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Greve dos caminhoneiros: Frimesa paralisa indústrias e deve dispensar seis mil funcionários
A greve dos caminhoneiros completa hoje (25) uma semana sem nenhum sinal de entendimento entre o governo federal e a classe, que quer redução nos preços dos pedágios, redução no preço do óleo diesel e um valor fixo do frete por quilômetro rodado. A cada novo dia que passa sem encontrar uma solução para o impasse, novos impactos e prejuízos aparecem para as indústrias, empresas e aos consumidores. Em Marechal Cândido Rondon, depois dos postos, que chegaram a ficar sem combustível ontem (24), após o frenesi da corrida às bombas, agora é a vez dos supermercados, que já registram falta de alguns produtos (leia ao lado). A Frimesa, maior produtora de suínos do Paraná e segunda maior na produção de lácteos, deve desativar temporariamente suas linhas de produção, deixando cerca de seis mil trabalhadores de braços cruzados.
Uma das maiores preocupações das lideranças do agronegócio é com o setor de lácteos. A Central Frimesa, que reúne outras cinco cooperativas – Copagril, C. Vale, Lar, Copacol e Primato -, desde ontem já não recebe mais leite e suínos em suas cinco unidades industriais, causando prejuízos que a direção da cooperativa central diz ser incalculáveis no momento.
O diretor-executivo da Frimesa, Elias José Zydek, explica que por dia 800 mil litros de leite e 6,5 mil suínos deixam de ser recebidos e industrializados. Somente a cadeia leiteira, segundo ele, deverá trazer um prejuízo para 4,7 mil famílias de pequenos produtores, que terão que descartar o produto a cada dia que o recolhimento está suspenso. Não temos mais capacidade de armazenamento dos produtos já acabados e não temos como distribuir esses produtos para os revendedores. Estamos lotados de produtos nos silos, nas linhas de produção e nos caminhões. Não tem como receber a matéria-prima. Isso só traria mais problemas, inclusive ambientais, pois não temos onde estocar, destaca.
Vamos encerrar amanhã (hoje, 25) as atividades nas quatro indústrias de lácteos – Marechal Cândido Rondon, Matelândia, Capanema e Aurora (SC) -, pois não temos mais espaço para estocar, pontua. Desde ontem, às 20 horas, explica Zydek, o abate de suínos também foi paralisado. A unidade de abate de suínos – em Medianeira – funciona somente mais amanhã (hoje), com o estoque que temos. Na quinta-feira (26) ela também deve ser temporariamente desativada, diz o dirigente. Ontem a Frimesa emitiu notas oficiais lamentando o ocorrido.
Zydek explica que o impacto direto é não somente par a empresa, mas para os milhares de produtores integrados. A gente sente muito o impacto para o produtor. Para o produtor de leite, que tem um, no máximo dois dias para estocar o produto na propriedade, a situação é ainda mais crítica, revela, destacando que há grande possibilidade de os produtores terem que descartar todos os 800 mil litros de leite produzidos diariamente.
PRODUTO ESTRAGANDO
O diretor-executivo da Frimesa lamenta a greve e diz que há muita demora na resolução do problema. Essa situação não é nossa. Estamos de mãos amarradas e, pior, não vemos ninguém, de governo algum, buscando uma solução, diz. O setor produtivo está impedido de produzir, está tendo muitas perdas, incalculáveis, reforça.
As perdas da cooperativa central já são nítidas e começam a se acumular. Temos quatro carretas de leite a granel presas em bloqueios, que totalizam 112 mil litros de leite, tudo estragado. Isso é só um dos exemplos, revela Zydek. Temos carretas com iogurte presas em bloqueios em Guarapuava. Esse produto também pode ser comprometido. Tudo que está na estrada vai deteriorar, amplia. Somente a Frimesa tem 600 carretas à disposição para transportar seus produtos para os 26 Estados do país, mais o Distrito Federal.
Para Zydek, a Frimesa sofre ainda com o curto tempo de validade de seus produtos, que, caso a greve se estenda, podem começar a vencer antes mesmo de deixar as fábricas. Trabalhamos com o leite e seus derivados, que são produtos muito perecíveis, com validade entre 15 e 30 dias, em média. É um período muito curto e eles podem acabar estragando, o que traria ainda mais prejuízos, avalia.
Entre os principais fornecedores para a Frimesa estão os produtores rurais ligados à Copagril, com sede em Marechal Rondon. Somente os integrados dessa cooperativa fornecem 2,2 mil suínos e 210 mil litros de leite por dia à Central Frimesa. Além das cinco indústrias – quatro de lácteos e uma de suínos -, a Frimesa vai encerrar temporariamente as atividades em duas unidades de recebimento, uma em São João e outra em Mundo Novo (MS).
Fonte: O Presente Rural
Notícias Avicultura
Globoaves: 39 anos de inovação e sustentabilidade
No cenário da avicultura, a Globoaves se destaca não apenas pelo seu tamanho e capacidade produtiva, mas também pela sua forte atuação em sanidade, genética e biotecnologia
A Globoaves completa na data de 27 de março a marca de 39 anos. No setor avícola, destaca-se como uma das principais produtoras e exportadoras de ovos férteis e pintos de um dia da América Latina. Com pilares fundamentais na inovação e sustentabilidade, busca constantemente formas de aprimorar os processos produtivos de maneira ambientalmente responsável e eficiente.
No cenário da avicultura, a Globoaves se destaca não apenas pelo seu tamanho e capacidade produtiva, mas também pela sua forte atuação em sanidade, genética e biotecnologia. Esses elementos são essenciais não só para garantir a qualidade dos produtos que oferece, mas também para contribuir com a saúde e o bem-estar dos animais e do meio ambiente em que está inserida.
Ao integrar tecnologia de ponta em suas operações, está constantemente em busca de soluções inovadoras que permitam atender às demandas do mercado interno e externo de forma sustentável. Isso inclui desde o desenvolvimento de novas práticas de manejo até a implementação de sistemas de monitoramento ambiental, visando sempre a redução do impacto ambiental e o uso mais eficiente dos recursos naturais.
Sua visão para o futuro da avicultura está pautada na busca pela excelência, pela sustentabilidade e pela constante inovação. A Globoaves reafirma seu compromisso em contribuir para um setor mais sustentável e em desenvolvimento contínuo, onde a tecnologia e a responsabilidade ambiental caminham lado a lado em prol de um mundo melhor.
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Brasil expande cooperações e explora novos mercados com a Tailândia
Em reunião com o governo tailandês, foram feitos encaminhamentos para a abertura do mercado de suínos e a eliminação de qualquer impedimento para o trânsito de carga de frango na Tailândia relacionado à influenza aviária
Prosseguindo com a missão no Sudeste Asiático, um dos principais destinos das exportações agrícolas do Brasil, a delegação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) avançou em importantes cooperações e novos acordos comerciais com o governo da Tailândia nesta semana. O país é o nono maior importador do agronegócio brasileiro, totalizando US$ 3,13 bilhões.
Em parceria com os Ministérios das Relações Exteriores (MRE) e Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), além da ApexBrasil, os representantes do Mapa marcaram presença no Seminário Empresarial Brasil-Tailândia em Bangkok, no dia 25, acompanhados de rodadas setoriais. Com a presença de Nalinee Taveesin, conselheira do primeiro-ministro da Tailândia Srettha Thavisin, mais de 80 participantes trocaram informações sobre setores produtivos, ambiente de negócios, investimentos e oportunidades comerciais, bem como requisitos e procedimentos para importação.
Dentre as associações brasileiras que participaram do Seminário estavam a ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), a ABIEC (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes), a ABRAPA (Associação Brasileira dos Produtores de Algodão), a ABRA (Associação Brasileira de Reciclagem Animal) e o CICB (Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil).
No dia 26, a comitiva brasileira teve uma reunião no Ministério da Agricultura e Cooperativas da Tailândia com Bunsing Warinrak, assessor do ministro, e Sedthakiat Krajangwongs, vice-ministro, para discutir a ampliação da parceria agropecuária entre os dois países, considerando suas capacidades produtivas. Durante o encontro, acordou-se a implementação do Memorando de Entendimento (MOU), assinado em 2022, para avançar na cooperação técnica agrícola, abrangendo temas como sanidade animal, recuperação de pastagens e agroflorestas, com a primeira reunião do Grupo de Trabalho agendada para a segunda semana de agosto deste ano.
Ainda na audiência, o lado tailandês confirmou a retirada da restrição do trânsito de carne de aves com destino a terceiros mercados por conta da influenza aviária. Os brasileiros também expressaram interesse em obter novas habilitações para exportar carne bovina e farinhas de origem animal, além de solicitarem a redução das altas tarifas de importação aplicadas na Tailândia.
Em outra bilateral com o diretor do Departamento de Pecuária da Tailândia, foram discutidas a habilitação de exportações brasileiras de carne bovina e farinhas de origem animal, com previsão de novas missões para o segundo semestre de 2024. Também se acordou acelerar a abertura de mercado para produtos brasileiros como carne suína, pet food, mel, bovinos vivos e material genético avícola, fortalecendo as relações comerciais entre Brasil e Tailândia.
A delegação brasileira do Mapa é liderada pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Roberto Perosa, e é composta pelo diretor de Promoção Comercial e Investimento, Marcel Moreira; pelo coordenador-geral de Promoção Comercial, Dalci de Jesus Bagollin; e pela adida agrícola na Tailândia, Ana Carolina Lamy. A missão segue agora para Phnom Penh, no Camboja.
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Ministro da Agricultura se reúne com a FPA para detalhar medidas de auxílio ao agro
Em reunião no Mapa, ministro apresentou as propostas do Governo Federal para os produtores impactados pelas intempéries climáticas nesta safra
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, reuniu representantes da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) na noite de terça-feira (26) para falar sobre as medidas de apoio aos produtores rurais que estão sendo adotadas pelo Governo Federal.
Participaram da reunião na sede do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o presidente da FPA, Pedro Lupion, o vice-presidente na Câmara, Arnaldo Jardim, os senadores Tereza Cristina e Alan Rick e os deputados federais Alceu Moreira, Isnaldo Bulhões, Marussa Boldrin, Sérgio Souza e Vicentinho Júnior e o assessor especial do ministro, Carlos Ernesto Augustin.
Uma das propostas que já está em discussão e será avaliada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) nos próximos dias é a repactuação de débitos referentes a contratos de investimentos dos produtores de milho, soja e da pecuária de corte e de leite dos estados afetados pelas intempéries climáticas.
O ministro detalhou aos parlamentares a proposta de prorrogação das parcelas de 2024 e debateu as propostas que ainda estão sendo discutidas para o setor. Para os débitos referentes ao custeio, será realizada a análise de crédito e a avaliação de cada caso. O ministro tirou as dúvidas dos parlamentares e recebeu sugestões de propostas estruturantes.
Também foram discutidas as medidas para conter o preço dos alimentos básicos. Conforme Fávaro, uma delas será a apresentação, por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), dos Contratos de Opção para arroz, feijão, trigo e milho como forma de estimular a produção.