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Governo de Santa Catarina irá incentivar o plantio de cereais de inverno

Intenção é ampliar em 120 mil hectares a área plantada com grãos de inverno e aumentar a oferta de matéria-prima para ração animal

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Os produtores rurais de Santa Catarina contarão com o apoio da Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural para investir na produção de trigo, triticale e cevada. A intenção é ampliar em 120 mil hectares a área plantada com grãos de inverno no estado e aumentar a oferta de matéria-prima para ração animal. O Projeto de Incentivo ao Plantio de Cereais de Inverno Destinados à Produção de Grãos fará parte do Programa Terra Boa e garantirá o apoio no pagamento do seguro rural.

Um dos maiores entraves para a produção de cereais de inverno são os custos de produção. Para incentivar os produtores, a Secretaria da Agricultura irá apoiar o pagamento do seguro rural. Os produtores receberão R$ 200 por hectare efetivamente plantado de cereais de inverno, seguindo as normas do Programa.

A intenção da Secretaria da Agricultura é trazer mais competitividade para as agroindústrias instaladas no estado e mais renda aos produtores rurais. “A produção de proteína animal tem papel fundamental no agronegócio catarinense e a oferta de grãos é peça-chave para mantermos a competitividade desse setor. O Projeto de Incentivo ao Plantio de Cereais de Inverno surge após um trabalho intenso e conjunto de diversas entidades, produtores e Governo do Estado para garantir o futuro do agronegócio catarinense”, afirma o secretário de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural, Ricardo de Gouvêa.

Grande produtor de carnes e leite, Santa Catarina é hoje o maior importador de milho do Brasil. Todos os anos cerca de quatro milhões de toneladas do grão são importados de outros estados e países para abastecer a cadeia produtiva catarinense. Com o Programa de Incentivo ao Plantio de Grãos de Inverno, a Secretaria da Agricultura e a iniciativa privada querem estimular os agricultores a plantar trigo, triticale e cevada, que podem complementar a ração animal e trazer mais renda para os produtores rurais, sem interferir na safra de verão.

“Por meio do incentivo à produção de trigo, cevada e triticale queremos minimizar o deficit na produção de milho. Ou seja, usar as nossas áreas que estão em pousio no inverno e fomentar, com o apoio das cooperativas e agroindústrias, a produção desses cereais, os quais podem ser utilizados na ração animal e dar suporte a toda cadeia produtiva animal. A Secretaria irá participar com um aporte de R$ 200 reais na subvenção ao seguro por hectare, um valor bastante expressivo para tranquilizar os produtores e incentivar a produção”, explica o secretário adjunto da Agricultura, Ricardo Miotto.

Compra antecipada

Outro grande diferencial do Projeto é permitir o estabelecimento de contratos futuros entre as cooperativas e os produtores rurais, garantindo a compra dos cereais pelo mercado consumidor de grãos, destinados à produção de ração.

As agroindústrias, cooperativas ou fabricantes de ração se comprometem em adquirir o volume de grãos acordado com o produtor, a preços pré-fixados ou a critério do vendedor, e o pagamento será efetivado por ocasião da entrega dos produtos.

Fonte: Assessoria

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Seguro rural para soja no Paraná adota modelo inédito baseado em manejo

Projeto-piloto do ZarcNM oferece subvenções maiores conforme o nível de manejo, incentivando práticas que reduzem riscos de perdas por seca e aumentam a resiliência da cultura.

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Foto: Gabriel Faria/Embrapa

O Zoneamento Agrícola de Risco Climático em Níveis de Manejo (ZarcNM) começou a ser operado pela primeira vez no Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) do Ministério da Agricultura e Pecuária. A nova modalidade está em fase piloto, tendo como foco inicial a cultura da soja no Paraná. Vinte e nove áreas de produção, totalizando cerca de 2.400 hectares, aderiram à iniciativa e efetivaram a contratação de seguro rural, acessando percentuais diferenciados de subvenção nas apólices de acordo com o nível de manejo adotado na propriedade.

O piloto usa a metodologia desenvolvida pela Embrapa, que permite classificar talhões em quatro níveis de manejo (NM), baseada em indicadores objetivos, verificáveis e auditáveis. Juntamente com as avaliações de risco climático do ZarcNM, o produtor e demais interessados podem verificar o quanto a adoção de boas práticas pode reduzir os riscos potenciais de perdas da produção por seca. Quanto melhor o nível de manejo, maior a subvenção do seguro.

Fotos: Shutterstock

Da área total participante do projeto-piloto, cerca de 5% foi classificada com o nível quatro, o melhor da escala do ZarcNM e que resulta numa subvenção de 35% no valor do seguro rural. Do restante, 27% da área foi classificada no nível de manejo 3, com subvenção de 30%; 57% no nível 2, com 25% de subvenção da apólice; e 11% da área ficou com o nível 1, mantendo os 20% de subvenção padrão do PSR.

De acordo com Diego Almeida, diretor do Departamento de Gestão de Riscos, do Ministério da Agricultura, este novo formato de subvenção deve se tornar perene. “Após a avaliação dos resultados desta primeira fase, planejamos expandir o programa para outros estados, iniciando com a soja e, posteriormente, incluindo a cultura do milho”, afirma.

Aumento de produtividade e resiliência

A metodologia ZarcNM contribui para reduzir um problema recorrente do seguro rural que é a necessidade da quantificação mais individualizada do risco, por gleba ou talhão, conforme o manejo de cada área. Ao aplicar incentivos financeiros, a gestão do PSR coloca em prática um mecanismo de indução de boas práticas e adaptação da agricultura brasileira, tornando-a mais resiliente à variabilidade climática e aos crescentes riscos de seca.

O pesquisador José Renato Bouças Farias, da Embrapa Soja (PR), afirma que essa atualização do ZarcNM é muito relevante porque quanto melhor o nível de manejo adotado, menor será o risco de perdas por déficit hídrico. De acordo com o pesquisador, a adoção de práticas conservacionistas é determinante para aumentar a infiltração de água e reduzir o escorrimento superficial, comuns durante chuvas intensas e em grandes volumes. Junto a outras práticas de manejo do solo, elas promovem maior disponibilidade de água às plantas. “O aprimoramento do manejo do solo leva a um aumento significativo na produtividade das culturas, à redução do risco de perdas causadas por condições de seca e ao aumento da fixação de carbono no solo. Além disso, promove a conservação tanto do solo quanto dos recursos hídricos”, destaca Farias.

Segundo o pesquisador, culturas não irrigadas, como a grande maioria da área com soja no Brasil, têm como fontes de água para atendimento de suas necessidades a água da chuva e aquela disponibilizada pelo solo. “As práticas de manejo que incrementam a capacidade do solo de disponibilizar mais água às plantas são essenciais para reduzir os riscos de perdas por seca, principalmente, quando se projetam cenários climáticos cada vez mais adversos à exploração agrícola”, ressalta Farias.

Modelo de operação

Neste modelo testado pela primeira vez são considerados seis indicadores: tempo sem revolvimento do solo, porcentagem de cobertura do solo em pré-semeadura (palhada), diversificação de cultura nos três últimos anos agrícolas, percentual de saturação por bases, teor de cálcio e percentual de saturação por alumínio. “Além dos indicadores quantitativos, alguns pré-requisitos precisam ser observados como, por exemplo, semeadura em contorno ou em nível”, explica Farias.

No piloto, os agricultores submetem seus projetos às seguradoras e agentes financeiros, indicando o talhão a ser analisado, repassando as informações solicitadas e as análises de solo feitas em laboratórios credenciados. Por meio de uma plataforma digital desenvolvida pela Embrapa Agricultura Digital (SP), o Sistema de Informações de Níveis de Manejo (SINM), os dados são cruzados com informações de sensoriamento remoto para cálculo e classificação dos níveis de manejo.

O pesquisador da Embrapa Agricultura Digital e coordenador da Rede Zarc de PesquisaEduardo Monteiro, destaca a importância do sensoriamento remoto nesse processo. Ele exemplifica com uma das áreas aprovadas no Nível de Manejo 3 e que está ao lado de outra com sinais de erosão.

“Apesar de vizinhas, as classificações podem ser bem diferentes. A área erodida não obteria classificação maior que NM1. Isso mostra a importância de um sistema de verificação independente e bem estruturado para ser capaz de observar esses detalhes de forma automatizada à medida que ganha escala e o número de operações chega aos milhares”, afirma.

Fonte: Assessoria Embrapa Agricultura Digital
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Brasil e África discutem novas revoluções verdes para agricultura sustentável

Painel promovido pelo ATLAS na AgriZone destaca cooperação técnica, políticas públicas e transferência de tecnologia como caminhos para acelerar transformações agrícolas no clima atual.

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Foto: Mapa

Com a crescente demanda global por práticas agrícolas sustentáveis, os debates sobre novas revoluções verdes tornam-se cada vez mais essenciais. Nesse contexto, o Laboratório de Transições Agrícolas para Soluções Africanas (ATLAS) promoveu, nesta terça-feira (18), na AgriZone, o painel “Lições das Revoluções Verdes: Perspectivas do Brasil e da África para Transformações Agrícolas Sustentáveis”.

O assessor especial da Secretaria-Executiva do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), José Polidoro, representou a Pasta no painel e destacou que o sistema agrícola brasileiro é baseado em três pilares: ciência e tecnologia, defesa agropecuária e o sistema de financiamento/crédito rural. “Não temos dúvida em afirmar que nossa agricultura é baseada em ciência sustentada por tecnologia. E temos um amplo sistema para financiar grandes e pequenos produtores. Todos os produtores no Brasil são atendidos por esse sistema, que financia produção, custeio e investimentos”, disse.

A plataforma ATLAS busca promover o diálogo político, a cooperação institucional e a ampliação de financiamentos para o desenvolvimento agrícola sustentável do continente africano. O painel discutiu as políticas públicas que tornaram o Brasil uma potência agrícola global, incluindo a recuperação de solos degradados e tecnologias adaptadas aos diferentes biomas brasileiros.

O continente africano possui 70% da sua força de trabalho envolvida na agricultura, e o evento buscou explorar caminhos de cooperação entre Brasil e África capazes de acelerar uma transformação agrícola compatível com o clima.

Polidoro citou como exemplo o Programa Caminho Verde Brasil, que irá impulsionar o crescimento da agropecuária brasileira por meio da restauração de áreas degradadas. “Temos uma política que demonstra aos nossos parceiros do Sul Global, como os países africanos, que é possível realizar uma revolução verde, uma revolução verde verdadeira. Mas, para isso, é necessário ter leis, regulamentação e políticas de Estado”, ressaltou.

Brasil e África firmaram, em 2025, acordos para a transferência de tecnologia por meio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), além da assinatura de Memorandos de Entendimento (MoUs) entre o Brasil e países africanos para cooperação técnica, melhoria dos sistemas agrícolas e apoio à segurança alimentar e ao desenvolvimento rural.

Participaram do painel o pesquisador PhD em Agronomia, Genética e Cooperação Internacional da Embrapa, Paulo Melo; o chefe de Resiliência, Clima e Fertilidade do Solo da Aliança para uma Revolução Verde na África (AGRA), Tilahun Amede; e a diretora de Relações Públicas da OCP Nutricrops, Mouna Chbani.

Fonte: Assessoria Mapa
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Mato Grosso ganha escritório da ApexBrasil para impulsionar exportações

Nova unidade, inaugurada em Cuiabá, aproxima serviços de apoio ao comércio exterior e reúne empresários e adidos agrícolas para ampliar a atuação internacional das empresas da região.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Por meio da iniciativa conjunta entre a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), a região Centro-Oeste ganha um reforço no apoio às empresas locais para fortalecimento nas exportações. Na segunda-feira (24), em Cuiabá, será inaugurado o Escritório da ApexBrasil em Mato Grosso (EA-MT) com rodada de negócios entre entidades representativas de diversos setores produtivos e os adidos agrícolas brasileiros.

A cerimônia de inauguração contará com a presença do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e o presidente da ApexBrasil, Jorge Viana. O evento será realizado no Cenarium Rural a partir das 8h30.

Atualmente, o Mapa conta com 40 adidos agrícolas brasileiros em 38 postos ao redor do mundo, responsáveis pelo trabalho de abertura, manutenção e ampliação de mercados para o agronegócio brasileiro. Durante a programação, empresários e produtores interessados em exportar seus produtos podem participar das rodadas de negociação com eles. Para isso, é necessário fazer a inscrição prévia clicando aqui. “Estamos reunindo toda a estrutura de apoio necessária para quem produz poder comercializar seus produtos ao redor do mundo e, com isso, fortalecer a agroindústria e a geração de renda nas diferentes regiões e setores do estado”, comentou o ministro Carlos Fávaro.

Entre 2023 e 2025, o esforço integrado entre ApexBrasil, Mapa e Ministério das Relações Exteriores (MRE) resultou em mais de 170 ações internacionais realizadas em 42 países, gerando US$ 18 bilhões em negócios projetados e atendendo mais de 3 mil empresas brasileiras.

EA-MT

O novo escritório da ApexBrasil está localizado na sede da Famato, no Centro Político Administrativo em Cuiabá. A abertura do EA Mato Grosso faz parte da estratégia de descentralização da ApexBrasil, que busca aproximar os serviços da Agência das empresas locais, ampliando o apoio à exportação, internacionalização e atração de investimentos estrangeiros diretos (IED). “Mato Grosso tem papel estratégico no comércio exterior brasileiro, especialmente nos setores do agronegócio, alimentos e sustentabilidade. Com esse novo escritório, queremos estar mais próximos das empresas da região e ajudá-las a conquistar novos mercados”, destacou o presidente da ApexBrasil, Jorge Viana.

No exterior, a agência conta com escritórios nos principais centros comerciais do planeta, como Miami, Dubai, Pequim, Xangai, Moscou, Bruxelas, Bogotá, entre outros. Ao todo, a agência conta com seis escritórios no Brasil e outros 11 atendendo América do Norte, América do Sul, Europa, Ásia e Pacífico e Oriente Médio, África e Índia.

Fonte: Assessoria Mapa
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