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Notícias Área livre de febre aftosa sem vacinação

Governo e entidades do setor produtivo trabalham intensamente na proteção sanitária do Paraná

Estado completou um ano da certificação de área livre de febre aftosa sem vacinação, chancelada pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em maio deste ano. Com o selo, o mercado torna-se mais favorável para vendas de proteína animal a outros países.

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Fotos: Jonathan Campos/AEN

O Paraná completa nesta sexta-feira (27) um ano da certificação de área livre de febre aftosa sem vacinação, resultado de uma luta de mais de 50 anos do Governo do Estado e do setor produtivo. O status sanitário foi confirmado pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), na 88ª Sessão Geral da Assembleia Mundial dos Delegados da OIE, realizada em maio do ano passado em Paris, na França.

Maior produtor e exportador de proteína animal do País, com liderança em avicultura e piscicultura, o reconhecimento internacional tem contribuído para a abertura de mercados para a carne paranaense e outros produtos de origem animal, com a possibilidade de comercialização a países que pagam melhor pelo produto, como Japão, Coreia do Sul e México.

“Nossos rebanhos já não são mais vacinados e há anos o vírus não circula mais no Estado. Com o apoio das entidades do setor produtivo, organizamos toda a estrutura de sanidade animal. Esse reconhecimento vai ajudar a abrir mercado para a carne produzida no Paraná, ampliando os investimentos no Estado, que vão gerar mais emprego e renda para a população”, afirmou o governador Carlos Massa Ratinho Junior.

Para o presidente da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores Familiares do Estado do Paraná (Fetaep), Aparecido Calegari, a parceria entre iniciativa privada e Estado foi essencial para conseguir a conquista. “Graças ao esforço do Governo e aos parceiros do setor produtivo, comemoramos um ano da certificação internacional. O esforço coletivo proporcionou avanços e benefícios, uma vez que esse reconhecimento abre mais mercados para a carne produzida no Paraná”, disse.

“O Estado do Paraná é o maior produtor de proteína animal do País, sendo grande parte produzida pelos agricultores familiares. Eles fazem parte dessa grande engrenagem de sucesso, mantendo seus rebanhos e criações saudáveis, seguindo todas as recomendações sanitárias e, agora, atualizando seus rebanhos para garantir o status conquistado”, completou.

Ágide Meneguette, presidente do Sistema Faep/Senar, afirma que os resultados estão aparecendo e muitos investimentos e sinalizações de novos mercados já estão sendo estruturados no Paraná, como, por exemplo, a construção do novo frigorífico da Frimesa, em Assis Chateaubriand. Além disso, ele explica que o diálogo da entidade é constante com os produtores e que toda a produção foi valorizada um ano após o reconhecimento internacional.

“Percebemos que o produtor rural paranaense está cada vez mais engajado em crescimento, alavancado pelo status sanitário”, afirmou.

Além disso, explica Meneguette, outro impacto positivo do status sanitário foi a redução de custos para o produtor e a possibilidade de mudar o foco para outras áreas da produção. “A dose da vacina de febre aftosa variava no Estado, na média de R$ 1,20. A economia não vem somente no valor de doses, mas no envolvimento de todo o processo: diminui mão de obra; reduz o gasto com insumos, como seringas, pistolas automáticas e agulhas; diminui as lesões ocasionadas pela vacina. É uma economia significativa no protocolo sanitário da propriedade”, disse.

Essa redução, segundo ele, é mais uma oportunidade para o pecuarista dedicar mais atenção em outros âmbitos produtivos ou até mesmo em outras doenças, a exemplo da brucelose e tuberculose.

Novos Negócios

Alexandre Monteiro, médico veterinário e analista da Gerência de Desenvolvimento Técnico do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), explica que a conquista internacional foi um passo importante para a produção agropecuária, principalmente para as cooperativas e, um ano após a conquista, o setor produtivo de proteína animal já se prepara para abrir caminho a um novo patamar de produção e exportação.

“As cooperativas têm investido bastante no relacionamento com os parceiros comerciais e na prospecção dos novos mercados”, disse.

Segundo ele, nesse primeiro ano, tem sido feita uma mobilização forte com países como Japão e Coreia do Sul, que não estavam abertos. “As cooperativas têm feito um trabalho forte de aproximação desses mercados e têm tido alguns avanços comerciais. Temos condições de manter isso e ampliar a exportação para novos mercados e alcançar novas oportunidades comerciais”, completou.

O selo ainda trouxe mudanças no trabalho das cooperativas, principalmente em relação no sentido sanitário. “Elas têm intensificado os trabalhos de prevenção, sempre orientando os seus produtores, fazendo um trabalho de fomento a campo e incentivando a manutenção desse status, porque depois da conquista tem a manutenção”, acrescentou.

Para Irineo da Costa Rodrigues, presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), o momento é de comemorar, já que o selo favorece também a abertura aos mercados estrangeiros até mesmo para a avicultura, que não é diretamente afetada pela febre aftosa.

“A avicultura não é afetada por essas doenças, No entanto, quando temos uma área livre de aftosas sem vacinação isso mostra que o Estado está organizado, tanto pela área pública como pela iniciativa privada, que fez um trabalho em conjunto. Se o Estado é eficiente contra a febre aftosa, é claro que é eficiente também na sanidade que poderia afetar a avicultura”, destacou.

Vigilância

Desde que o último foco da doença foi confirmado, em 2006, o governo estadual e o setor produtivo se organizaram para melhorar a estrutura sanitária paranaense, o que incluiu a criação da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), o reforço da fiscalização nas divisas e o controle dos rebanhos. A imunização contra a aftosa foi interrompida em 2019 e a campanha de vacinação, que acontecia duas vezes por ano, foi substituída pela de atualização de rebanhos. O cadastro é obrigatório para garantir a rastreabilidade e a sanidade dos animais.

Isso só foi possível graças a um extenso inquérito epidemiológico, com coletas de amostras de sangue de quase 10 mil animais em 330 propriedades rurais, provando que o vírus já não circula no Paraná. Agora, 25 médicos veterinários e 13 técnicos de manejo e meio ambiente vão reforçar o trabalho permanente de controle da Adapar.

“Tivemos uma mudança em todo nosso sistema. Passamos de uma situação de fazer vacinação para fazer vigilância sanitária, o que nos permite acompanhar atentamente todos os rebanhos do Paraná. Em maio e junho tem a atualização de rebanho. Estamos fazendo essa vigilância, a partir da retirada da vacina, reforçando nosso quadro com médicos veterinários, e técnicos”, explicou o diretor-presidente da Adapar, Otamir Cesar Martins.

“Fazemos um apelo aos produtores, é muito importante que façam a atualização, compareçam às nossas unidades, e hoje pode ser feito pelo aplicativo, internet, escritórios dos municípios, sindicatos rurais. É importante sabermos quantas cabeças temos para que essa vigilância seja efetiva”, destacou.

“Vemos a importância desse trabalho desenvolvido pela Adapar. As cooperativas vêm apoiando essas campanhas de cadastramento do rebanho, orientando seus produtores, e incentivando essa atuação. O cadastramento é fundamental para termos o controle e o cuidado com a produção do nosso Estado. A produção pecuária é o bem de maior valor e no sentido sanitário”, complementou Monteiro, da Ocepar.

Produção

Em 2021, o Estado produziu mais de 6,2 milhões de toneladas de carne de porco, boi e frango. O Estado é responsável por 33,6% da produção nacional de frango e 22% em piscicultura de cultivo, liderando os setores.

Também ocupa o segundo posto em relação à carne suína, com 21% da produção brasileira e mantém a vice-liderança na produção de leite (13,6%) e ovos (9%). A expectativa com a abertura de mercados é que o Estado atinja a liderança nacional na produção de suínos.

Para o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, o principal recado que o Paraná passa é mostrar ao mundo uma estrutura produtiva mais desenvolvida e sadia, com um serviço de inspeção sanitária de qualidade. “Tudo isso vai refletir em novos negócios e na geração de empregos, que foi o motivo para lutarmos por essa chancela. O aumento na produção, com a expansão de novas plantas e abertura de mais turnos, significa mais gente trabalhando”, afirmou.

Fonte: AEN Paraná

Notícias Livre de imprevistos

Empresas agrícolas apostam em tecnologia para aumentar produtividade e segurança

O uso de câmeras de segurança inteligentes, permitem uma resposta proativa, enviando alertas automáticos e reduzindo significativamente o tempo entre a detecção de um incidente e a ação preventiva.

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Nos últimos anos, o setor agrícola brasileiro tem investido cada vez mais em diferentes tecnologias. O objetivo é ampliar a forma de monitorar as plantações em tempo real, para saber exatamente sobre o período ideal para plantio, irrigação e colheita, sendo instrumentos que funcionam como importantes aliados para o trabalho na agricultura.

Da mesma forma, os investimentos em tecnologia também se fazem necessários nas propriedades visando a segurança destes espaços, com o objetivo de garantir que o patrimônio esteja livre de imprevistos.

Pensando nisso, apresentamos este artigo para você, que possui empresas agrícolas, ou propriedades, e ainda está em dúvida sobre quais os tipos de tecnologia poderá investir para aumentar a sua produtividade e segurança.

Melhorando o desempenho das plantações

Existem diversas tecnologias voltadas exclusivamente para fornecer melhorias para as propriedades rurais, com o desenvolvimento de máquinas e equipamentos que se tornaram aliados para o desenvolvimento agrário.

Um dos exemplos a serem destacados é voltado à agricultura de precisão. Através de dados de GPS, imagens de satélite e sensores, é possível avaliar a qualidade do solo e das diferentes culturas existentes na fazenda. O objetivo é garantir a aplicação adequada de sementes, fertilizantes, defensivos e outros insumos, de modo a garantir a eficiência da produção.

Atualmente, a conectividade nas propriedades já é uma realidade. E a internet das coisas (IoT) se torna uma importante aliada. Através da instalação de sensores no solo, em plantas e máquinas, é possível coletar dados em tempo real sobre a temperatura, umidade, níveis de nutrientes e condições climáticas. Isso permite um manejo eficiente para a irrigação da região, além de detectar determinados problemas precocemente.

Da mesma forma, tecnologias como inteligência artificial e big data se somam juntos às melhorias para o setor agrícola, através do uso de algoritmos de IA para analisar grandes volumes de dados sobre o andamento das culturas plantadas, fazendo com que os produtores tenham real noção de lidar com o seu plantio de acordo com a demanda exigida.

E isso também soma-se a equipamentos modernos e automatizados, como os tratores e colheitadeiras autônomos, que fazem o trabalho no campo por 24 horas por dia, garantindo a redução de custos operacionais. Outro exemplo pode ser visto com os drones, que através de câmeras e sensores, fazem o monitoramento aéreo das lavouras, para localizar áreas que necessitam de maior cuidado.

Segurança como aliada ao setor

Atualmente, se tornou cada vez mais necessário que as empresas agrícolas também invistam em segurança, para proteger sua plantação, maquinário, e até mesmo as pessoas que estão trabalhando nas propriedades. Pensando nisso, também há tecnologias que contribuem com a segurança no setor.

Um dos exemplos está justamente no sistema de reconhecimento de placas de veículos. que ajuda a identificar todos os veículos que estiverem dentro das instalações das propriedades. Além disso, estes dispositivos são essenciais para fiscalizar e monitorar atividades suspeitas nos locais fechados, com o objetivo de oferecer resposta imediata em caso de possíveis ameaças.

Outro recurso que vem ganhando espaço é o uso de câmeras de segurança inteligentes, capazes de detectar comportamentos anormais, movimentos fora do padrão ou a presença de pessoas em áreas restritas. Essas câmeras permitem uma resposta proativa, enviando alertas automáticos e reduzindo significativamente o tempo entre a detecção de um incidente e a ação preventiva.

Há também o caso dos softwares de gestão agrícola, que se tornam aliados para a avaliação de riscos dentro da área de cultivo, tornando o ambiente mais seguro para os trabalhadores, de modo a garantir a execução dos serviços de acordo com as normas regulatórias.

A rastreabilidade também entra no processo, com o uso de ferramentas como o blockchain, responsáveis pelo rastreio da origem e do percurso dos produtos agrícolas. O objetivo é aumentar a transparência de toda a cadeia de suprimentos até o consumidor final, gerando segurança alimentar.

Conclusão

Investir em tecnologias para o setor agrícola é uma necessidade de grande importância, principalmente para a melhora da produtividade e segurança das operações. Isso traz credibilidade às propriedades que estão mais atentas às necessidades do mercado, com a realização dos trabalhos de forma eficaz.

Portanto, é fundamental que os proprietários de áreas agrícolas estejam cada vez mais atentos às necessidades de mercado, de forma a ampliar a sua gama de clientes, e a crescer suas vendas.

Fonte: Assessoria e comunicação
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Notícias

Estreia de filme sobre Aury Bodanese será transmitida pelo O Presente Rural

Longa-metragem “Antes do Nascer do Sol” terá lançamento nacional ao vivo nesta terça (18), a partir das 19h. A obra reconstrói a trajetória e o legado de Aury Luiz Bodanese, uma das figuras mais emblemáticas do cooperativismo agro brasileiro e referência no desenvolvimento do agronegócio catarinense.

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O filme “Antes do Nascer do Sol”, que narra a trajetória de Aury Luiz Bodanese, uma das figuras mais emblemáticas do cooperativismo agro brasileiro, estreia oficialmente nesta terça-feira (18), às 19 horas. A transmissão ao vivo está programada para começar às 18h57 e você pode conferir no canal de YouTube de O Presente Rural.

Mais de 20 plataformas de comunicação, distribuídas em quatro estados, vão acompanhar o evento simultaneamente, ampliando o alcance da produção cultural. O lançamento marca um dos maiores movimentos de difusão audiovisual já realizados por um grupo regional de mídia no Sul do país.

Criado por Osnei de Lima e Julmir Cecon, o longa-metragem reconstrói a vida, a obra e o impacto de Bodanese no desenvolvimento do agronegócio catarinense e nacional. O roteiro destaca a atuação dele na consolidação do modelo cooperativista na região Oeste, reconhecido por transformar pequenas propriedades e fortalecer cadeias produtivas como leite, suínos e aves.

A direção de marketing do projeto é assinada por Fernanda Moreira, do Grupo Condá, responsável por coordenar a estratégia que conectou veículos de comunicação e plataformas digitais para o lançamento simultâneo.

Fonte: O Presente Rural
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Notícias

Relação de troca melhora e abre espaço para antecipação de compras de fertilizantes, aponta Itaú BBA

Após a forte volatilidade causada pelo conflito entre Israel e Irã, que pressionou especialmente as cotações da ureia, os preços globais recuaram parcialmente. No Brasil, todos os principais fertilizantes caíram em relação às máximas de julho, tanto em dólar quanto em reais.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A relação de troca entre fertilizantes e os principais produtos agrícolas brasileiros apresentou melhora contínua nos últimos três meses e voltou a níveis próximos da média histórica para nitrogenados e potássicos. A avaliação é da Consultoria Agro do Itaú BBA, no relatório divulgado nesta terça-feira (18), referente novembro de 2025, que aponta um cenário mais favorável para produtores planejarem a safrinha de 2026 e até iniciarem compras para a safra de verão de 2027.

Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Segundo os analistas, após a forte volatilidade causada pelo conflito entre Israel e Irã, que pressionou especialmente as cotações da ureia, os preços globais recuaram parcialmente. No Brasil, todos os principais fertilizantes caíram em relação às máximas de julho, tanto em dólar quanto em reais. O MAP atingiu a mínima do ano, e a ureia voltou a patamares semelhantes aos de 2024

Fosfatados ainda pesam

Com a queda das cotações, a relação de troca melhorou para a maior parte das culturas, refletindo um equilíbrio maior entre custo dos insumos e preços agrícolas. Ainda assim, os fertilizantes fosfatados continuam acima da média histórica, mantendo pressão sobre operações que dependem de maiores doses de MAP e similares.

A única exceção é o café: com as cotações do grão em forte alta ao longo de 2025, o setor registra as melhores relações de troca já

Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná

observadas no histórico da consultoria, o que torna a compra de fertilizantes particularmente atrativa para os cafeicultores

Fontes mais baratas e diluídas

O relatório destaca um movimento estruturante no mercado brasileiro: o avanço do uso de fertilizantes com menor concentração do macronutriente, mas preço mais competitivo por ponto percentual de N ou P₂O₅.

Nos nitrogenados, o sulfato de amônio (SAM) passou a oferecer melhor custo por unidade de nitrogênio do que a ureia, atraindo demanda adicional. Entre os fosfatados, o supersimples (SSP) ganhou espaço pela menor cotação nominal, seguido do supertriplo (TSP), que também avança em relação ao tradicional MAP

O efeito já aparece nas importações: entre janeiro e outubro de 2025, pela primeira vez o Brasil importou mais SAM que ureia, e mais SSP do que MAP, um marco inédito nas duas cadeias

Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná

Oportunidades para safrinha de 2026

Com as relações de troca mais favoráveis e preços recuados, o Itaú BBA avalia que há espaço para acelerar as compras da safrinha de inverno de 2026, que estão atrasadas. Os analistas também citam a possibilidade de produtores iniciarem, desde já, a montagem do pacote tecnológico para a safra 2027, aproveitando o momento de maior previsibilidade de custos

Câmbio segue como ponto de atenção

Apesar da queda nas cotações internacionais de ureia, MAP e KCl, o relatório lembra que a taxa de câmbio continua sendo um fator determinante na formação de preços internos. Movimentos do dólar frente ao real podem neutralizar parte da competitividade obtida pela retração externa dos fertilizantes, especialmente em um momento marcado por instabilidades macroeconômicas globais

Fonte: O Presente Rural com Consultoria Agro do Itaú BBA
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