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Governo gaúcho lança 46ª Expointer com foco na cultura da inovação

Exposição acontece de 26 de agosto a 03 de setembro, no Parque Estadual de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS). Neste ano, a feira terá como foco a importância da cultura da inovação para o campo.

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Secretário da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Giovani Feltes: "Os copromotores e as várias entidades do agro no Rio Grande do Sul são fundamentais para o fortalecimento do setor primário" - Fotos: Gustavo Mansur/Secom

A vocação do Rio Grande do Sul para o agronegócio e a sua capacidade de inovação dividirão o mesmo espaço na 46ª Expointer. O evento, considerado a maior feira agropecuária a céu aberto da América Latina, foi lançado oficialmente na última quinta-feira (10), com a presença do governador Eduardo Leite, de secretários estaduais e representantes de entidades copromotoras. A cerimônia de lançamento ocorreu na Nau Live Spaces, em Porto Alegre.

A Expointer 2023 ocorrerá de 26 de agosto a 03 de setembro, no Parque Estadual de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS). Neste ano, a feira terá como foco a importância da cultura da inovação para o campo. Durante nove dias, o evento mostrará ao público quais são as perspectivas sobre o futuro do setor. A qualidade da produção rural gaúcha, a expertise para desenvolver técnicas que aumentam a produtividade no campo, o maquinário avançado e os animais diferenciados são alguns dos atrativos da Expointer – que proporciona lazer, comércio e diversos tipos de competição.

Governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite: “É o momento de valorizarmos a nossa cultura e a conexão que o gaúcho tem com o campo, sua vontade de trabalhar e sua disposição de empreender e gerar riqueza”

Durante a cerimônia desta quinta, Leite destacou a capacidade da feira de se reinventar a cada ano. “A Expointer ocorre há muitas décadas. Porém, cada edição é totalmente nova, porque a inovação, a ciência e os novos equipamentos fazem com que, a cada ano, a nossa produção no campo seja diferente – e, consequentemente, a feira também”, afirmou.

Para o governador, além de reforçar a identidade e as tradições gaúchas, a Expointer cria um ambiente propício para projetar o amanhã. “É o momento de valorizarmos a nossa cultura e a conexão que o gaúcho tem com o campo, sua vontade de trabalhar e sua disposição de empreender e gerar riqueza”, destacou. “É também a hora de promover o encontro de todos os elos dessa grande cadeia produtiva. Trata-se, enfim, de uma oportunidade para olhar para trás e admirar o tanto que somos capazes de produzir como povo, mas, principalmente, para projetar e apresentar o futuro.”

O titular da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Giovani Feltes, ressaltou a relevância das entidades representativas do agro para a realização do evento. “Os copromotores e as várias entidades do agro no Rio Grande do Sul são fundamentais para o fortalecimento do setor primário. Todos colaboram para que a feira produza efeitos sociais e econômicos significativos”, salientou.

A subsecretária do Parque Estadual de Exposições Assis Brasil, Elizabeth Cirne-Lima, comentou as melhorias realizadas no espaço que receberá a feira. “Tenho certeza de que todos irão encontrar um parque diferente. Há muitas novidades e uma infraestrutura trabalhada e revitalizada. É uma grande emoção entregar esse evento, que é feito a muitas mãos. A Expointer é o maior exemplo de que o futuro nos une, pois junta a cidade e o campo para mostrar a força do Rio Grande do Sul e do agro”, comemorou.

Durante o evento, a secretária de Comunicação, Tânia Moreira, apresentou a campanha da Expointer 2023, ao lado de Beto Philomena, sócio-diretor da Matriz Comunicação, empresa responsável pela ação publicitária. A peça busca mostrar a contribuição da inovação para o agro gaúcho. Com o slogan “O que mais cresce no campo é a cultura da inovação”, o material explora como as novas tecnologias estão tornando as culturas cada vez mais produtivas.

Subsecretária do Parque Estadual de Exposições Assis Brasil, Elizabeth Cirne-Lima: ” Expointer é o maior exemplo de que o futuro nos une, pois junta a cidade e o campo para mostrar a força do Rio Grande do Sul e do agro”

“Quando imaginávamos o futuro, quase sempre surgia a imagem de uma grande metrópole, com prédios arrojados e carros voando. Dificilmente se pensava em produtores e produtoras rurais utilizando a tecnologia com equipamentos de ponta. Mas o cenário mudou, pois a cultura que mais cresce no campo é, sem dúvida, a da inovação. Por isso, esse é o tema da campanha”, explicou Tânia.

Durante o evento, também foram exibidos depoimentos dos representantes das entidades copromotoras da Expointer: o prefeito de Esteio, Leonardo Pascoal; o presidente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Gedeão Pereira; o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do RS (Fetag), Carlos Joel da Silva; o presidente da Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac), João Francisco Wolf; o presidente do Sistema Ocergs-Sescoop/RS (Ocergs), Darci Hartmann; e o presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas no RS (Simers), Claudio Bier.

Sobre a 46ª Expointer

A 16 dias do evento, a expectativa do governo do Estado é manter, ou até superar, o sucesso da última edição – que bateu recordes de público e de faturamento, atraindo mais de 750 mil pessoas e movimentando valores acima de R$ 7 bilhões.

Leite lembrou circunstâncias peculiares que contribuíram para os resultados do ano passado. “Cada edição tem o seu contexto. O ano de 2022 foi o primeiro sem nenhuma restrição depois da pandemia, e isso gerou uma série de consequências, aumentando a presença de público. Não há como prever se teremos o mesmo efeito neste ano, mas a expectativa é de atingir e até superar os números do ano passado, por conta da movimentação dos setores e de condições econômicas favoráveis no Estado e no país”, afirmou.

Nesta edição, o Pavilhão da Agricultura Familiar contará com 380 expositores, número 10% maior que o do ano passado. Além disso, há 3.480 animais inscritos para participar da feira. A programação está sendo fechada e será disponibilizada no site da Expointer.

Além disso, diversas melhorias deixarão a feira com cara nova. No Parque Assis Brasil, ocorreu pavimentação das ruas, reforma do pavilhão de bovinos de corte e ovinos, cobertura da pista de provas e de treino do Cavalo Crioulo, colocação de mais baias e reformas no camping para receber os associados, melhorias no abastecimento de água, reforço de rede elétrica e preparo de nova área de estacionamento.

Ingressos

O parque vai funcionar das 08 horas às 20h30 para entrada de pedestres e veículos. Os valores dos ingressos não sofreram reajuste em relação a 2022. Custarão R$ 16 (inteira) e R$ 8 (meia-entrada). Crianças de até seis anos, acompanhadas dos pais ou responsáveis, têm entrada gratuita. Idosos com 60 anos ou mais e pessoas com deficiência pagam meia. O estacionamento para visitantes custará R$ 40.

A venda de ingressos de forma on-line para visitação à feira já está disponível neste link. Também haverá a venda presencial, que ocorrerá apenas durante os dias do evento, na bilheteria do parque (portão 3).

Governo destina cerca de R$ 87 milhões para apoiar produtores rurais

Durante o lançamento da Expointer, o governo do Estado anunciou também novas medidas de apoio aos produtores rurais. Serão lançados dois editais destinando, ao todo, R$ 86,9 milhões para projetos de irrigação e de distribuição de água por meio de poços artesianos. Os recursos fazem parte de ações estruturantes do programa Supera Estiagem, que visa mitigar as consequências desse evento climático extremo no Estado.

Desse total, R$ 66,7 milhões serão aportados para distribuição de água por meio da perfuração de poços artesianos, e R$ 20,2 milhões, para projetos de irrigação. As duas medidas foram publicadas na última sexta-feira (11) no Diário Oficial do Estado, e os editais poderão ser consultados na íntegra no site da Seapi.

O edital de distribuição de água deve contemplar todos os municípios gaúchos, possibilitando que cada localidade tenha ao menos um poço. Os valores serão disponibilizados às prefeituras por meio de convênios. Já no caso do edital da irrigação, o incentivo financeiro será oferecido diretamente aos produtores rurais, cobrindo até 20% do valor do projeto. A previsão é de que a ação beneficie cerca de 1.350 produtores rurais e aumente a área irrigada do Estado entre cinco e seis mil hectares.

Fonte: Ascom Seapi

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Santa Catarina registra avanço simultâneo nas importações e exportações de milho em 2025

Volume importado sobe 31,5% e embarques aumentam 243%, refletindo demanda das cadeias produtivas e oportunidades geradas pela proximidade dos portos.

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Foto: Cláudio Neves

As importações de milho seguem em ritmo acelerado em Santa Catarina ao longo de 2025. De janeiro a outubro, o estado comprou mais de 349,1 mil toneladas, volume 31,5% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo dados do Boletim Agropecuário de Santa Catarina, elaborado pela Epagri/Cepa com base no Comex Stat/MDIC. Em termos de valor, o milho importado movimentou US$ 59,74 milhões, alta de 23,5% frente ao acumulado de 2024. Toda a origem é atribuída ao Paraguai, principal fornecedor externo do cereal para o mercado catarinense.

Foto: Claudio Neves

A tendência de expansão no abastecimento externo se intensificou no segundo semestre. Em outubro, Santa Catarina importou mais de 63 mil toneladas, mantendo a curva ascendente registrada desde julho, quando os volumes mensais passaram consistentemente da casa das 50 mil toneladas. A Epagri/Cepa aponta que esse movimento deve avançar até novembro, período em que a demanda das agroindústrias de aves, suínos e bovinos segue aquecida.

Os dados mensais ilustram essa escalada. De outubro de 2024 a outubro de 2025, as importações variaram de mínimas próximas a 3,4 mil toneladas (março/25) a máximas superiores a 63 mil toneladas (setembro/25). Nesse intervalo, meses como junho, julho e agosto concentraram forte entrada do cereal, acompanhados de receitas que oscilaram entre US$ 7,4 milhões e US$ 11,2 milhões.

Exportações crescem apesar do déficit interno
Em um cenário aparentemente contraditório, o estado, que possui déficit anual estimado em 6 milhões de toneladas de milho para suprir seu grande parque agroindustrial, também ampliou as exportações do grão em 2025.

Até outubro, Santa Catarina embarcou 130,1 mil toneladas, um salto de 243,9% em relação ao mesmo período de 2024. O valor exportado também chamou atenção: US$ 30,71 milhões, alta de 282,33% na comparação anual.

Foto: Claudio Neves

Segundo a Epagri/Cepa, essa movimentação ocorre majoritariamente em regiões produtoras próximas aos portos catarinenses, onde os preços de exportação tornam-se mais competitivos que os do mercado interno, especialmente quando o câmbio favorece vendas externas ou quando há descompasso logístico entre oferta e demanda regional.

Essa dinâmica reforça um traço estrutural conhecido do agro catarinense: ao mesmo tempo em que é um dos maiores consumidores de milho do país, devido ao peso das cadeias de proteína animal, Santa Catarina não alcança autossuficiência e depende do cereal de outras regiões e países para abastecimento. A exportação pontual ocorre quando há excedentes regionais temporários, oportunidades comerciais ou vantagens logísticas.

Perspectivas
Com a entrada gradual da nova safra 2025/26 no estado e no Centro-Oeste brasileiro, a tendência é que os volumes importados se acomodem a partir do fim do ano. No entanto, o comportamento do câmbio, os preços internacionais e o resultado final da produção catarinense seguirão determinando a necessidade de compras externas — e, por outro lado, a competitividade das exportações.

Para a Epagri/Cepa, o quadro de 2025 reforça tanto a importância do milho como insumo estratégico para as cadeias de proteína animal quanto a vulnerabilidade decorrente da dependência externa e interestadual do cereal. Santa Catarina continua sendo um estado que importa para abastecer seu agro e exporta quando a lógica de mercado permite, um equilíbrio dinâmico que movimenta portos, indústrias e produtores ao longo de todo o ano.

Fonte: O Presente Rural
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Brasil e Japão avançam em tratativas para ampliar comércio agro

Reunião entre Mapa e MAFF reforça pedido de auditoria japonesa para habilitar exportações de carne bovina e aprofunda cooperação técnica entre os países.

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Foto: Percio Campos/Mapa

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, realizou uma reunião bilateral com o vice-ministro internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Florestas (MAFF), Osamu Kubota, para fortalecer a agenda comercial entre os países e aprofundar o diálogo sobre temas da relação bilateral.

No encontro, a delegação brasileira apresentou as principais prioridades do Brasil, incluindo temas regulatórios e iniciativas de cooperação, e reiterou o pedido para o agendamento da auditoria japonesa necessária para a abertura do mercado para exportação de carne bovina brasileira. O Mapa também destacou avanços recentes no diálogo e reforçou os pontos considerados estratégicos para ampliar o fluxo comercial e aprimorar mecanismos de parceria.

Os representantes japoneses compartilharam seus interesses e expectativas, demonstrando disposição para intensificar o diálogo técnico e buscar convergência nas agendas de interesse mútuo.

Fonte: Assessoria Mapa
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Bioinsumos colocam agro brasileiro na liderança da transição sustentável

Soluções biológicas reposicionam o agronegócio como força estratégica na agenda climática global.

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Fotos: Koppert Brasil

A sustentabilidade como a conhecemos já não é suficiente. A nova fronteira da produção agrícola tem nome e propósito: agricultura sustentável, um modelo que revitaliza o solo, amplia a biodiversidade e aumenta a captura de carbono. Em destaque nas discussões da COP30, o tema reposiciona o agronegócio como parte da solução, consolidando-se como uma das estratégias mais promissoras para recuperação de agro-ecossistemas, captura de carbono e mitigação das mudanças climáticas.

Thiago Castro, Gerente de P&D da Koppert Brasil participa de painel na AgriZone, durante a COP30: “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida”

Atualmente, a agricultura e o uso da terra correspondem a 23% das emissões globais de gases do efeito, aproximadamente. Ao migrar para práticas sustentáveis, lavouras deixam de ser fontes de emissão e tornam-se sumidouros de carbono, “reservatórios” naturais que filtram o dióxido de carbono da atmosfera. “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida. E não tem como falar em vida no solo sem falar em controle biológico”, afirma o PhD em Entomologia com ênfase em Controle Biológico, Thiago Castro.

Segudo ele, ao introduzir um inimigo natural para combater uma praga, devolvemos ao ecossistema uma peça que faltava. “Isso fortalece a teia biológica, melhora a estrutura do solo, aumenta a disponibilidade de nutrientes e reduz a necessidade de intervenções agressivas. É a própria natureza trabalhando a nosso favor”, ressalta.

As soluções biológicas para a agricultura incluem produtos à base de micro e macroorganismos e extratos vegetais, sendo biodefensivos (para controle de pragas e doenças), bioativadores (que auxiliam na nutrição e saúde das plantas) e bioestimulantes (que melhoram a disponibilidade de nutrientes no solo).

Maior mercado mundial de bioinsumos

O Brasil é protagonista nesse campo: cerca de 61% dos produtores fazem uso regular de insumos biológicos agrícolas, uma taxa quatro vezes maior que a média global. Para a safra de 2025/26, o setor projeta um crescimento de 13% na adoção dessas tecnologias.

A vespa Trichogramma galloi e o fungo Beauveria bassiana (Cepa Esalq PL 63) são exemplos de macro e microrganismos amplamente utilizados nas culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão, para o controle de lagartas e mosca-branca, respectivamente. Esses agentes atuam nas pragas sem afetar polinizadores e organismos benéficos para o ecossistema.

Os impactos do manejo biológico são mensuráveis: maior porosidade do solo, retenção de água e nutrientes, menor erosão; menor dependência de fertilizantes e inseticidas sintéticos, diminuição na resistência de pragas; equilíbrio ecológico e estabilidade produtiva.

Entre as práticas sustentáveis que já fazem parte da rotina do agro brasileiro estão o uso de inoculantes e fungos benéficos, a rotação de culturas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o manejo biológico de pragas e doenças. Práticas que estimulam a vida no solo e o equilíbrio natural no campo. “Os produtores que adotam manejo biológico investem em seu maior ativo que é a terra”, salienta Castro, acrescentando: “O manejo biológico não é uma tendência, é uma necessidade do planeta, e a agricultura pode e deve ser o caminho para a regeneração ambiental, para esse equilíbrio que buscamos e precisamos”.

Fonte: Assessoria Koppert Brasil
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