Notícias Plano de Desenvolvimento de Suínos
GPA e ABCS realizam segundo treinamento de especialistas do PDS
Treinamento de Especialistas em Suínos realizado em MG é uma das diversas ações de capacitação sobre a carne suína e seu processo produtivo presentes no PDS
Profissionais de diversos setores das redes Extra e Pão de Açúcar tiveram a oportunidade de aprimorar seus conhecimentos sobre a carne suína no Treinamento de Especialistas em Suínos, encontro estratégico realizado pelo GPA em parceria com a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABSC), nos dias 20 e 21 de agosto, em Ponte Nova, MG.
A ação faz parte do Plano de Desenvolvimento de Suínos (PDS), plano de atuação executado pelo Grupo ao longo de todo o ano em suas bandeiras Extra e Pão de Açúcar, e que será potencializado durante a Semana Nacional da Carne Suína (SNCS), entre 26 de setembro e 13 de outubro, com ações de comunicação para valorizar a proteína junto aos consumidores. O treinamento foi realizado com apoio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (FNDS), da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), da Associação dos Suinocultores do Vale do Piranga (Assuvap) e do frigorífico Saudali.
Na oportunidade, os participantes realizaram visitas à granja Bom Sucesso e ao frigorífico Saudali e assistiram palestras sobre a segurança e confiabilidade da carne suína, com o médico veterinário Iuri Machado, sobre o valor nutricional da proteína, com a nutricionista Thaliane Dias; e sobre protagonismo para alta performance em vendas, com o especialista em recursos humanos, Jerônimo Júnior. Além disso, o gerente comercial de aves, suínos e peixaria do GPA, Rafael Monezi, apresentou as oportunidades e desafios da carne suína nas redes.
Rafael comentou sobre os preparativos para efetivar o PDS. “Realizar esse treinamento nos coloca muito mais perto de realizar o PDS. A gente tem um desafio grande, mas o nosso time sai daqui muito enriquecido. São pessoas influenciadoras no ponto de venda e na área comercial, que influenciam diretamente no nosso negócio e que, com o conhecimento que receberam, agora têm mais condição de falar do produto com propriedade”, destacou.
Avaliação dos participantes é positiva
O gerente comercial in natura do Rio de Janeiro, José Carlos Farias, falou sobre a importância de estabelecer proximidade entre os integrantes da cadeia e destacou o impacto da capacitação em cada um dos setores. “Esse ano a gente inovou e desenvolveu um processo de trazer os especialistas e ir até a origem para conhecer toda a cadeia. Isso com certeza vai nos trazer um aprendizado. A gente adquire conhecimento de uma proteína tão importante para levar para as nossas lojas e, assim, poder passar para o nosso colaborador e automaticamente chegar até o cliente”.
Rafael Monezi complementou, chamando atenção para as exigências do consumidor sobre o seu alimento e para o bem- estar animal na produção. “Para uma função de especialista quanto mais conhecimento, quanto mais você conhece os processos, isso facilita o trabalho. O formato que foi apresentado uma cronologia foi excepcional, só vem a agregar e a gente consegue enxergar a cadeia desde o início da produção. Ver o cuidado com os animais, os processos bem elaborados, traz para nós uma confiança a mais no produto e o cliente tem essa necessidade. Hoje a gente pode com bastante propriedade dizer o quanto a cadeia é bem trabalhada, o quanto ela traz de segurança para o alimento”.
Para o presidente da Asemg, João Leite, com o treinamento, profissionais estarão mais preparados para atender o consumidor final. “Foi enriquecedora, para nós, a iniciativa do GPA de se dispor a trazer aqueles que estão à frente das negociações, pessoas essas empreendedoras, visionárias ao nosso polo. Foi uma oportunidade de aprender com as palestras, mas também de compartilhar um pouco do processo de produção da carne suína. É algo que precisa ser feito para agregar valor ao produto. Com o treinamento, os profissionais adquirem conhecimento aprofundado, o que possibilita ampliar a capacidade de negociação”.
O presidente da ABCS, Marcelo Lopes, pontua que a metodologia da capacitação, somada à motivação do GPA, trará resultados inovadores para todos os participantes. Ele reforça também a importância da parceria com o Grupo para a evolução de toda a cadeia e para o produto que chega ao consumidor. “Acreditamos que essa proximidade do GPA com todo o processo produtivo e com a indústria seja um marco na forma de comercializarmos a carne suína no Brasil. Temos certeza que o que foi aprendido nesses dias impactará diretamente em toda a atividade de forma positiva.”
Saiba mais sobre o Plano de Desenvolvimento de Suínos
O PDS é um plano de desenvolvimento que tem como principal objetivo dobrar as vendas de carne suína até 2021, além de aumentar o share e gerar melhor rentabilidade e diferenciação para o açougue. O projeto conta com o apoio da ABCS e foi pensado para ser 360º, garantindo a qualidade desde a produção até a divulgação e chegada do produto nas gôndolas das lojas das bandeiras Extra e Pão de Açúcar e seus formatos (Extra Hiper, Extra Super, Mercado Extra, Mini Extra e Pão de Açúcar e Minuto Pão de Açúcar, além do e-commerce alimentar das duas marcas).
Uma das frentes de atuação do plano de desenvolvimento de suínos é na produção e envolve treinamentos e capacitação nas granjas fornecedoras e consiste no alinhamento de temas como o bem-estar animal. Além disso, esse pilar também prevê a produção de conteúdos técnicos e científicos relacionados a temas de segurança alimentar e normativas para as fábricas de ração, por exemplo. Por fim, contempla, também, visitas técnicas da equipe do GPA em granjas para alinhar o conhecimento sobre a produção, bem como a origem da matéria-prima e adequação de processos
Efetivamente nas gôndolas e açougues das lojas, o plano tem o objetivo de aumentar a exposição de carne suína nos balcões expositores e disponibilizar uma maior variedade de cortes para que os consumidores possam comparar as formas de preparo e perceber as vantagens de se consumir a proteína. Na última frente de trabalho está a atuação na formação dos colaboradores, o que prevê desenvolvimento de treinamentos e metodologias sobre cortes suínos, saudabilidade, segurança alimentar, treinamentos de vendas e atualizações para aprimorar o atendimento ao cliente.
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Feicorte: São Paulo impulsiona mudanças no manejo pecuário com opção de marcação sem fogo
Estado promove alternativa pioneira para o bem-estar animal e a sustentabilidade na pecuária. Assunto foi tema de painel durante a Feicorte 2024
No painel “Uma nova marca do agro de São Paulo”, realizado na Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne – Feicorte, em Presidente Prudente (SP), que segue até o dia 23 de novembro, a especialista em bem-estar animal, Carmen Perez, ressaltou a importância de evitar a marcação a fogo em bovinos.
Segundo ela, a questão está diretamente ligada ao bem-estar animal, especialmente no que diz respeito ao local onde é realizada a marcação da brucelose, que ocorre na face do animal, uma região com maior concentração de terminações nervosas, um ponto mais sensível. Essa ação representa um grande desafio, pois, embora seja uma exigência legal nacional, os impactos para os animais precisam ser cuidadosamente avaliados.
“O estado de São Paulo tem se destacado de forma pioneira ao oferecer aos produtores rurais a opção de decidir se desejam ou não realizar a marcação a fogo. Isso é um grande avanço”, destacou Carmen. Ela também mencionou que os animais possuem uma excelente memória, lembrando-se tanto dos manejos bem executados quanto dos malfeitos, o que pode afetar sua condição e bem-estar a longo prazo.
Além disso, a imagem da pecuária é um ponto crucial, especialmente considerando o poder da comunicação atualmente. “Organizações de proteção animal frequentemente utilizam práticas como a marcação a fogo, castração sem anestesia e mochação para criticar a cadeia produtiva. Essas questões podem impactar negativamente a percepção do setor”, alertou. Para enfrentar esses desafios, Carmen enfatizou a importância de melhorar os manejos e de considerar os riscos de acidentes nas fazendas, que muitas vezes são subestimados quando as práticas de manejo não são adequadas.
“Nos próximos anos, imagino um setor mais consciente, em que as pessoas reconheçam que os animais são seres sencientes. As equipes serão cada vez mais participativas, e a capacitação constante será essencial”, afirmou. Ela finalizou dizendo que, para promover o bem-estar animal, é fundamental investir em treinamento contínuo das equipes. “Vejo a pecuária brasileira se tornando disruptiva, com o potencial de se tornar um modelo mundial de boas práticas”, concluiu.
Fica estabelecido o botton amarelo para a identificação dos animais vacinados com a vacina B19 e o botton azul passa a identificar as fêmeas vacinadas com a vacina RB 51. Anteriormente, a identificação era feita com marcação à fogo indicando o ano corrente ou a marca em “V”, a depender da vacina utilizada.
As medidas foram publicadas no Diário Oficial do Estado, por meio da Resolução SAA nº 78/24 e das Portarias 33/24 e 34/24.
Mudanças estabelecidas
Prazos
Agora, fica estabelecido que o calendário para a vacinação será dividido em dois períodos, sendo o primeiro do dia 1º de janeiro a 30 de junho do ano corrente, enquanto o segundo período tem início no dia 1º de julho e vai até o dia 31 de dezembro.
O produtor que não vacinar seu rebanho dentro do prazo estabelecido, terá a movimentação dos bovídeos da propriedade suspensa até que a regularização seja feita junto às unidades da Defesa Agropecuária.
Desburocratização da declaração
A declaração de vacinação pelo proprietário ou responsável pelos animais não é mais necessária. A partir de agora, o médico-veterinário responsável pela imunização, ao cadastrar o atestado de vacinação no sistema informatizado de gestão de defesa animal e vegetal (GEDAVE) em um prazo máximo de quatro dias a contar da data da vacinação e dentro do período correspondente à vacinação, validará a imunização dos animais.
A exceção acontecerá quando houver casos de divergências entre o número de animais vacinados e o saldo do rebanho declarado pelo produtor no sistema GEDAVE.
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Treinamento em emergência sanitária busca proteger produção suína do estado
Ação preventiva do IMA acontecerá entre os dias 26 e 28 de novembro em Patos de Minas, um dos polos da suinocultura mineira.
Com o objetivo de proteger a produção de suínos do estado contra possíveis ameaças sanitárias, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) realizará, de 26 a 28 deste mês, em Patos de Minas, o Treinamento em Atendimento a Suspeitas de Síndrome Hemorrágica em Suínos. A iniciativa capacitará mais de 50 médicos veterinários do serviço veterinário oficial para identificar e responder prontamente a casos de doenças como a Peste Suína Clássica (PSC) e a Peste Suína Africana (PSA). A disseminação global da PSA tem preocupado autoridades devido ao impacto devastador na produção e na economia, como evidenciado na China que teve início em 2018 e se estendeu até 2023, quando o país perdeu milhões de suínos para a doença. Em 2021, surtos recentes no Haiti e na República Dominicana aumentaram o alerta no continente americano.
A escolha de Patos de Minas como sede para o treinamento presencial reforça sua importância como polo suinícola em Minas Gerais, com cerca de 280 mil animais produzidos, equivalente a 16,3% do plantel estadual, segundo dados de 2023 da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). A Coordenadoria Regional do IMA, em Patos de Minas, que atende cerca de 17 municípios na região, tem mais de 650 propriedades cadastradas para a criação de suínos, cuja sanidade é essencial para evitar prejuízos econômicos que afetariam tanto o mercado interno quanto as exportações mineiras.
Para contemplar a complexidade do tema, o treinamento foi estruturado em dois módulos: remoto e presencial. Na fase on-line, realizada nos dias 11 e 18 de novembro, especialistas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Universidade de Castilla-La Mancha, da Espanha e de empresas parceiras abordaram aspectos clínicos e epidemiológicos das doenças hemorrágicas em suínos. Já na fase presencial, em Patos de Minas, os participantes terão acesso a oficinas práticas de biossegurança, desinfecção, estudos de casos, discussões sobre cenários epidemiológicos, coleta de amostras e visitas a campo, além de simulações de ações de emergência sanitária, onde aplicarão o conhecimento adquirido.
A iniciativa do IMA conta com o apoio de cooperativas, empresas do setor suinícola, instituições de ensino, sindicato rural e a Prefeitura Municipal de Patos de Minas, além do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A defesa agropecuária em Minas Gerais depende de ações como essa, fundamentais para evitar a entrada de patógenos e manter a competitividade da produção local. Esse treinamento é parte das ações para manutenção do status de Minas Gerais como livre de febre aftosa sem vacinação.
Ameaças sanitárias e os impactos para a economia
No Brasil, a Peste Suína Clássica está sob controle nas zonas livres da doença. No entanto, nas áreas não reconhecidas como livres, a enfermidade ainda está presente, representando um risco significativo para a suinocultura brasileira. Esta enfermidade pode levar a alta mortalidade entre os animais, além de causar abortos em fêmeas gestantes. Por ser uma enfermidade sem tratamento, a prevenção constante e a vigilância da doença são fundamentais.
A situação é ainda mais crítica no caso da Peste Suína Africana, para a qual não há vacina eficiente e cuja propagação levaria a prejuízos imensos ao setor suinícola nacional, com risco de desabastecimento no mercado interno e aumento dos preços para o consumidor final. Os animais infectados apresentam sintomas como febre alta, perda de apetite, e manchas na pele.
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Faesp quer retratação do Carrefour sobre a decisão do grupo em não comprar carne de países do Mercosul
Uma das principais marcas de varejo, por meio do CEO do Carrefour França, anunciou que suspenderá vendas de carne do Mercosul: decisão gera críticas e debate sobre sustentabilidade.
O Carrefour França anunciou que suspenderá a venda de carne proveniente de países do Mercosul, incluindo o Brasil, alegando preocupações com sustentabilidade, desmatamento e respeito aos padrões ambientais europeus. A afirmação é do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard, nas redes sociais do empresário, mas destinada ao presidente do sindicato nacional dos agricultores franceses, Arnaud Rousseau.
A decisão gerou repercussão negativa no Brasil, especialmente no setor agropecuário, que considera a medida protecionista e prejudicial à imagem da carne brasileira, amplamente exportada e reconhecida pela qualidade.
Essa decisão reflete tensões maiores entre a União Europeia e o Mercosul, com debates sobre padrões de produção e sustentabilidade como pontos centrais. Para a Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), essa decisão é prejudicial ao comércio entre França e Brasil, com impactos negativos também aos consumidores do Carrefour.
Os argumentos da pauta ambiental alegada pelo Carrefour e pelos produtores de carne na França não se sustentam, uma vez que a produção da pecuária brasileira está entre as mais sustentáveis do planeta. Esta posição, vinda de uma importante marca de varejo, é um indício de que os investimentos do grupo Carrefour no Brasil devem ser vistos com ressalva, segundo o presidente da Faesp, Tirso Meirelles.
“A declaração do CEO do Carrefour França, Alexandre Bompard, demonstra não apenas uma atitude protecionista dos produtores franceses, mas um total desconhecimento da sustentabilidade do setor pecuário brasileiro. A Faesp se solidariza com os produtores e espera que esse fato isolado seja rechaçado e não influencie as exportações do país. Vale lembrar que a carne bovina é um dos principais itens de comercialização do Brasil”, disse Tirso Meirelles.
O coordenador da Comissão Técnica de Bovinocultura de Corte da Faesp, Cyro Ferreira Penna Junior, reforça esta tese. “A carne brasileira é a mais sustentável e competitiva do planeta, que atende aos padrões mais elevados de qualidade e exigências do consumidor final. Tais retaliações contra o nosso produto aparentam ser uma ação comercial orquestrada de produtores e empresas da União Europeia que não conseguem competir conosco no ‘fair play’”, diz Cyro.
Para o presidente da Faesp, cabe ao Carrefour reavaliar sua posição e, eventualmente, se retratar publicamente, uma vez que esta decisão, tomada unilateralmente e sem critérios técnicos, revela uma falta de compromisso do grupo com o Brasil, um importante mercado consumidor.
Várias outras instituições se posicionaram contra a decisão do Carrefour, e o Ministério da Agricultura (Mapa). “No que diz respeito ao Brasil, o rigoroso sistema de Defesa Agropecuária do Mapa garante ao país o posto de maior exportador de carne bovina e de aves do mundo”, diz o Mapa em comunicado. “Vale reiterar que o Brasil possui uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo e atua com transparência no setor […] O Mapa não aceitará tentativas vãs de manchar ou desmerecer a reconhecida qualidade e segurança dos produtos brasileiros e dos compromissos ambientais brasileiros”, continua a nota.
Veja aqui o vídeo do presidente.