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Governo do Paraná cobra celeridade da União para acabar com invasões de terra no Oeste do Estado
Com o objetivo de reforçar a busca por uma solução definitiva contra as invasões de terras por indígenas na região Oeste do Estado, o governador Carlos Massa Ratinho Junior enviou um ofício ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrando uma posição da União a respeito. O documento foi protocolado na quinta-feira (31).
Com o objetivo de reforçar a busca por uma solução definitiva contra as invasões de terras por indígenas na região Oeste do Estado, o governador Carlos Massa Ratinho Junior enviou um ofício ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrando uma posição da União a respeito. O documento foi protocolado na quinta-feira (31).
No ofício, Ratinho Junior reiterou a cobrança por mais celeridade por parte do Ministério da Justiça e Segurança Pública, do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar e da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) para a resolução dos conflitos envolvendo os invasores e agricultores. Desde janeiro, episódios de violência têm causado a insegurança de moradores da região Oeste, especialmente aqueles residentes nos municípios de Guaíra e Terra Roxa.
Para garantir a segurança de todos os envolvidos, inclusive dos próprios indígenas, Ratinho Junior determinou que a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) reforçasse o policiamento com profissionais especializados que integram o Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque) e o Batalhão de Polícia Militar da Fronteira (BPFron), além de reforço aéreo para patrulhamento. “Esses policiais militares estão dando apoio ao trabalho realizado pela Polícia Federal e pela Força Nacional”, afirmou o governador.
Apesar do esforço dos agentes de segurança do Paraná, a atuação acaba sendo limitada devido às invasões serem cometidas por indígenas, fazendo com que a responsabilidade pela mediação e eventuais reintegrações de posse recaia apenas sobre o governo federal e o Poder Judiciário. Por esse motivo, Ratinho Junior também se reuniu com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes na última quarta-feira (30), a quem propôs soluções buscando o fim imediato do problema.
Entre as medidas propostas pelo governador, estão a autorização para que os policiais estaduais possam auxiliar diretamente no plano de ação das forças de segurança nacional na região e em eventuais reintegrações de posse de propriedades privadas.
Ratinho Junior também propôs a análise de que os invasores sejam reassentados em uma área de aproximadamente 40 mil hectares em Ilha Grande. A medida visa atender aos anseios dos indígenas ao mesmo tempo em que garantiria a segurança dos agricultores, com reconhecimento do direito deles à propriedade privada.
Para além da articulação que mira uma resolução jurídica definitiva do problema, o governador manifestou à Presidência da República a necessidade urgente de uma atuação mais firme do poder público para garantir a segurança da população paranaense. “Essa situação da demarcação já está judicializada e em análise no Supremo Tribunal Federal. Mas não podemos perder tempo ou fechar os olhos, sob risco de assistir a uma tragédia. É momento de olhar com atenção para o pacto civilizatório e garantir uma resolução pacífica”, defendeu Ratinho Junior.
Escalada na violência
Em julho, um agricultor foi ferido e precisou ser hospitalizado após ser atacado por cerca de 20 indígenas na propriedade onde trabalhava com seu pai na localidade de São Domingos, em Guaíra. Na ocasião, o Sindicato Rural do município se manifestou com medo de que novas ocorrências pudessem acabar em mortes.
Os problemas continuaram e, no fim de agosto, indígenas ficaram feridos em outro conflito. Em setembro, um oficial da Força Nacional foi agredido por indígenas e teve o seu fuzil roubado na cidade vizinha de Terra Roxa. Desde então, os órgãos públicos têm recebido outras denúncias sobre tentativas de invasão e outros episódios de violência.
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Colômbia abre mercado para sementes de setária
Planta é uma espécie forrageira para alimentação de gado de corte.
O governo brasileiro recebeu, com satisfação, o anúncio, pelo governo da Colômbia, da autorização para que o Brasil exporte sementes de setária, uma espécie forrageira para alimentação de gado de corte.
Conhecidas por sua resistência, as sementes de setária atendem à demanda de produtores interessados em soluções de forragem que otimizem a produtividade e a sustentabilidade na criação de animais.
Em 2024, já haviam sido abertos, na Colômbia, os mercados de sementes de coco e de grãos secos de destilaria. Em 2023, a Colômbia representou um mercado de US$ 1,3 bilhão para as exportações agrícolas brasileiras.
Com essa nova autorização, o agronegócio brasileiro alcança sua 192ª abertura neste ano, totalizando 270 aberturas em 61 destinos desde o início de 2023.
Esses resultados são fruto do trabalho conjunto entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE).
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Outubro registra o segundo melhor desempenho da série histórica na abertura de mercados
Nos últimos 31 dias, foram abertas 34 oportunidades em 12 países, quase igualando as 35 aberturas de todo o ano de 2019.
Em outubro, o número de aberturas de mercados para produtos agrícolas alcançou o segundo maior resultado da série histórica no comércio internacional. Nos últimos 31 dias, foram abertas 34 novas oportunidades em 12 países, número próximo ao registrado ao longo de todo o ano de 2019, quando foram contabilizadas 35 aberturas. O desempenho só fica atrás de setembro deste ano, que atingiu um recorde de 55 novos mercados em 14 países.
As aberturas contemplaram diversas cadeias produtivas, com destaque para algodão em pluma e caroço destinados à Arábia Saudita; sementes de milho, sorgo, soja e braquiária para o Gabão; sementes de setária para a Colômbia; amêndoas de cacau e erva-mate para os países da União Eurasiática (Rússia, Armênia, Belarus, Cazaquistão e Quirguistão); sêmen e embriões de ovinos e caprinos para Cuba; frutos secos de macadâmia para o Japão; e carne de ovinos e caprinos para o Catar, entre outros.
De acordo com levantamento da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, nos últimos 10 meses, o Brasil alcançou 192 aberturas de mercados em 48 destinos. Desde o começo de 2023, período em que iniciou o terceiro mandato do presidente Lula e a gestão do ministro Carlos Fávaro no Mapa, o Brasil alcançou um total de 270 mercados em 61 países.
“A abertura de novos mercados é uma prova de que o Brasil possui atributos demandados nos dias atuais, como sanidade, sustentabilidade, competitividade e confiabilidade do serviço sanitário e do setor produtivo brasileiro, reconhecidos em mais de 200 nações e territórios. Esse resultado é fruto do trabalho conjunto de muitos, sob a liderança dos ministros Carlos Fávaro e Mauro Vieira, com destaque para nossos adidos agrícolas nas negociações comerciais bilaterais. Mais de 65% das aberturas desta gestão ocorreram em postos onde temos adidos, e, com a expansão de 29 para 40 postos, certamente muitos outros recordes estão por vir”, destacou o secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua.
A expansão de mercados internacionais tem sido fundamental para o crescimento das exportações brasileiras. Em setembro, as exportações do agronegócio brasileiro atingiram um recorde de US$ 14,19 bilhões em vendas externas, representando um aumento de 3,6% em relação ao mesmo período de 2023. Nos últimos doze meses, de outubro de 2023 a setembro de 2024, as exportações do setor somaram US$ 166,19 bilhões, registrando um aumento de 1,8% em comparação aos US$ 163,19 bilhões exportados nos doze meses anteriores.
Tais resultados são fruto do trabalho conjunto do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e do Ministério das Relações Exteriores (MRE), com o apoio da ApexBrasil nas ações de promoção comercial no exterior.
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Copacol é homenageada pela Ocergs por cooperar com o Rio Grande do Sul
Diante da tragédia registrada em maio, a Cooperativa realizou contribuições financeiras, além da doação de alimentos, materiais de higiene/limpeza e cargas de suprimentos para manter criações de gado afetadas.
A mobilização para cooperar com as vítimas das enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul rendeu à Copacol uma homenagem do Sistema Ocergs (Organização das Cooperativas do Estado do Rio Grande do Sul).
Diante da tragédia registrada em maio, a Cooperativa realizou contribuições financeiras, além da doação de alimentos, materiais de higiene/limpeza e cargas de suprimentos para manter criações de gado afetadas. Além disso, com a Campanha do Dia C, a comunidade também contribuiu com donativos, transportados pela frota da Copacol até as bases coordenadas pela Ocergs. “Fico emocionado ao relembrar essa atuação do cooperativismo. Logo que iniciamos nossos pontos de arrecadação, a Copacol foi a cooperativa que mais ajudou todo esse movimento prol Rio Grande do Sul e foi fundamental para mitigar o sofrimento ao povo gaúcho. Não temos palavras para agradecer tudo o que foi feito”, enaltece o presidente do Sistema Ocergs, Darci Hartmann.
Como símbolo de agradecimento, um monumento foi entregue à Copacol, composto por uma arte com o formato geográfico do Rio Grande do Sul. Entre cores da bandeira gaúcha e símbolos tradicionais, uma mancha simboliza a cheia do rio Guaíba e seus afluentes. A homenagem passa a compor o acervo Padre Luís Luise, demostrando a união entre o Paraná e o Rio Grande do Sul. “Ficamos honrados pela homenagem feita pela Ocergs pela cooperação que realizamos aos gaúchos neste momento extremamente desafiador. Nosso desejo foi de contribuir para proporcionar dignidade às famílias afetadas. Agradecemos por esse reconhecimento, que compartilho com cada um dos nossos cooperados, colaboradores, consumidores, comunidade, enfim, todos que cooperaram nessa ação voluntária”, agradece o diretor-presidente, Valter Pitol.
Homenagem
A homenagem ocorreu durante Jantar dos Presidentes realizado em Porto Alegre (RS), com a participação do superintendente de Logística da Copacol, Itamar Ferrari, que representou a Diretoria Executiva no evento, que também contou com a presença de José Roberto Ricken, presidente da Ocepar (Organização das Cooperativas do Estado do Paraná). “Nossa mobilização demonstrou a força do cooperativismo, como nos solidarizamos diante desta tragédia e como somos organizados para atuar mesmo diante de uma situação difícil como esta. Ficamos muito felizes em saber que nossa ajuda fez a diferença. Conseguimos expressar nosso carinho e admiração ao povo gaúcho, que tem fortes vínculos com nossa tradição”, afirma Ferrari.
Situação atual
O estado ainda se recupera dos prejuízos, sobretudo o perímetro rural, onde diferentes impactos foram verificados. No Vale do Taquari, composto por pequenas propriedades, muitas áreas ficaram com sedimentos de até dois metros depositados e outras regiões a erosão foi de dois metros. “A estrutura de solo foi afetada e a recuperação não será rápida”, afirma Hartmann, que também aponta danos significativos na chamada nova fronteira agrícola, na metade sul do estado, onde dois milhões de hectares foram abertos há apenas cinco anos. “A safra de soja foi perdida, após 50 dias de chuva, com sementes brotadas no pé. Já na metade norte, que possui uma condição agrícola consolidada, a colheita foi finalizada, mas a erosão deixou grandes danos que levarão anos e investimentos significativos para a recuperação do solo”, afirma o presidente da Ocergs.