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Governo do Paraná vai coordenar instalação de biodigestores no campo para expandir a produção rural

Levantamento da Secretaria da Indústria, Comércio e Serviços aponta que só na região Oeste, onde está a maior parte da produção de suínos e frangos do Estado, há capacidade para instalação de 35 biodigestores. Cada biodigestor produziria 2 Megawatts de energia por mês a partir de 2 toneladas de dejetos.

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Foto: Jonas Oliveira

O Governo do Paraná deu nesta terça-feira (27) um importante passo para um plano estratégico de destinação de dejetos da produção de suínos e frangos no Estado. Capitaneadas pelas secretarias estaduais da Indústria, Comércio e Serviços (Seic) e do Planejamento (Sepl), entidades como a Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento (Seab), Copel, Sanepar, Itaipu, Compagás e Invest Paraná se reuniram com representantes do setor produtivo, como Ocepar, e federações da Agricultura e da Indústria, para tratar da instalação de biodigestores, usinas que usam dejetos animais para produção de energia elétrica.

Levantamento da Seic aponta que só na região Oeste, onde está a maior parte da produção de suínos e frangos do Estado, há capacidade para instalação de 35 biodigestores. Cada biodigestor produziria 2 Megawatts de energia por mês a partir de 2 toneladas de dejetos.

O secretário de Indústria, Comércio e Serviços, Ricardo Barros, explica que a partir de setembro passa a valer o autocontrole sanitário nas unidades abatedoras, o que não vai mais exigir a presença de um fiscal do Ministério da Saúde durante a produção. Isso vai permitir que os frigoríficos possam atuar em três turnos, aumentando a produção de proteína animal, o que demanda ainda mais atenção à destinação correta dos dejetos.

“Temos dificuldade com licenças ambientais para novos produtores porque hoje os rios da região Oeste, onde está a maior produção de proteína animal do Estado, já estão saturados. Então temos que tratar esses dejetos para gerar energia limpa, alinhando produção à sustentabilidade, que é o discurso e ação do governo Ratinho Junior”, explica o secretário.

Barros também destaca que a instalação de biodigestores vai permitir expandir ainda mais a produção de proteína animal no Estado, uma vez que haverá destinação correta dos resíduos orgânicos. O Paraná já lidera com folga a produção de frangos no Brasil, com 2,04 bilhões de aves abatidas em 2022, representando 33,5% da produção nacional – o segundo e terceiro colocados, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, representam, respectivamente, 13,4% e 13,1%.

Na produção de carne suína, o Paraná é o segundo maior produtor, com 11,5 milhões de cabeças abatidas ano passado, o que representou 20,4% da produção brasileira.

“Com a iniciativa efetiva do Governo do Estado instalando gasodutos e linhas de transmissão vamos conseguir colocar muitos biodigestores para tratar os resíduos, o que vai permitir o crescimento da produção de proteína animal no Paraná. Afinal, mercado não falta, já que temos o status de livre de febre aftosa sem vacinação. Ou seja, seremos o supermercado do mundo, mas para isso precisamos resolver o problema que hoje trava o desenvolvimento, que são os detritos da criação de proteína animal”, enfatiza Ricardo Barros.

Segundo ele, esse é um trabalho que vai além do RenovaPR e do Banco do Agricultor, programas que já viabilizam, com crédito subsidiado, a instalação de biodigestores em propriedades rurais.

Trabalho coordenado

O secretário de Planejamento, Guto Silva, afirma que a partir da reunião desta terça o tratamento dos dejetos animais com biodigestores passa a ter um planejamento coordenado. “Essa é uma discussão estratégica para o Paraná, que lidera a produção de energia limpa no Brasil. E todo esse dejeto da avicultura e suinocultura pode virar energia limpa pelo biogás através dos biodigestores”, explica Silva.

A expectativa do secretário do Planejamento é de que o plano seja estruturado para que entre em curso no segundo semestre. Silva elencou sete frentes de atuação para a instalação dos biodigestores: Planejamento e Legislação, Licenciamento, Fomento, Incentivos Fiscais, Inovação, Infraestrutura e Capacitação de Mão de Obra. “O Paraná já produz alimentos de forma competitiva e sustentável. Agora, vamos transformar nossas propriedades rurais em geradoras de energia limpa, o que vai gerar receita e sustentabilidade”, destaca o secretário de Planejamento.

Eduardo Bekin, presidente da Invest Paraná, agência de negócios do Governo do Estado vinculada à Seic, disse que além de resolver o problema ambiental, a produção de energia a partir dos resíduos orgânicos também é uma oportunidade de o Paraná conquistar mais mercados para as carnes suína e de frango.

“Com essa destinação vai crescer a produção de proteína animal e hoje a tendência de grandes mercados é de se comprar apenas de fornecedores ecologicamente corretos. Por isso os biodigestores só somam na produção do Paraná, que já é um estado onde o agronegócio produz com métodos sustentáveis”, avalia. “Com os biodigestores temos chance de conquistar novos mercados. O mercado europeu, por exemplo, vai nos olhar de outra forma”.

Thiago Gonzalez, diretor-técnico da EnerDinBo, empresa de energia que atua com 40 produtores responsáveis pela criação de cerca de 100 mil suínos, destacou a iniciativa de se juntar esforços do poder público e do setor privado para elaborar um plano de destinação dos detritos para produção de energia sustentável.

“Temos vários atores trabalhando de forma individual nesse sentido. Mas agora está na hora de juntar esforços para elaborar um plano de governo que seja voltado para o desenvolvimento da cadeia pecuária com desenvolvimento sustentável no tratamento desses resíduos, já que estamos com saturação do solo e dos recursos hídricos, principalmente no Oeste do Paraná, que é maior produtora de proteína animal adensada do mundo”, reforça Gonzalez.

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Dilvo Grolli recebe Menção Honrosa da ABCA por sua contribuição à agronomia brasileira

Reconhecimento destaca seu papel no avanço científico, na inovação cooperativista e na consolidação do Show Rural como vitrine tecnológica do agro.

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A Academia Brasileira de Ciência Agronômica (ABCA) prestou, dias atrás, homenagem especial ao presidente da Coopavel, Dilvo Grolli. Ele recebeu o título de Menção Honrosa pela relevante contribuição ao fortalecimento da Engenharia Agronômica no Paraná e no Brasil. O reconhecimento é concedido a personalidades que, além de estimular avanços científicos e tecnológicos no agro, destacam-se como empreendedores que impulsionam o crescimento de suas regiões e do País.

Fotos: Divulgação/Coopavel

Dilvo Grolli tem trajetória reconhecida no cooperativismo paranaense e nacional. Sua visão de futuro e capacidade de liderança contribuíram para transformar a Coopavel em uma das cooperativas mais respeitadas do País, referência em gestão, inovação e apoio ao produtor rural. Ele também é um dos idealizadores do Show Rural Coopavel, criado ao lado do agrônomo Rogério Rizzardi, evento que se tornou um dos maiores centros difusores de tecnologia agrícola do mundo e que impacta diretamente a evolução do agronegócio paranaense e de estados vizinhos.

Exemplo

O presidente da ABCA, professor-doutor Evaldo Vilela, destacou a grandeza dessa contribuição ao afirmar que Dilvo Grolli é um exemplo de liderança que transforma. “Sua dedicação ao cooperativismo, ao conhecimento agronômico e à inovação, traduzida na criação do Show Rural, tem impacto direto no desenvolvimento sustentável do agro brasileiro”.

Ao agradecer a honraria, Dilvo ressaltou o papel indispensável da Engenharia Agronômica para o Brasil. “A agronomia é uma das bases que sustentam o agronegócio moderno. Sem esse conhecimento técnico e científico, o campo não teria alcançado o nível de produtividade e competitividade que hoje coloca o Brasil entre os maiores produtores de alimentos do mundo”, afirmou. Também destacou a importância dos agrônomos ao sucesso das cooperativas: “Profissionais da agronomia têm participação decisiva no crescimento de instituições como a Coopavel, que chega aos seus 55 anos dedicada ao desenvolvimento da agropecuária brasileira”.

A solenidade também enalteceu outros líderes locais, entre eles o empresário Assis Gurgacz, igualmente homenageado por sua atuação e pelo apoio contínuo ao desenvolvimento do setor produtivo, e a agronomia por meio da FAG. O professor Evaldo destacou que figuras como Dilvo Grolli e Assis Gurgacz ajudam a consolidar um ambiente favorável à inovação, à sustentabilidade e ao aprimoramento técnico da agropecuária brasileira, bem como da agronomia.

 

Fonte: Assessoria Coopavel
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Copacol reconhece desempenho dos produtores no Experts do Agro

Com participação de 120 produtores, evento premiou melhores resultados regionais e apresentou o próximo desafio: alcançar 500 sacas por alqueire somando soja e milho.

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A dedicação, o conhecimento e a capacidade de inovação dos cooperados foram reconhecidos pela Copacol na cerimônia de premiação do Projeto Experts do Agro. O evento reuniu em Cafelândia agricultores, familiares, técnicos e parceiros que, ao longo nos últimos dois anos, trabalharam com foco em eficiência, sustentabilidade e melhores resultados no campo.

Divido em três regiões (Baixa, Alta e Sudoeste) o Experts do Agro teve a participação de 120 cooperados e cooperadas, que participaram de encontros e treinamentos intensos, com análises de estudos exclusivos do Centro de Pesquisa Agrícola (CPA). O conhecimento obtido por cada um dos agricultores foi aplicado em áreas de cultivo e os melhores resultados tiveram o reconhecimento da Cooperativa.

Fotos: Divulgação/Copacol

Foram premiados os três melhores de cada região. Cada um foi presenteado com uma viagem à Foz do Iguaçu, com hospedagem em resort e direito à um acompanhante. Na região baixa, regional de Nova Aurora, os premiados foram: com 4.304,5 pontos, Sidney Polato de Goioerê André Gustavo, com 4.343,15 pontos e com 4.388,5 pontos Simone Chaves Oenning, de Nova Aurora, que se destacou com o maior resultado da região, com produtividade de 208 sacas por alqueire.

Na região alta, regional de Cafelândia, os vencedores foram: com 4.177,8 pontos, Elton José Müller, de Bom Princípio, Toledo Elci Dalgalo, de Cafelândia, com 4.208,5 pontos e com 4.260 pontos, também de Cafelândia, Marcio Rogério Scartezini, que se destacou com produtividade de 221,6 sacas por alqueire.

Já no Sudoeste, os destaques foram os produtores: com 4.205,4 pontos, Willian Rafael Dallabrida, de Flor da Serra Ricardo Galon, de Salto do Lontra, com 4.630 pontos e com 4.724 pontos, Douglas dos Santos Cavalheiro, de Pérola do Oeste, que colheu 241,9 sacas por alqueire.

Proporcionar ao produtor tecnologia e conhecimento técnico para garantir uma safra com maior produtividade e rentabilidade foi a proposta do Projeto Experts do Agro. No decorrer dos anos, vários desafios foram lançados aos cooperados e superados pelos participantes: Projeto 160, Produtividade com Qualidade Soja + Milho 440 e Excelência 460.

A partir de 2026, os cooperados serão desafiados a participar do Projeto Safra 500: total de sacas de milho soja por alqueire. “Evoluímos muito no decorrer das seis décadas de atuação da Copacol e com as pesquisas realizadas avançamos de maneira rápidas. Tivemos elevadas produtividades graças a essa aplicação de tecnologias no campo. Agora, temos pela frente um novo desafio, que também será alcançado com o desenvolvimento de estudos que auxiliam os produtores”, afirma o diretor-presidente da Copacol, Valter Pitol.

Destaque

Diretor-presidente da Copacol, Valter Pitol: “Evoluímos muito no decorrer das seis décadas de atuação da Copacol e com as pesquisas realizadas avançamos de maneira rápidas. Tivemos elevadas produtividades graças a essa aplicação de tecnologias no campo”

Com a maior produtividade entre todos os participantes do Projeto Experts do Agro, Douglas Cavalheiro aplicou na propriedade todo o conhecimento obtido nos treinamentos. O resultado superou as expectativas do cooperado do Sudoeste paranaense, onde a Copacol está expandindo a atuação nos últimos anos.

“A Copacol tem feito a diferença em nossas vidas. No Sudoeste não tínhamos oportunidades de nos capacitar, de buscar crescimento. Com a chegada da Cooperativa, estamos evoluindo a cada ano em produtividade, em conhecimento técnico e inovação, e por meio do CPA temos à disposição o que há de mais avançado para produzir. Estou feliz não só pelo prêmio, mas pela presença da Cooperativa em nossa região”, comemora o campeão de produtividade.

Atrações

Além da premiação dos cooperados, o encerramento do Experts do Agro contou um panorama amplo do mercado atual de grãos, com Ismael Menezes, especialista em economia e mercado agrícola, com mais de 20 anos de experiência no setor do agro. Duante a cerimônia, o gerente técnico, João Maurício Roy, e o supervisor do CPA, Vanei Tonini, apresentaram um resumo da safra, o desempenho elevado da Cooperativa na comparação com as demais áreas agrícolas e os avanços alcançados pelos participantes do Experts do Agro ao longo dos últimos dois anos.

“Conseguimos traduzir os resultados de pesquisas do CPA em informações que chegam lá no campo. Foram dois anos de troca de experiências com êxito. Encerramos em grande estilo reconhecendo os produtores que mais se destacaram nos manejos e na aplicação das tecnologias. Com produtividade 30% maior que a média geral da Cooperativa, finalizamos com sucesso o Experts do Agro”, exalta João.

Critérios de avaliação

Além da boa produtividade no Experts do Agro, os produtores premiados se destacaram também na boa condução dos manejos, como: Incremento de produtividade em relação à média da unidade em sacas por alqueire qualidade estrutural do solo cobertura do solo com consórcio milho + braquiária, cobertura pré-trigo cobertura após o milho segunda safra manejo de buva e participação nos encontros dos Experts do Agro.

Fonte: Assessoria Copacol
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Nova edição de Nutrição & Saúde Animal destaca avanços que moldam o futuro das proteínas animais

Conteúdos exclusivos abordam soluções nutricionais que ampliam índices produtivos e fortalecem a sanidade de aves, suínos, peixes e ruminantes.

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A nova edição do Jornal Nutrição e Saúde Animal, produzida por O Presente Rural, já está disponível na versão digital e reúne uma ampla cobertura técnica sobre os principais desafios e avanços da produção animal no Brasil. A publicação traz análises, pesquisas, tendências e orientações práticas voltadas aos setores de aves, suínos, peixes e ruminantes.

Entre os destaques, o jornal aborda a importância da gestão de micotoxinas na nutrição animal, tema discutido no contexto da melhoria da eficiência dos rebanhos . A edição também traz conteúdos sobre o uso de enzimas e leveduras e o papel dessas tecnologias na otimização de dietas e no desempenho zootécnico .

Outro ponto central são os avanços na qualificação de técnicos e multiplicadores, essenciais para promover o bem-estar animal e disseminar práticas modernas dentro das granjas . O jornal destaca ainda o impacto estratégico dos aminoácidos na nutrição, além de trazer uma análise sobre conversão alimentar, tema fundamental para a competitividade da agroindústria .

Os leitores encontram também reportagens sobre o uso de pré-bióticos, ferramentas de prevenção contra Salmonella, estudos sobre distúrbios de termorregulação em sistemas produtivos e avaliações sobre os efeitos da crescente pressão regulatória e tributária sobre o setor de proteína animal .

A edição traz ainda artigos sobre manejo, probióticos, qualidade de ovos, doenças respiratórias em animais de produção e desafios sanitários relacionados a patógenos avícolas, temas abordados por especialistas e instituições de referência no país .

Com linguagem acessível e foco técnico, o jornal reforça seu papel como fonte de atualização para produtores, gestores, consultores, médicos-veterinários e demais profissionais da cadeia produtiva.

A versão digital já está disponível no site de O Presente Rural, com acesso gratuito para leitura completa, clique aqui.

Fonte: O Presente Rural
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