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Governo do Paraná apresenta novas tecnologias em genética, saúde animal e bioinsumos no Show Rural Coopavel 2023
A partir da próxima segunda-feira (06), pequenos, médios e grandes produtores rurais podem conferir as inovações no estande da Unioeste, instalado no Parque Tecnológico da Cooperativa Agroindustrial de Cascavel (Coopavel), no Show Rural.

A Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (Seti), em parceria com a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), apresenta soluções tecnológicas para o agronegócio durante a 35ª edição do Show Rural, em Cascavel, no Oeste. A partir da próxima segunda-feira (06), das 08 às 17 horas, pequenos, médios e grandes produtores rurais podem conferir as inovações no estande instalado no Parque Tecnológico da Cooperativa Agroindustrial de Cascavel (Coopavel). O evento segue até sexta-feira (10).
Com o objetivo de contribuir para o aumento da produtividade de pequenas, médias e grandes propriedades agropecuárias, a Seti selecionou programas estratégicos e startups que integram o Vale do Genoma e outros ecossistemas de inovação para apresentar serviços específicos para o público da feira. Localizado em Guarapuava, na região Centro-Sul do Estado, o Vale do Genoma consiste em um ecossistema de inovação com ampla expertise em agropecuária, meio ambiente e saúde.
O secretário estadual da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Bona, destaca o avanço do conhecimento científico voltado ao segmento rural, que ocupa papel central para o crescimento do estado e do país. “O agronegócio é uma das áreas prioritárias para a ciência e tecnologia paranaense. Por isso é importante avançar, cada vez mais, com as pesquisas cientificas e tecnológicas voltadas ao setor”, afirma.
Ele reforça ainda a importância de apresentar algumas das soluções inovadoras para o agronegócio, desenvolvidas nas universidades para “ampliar a sinergia e aproximação entre o setor produtivo acadêmico e o setor produtivo empresarial”.
Anualmente, o Show Rural abre o calendário oficial de feiras agropecuárias do Brasil. Em 2023, a expectativa é movimentar aproximadamente R$ 3,5 bilhões em negócios, 10% a mais que no ano passado, quando o evento registrou R$ 3,2 bilhões em volume de negócios.
Genética
Uma das soluções apresentadas durante a feira será o sequenciamento genético de solos, serviço disponibilizado pela GoGenetic Agro, uma startup de biotecnologia que se originou no meio acadêmico, como resultado de teses de doutorado e pós-doutorado de cientistas que pesquisam os benefícios de microrganismos para as plantas.
A partir de uma amostra do solo, a empresa emite o laudo personalizado com a precisão da genética e com sugestões de manejo para a agricultura, equilibrando e potencializando o conjunto de microrganismos presentes na propriedade rural. Na prática, essa solução possibilita o aumento da produtividade por área plantada e a redução de doenças causadas por fungos e bactérias.
Com esse diagnóstico customizado, o produtor pode adotar boas práticas para um solo mais saudável, aumentar a vida útil da área plantada e rentabilizar o empreendimento rural com uma agricultura sustentável, a exemplo do chamado sequestro de carbono (captura do gás carbônico da atmosfera e armazenamento no solo).
Saúde animal
A startup Y3K Health, que atua no Vale do Genoma com soluções para o diagnóstico molecular no campo, disponibiliza três soluções inovadoras para os visitantes do Show Rural 2023. Os serviços são os seguintes: kit para exame completo de PCR (Reação em Cadeia da Polimerase) com análise de material genético em até 85 minutos; kit portátil para exames de PCR e diagnósticos em fazendas; e extrator portátil de ácido nucleico e de fácil usabilidade.
A tecnologia desenvolvida pela empresa possibilita diagnósticos rápidos e celeridade nas tomadas de decisão no manejo de animais e plantações.
Bioinsumos
Outra startup presente no estande da Unioeste será a Bio3, líder em pesquisa, desenvolvimento e inovação para o agronegócio. Criada por estudantes e professores de pós-graduação da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), a empresa desenvolve tecnologias biológicas para o aumento da produtividade agrícola, a partir de bioinsumos microbianos genuinamente brasileiros.
Com foco no controle de doenças e pragas nas lavouras, a startup aplica a bioinformática para compreender o arcabouço genético de princípios ativos microbianos, a fim de desenvolver produtos e bioprocessos mais eficientes.
Orgânicos
Os visitantes do evento também podem conferir o Paraná Mais Orgânico (PMO), um programa do Estado voltado para agricultores familiares interessados em converter a produção convencional de alimentos para o modelo orgânico. Esse é mais um serviço público (sem custo para os produtores) disponibilizado pelo Estado, com recursos do Fundo Paraná, dotação gerenciada pela Seti para o fomento à produção científica e tecnológica paranaense.
O objetivo é ampliar, cada vez mais, o cultivo de frutas, hortaliças, legumes e verduras livre de defensivos agrícolas tóxicos, insumos químicos sintéticos e sementes transgênicas.
A partir de núcleos localizados nas sete universidades estaduais e em unidades do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR), o programa auxilia os produtores na obtenção da certificação orgânica em conformidade com a legislação brasileira; e promove a capacitação técnica para o manejo das propriedades rurais, evitando quaisquer práticas que comprometam a saúde humana, animal, das plantas e do solo. A certificação é emitida pelo Instituto Tecnológico do Paraná (Tecpar).
Patentes
Outra iniciativa promovida pela Seti no Show Rural 2023 será o Programa de Propriedade Intelectual com Foco no Mercado (Prime), que tem como objetivo transformar o resultado de pesquisas acadêmicas em produtos e serviços com potencial de mercado. A cada ano, dezenas de professores, estudantes e pesquisadores de diferentes instituições paranaenses de ensino superior, públicas e privadas, recebem mentorias para a aceleração de projetos com patentes de invenção (PI), depositadas ou concedidas pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi).
Um dos projetos finalistas do Prime 2022 também estará em exposição no espaço da Ciência e Tecnologia, no estande da Unioeste. Denominada Sítio Urbano 5.0, a iniciativa acadêmica foi desenvolvida na UTFPR – Câmpus Santa Helena, no Oeste paranaense, e consiste em uma produção agrícola inteligente e autônoma, com iluminação artificial e autoaprendizagem para o manejo de hortaliças, plantas e bioativos.
Instalado em um contêiner, o sistema produz alimentos seguros, saudáveis, orgânicos, de maneira sustentável, utilizando água da chuva e energia solar. Outra vantagem dessa técnica é que não há perdas de produção causadas pelo clima, pois o espaço reúne um conjunto de plataformas físicas e inovadoras, que utiliza Inteligência Artificial (IA) e Internet das Coisas (IoT) para a prática de agricultura urbana.
Pesquisa e extensão
No local, estudantes e professores da Unioeste também apresentam várias ações interdisciplinares de pesquisa e extensão, desenvolvidas nos cinco câmpus da instituição – Cascavel, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão, Marechal Cândido Rondon e Toledo.

Notícias Livre de imprevistos
Empresas agrícolas apostam em tecnologia para aumentar produtividade e segurança
O uso de câmeras de segurança inteligentes, permitem uma resposta proativa, enviando alertas automáticos e reduzindo significativamente o tempo entre a detecção de um incidente e a ação preventiva.

Nos últimos anos, o setor agrícola brasileiro tem investido cada vez mais em diferentes tecnologias. O objetivo é ampliar a forma de monitorar as plantações em tempo real, para saber exatamente sobre o período ideal para plantio, irrigação e colheita, sendo instrumentos que funcionam como importantes aliados para o trabalho na agricultura.
Da mesma forma, os investimentos em tecnologia também se fazem necessários nas propriedades visando a segurança destes espaços, com o objetivo de garantir que o patrimônio esteja livre de imprevistos.
Pensando nisso, apresentamos este artigo para você, que possui empresas agrícolas, ou propriedades, e ainda está em dúvida sobre quais os tipos de tecnologia poderá investir para aumentar a sua produtividade e segurança.
Melhorando o desempenho das plantações
Existem diversas tecnologias voltadas exclusivamente para fornecer melhorias para as propriedades rurais, com o desenvolvimento de máquinas e equipamentos que se tornaram aliados para o desenvolvimento agrário.
Um dos exemplos a serem destacados é voltado à agricultura de precisão. Através de dados de GPS, imagens de satélite e sensores, é possível avaliar a qualidade do solo e das diferentes culturas existentes na fazenda. O objetivo é garantir a aplicação adequada de sementes, fertilizantes, defensivos e outros insumos, de modo a garantir a eficiência da produção.
Atualmente, a conectividade nas propriedades já é uma realidade. E a internet das coisas (IoT) se torna uma importante aliada. Através da instalação de sensores no solo, em plantas e máquinas, é possível coletar dados em tempo real sobre a temperatura, umidade, níveis de nutrientes e condições climáticas. Isso permite um manejo eficiente para a irrigação da região, além de detectar determinados problemas precocemente.
Da mesma forma, tecnologias como inteligência artificial e big data se somam juntos às melhorias para o setor agrícola, através do uso de algoritmos de IA para analisar grandes volumes de dados sobre o andamento das culturas plantadas, fazendo com que os produtores tenham real noção de lidar com o seu plantio de acordo com a demanda exigida.
E isso também soma-se a equipamentos modernos e automatizados, como os tratores e colheitadeiras autônomos, que fazem o trabalho no campo por 24 horas por dia, garantindo a redução de custos operacionais. Outro exemplo pode ser visto com os drones, que através de câmeras e sensores, fazem o monitoramento aéreo das lavouras, para localizar áreas que necessitam de maior cuidado.
Segurança como aliada ao setor
Atualmente, se tornou cada vez mais necessário que as empresas agrícolas também invistam em segurança, para proteger sua plantação, maquinário, e até mesmo as pessoas que estão trabalhando nas propriedades. Pensando nisso, também há tecnologias que contribuem com a segurança no setor.
Um dos exemplos está justamente no sistema de reconhecimento de placas de veículos. que ajuda a identificar todos os veículos que estiverem dentro das instalações das propriedades. Além disso, estes dispositivos são essenciais para fiscalizar e monitorar atividades suspeitas nos locais fechados, com o objetivo de oferecer resposta imediata em caso de possíveis ameaças.
Outro recurso que vem ganhando espaço é o uso de câmeras de segurança inteligentes, capazes de detectar comportamentos anormais, movimentos fora do padrão ou a presença de pessoas em áreas restritas. Essas câmeras permitem uma resposta proativa, enviando alertas automáticos e reduzindo significativamente o tempo entre a detecção de um incidente e a ação preventiva.
Há também o caso dos softwares de gestão agrícola, que se tornam aliados para a avaliação de riscos dentro da área de cultivo, tornando o ambiente mais seguro para os trabalhadores, de modo a garantir a execução dos serviços de acordo com as normas regulatórias.
A rastreabilidade também entra no processo, com o uso de ferramentas como o blockchain, responsáveis pelo rastreio da origem e do percurso dos produtos agrícolas. O objetivo é aumentar a transparência de toda a cadeia de suprimentos até o consumidor final, gerando segurança alimentar.
Conclusão
Investir em tecnologias para o setor agrícola é uma necessidade de grande importância, principalmente para a melhora da produtividade e segurança das operações. Isso traz credibilidade às propriedades que estão mais atentas às necessidades do mercado, com a realização dos trabalhos de forma eficaz.
Portanto, é fundamental que os proprietários de áreas agrícolas estejam cada vez mais atentos às necessidades de mercado, de forma a ampliar a sua gama de clientes, e a crescer suas vendas.
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Estreia de filme sobre Aury Bodanese será transmitida pelo O Presente Rural
Longa-metragem “Antes do Nascer do Sol” terá lançamento nacional ao vivo nesta terça (18), a partir das 19h. A obra reconstrói a trajetória e o legado de Aury Luiz Bodanese, uma das figuras mais emblemáticas do cooperativismo agro brasileiro e referência no desenvolvimento do agronegócio catarinense.

O filme “Antes do Nascer do Sol”, que narra a trajetória de Aury Luiz Bodanese, uma das figuras mais emblemáticas do cooperativismo agro brasileiro, estreia oficialmente nesta terça-feira (18), às 19 horas. A transmissão ao vivo está programada para começar às 18h57 e você pode conferir no canal de YouTube de O Presente Rural.
Mais de 20 plataformas de comunicação, distribuídas em quatro estados, vão acompanhar o evento simultaneamente, ampliando o alcance da produção cultural. O lançamento marca um dos maiores movimentos de difusão audiovisual já realizados por um grupo regional de mídia no Sul do país.
Criado por Osnei de Lima e Julmir Cecon, o longa-metragem reconstrói a vida, a obra e o impacto de Bodanese no desenvolvimento do agronegócio catarinense e nacional. O roteiro destaca a atuação dele na consolidação do modelo cooperativista na região Oeste, reconhecido por transformar pequenas propriedades e fortalecer cadeias produtivas como leite, suínos e aves.
A direção de marketing do projeto é assinada por Fernanda Moreira, do Grupo Condá, responsável por coordenar a estratégia que conectou veículos de comunicação e plataformas digitais para o lançamento simultâneo.
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Relação de troca melhora e abre espaço para antecipação de compras de fertilizantes, aponta Itaú BBA
Após a forte volatilidade causada pelo conflito entre Israel e Irã, que pressionou especialmente as cotações da ureia, os preços globais recuaram parcialmente. No Brasil, todos os principais fertilizantes caíram em relação às máximas de julho, tanto em dólar quanto em reais.

A relação de troca entre fertilizantes e os principais produtos agrícolas brasileiros apresentou melhora contínua nos últimos três meses e voltou a níveis próximos da média histórica para nitrogenados e potássicos. A avaliação é da Consultoria Agro do Itaú BBA, no relatório divulgado nesta terça-feira (18), referente novembro de 2025, que aponta um cenário mais favorável para produtores planejarem a safrinha de 2026 e até iniciarem compras para a safra de verão de 2027.

Foto: Divulgação/Arquivo OPR
Segundo os analistas, após a forte volatilidade causada pelo conflito entre Israel e Irã, que pressionou especialmente as cotações da ureia, os preços globais recuaram parcialmente. No Brasil, todos os principais fertilizantes caíram em relação às máximas de julho, tanto em dólar quanto em reais. O MAP atingiu a mínima do ano, e a ureia voltou a patamares semelhantes aos de 2024
Fosfatados ainda pesam
Com a queda das cotações, a relação de troca melhorou para a maior parte das culturas, refletindo um equilíbrio maior entre custo dos insumos e preços agrícolas. Ainda assim, os fertilizantes fosfatados continuam acima da média histórica, mantendo pressão sobre operações que dependem de maiores doses de MAP e similares.
A única exceção é o café: com as cotações do grão em forte alta ao longo de 2025, o setor registra as melhores relações de troca já

Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná
observadas no histórico da consultoria, o que torna a compra de fertilizantes particularmente atrativa para os cafeicultores
Fontes mais baratas e diluídas
O relatório destaca um movimento estruturante no mercado brasileiro: o avanço do uso de fertilizantes com menor concentração do macronutriente, mas preço mais competitivo por ponto percentual de N ou P₂O₅.
Nos nitrogenados, o sulfato de amônio (SAM) passou a oferecer melhor custo por unidade de nitrogênio do que a ureia, atraindo demanda adicional. Entre os fosfatados, o supersimples (SSP) ganhou espaço pela menor cotação nominal, seguido do supertriplo (TSP), que também avança em relação ao tradicional MAP
O efeito já aparece nas importações: entre janeiro e outubro de 2025, pela primeira vez o Brasil importou mais SAM que ureia, e mais SSP do que MAP, um marco inédito nas duas cadeias

Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná
Oportunidades para safrinha de 2026
Com as relações de troca mais favoráveis e preços recuados, o Itaú BBA avalia que há espaço para acelerar as compras da safrinha de inverno de 2026, que estão atrasadas. Os analistas também citam a possibilidade de produtores iniciarem, desde já, a montagem do pacote tecnológico para a safra 2027, aproveitando o momento de maior previsibilidade de custos
Câmbio segue como ponto de atenção
Apesar da queda nas cotações internacionais de ureia, MAP e KCl, o relatório lembra que a taxa de câmbio continua sendo um fator determinante na formação de preços internos. Movimentos do dólar frente ao real podem neutralizar parte da competitividade obtida pela retração externa dos fertilizantes, especialmente em um momento marcado por instabilidades macroeconômicas globais



