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GTF atinge 99,7% de energia renovável em 2024 e amplia práticas sustentáveis
Empresa também destinou 89% dos resíduos orgânicos à circularidade, reduziu consumo de água e aumentou em cinco vezes seu EBITDA.

A GTF, uma das seis maiores indústrias de frango do Brasil, divulgou seu Relatório Anual de Sustentabilidade de 2024, evidenciando importantes conquistas e avanços em suas práticas ESG (ambientais, sociais e de governança). O ano foi marcado por crescimento financeiro e iniciativas consistentes em eficiência energética, gestão de resíduos e uso responsável da água.
Em 2024, 99,75% da energia consumida pela companhia teve origem em fontes renováveis, como hidrelétricas, solares, eólicas, reflorestamento e biogás produzido em biodigestores próprios. A empresa também expandiu projetos de energia fotovoltaica em granjas e investiu na recuperação de energia térmica em caldeiras, reduzindo a dependência de combustíveis fósseis.
Outro destaque foi a gestão de resíduos com foco em circularidade, que manteve uma taxa de 89,4% dos resíduos orgânicos destinados a compostagem e biodigestão. Entre os resultados, estão o reaproveitamento de 22.283 toneladas de cama aviária como fertilizante e a destinação adequada de mais de 4 mil toneladas de lodo para biodigestão. Além disso, a GTF compensou 514,86 toneladas de embalagens, o equivalente a 30% do total colocado no mercado, por meio de logística reversa, apoiando projetos sociais e cooperativas de reciclagem.
No uso consciente da água, a unidade de Terra Boa (PR) registrou uma redução de 27% no consumo hídrico no processo de lavagem das esteiras de gaiolas, após melhorias desenvolvidas por colaboradores do programa Grupos que Transformam Oportunidades em Resultados (GTOR). A iniciativa também trouxe ganhos de segurança operacional e será avaliada para replicação em outras unidades.
Em relação às emissões, embora o aumento das operações tenha ampliado os números totais, a companhia obteve uma redução de 48% nas emissões do escopo 3 (cadeia de valor) e queda de 16% nas emissões móveis, reflexo de melhorias operacionais e maior eficiência da frota.
A solidez da estratégia de sustentabilidade se refletiu também no desempenho econômico. O EBITDA aumentou cinco vezes em 2024 em relação a 2023, representando quase 20% da receita líquida, enquanto o lucro líquido atingiu R$ 425,3 milhões, confirmando a capacidade da GTF de crescer de forma responsável, alinhada ao seu compromisso ESG.
“O compromisso com a sustentabilidade é um dos nossos principais objetivos. A cada ano que passa, nosso orgulho aumenta ao ver que os resultados comprovam a seriedade das nossas ações. Avançamos em energia limpa, gestão de resíduos e eficiência no uso da água, mostrando que é possível crescer de forma responsável e gerar impacto positivo para as pessoas e o meio ambiente”, ressaltou Rafael Tortola, CEO da GTF.
Reconhecimento da GTF em sustentabilidade
Neste ano, a GTF foi reconhecida nacionalmente por suas práticas ESG e pelo alinhamento à Agenda 2030 da ONU. Pelo segundo ano consecutivo, a companhia conquistou o Selo Ouro ODS, nível máximo de certificação concedido pelo Instituto ODS e pela BFUCA Unesco, que reconhece organizações alinhadas aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
A empresa também participa pela primeira vez do Prêmio SESI ODS, com dois projetos inscritos, um social e outro ambiental. O evento premia iniciativas de impacto em sustentabilidade no Paraná.
Além disso, pelo quarto ano consecutivo, a GTF foi contemplada com o Selo Clima Paraná, reconhecimento oficial do Governo do Estado pelas ações de monitoramento e mitigação de emissões de gases de efeito estufa, reforçando seu compromisso no combate às mudanças climáticas.

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Farelo de soja avança em novembro e pressiona oferta interna
Enquanto o óleo emplaca o quarto mês de recuo e exportações aquecidas reduzem a disponibilidade doméstica.

Após um outubro de relativa estabilidade, o mercado global de derivados de soja mudou de direção na primeira quinzena de novembro. De acordo com dados do Itaú BBA Agro, o farelo registrou forte valorização na Bolsa de Chicago (CBOT), enquanto o óleo seguiu em queda, refletindo cenários de oferta e demanda distintos nos Estados Unidos e no Brasil.
O farelo subiu 14% na CBOT, alcançando US$ 321 por tonelada, impulsionado por paradas técnicas em plantas de esmagamento nos EUA, margens pressionadas pela valorização do grão e preocupação com menor disponibilidade do produto no curto prazo. A reação internacional puxou o mercado doméstico: em Rondonópolis (MT), o farelo avançou 10,8%, para R$ 1.587 por tonelada na primeira metade de novembro.

Foto: Divulgação/Arquivo OPR
Enquanto isso, o óleo de soja manteve movimento contrário. Na CBOT, caminha para o quarto mês consecutivo de desvalorização, acumulando queda de 1,8% nos primeiros quinze dias de novembro e sendo negociado a 49,3 centavos de dólar por libra-peso. No mercado interno, o recuo também prevaleceu: no Mato Grosso, o produto caiu cerca de 1%, para R$ 6.586 por tonelada .
A forte reação do farelo no mercado internacional elevou novamente a paridade de exportação no Brasil. Até outubro, os embarques somaram 20,2 milhões de toneladas, um crescimento de 3,9% frente ao mesmo período de 2024. Para novembro, o line-up indica possível envio de 2,4 milhões de toneladas, volume que pode se tornar o maior do segundo semestre.
Esse ritmo de exportações mantém o mercado aquecido e tende a reduzir a oferta interna, contribuindo para melhorar as margens das indústrias de esmagamento em um momento de maior demanda externa pelo farelo brasileiro.
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Adidos agrícolas e setor produtivo do Mato Grosso discutem expansão de mercados
Rodada técnica aproximou produtores de especialistas que atuam no exterior e destacou oportunidades para ampliar as exportações do agro.

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) reuniu, na segunda-feira (24), os adidos agrícolas brasileiros e representantes do agronegócio de Mato Grosso em uma rodada técnica de conversas voltadas à ampliação de mercados internacionais. O encontro buscou aproximar produtores, cooperativas e indústrias dos profissionais que atuam no exterior monitorando tendências de consumo, exigências sanitárias e oportunidades comerciais.
A agenda ocorreu paralelamente à inauguração do escritório da ApexBrasil em Cuiabá e reuniu 40 adidos em atividade, além dos 14 que assumem funções no início de 2026. Organizados em mesas temáticas, eles compartilharam análises sobre comportamento de mercados, barreiras tarifárias e negociações internacionais em andamento.
Empresas e cooperativas do estado participaram para obter orientações personalizadas e identificar nichos de exportação com maior potencial de crescimento. Cada reunião teve duração de 15 minutos, em formato rotativo, o que permitiu ampliar o número de atendimentos e aprofundar o nível técnico das conversas.
Para o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, a iniciativa encurta a distância entre o setor produtivo e o mercado externo ao aproximar as duas pontas da cadeia exportadora. Ele destacou a relevância de Mato Grosso, líder nacional na produção de grãos, fibras e proteínas, para a expansão das vendas do agro brasileiro.
O secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Luis Rua, enfatizou que o diálogo direto ajuda os adidos a compreender as necessidades dos exportadores e a calibrar estratégias de promoção comercial nos países onde atuam.
A rodada técnica reforça o trabalho conjunto entre Mapa e ApexBrasil na qualificação de empresas para o comércio exterior. Hoje, o Brasil conta com 40 adidos agrícolas distribuídos em 38 postos diplomáticos estratégicos, incluindo China, Estados Unidos, União Europeia, Japão e países do Oriente Médio e Sudeste Asiático, regiões que concentram parte relevante do consumo global de alimentos.
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Agro dá salto de 32,8% e sustenta alta das exportações em novembro
Apenas neste mês, corrente de comércio avançou 6,5% e agropecuária lidera alta nas exportações, enquanto a indústria de transformação puxa aumento das importações.

Na terceira semana de novembro, a balança comercial registrou superávit de US$ 1,8 bilhão e corrente de comércio de US$ 12,1 bilhões, resultado de exportações no valor de US$ 7 bilhões e importações de US$ 5,1 bilhões. No mês, as exportações somam US$ 21,2 bilhões e as importações, US$ 17,2 bilhões, com saldo positivo de US$ 4,1 bilhões e corrente de comércio de US$ 38,4 bilhões.
No ano, as exportações totalizam US$ 311 bilhões e as importações, US$ 254,5 bilhões, com saldo positivo de US$ 56,5 bilhões e corrente de comércio de US$ 565,5 bilhões. Esses e outros resultados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex/MDIC).

No comparativo mensal das exportações, comparadas as médias até a terceira semana de novembro (US$ 1,5 bilhões) com a do mesmo mês no ano passado (US$ 1,5 bilhões), houve crescimento de 3,5%. Em relação às importações houve crescimento de 10,4% na comparação entre as médias até a terceira semana de novembro (US$ 1,2 bilhões) com a do mês de novembro de 2024 (US$ 1,1 bilhões).
Assim, até aterceira semana de novembro, a média diária da corrente de comércio totalizou US$ 2,7 bilhões e o saldo, também por média diária, foi de US$ 290,75 milhões. Comparando-se este período com a média de novembro de 2024, houve crescimento de 6,5% na corrente de comércio.
Exportações e importações por setor
No acumulado até a terceira semana do mês de novembro, comparando com igual mês do ano anterior, o desempenho dos setores

Foto: Divulgação/TCP
exportadores pela média diária foi o seguinte: crescimento de US$ 77,41 milhões (32,8%) em Agropecuária e de US$ 31,21 milhões (3,8%) em produtos da Indústria de Transformação; houve queda de US$ 57,38 milhões (14,4%) em Indústria Extrativa.
No acumulado até a terceira semana do mês de novembro, comparando com igual mês do ano anterior, o desempenho dos setores importadores pela média diária foi o seguinte: crescimento de US$ 117,85 milhões (11,6%) em produtos da Indústria de Transformação; houve queda de US$ 0,74 milhões (3,3%) em Agropecuária e de US$ 1,76 milhões (2,8%) em Indústria Extrativa.



