Notícias Pecuária de corte
Grupo de trabalho busca soluções para rastreabilidade da carne bovina em Mato Grosso
Grupo de Trabalho terá um prazo de 12 meses, podendo ser prorrogado por mais 12 meses. Além de buscar soluções para implantar um sistema de rastreabilidade, o GT também deverá estabelecer estratégias de comunicação e sensibilização dos agentes integrantes do setor pecuário e com consumidores e importadores.

O Instituto Mato-Grossense da Carne (Imac), juntamente com representantes do setor produtivo, governo estadual e Ministério Público Federal (MPF), instituiu um Grupo de Trabalho (GT) sobre a Rastreabilidade de Bovinos em Mato Grosso. O principal objetivo é propor soluções e estratégias para implantação de um sistema de rastreabilidade para a cadeia produtiva da carne bovina.
Vão integrar o GT, neste primeiro momento, um representante da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), um representante da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), um representante da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), um representante do MPF em Mato Grosso e um representante da Estratégia Produzir, Conservar, Incluir (PCI). O Imac terá dois representantes, sendo um responsável pela coordenação e outro pelo secretariado do GT.
Para o presidente do Imac, Caio Penido, o Grupo de Trabalho foi uma oportunidade encontrada para integrar diferentes agentes da cadeia produtiva em busca de uma solução que seja viável a todos. “Vamos encontrar as soluções necessárias para implantar e regulamentar a rastreabilidade da Carne de Mato Grosso, oferecendo aos elos da cadeia produtiva e aos consumidores segurança e transparência sobre a movimentação de bovinos dentro do nosso território desde o nascimento até o abate”.
O secretário de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, acredita que o GT poderá agregar ainda mais valor à cadeia produtiva da carne. “Mato Grosso já é reconhecido internacionalmente pela qualidade da carne bovina que produz de forma sustentável. O novo sistema de rastreamento que o GT pretende implementar irá elevar o nível de segurança alimentar da commodity, o que vai agregar valor diante dos países exportadores e atrairá novos mercados”.

Presidente da Acrimat, Oswaldo Pereira Ribeiro Júnior
Para o presidente da Acrimat, Oswaldo Pereira Ribeiro Júnior, a participação da associação neste grupo de trabalho é fundamental, pois será a oportunidade de a classe pecuarista contribuir com a discussão de modo a fortalecer o produtor e a atividade da pecuária de corte no Estado.
“Esse tema rastreabilidade já anda batendo a nossa porta há algum tempo e, com certeza, devemos ser protagonistas em sua discussão. É necessária a união de todos dessa cadeia produtiva, com o objetivo de encontrarmos as melhores soluções para o problema, sem que haja quebra ou perda dos direitos do produtor. O nosso objetivo é de procurar dar o máximo de segurança para o produtor. Espero também que seja um projeto que traga para dentro aqueles que, por um motivo ou outro, estão impossibilitados de comercializar seus animais”, afirmou.
O Grupo de Trabalho terá um prazo de 12 meses, podendo ser prorrogado por mais 12 meses. Além de buscar soluções para implantar um sistema de rastreabilidade, o GT também deverá estabelecer estratégias de comunicação e sensibilização dos agentes integrantes do setor pecuário e com consumidores e importadores.
“Nosso objetivo é organizar debates com diferentes setores do agronegócio sobre o tema para que experiências e tecnologias possam ser apresentadas em busca de uma proposta que traga segurança para produtores, indústrias e consumidores de todo o mundo. Atualmente, conforme informações do MPF, cerca de 85% dos animais abatidos no Estado são verificados e vamos chegar a 100%”, afirma Caio Penido.
O GT foi aprovado pelo Conselho Deliberativo do Imac na última sexta-feira (18) e a primeira reunião do Grupo está prevista para acontecer em março.

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IDR-Paraná homologa PSS com 173 aprovados para reforçar a extensão rural no Estado
Contratos temporários terão remuneração entre R$ 4,4 mil e R$ 9,4 mil, garantindo presença de extensionistas em todos os municípios.

O Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná) divulgou na sexta-feira (5) o resultado final do Processo Seletivo Simplificado n° 001/2025 para a contratação temporária de 173 profissionais para as funções de graduação com doutorado, graduação superior e função de médio especializado. A relação com os nomes dos aprovados pode ser conferida no site do IDR-Paraná.
Os contratos terão duração inicial de 12 meses, com possibilidade de prorrogação por mais um ano. A remuneração varia de R$ 4.434,31 a R$ 9.466,72.

Foto: Gilson Abreu
O secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Marcio Nunes, destaca a importância da contratação desses quadros para ampliar a presença da extensão rural em todo o Estado. “Com a contratação, via PSS, de 173 profissionais para o IDR-Paraná, garantimos que nenhum município do Paraná ficará sem um extensionista. Eles estarão lá para dar apoio e ajudar todo o nosso pessoal, dentro da visão de Sistema Estadual da Agricultura (Seagri)”, afirma.
“Esses profissionais vão fortalecer a equipe e atuar como ponto de apoio. Estamos em um processo de construção e de fortalecimento, garantindo equipes mais preparadas e presentes em todo o Estado”, complementa.
O diretor-presidente do IDR-Paraná, Natalino Avance de Souza, ressalta que o PSS permite à instituição repor vagas importantes para o dia a dia da extensão rural e da pesquisa no Paraná, além de reforçar a pesquisa. “Essa iniciativa é importante porque garante mais força de trabalho ao IDR-Paraná, permite que a instituição cumpra seus deveres no processo de orientação dos agricultores, assim como reforça a estrutura para a execução das políticas de governo, em especial o programa Estrada Boa. O PSS vem suprir uma lacuna exatamente no momento em que a instituição aguarda o desenvolvimento de um concurso público”, conclui.
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Alta do milho ganha força e pressiona compradores
Indicador volta ao nível de maio/25 em meio à combinação de baixa oferta no spot, clima irregular e busca por recomposição de estoques.

Os preços do milho seguiram em alta no mercado interno na última semana, com o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) se aproximando dos R$ 70/saca de 60 kg, patamar nominal verificado pela última vez em maio/25.
Segundo levantamento do Cepea, o impulso veio sobretudo do maior interesse de compradores somado à retração de vendedores. Produtores estão focados na semeadura e atentos ao desenvolvimento da safra.
Em algumas regiões, conforme o Centro de Pesquisas, agricultores estão preocupados com o clima quente e, em outras, com os impactos das chuvas de meados de novembro.
Nesse contexto, agentes limitam os lotes disponibilizados no spot, à espera de novas valorizações. Do lado da demanda, pesquisadores do Cepea explicam que compradores buscam recompor os estoques para o final do ano e início do próximo, mas esbarram nos maiores preços pedidos por vendedores.
Alguns compradores seguem afastados do spot, à espera de queda nas cotações, fundamentados na aproximação da colheita da safra verão, que deve levar produtores a liberar armazéns e/ou fazer caixa, no maior excedente interno e nas exportações em ritmo abaixo do esperado.
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Déficit hídrico e disputa por preços travam o mercado da soja
Produtores seguram lotes e apostas de queda nas cotações reduzem a movimentação no início de dezembro.

Levantamento do Cepea mostra que as negociações envolvendo soja e derivados estão em ritmo lento neste começo de dezembro, limitadas pela disparidade entre os preços ofertados por compradores e os pedidos por vendedores.
Segundo o Centro de Pesquisas, enquanto boa parte dos consumidores está abastecida e à espera de queda nas cotações, muitos produtores se mostram capitalizados e pouco dispostos a ofertar novos lotes no spot.
Esses sojicultores estão focados nas atividades de campo e preocupados com possíveis perdas de produtividade, especialmente em regiões que enfrentam déficit hídrico.
Inclusive, colaboradores consultados pelo Cepea acreditam ser pouco provável que a safra 2025/26 alcance as 177 milhões de toneladas previstas pela Conab.



