participaram uma mesa redonda sobre os desafios para a implementação em larga escala de indicadores de sustentabilidade na pecuária.

Fonte: Assessoria

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Preços do suíno vivo sobem na segunda quinzena, mas médias mensais têm comportamentos distintos

Nas primeiras semanas de março, a disponibilidade de animais acima da demanda pressionou os valores tanto do vivo como da proteína. Já na segunda parte do mês, com a oferta mais “ajustada” em relação à procura, os preços subiram um pouco.

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Foto: Julio Cavalheiro

Após caírem na primeira metade de março, os preços do suíno vivo e da carne suína avançam nesta segunda quinzena.

Ainda assim, segundo pesquisadores do Cepea, enquanto em algumas regiões o recente movimento de alta garante aumento na média de março frente à de fevereiro, em outras, a desvalorização mais intensa na primeira quinzena resulta em baixa na média mensal.

Nas primeiras semanas de março, a disponibilidade de animais acima da demanda pressionou os valores tanto do vivo como da proteína.

Já na segunda parte do mês, com a oferta mais “ajustada” em relação à procura, os preços subiram um pouco.

No entanto, nos últimos dias, compradores estiveram mais afastados das aquisições de novos lotes de animais. Segundo agentes consultados pela Equipe de Proteína Animal/Cepea, esse movimento está atrelado ao período da Quaresma, quando a demanda por carne de peixe cresce em detrimento da de carnes vermelhas.

Fonte: Assessoria Cepea
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Fraca demanda pressiona cotações do frango em março

Queda se deve principalmente à demanda enfraquecida pela carne e à consequente baixa liquidez observada ao longo do mês.

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Foto: Jonathan Campos

Os preços médios da maioria dos produtos de origem avícola estão encerrando março abaixo dos registrados em fevereiro.

Segundo pesquisadores do Cepea, a queda se deve principalmente à demanda enfraquecida pela carne e à consequente baixa liquidez observada ao longo do mês.

Já no mercado de pintainho de corte, a procura aquecida pelo animal tem impulsionado os valores.

De acordo com agentes consultados pelo Cepea, o movimento altista pode estar ligado ao interesse da indústria em aumentar o alojamento de frango, sobretudo para atender à demanda externa pela proteína brasileira – vale lembrar que as exportações de carne de frango estão em forte ritmo.

Fonte: Assessoria Cepea
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Em reunião com diretorias da Aiba e Abapa, presidente da Coelba anuncia intenções para solucionar déficit de energia elétrica no Oeste baiano

O déficit de energia elétrica é um problema constante e uma realidade que contribui para travar o progresso na região, e a união dos produtores e associações de classe, mostra o empenho do setor em se mobilizar e buscar soluções.

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Em atendimento às solicitações apresentadas por agricultores em reunião prévia ocorrida em (06) de fevereiro, quando esteve no Oeste da Bahia e ouviu as demandas de energia elétrica, o diretor presidente da Coelba Neoenergia, Thiago Freire Guth, retornou à região, e na última terça-feira (26), reuniu-se com as diretorias da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) e da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), na sede da Coelba em Barreiras.

Como ficou acordado, ainda no final de fevereiro, uma comitiva de consultores da Coelba realizou visitas técnicas a propriedades rurais do Oeste baiano para diagnosticar as principais carências energéticas da região, a partir do qual foram realizados estudos de viabilidade com emissão de parecer técnico.

Fotos: Divulgação/Aiba

Durante a reunião, o diretor presidente da Coelba, juntamente com os superintendentes, de Área Técnica, Tiago Martins, e de Expansão de Obras, Anapaula Nobre, fizeram a apresentação do novo plano de investimentos da Coelba para o Oeste da Bahia nos próximos quatro anos. “Temos demandas que não foram atendidas no decorrer dos anos, mas a atual gestão da Coelba vem sendo mais participativa aqui na região. Um momento importante para debater e atualizar os próximos passos da companhia, em termos de investimento, aqui no oeste baiano, e tenho certeza, que daqui para frente, com mais transparência e participação da Coelba. O que ouvimos hoje é que as coisas realmente vão começar a sair do papel para prática, e que as demandas da região e do agronegócio serão atendidas”, avalia o vice-presidente da Aiba, Moisés Schmidt.

O déficit de energia elétrica é um problema constante e uma realidade que contribui para travar o progresso na região, e a união dos produtores e associações de classe, mostra o empenho do setor em se mobilizar e buscar soluções. “É a segunda vez que o presidente da Coelba vem ao oeste, trazendo respostas e anunciando esses investimentos, e nós esperamos que isso venha atender ao produtor, tanto na quantidade necessária, e também na qualidade, que é fundamental”, complementa o presidente da Abapa, Luiz Carlos Bergamaschi.

O diretor presidente, Thiago Freire agradeceu a oportunidade e anunciou as intenções da companhia. “É uma região pujante, e do ponto de vista de desenvolvimento do agronegócio, existe uma necessidade energética urgente. A empresa está alocando os recursos necessários para, nos próximos quatro anos, aumentar cerca de 70% da capacidade de energia elétrica da região”, pontuou Guth que ainda falou de parcerias. “É um desafio também em fazer um trabalho conjunto e trazer novas linhas de transmissão e subestações da rede básica, fora do escopo da energia Coelba, uma questão mais de infraestrutura de alta tensão. Propomos fazer esse trabalho em parceria com associações locais, e ouvirmos a necessidade dos clientes e trabalhar juntos, para resolver os problemas que são comuns, tanto para associações e para o desenvolvimento da região, quanto para a própria energia”, complementou o diretor presidente, que ainda confirmou a divulgação de um cronograma da Coelba, sugerido pelos produtores rurais, para acompanhamento das ações e investimentos da companhia na região.

O segundo vice-presidente da Aiba, Seiji Mizote, os diretores, financeiro, Helio Hopp, executivo, Alan Malinski, o gerente de Infraestrutura, Luiz Stahlke participaram do momento, que também foi prestigiado pelos ex-presidentes e conselheiros, João Carlos Jacobsen, Júlio Busato, Celestino Zanela, os produtores rurais Luiz Pradella, Ildo Rambo, Elisa Zanela, e a vice-presidente da Abapa, Alessandra Zanotto. Representando a Coelba Neoenergia ainda estiveram presentes superintendentes, supervisores e engenheiros.

Fonte: Assessofria Aiba
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