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Suínos / Peixes

Governo do Tocantins discute implementação de agroindústria de pescado em Aguiarnópolis

Equipe técnica da Sics fará avaliação para emitir parecer da viabilidade econômica. Após essa etapa, o parecer será encaminhado para o Conselho de Desenvolvimento Econômico para que seja aprovado o aporte de recursos provenientes do Fundo de Desenvolvimento Econômico.

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Reunião dá andamento ao estudo de viabilidade de implementação de agroindústria de pescado em Aguiarnópolis - Fotos: Sics/Governo do Tocantins

O Governo do Tocantins fará um estudo de viabilidade técnica e econômica para a instalação de um frigorífico de pescado no município de Aguiarnópolis, região do Bico do Papagaio. As etapas e as especificidades do projeto foram discutidas durante reunião articulada pela Secretaria de Estado da Pesca e Aquicultura (Sepea), na última sexta-feira (26), em Palmas.

Os secretários da Sepea, Miyuki Hyashida, e da Indústria, Comércio e Serviços (Sics), Carlos Humberto Lima, se reuniram com representantes da Cooperativa de Pescadores de Aguiarnópolis, ocasião em que o presidente da Associação, Alexandro Silva Chaves Sobrinho, apresentou a demanda de apoio e recursos, por meio do subprograma Produtos da Terra, da Sics, para a reforma da estrutura de um antigo frigorífico de bovino para ser transformado em frigorífico de pescado. “Este é um projeto que já está bem encaminhado. Quando estamos nesta etapa e temos uma cooperativa organizada, vale a pena, em conjunto com a Secretaria de Indústria e Comércio, que fará a análise de mercado e venda, nos comprometemos a trabalhar da porteira para dentro, para que o produto tenha sanidade, inspeção e toda qualidade de selos e licenças”, afirmou Miyuki.

Para dar continuidade ao projeto, uma equipe técnica da Sics fará avaliação para emitir parecer da viabilidade econômica. Após essa etapa, o parecer será encaminhado para o Conselho de Desenvolvimento Econômico (CDE), em que os conselheiros irão votar para aprovar ou não o aporte de recursos provenientes do Fundo de Desenvolvimento Econômico (FDE). “A gestão do governador Wanderlei Barbosa tem atuado com as prefeituras para identificar as vocações econômicas e trabalhar para que o potencial se torne, de fato, uma realidade. Nossa equipe irá trabalhar para que possamos levar o projeto em frente da melhor forma possível, visando ao impacto social positivo na região, com geração de emprego e renda para todos”, frisou Lima.

O grupo de trabalho recebeu o prefeito de Aguiarnópolis, Wanderly dos Santos Leite, que demonstrou grande expectativa para a implantação do frigorífico. “Quero agradecer o apoio e o empenho da secretária de Estado da Pesca que, com todo carinho, recebeu o município de Aguiarnópois, por meio da cooperativa de produtores, para que esse projeto tão importante seja analisado pelo Governo do Tocantins. Nós temos certeza de que, com a Secretaria da Pesca imbuída e envolvida neste projeto, teremos resultados satisfatórios para que ele seja aprovado pelo Governo do Estado e que nós possamos ter, em um curto prazo, a implantação desse projeto tão importante para os produtores de Aguiarnópolis”, afirmou Leite.

“A Sepea articula, sendo ponto focal dentro das ações de pesca e aquicultura do Tocantins, e busca unir todos os elos da cadeia produtiva e auxiliar na estruturação de políticas públicas, tanto do Estado quanto do município. Partindo disso, temos feito algumas capacitações para atender o produtor dentro e fora da porteira, na parte de agroindustrialização e na parte de organização social”, destacou o diretor de Desenvolvimento da Aquicultura da Sepea, Thiago Tardivo.

Agroindustrialização do pescado

Após a etapa de análise, o Governo do Tocantins dará continuidade ao processo, fazendo a sua avaliação, ou seja, observando se há alguma falha documental ou processual do estabelecimento, por meio do Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins), dentro da sua atuação pelo desenvolvimento do setor, como apontou o engenheiro de Pesca da autarquia, Andrey Costa. “O Ruraltins presta todo o suporte técnico na parte de produção e elaboração dos projetos técnicos para a agroindústria no processamento e na distribuição de pescados, incluindo a implementação desse pescado nas compras institucionais”, destacou Costa.

A execução do planejamento conta ainda com a assistência técnica da Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária do Tocantins (Seagro), que analisará a dimensão do desenvolvimento agroindustrial das estruturas em questão. Essa análise abrange a viabilidade do empreendimento e a existência de grupos de produtores envolvidos no processo.

A abordagem é disciplinar com a Seagro concentrando seu foco na produção e na certificação de selos de inspeção. O objetivo é determinar a melhor região, o tipo de produto e se a sua distribuição é mais adequada em âmbitos nacional e estadual.

Fonte: Ascom/Governo de Tocantins

Suínos / Peixes

Preços do suíno vivo encerram abril com movimentos distintos

Segundo pesquisadores deste Centro, em Minas Gerais, compradores estiveram mais ativos na aquisição de novos lotes de animais, levando suinocultores daquele estado a reajustarem positivamente os valores. Já em outras praças, as cotações seguiram em queda, pressionadas pela demanda enfraquecida.

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Foto: Ari Dias

Os preços do suíno vivo no mercado independente encerraram abril com movimentos distintos entre as regiões acompanhadas pelo Cepea.

Segundo pesquisadores deste Centro, em Minas Gerais, compradores estiveram mais ativos na aquisição de novos lotes de animais, levando suinocultores daquele estado a reajustarem positivamente os valores.

Já em outras praças, as cotações seguiram em queda, pressionadas pela demanda enfraquecida.

Para a carne, apesar da desvalorização das carcaças, agentes consultados pelo Cepea relataram melhora das vendas no final de abril.

Quanto às exportações, o volume de carne suína embarcado nos 20 primeiros dias úteis de abril já supera o escoado no mês anterior, interrompendo o movimento de queda observado desde fevereiro.

Segundo dados da Secex, são 86,8 mil toneladas do produto in natura enviadas ao exterior na parcial de abril, e, caso esse ritmo se mantenha, o total pode chegar a 95,4 mil toneladas, maior volume até então para este ano.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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Suínos / Peixes

Embaixador da Coreia do Sul visita indústrias da C.Vale

Iniciativa pode resultar em novos negócios no segmento carnes da cooperativa

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Visitantes conheceram frigorífico de peixes - Fotos: Assessoria

A C.Vale recebeu, no dia 25 de abril, o embaixador da Coreia do Sul, Lim Ki-mo, e o especialista de negócios da embaixada sul-coreana, Rafael Eojin Kim. Eles conheceram os processos de industrialização de carne de frango, de peixes e da esmagadora de soja, além da disposição dos produtos nos pontos de venda do hipermercado da cooperativa, em Palotina.

O presidente da C.Vale, Alfredo Lang, recepcionou os visitantes e está confiante no incremento das vendas da cooperativa para a Coréia do Sul. “É muito importante receber uma visita dessa envergadura porque amplia os laços comerciais entre os dois países”, pontuou. Também participaram do encontro o CEO da cooperativa, Edio Schreiner, os gerentes Reni Girardi (Divisão Industrial), Fernando Aguiar (Departamento de Comercialização do Complexo Agroindustrial) e gerências de departamentos e indústrias.

O embaixador Lim Ki-Mo disse ter ficado admirado com o tamanho das plantas industriais e a tecnologia do processo de agroindustrialização da cooperativa. “Eu sabia que a C.Vale era grande, mas visitando pessoalmente fiquei impressionado. É incrível”, enfatizou o embaixador, que finalizou a visita cantando em forma de agradecimento pelo acolhimento da direção e funcionários da C.Vale.

 

Fonte: Assessoria CVale
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Suínos / Peixes

Doença do edema em suínos: uma análise detalhada

Diagnóstico da doença pode ser desafiador devido à rápida progressão da condição e à sobreposição de sintomas com outras enfermidades.

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Foto e texto: Assessoria

A doença do edema (DE) é um importante desafio sanitário em nível global na suinocultura. Com alta prevalência a patologia ocasiona perdas econômicas ao setor associadas, principalmente, com a morte súbita de leitões nas fases de creche e recria.

A doença foi descrita pela primeira vez na literatura por Shanks em 1938, na Irlanda do Norte, ao mesmo tempo que Hudson (1938) registrava sua ocorrência na Inglaterra.

Ao pensarmos no controle da enfermidade, a adoção de medidas de manejo adequadas desempenha um papel fundamental na prevenção da disseminação do Escherichia coli, o agente causador da DE.  Desta forma, é essencial reforçar práticas, como o respeito ao período de vazio sanitário durante a troca de lotes, a limpeza e desinfecção regular de todos os equipamentos e baias ocupadas com produtos adequados, e a garantia de que as baias estejam limpas e secas antes da introdução dos animais. Embora possam parecer simples, a aplicação rigorosa dessas ações é indispensável para o sucesso do manejo sanitário.

A toxinfecção característica pela DE é causada pela colonização do intestino delgado dos leitões por cepas da bactéria Escherichia coli produtoras da toxina Shiga2 (Vt2e) e que possuem habilidade de aderência às vilosidades intestinais, sendo uma das principais causas de morbidade e mortalidade em suínos, resultando em perdas econômicas significativas e impactos negativos na indústria suinícola.

Durante a multiplicação da bactéria (E.coli) no trato gastrointestinal dos suínos, a toxina Shiga 2 (Vt2e) é produzida e absorvida pela circulação sistêmica, onde induz a inativação da síntese proteica em células do endotélio vascular do intestino delgado, em tecidos subcutâneos e no encéfalo. A destruição das células endoteliais leva ao aparecimento do edema e de sinais neurotóxicos característicos da doença (HENTON; HUNTER, 1994).

Como resultado, ocorre extravasamento de fluido para os tecidos circundantes, resultando em edema, hemorragia e necrose, especialmente no intestino delgado. Além disso, a toxina pode desencadear uma resposta inflamatória sistêmica, exacerbando ainda mais os danos aos tecidos e órgãos afetados.

Os sinais clínicos da doença do edema em suínos variam em gravidade, mas frequentemente incluem, incoordenação motora com andar cambaleante que evolui para a paralisia de membros, edema de face, com inchaço bem característico das pálpebras, edema abdominal e subcutâneo, fezes sanguinolentas e dificuldade respiratória. O edema abdominal é uma característica marcante da doença, muitas vezes resultando em distensão abdominal pronunciada. Além disso, os suínos afetados podem apresentar sinais neurológicos, como tremores e convulsões, em casos graves.  Em toxinfecções de evolução mais aguda, os animais podem ir a óbito sem apresentar os sinais clínicos da doença, sendo considerado morte súbita.

O diagnóstico da doença do edema em suínos pode ser desafiador devido à rápida progressão da condição e à sobreposição de sintomas com outras doenças. No entanto, exames laboratoriais, como cultura bacteriana do conteúdo intestinal ou de swabs retais podem ajudar a identificar a presença. Quando há alto índices de mortalidade na propriedade, pode se recorrer a técnicas de necropsia, bem como a histopatologia das amostras de tecidos intestinais, sobretudo a identificação do gene da Vt2e via PCR, para o diagnóstico definitivo da doença

O tratamento geralmente envolve a administração de antibióticos, como penicilina ou ampicilina, para combater a infecção bacteriana, juntamente com terapias de suporte, como fluidoterapia e controle da dor.

Embora tenhamos métodos diagnósticos eficientes, o tratamento da doença do edema ainda é um desafio recorrente nas granjas. Sendo assim, prevenir a entrada da doença do edema no rebanho ainda é a melhor opção. Uma dieta rica em fibras, boas práticas de manejo sanitário, evitar situações de estresse logo após o desmame e a prática de vacinação são estratégias eficazes quando se diz respeito à prevenção (Rocha, 2016). Borowski et al. (2002) demonstraram, por exemplo, que duas doses de uma vacina composta por uma bactéria autógena contra E. coli, aplicadas em porcas e em leitões, foram suficientes para obter uma redução da sintomatologia e mortalidade dos animais acometidos.

A doença do edema em suínos representa um desafio significativo para a indústria suinícola, com sérias implicações econômicas e de bem-estar animal. Uma compreensão aprofundada dos mecanismos subjacentes à patogênese da doença, juntamente com a implementação de medidas preventivas e de controle eficazes, é essencial para minimizar sua incidência e impacto. Ao adotar uma abordagem integrada os produtores podem proteger a saúde e o bem-estar dos animais, ao mesmo tempo em que promovem a sustentabilidade e a rentabilidade da indústria suína.

Referências bibliográficas podem ser solicitadas pelo e-mail gisele@assiscomunicacoes.com.br.

Fonte: Por Pedro Filsner, médico-veterinário gerente nacional de Serviços Veterinários de Suínos da Ceva Saúde Animal.
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