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Governo do Paraná reúne entidades públicas e privadas do agro para alinhar novas ações estratégicas

Objetivo é ter projetos específicos para solucionar problemas comuns visando uma agropecuária paranaense mais competitiva e um ambiente rural mais sustentável e rentável.

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O Sistema Estadual de Agricultura (Seagri) reuniu nesta segunda-feira (16) representantes de entidades agropecuárias do Paraná para discutir o alinhamento das ações estratégicas relacionadas ao setor. Durante o encontro, na sede do Sebrae/PR, em Curitiba, foram definidas três áreas de atuação e a participação de cada uma das entidades para debater e apresentar soluções visando ao desenvolvimento dos projetos.

Fotos: Evandro Fadel/Seab

As grandes linhas e projetos prioritários são certificação, com trabalho voltado a alternativas para acelerar a homologação do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e rastreabilidade; água e solo, com projetos em produção, guarda e uso hídrico, manejo de solo e estradas rurais; e agricultura e agroindústria familiar, trabalhando mercado, sucessão, cooperativismo e associativismo, turismo, equipamentos, infraestrutura e assistência técnica.

A proposta do trabalho comum havia sido apresentada a cada uma das entidades de forma individual pelo secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Natalino Avance de Souza. “Todos queremos o crescimento da agropecuária paranaense, todos temos o agricultor como sujeito de nossas ações, então é importante unir as forças para conseguirmos os objetivos com menos desgaste e mais proatividade”, salientou. “O objetivo é ter um estado mais competitivo e um rural mais sustentável”.

Segundo ele, algumas das maiores preocupações do setor são comuns e podem ser enfrentadas e vencidas conjuntamente. Em relação às preocupações ambientais, Natalino salientou principalmente a necessidade de combater o mau uso de produtos químicos.

No aspecto tecnológico, a proposta é trabalhar melhor o manejo de solos e produzir e manter água também para uso na produção rural. “Temos que cuidar daquilo que é nosso bem mais precioso”, afirmou. Ele também se referiu às preocupações sociais, como a penosidade do trabalho, a redução de mão de obra e a necessária melhoria de renda.

O presidente da Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), José Roberto Ricken, acentuou a importância da união até para ter mais força perante o governo federal. “Estamos juntos para crescer e trabalhar”, acentuou.

Segundo ele, a Ocepar tem muito interesse no avanço em certificação da produção agropecuária paranaense, utilizando inclusive tecnologia reconhecida do Tecpar. “Precisamos

sentar e ter um programa do Paraná”, reforçou.

“Quando colocamos numa sala todas as entidades que podem ajudar na mudança é um grande avanço”, afirmou o superintendente do Sebrae/PR, Vitor Roberto Tioqueta. Segundo ele, a entidade, que abrigou a reunião desta segunda-feira, poderá auxiliar de forma ativa em questões de gestão e de prospecção e estratégias de mercado.

Para a diretora técnica da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Débora Grimm, os desafios que o Estado enfrenta não são novidades. “A agregação das entidades para enfrentar é fundamental”, disse. “Fazer alguma coisa também está em nossas mãos”. Segundo ela, o Sistema Senar tem atuado de forma efetiva na Assistência Técnica e Gerencial. “Levar isso aos produtores faz a diferença”, acrescentou.

Uma assistência técnica que trabalhe mais a governança das cooperativas da agricultura familiar foi apresentada como o diferencial pela Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores Familiares do Estado do Paraná (Fetaep). Segundo a vice-presidente, Ivone Francisca de Souza, é necessário que as políticas públicas realmente cheguem ao campo, levando qualidade de vida, renda e conectividade, pois é isso que manterá a juventude no ambiente rural.

Cooperação

Durante o evento, o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater (IDR-Paraná) assinou Termo de Cooperação com o Sebrae/PR para promover ações integradas com foco na melhoria das atividades de turismo rural. Por meio dele o Sebrae irá capacitar técnicos do IDR-Paraná e produtores rurais para transformar o turismo rural em alternativa complementar de renda.

Também está previsto orientação aos produtores para melhoria das práticas de gestão e formatação de produtos turísticos rurais, incluindo viagens para troca de conhecimento e organização de eventos estaduais de turismo rural.

O termo tem validade de 30 meses. Durante esse período a meta é capacitar 30 técnicos do IDR-Paraná e 500 agricultores em termos correlatos ao turismo rural e prestar assistência técnica para 200 propriedades.

Fonte: AEN-PR

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Cotações do milho iniciam setembro em alta

Reação dos preços é impulsionada pela demanda externa e recompra de fundos, enquanto a colheita avança nos EUA e a oferta interna no Brasil segue restrita.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Após registrar três meses seguidos de queda, as cotações do milho iniciaram o mês de setembro em alta na bolsa de Chicago. No Brasil, os preços seguem em trajetória de alta em setembro, após terem subido 4% em agosto na praça de Campinas (SP).

A colheita do milho iniciou nos EUA, com bom ritmo registrado na primeira semana. A demanda externa pelo milho brasileiro se aqueceu no último mês, porém segue abaixo do ritmo registrado no ano passado.

Balanço global de milho, em milhões de toneladas. Fonte: USDA.

A safra americana seguiu se desenvolvendo bem, mas nesse início de setembro, um movimento de recompra dos fundos (que ainda seguem bem vendidos) e uma boa demanda pelo grão dos EUA ajudou a valorizar o cereal. Apesar disso, a expectativa de grande safra americana deve moderar o movimento de alta da CBOT.

A valorização externa somada à depreciação do real resulta em elevação da paridade de exportação, que acaba levando de carona os preços internos. Além disso, os produtores seguem comercializando o milho em ritmo mais lento e limitando a oferta disponível, acompanhando o desenvolvimento do clima nas regiões produtoras de milho 1ª safra. Nos primeiros dez dias de setembro, o cereal em Campinas (SP) apresentou valorização de 4%, para R$ 62/saca.

Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), os americanos já colheram 5% dos campos com o cereal, contra 4% do ano passado e 3% da média das últimas cinco safras. O estado mais adiantado é o Texas, onde o plantio começa mais cedo e 75% da colheita já foi concluída. Em Illinois, 2% dos campos foram colhidos enquanto em Indiana, 1%.

De acordo coma Secretaria de Comércio Exterior (Secex), os embarques em agosto somaram 6 MM t, quase o dobro das 3,6 MM t exportadas em julho. Contudo, na soma do ano comercial fev-ago, a exportação de milho está 31% abaixo de 2023. A menor oferta interna, ausência da China no mercado internacional e maior competitividade do milho americano ajudam a explicar o movimento.

 

Balanço interno de milho, em milhões de toneladas. Fonte: USDA, Secex, Itaú BBA.

Fonte: Consultoria Agro do Itaú BBA
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Notícias Com R$ 44,6 milhões do Fundo Clima

BNDES financia produção sustentável da Cooperativa Agrária no Paraná

Cooperativa vai substituir caldeira a lenha por uma mais moderna e sustentável, a cavaco e resíduo agroindustrial, e expandir a estocagem de resíduos de cereais.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 44,6 milhões, por meio do Fundo Clima, à Cooperativa Agrária Agroindustrial para substituição da caldeira da indústria de óleo em Guarapuava (PR) a lenha por uma mais moderna e sustentável, a cavaco e resíduo agroindustrial, e para a expansão da estocagem de resíduos de cereais.

A unidade fornece matéria-prima para refinarias de óleo de soja, indústrias de margarinas, biodiesel, entre outros produtos que abastecem empresas do mercado interno e de exportação. A fábrica também produz farelo de soja para as indústrias de nutrição animal, tanto no Brasil quanto no exterior.

Com 30 anos de uso, a atual caldeira da fábrica não foi projetada para consumir resíduos de cereais. A substituição por uma mais moderna reduzirá o custo de frete, além de reduzir o preço da tonelada de vapor com o consumo de recurso disponível na própria unidade. O objetivo é queimar todo resíduo cereal produzido em Guarapuava, o que corresponde a cerca de 5 mil toneladas por ano.

Também serão instalados silos para armazenamento de 500 toneladas de resíduos finos de cereais, além da implantação de sistema de recepção, moagem e armazenagem.

“Com a modernização para maior eficiência energética e redução de custos operacionais, a cooperativa deixará de emitir 582 toneladas de CO2 por ano. Esse é o objetivo do Fundo Clima no governo do presidente Lula: um importante instrumento de investimento em projetos de sustentáveis e que visem a descarbonização no país”, explica o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

“O projeto atende às diretrizes da nova política industrial, que visa o desenvolvimento da bioeconomia, a descarbonização e a transição energética”, explica o diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, José Luís Gordon.

Fundo Clima ‒ O financiamento na modalidade Transições Energéticas se alinha aos objetivos de apoiar a aquisição de máquinas e tecnologia para reduzir emissões de gases do efeito estufa. Em abril deste ano, o BNDES e Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima anunciaram a transferência de R$ 10,4 bilhões ao Fundo, que agora é o principal instrumento do Governo Federal no combate às mudanças climáticas. Até 2023, o orçamento era de R$ 2,9 bilhões.

Cooperativa Agrária Agroindustrial ‒ Hoje, a cooperativa tem 728 cooperados e cerca de 1.900 colaboradores, que atuam no recebimento, industrialização e comercialização de produtos agropecuários. As principais culturas do grupo são a soja, o milho, o trigo e a cevada, com matriz energética predominantemente formada por fontes renováveis. Em 2023, a produção total de grãos pelos cooperados foi de 932 mil toneladas.

Fonte: Assessoria BNDES
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Competitividade da carne suína sobe frente ao boi, mas cai em relação ao frango

Preços médios destas carnes vêm registrando altas no mercado atacadista da Grande São Paulo neste mês de setembro.

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Foto: Shutterstock

Os preços médios das carnes suína, de frango e de boi vêm registrando altas no mercado atacadista da Grande São Paulo neste mês de setembro.

Pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) indicam que os avanços nos valores da carne suína, no entanto, se destacam em relação aos do frango, mas ficam abaixo dos observados para a bovina.

Diante desse contexto, de agosto para setembro, a competividade da carne suína tem crescido frente à bovina, mas diminuído em relação à avícola.

Fonte: Assessoria Cepea
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