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Guarapuava recebe Seminário de Agricultura de Precisão

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O Seminário de Agricultura de Precisão (AP), promovido pela Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), no Sindicato Rural de Guarapuava, na manhã desta sexta-feira, dia 10,  atraiu mais de 130 pessoas, entre produtores rurais, engenheiros agrônomos, técnicos e estudantes da área.
O evento abordou conceituação e contextualização da Agricultura de Precisão (AP); ferramentas envolvidas: GNSS, sensores, técnicas de amostragem, sistemas de informações geográfica, máquinas e equipamentos; gestão das lavouras e o desafio de entender e tirar proveito da sua variabilidade espacial e temporal; técnicas e perspectivas para o futuro.
O seminário foi coordenado pelo professor José Paulo Molin, do Departamento de Engenharia de Biossistemas – Área de Mecânica e Máquinas Agrícolas da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP). 
Molin explicou que o objetivo dos seminários (que estão sendo realizados em várias cidades do Estado) tem sido difundir os conceitos de AP. “A nossa grande preocupação é que quando começa a se massificar esta técnica, os conceitos básicos que regem a AP são esquecidos”. Para ele, quando se discute a AP, é preciso ressaltar que as lavouras não são uniformes. Existem manchas nas culturas e, em muitas delas, o produtor tem ingerências, conseguindo eliminá-las. “Uma das funções da agricultura de precisão é eliminá-las, mas desde que sejam manchas que o homem tenha poder sobre elas. Existe muita coisa que o homem não tem o poder de mexer. A Agricultura de Precisão é o meio que nos viabiliza explorar essas manchas”, ressalta o professor. 
Para Molin, o grande desafio quando se trata da Agricultura de Precisão é evoluir e enxergar outras técnicas na área de avaliação da lavoura. “Nós estamos estagnados naquela técnica clássica de amostragem de solo em grade e colocar mais onde precisa mais, e menos onde precisa menos. Mas se olhar para cultura e para as manchas que a cultura enxerga, elas são mais perenes. Portanto, é preciso aprender com a cultura e tratar esse comportamento diferenciado que ela manifesta todos os anos”. 
O participante do evento, engenheiro agrônomo Pellisson Kaminski, comentou que também é preciso que o operador seja capacitado, sendo essa uma demanda essencial para a evolução da AP. “O operador precisa estar apto para identificar ou diagnosticar problemas básicos, quando se trata dos equipamentos. Se ao menos o operador souber diagnosticar esse problema, relatando à revenda, fica muito mais fácil. E o Senar está dando uma visão interessante para isso, divulgando o básico, para que os operadores consigam diagnosticar problemas. Porque a tecnologia veio para melhorar tudo, mas algumas vezes existe a dificuldade de manipulá-la”. 
Outro participante, o produtor rural Bruno Reinhofer, que utiliza a AP em sua propriedade desde 2005, disse que, para ele, os benefícios dessa ferramenta é a melhor avaliação do talhão e na parte operacional. “Ela me proporciona mais dados, para que eu seja mais eficiente”. Reinhofer conta que, desde o princípio, tem o apoio técnico, tanto na parte administrativa, como na técnica, procurando sempre encontrar as falhas, fazendo as melhorias.  
Kaminski explica que,  na primeira fase da AP, para justificar a implantação da técnica, o produtor precisa saber se há variabilidade dentro da propriedade. “Se não houver essa variabilidade, não justifica o produtor utilizar AP. Então, quanto maior a propriedade, geralmente vai haver uma maior variabilidade, o que acaba justificando a adoção da AP nas grandes propriedades”. 
Após esse diagnóstico, o próximo passo para a implantação da Agricultura de Precisão é a coleta de dados. Quanto a essa coleta, Molin cita que os mapas de colheitas são essenciais. “Toda colheitadeira pode ser comprada com monitor de produtividade atualmente. Portanto, faça mapa de colheita, na safra de verão e inverno, para entender as manchas da lavoura. Há outras ferramentas que estão chegando, como imagens de satélite, de VANT (Veículos Aéreos Não Tripulados) e outras mais atuais, como condutividade elétrica do solo. São tecnologias que estão chegando, mas não estão sendo efetivamente usadas”.  
 

Fonte: Sindicato de Guarapuava

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Boi gordo enfrenta semanas de instabilidade e pressão nas cotações

Recuo de até R$ 13/@ reflete um mercado mais sensível antes do período de maior consumo.

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Foto: Ana Maio

A possibilidade de novas medidas protecionistas da China voltou a gerar incerteza no mercado pecuário brasileiro. O país asiático, principal destino da carne bovina do Brasil, estaria avaliando restringir a entrada do produto, mas não há qualquer confirmação oficial até o momento. Mesmo assim, os rumores foram suficientes para pressionar os contratos futuros do boi nas últimas semanas.

As especulações ganharam força no início de novembro, indicando que Pequim poderia retomar o movimento iniciado em 2024, quando alegou excesso de oferta interna para reduzir as importações. A decisão, que inicialmente seria tomada em agosto de 2025, foi adiada para novembro, ampliando a cautela dos agentes e intensificando a queda na curva futura: em duas semanas, os contratos recuaram entre R$ 10 e R$ 13 por arroba.

Foto: Gisele Rosso

Com a China respondendo por cerca de 50% das exportações brasileiras de carne bovina, qualquer redução nos embarques tende a impactar diretamente os preços do boi gordo, especialmente em um momento de forte ritmo de produção.

Apesar da tensão, o cenário de curto prazo permanece positivo. A demanda doméstica, reforçada pela sazonalidade do fim de ano, e o recente alívio nas barreiras impostas pelos Estados Unidos ajudam a sustentar as cotações. Caso os abates não avancem mais de 10% em novembro e dezembro, a disponibilidade interna deve ficar abaixo da registrada em outubro, movimento que favorece a recuperação dos preços da carne nos próximos 30 dias.

Para 2026, as projeções seguem otimistas para a pecuária brasileira. A expectativa é de menor oferta de animais terminados, custos de produção mais competitivos e demanda externa firme, em um contexto de queda da produção e das exportações de concorrentes, especialmente dos Estados Unidos. A principal atenção fica por conta do preço da reposição, que subiu de forma expressiva e exige valores mais ajustados na venda do boi gordo para assegurar a rentabilidade na terminação.

Fonte: O Presente Rural com informações Consultoria Agro Itaú BBA Agro
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Novo ciclo do projeto Mais Leite Saudável busca impulsionar produção de leite no Noroeste de Minas Gerais

Assistência técnica, pesquisa aplicada e melhorias genéticas a 150 propriedades familiares, com foco em produtividade, sustentabilidade e fortalecimento da cadeia leiteira no Noroeste mineiro até 2028.

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Foto: Carlos Eduardo Santos

O fortalecimento e a ampliação da produção de leite de produtores de Paracatu (MG), de forma sustentável, eficiente e de qualidade, ganharam impulso com o início do novo ciclo do projeto Mais Leite Saudável, desenvolvido em parceria entre a Embrapa Cerrados e a Cooperativa Agropecuária do Vale do Paracatu (Coopervap).

O projeto é desenvolvido no âmbito do Programa Mais Leite Saudável (PMLS) do MAPA desde 2020. O Programa Mais Leite Saudável é um incentivo fiscal que permite a laticínios e cooperativas obter até 50% de desconto (crédito presumido) no valor de PIS/Pasep e COFINS relativo à comercialização do leite cru utilizado como insumo, desde que desenvolvam projetos que fortaleçam e qualifiquem a cadeia produtiva por meio de ações diretas junto aos produtores.

O treinamento dos técnicos recém-selecionados foi realizado no fim de outubro, e as primeiras visitas às propriedades ocorreram no início de novembro. Essa é a terceira fase do projeto, que conta com o acompanhamento do pesquisador José Humberto Xavier e do analista de Transferência de Tecnologia da Embrapa Cerrados, Carlos Eduardo Santos.

O projeto articula as dimensões de assistência técnica e pesquisa e atuará nessa etapa com uma rede de 150 propriedades rurais familiares, que receberão acompanhamento de três veterinários e dois agrônomos, seguindo o modelo implantado em 2020. A equipe da Embrapa atua na capacitação técnica e metodológica dos técnicos e na condução de testes de validação participativa de tecnologias promissoras junto aos agricultores da rede.

A nova etapa, prevista para ser concluída em 2028, busca desenvolver alternativas para novos sistemas de cultivo com foco na agricultura de conservação, oferecer apoio técnico ao melhoramento genético dos animais de reposição com o uso de inseminação artificial e ampliar o alcance dos resultados já obtidos, beneficiando mais agricultores familiares e contribuindo para o desenvolvimento regional.

Segundo o pesquisador da Embrapa Cerrados, José Humberto Xavier, os sistemas de cultivo desenvolvidos até agora melhoraram o desempenho das lavouras destinadas à alimentação do rebanho, mas ainda são necessários ajustes para reduzir a perda de qualidade do solo causada pelo preparo convencional e pela elevada extração de nutrientes advinda da colheita da silagem, além de evitar problemas de compactação quando o solo está úmido. Ele destaca também os desafios de aumentar a produtividade e reduzir a penosidade do trabalho com mecanização adequada.

O analista Carlos Eduardo Santos ressaltou a importância de melhorar o padrão genético do rebanho. “A reposição das matrizes é, tradicionalmente, feita pela compra de animais de outros rebanhos. Isso gera riscos produtivos e sanitários, além de custos elevados. Por isso, a Coopervap pretende implementar um programa próprio de reposição, formulado com base nas experiências dos técnicos e produtores ao longo da parceria”, afirmou.

Fonte: Assessoria Embrapa Cerrados
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Curso gratuito da Embrapa ensina manejo correto de resíduos na pecuária leiteira

Capacitação on-line orienta produtores a adequar propriedades à legislação ambiental e transformar dejetos em insumo seguro e sustentável.

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Foto: Julio Palhares

Como fazer corretamente o manejo dos dejetos da propriedade leiteira e adequá-la à legislação e à segurança dos humanos, animais e meio ambiente? Agora, técnicos e produtores têm à disposição um curso on-line, disponível pela plataforma de capacitações a distância da Embrapa, o E-Campo, para aprender como realizar essa gestão. A capacitação “Manejo de resíduos na propriedade leiteira” é gratuita e deve ocupar uma carga horária de aproximadamente 24 horas do participante.

O treinamento fecha o ciclo de uma série de outros cursos relacionados ao manejo ambiental da atividade leiteira: conceitos básicos em manejo ambiental da propriedade leiteira e manejo hídrico da propriedade leiteira, também disponíveis na plataforma E-Campo.

De acordo com o pesquisador responsável, Julio Palhares, identificou-se uma carência de conhecimento sobre como manejar os resíduos da atividade leiteira para adequar a propriedade frente às determinações das agências ambientais. “O correto manejo é importante para dar qualidade de vida aos que vivem na propriedade e no seu entorno, bem como para garantir a qualidade ambiental da atividade e o uso dos resíduos como fertilizante”, explica Palhares.

A promoção do curso ainda contribui para os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU), como as metas 2 e 12. A 2 refere-se à promoção da agricultura sustentável de produção de alimentos e prevê práticas agropecuárias resilientes, manutenção dos ecossistemas, fortalecimento da capacidade de adaptação às mudanças climáticas, etc. O ODS 12 diz respeito ao consumo e produção responsáveis, principalmente no que diz respeito à gestão sustentável.

O treinamento tem oferta contínua, ou seja, o inscrito terá acesso por tempo indeterminado.

Fonte: Assessoria Embrapa Pecuária Sudeste
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