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Governo de Dubai, Fambras e Consórcio do Nordeste assinam acordo para desenvolvimento de comércio de produtos halal

Brasil é o maior exportador mundial de proteína halal – 95% da carne bovina exportada está nessa categoria. Já no segmento de frango, o país produz 40% do total no mundo.

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Assinatura de acordo para desenvolvimento de comércio de produtos halal foi feita na segunda-feira (23), durante abertura do Global Halal Brazil Business Forum 2023, em São Paulo

Durante o primeiro dia do Global Halal Brazil Business Forum 2023, o World Logistics Passport (WLP), plataforma criada pelo governo de Dubai para fomento à exportação global, a Federação das Associações Muçulmanas do Brasil (Fambras Halal) e o Consórcio do Nordeste firmaram um acordo para incorporar os estados do Nordeste na rota de desenvolvimento de mercadorias halal – atualmente a região é responsável por apenas 3% das exportações destinadas aos Emirados Árabes. O memorando foi assinado, na segunda-feira (23), por Mahmood Al Bastaki, general manager do WLP, Mohamed Zoghbi, presidente da Fambras, e Glauber Piva, chefe de gabinete do Consórcio do Nordeste.

Acordo para desenvolvimento de comércio de produtos halal foi assinado durante Global Halal Brazil Business Forum 2023 – Fotos: Divulgação

Segundo Al Bastaki, atualmente os produtos exportados do Nordeste acabam escoados pelas regiões Norte ou Sudeste, o que aumenta o valor da mercadoria pelo frete terrestre e também marítimo, já que esses outros portos brasileiros ficam mais longe do Oriente Médio, África e Ásia. “Nossa meta é tornar essas rotas mais competitivas, reduzindo o custo e tempo das exportações, tornando o comércio entre Brasil e Emirados Árabes mais eficiente”, afirma  o executivo do WLP.

Para o Consórcio do Nordeste, o acordo para atender aos requisitos halal ajudará na qualificação da produção da região, principalmente de ovinos e caprinos. “Tem muita cabra e ovelha no Nordeste, mas a gente entende que a produção ainda não tem qualidade nem infraestrutura suficientes. A parceria vai nos ajudar a ter melhores frigoríficos e melhor qualidade do produto para fazer exportação sobretudo de carne no primeiro momento”, afirma Piva.

O Brasil é o maior exportador mundial de proteína halal – 95% da carne bovina exportada está nessa categoria. Já no segmento de frango, o país produz 40% do total no mundo. Em 2022, foram vendidas 445 mil toneladas de frango para os Emirados Árabes, o que representou a entrada no país de US$ 953 milhões – só Dubai importou 22 mil contêineres.

Global Halal Forum

Esta é a segunda edição do Global Halal Brazil Business Forum, que reúne autoridades, especialistas e importantes players no mercado islâmico. E é a primeira participação do General Manager do WLP, Mahmood Al Bastaki, que busca estreitar laços com os atuais parceiros e ampliar a rede de conexões da plataforma.

A cerimônia de abertura contou com a presença do embaixador dos Emirados Árabes Unidos no Brasil, Saleh Alsuwaidi, e a participação em vídeo do Ministro do Comércio Exterior do país, Thani bin Ahmed Al Zeyoudi. No discurso, ele ressaltou a importância do encontro e do mercado halal. “O comércio Halal atravessou as fronteiras dos países islâmicos e árabes e está vivendo um momento de crescimento contínuo por sua elevada qualidade, o que o torna um setor atraente de investimentos nos diversos bens e serviços, por conta de suas promissoras oportunidades de crescimento”, disse.

O vice-presidente da República e ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Geraldo Alckmin, celebrou as prósperas relações comerciais entre o Brasil e o mundo árabe. “Temos orgulho de ser o maior exportador de comida halal do mundo. Não apenas porque alimentamos milhões de pessoas todos os dias, mas porque o halal reduz impactos ambientais como geração de resíduos, uso de embalagens, consumo de água, além de incorporar parâmetros éticos e de responsabilidade social em toda cadeia de fornecimento”, afirmou, ampliando: “Contem com o entusiasmo do governo Lula para avançarmos em parcerias, ampliarmos mercados e compartilharmos experiências, porque difundir a prática halal é fortalecer nossas economias com inovação, sustentabilidade e inclusão”.

Incentivo para facilitar fluxo do comércio global

O WLP é uma plataforma de incentivo do governo de Dubai para facilitar o fluxo do comércio global. Trata-se do primeiro projeto do tipo no mundo. A iniciativa funciona como um programa de Fidelidade Logística e Conexões Internacionais baseado em incentivos, com recompensas a comerciantes e transitários que usam a plataforma para importação e exportação. Os parceiros oferecem benefícios de custos, redução de tempo e conexões estratégicas para os membros do WLP.

O projeto tem o propósito de contribuir com a logística do comércio internacional, fornecendo informações sobre mercadorias, facilitando as transações, além de reduzir barreiras burocráticas.

Os benefícios permitem que empresas, nações e regiões tenham acesso a novos mercados, diversifiquem o comércio de produtos e aumentem seu market share. Atualmente, a plataforma WLP está presente em 20 países, entre eles: China, Índia, África do Sul, Egito, Vietnã e Brasil.

Por aqui, a agência começou os trabalhos em 2020, mas por conta da pandemia as operações estavam em fase embrionária. No mercado brasileiro, a plataforma  ainda identifica e desenvolve rotas logísticas para empresas nacionais atuarem no Oriente Médio, África e Ásia.

Ao facilitar o comércio internacional de forma eficiente, o World Logistics Passport contribui para o desenvolvimento econômico sustentável, promovendo a cooperação entre nações e estimulando o crescimento da economia global.

Fonte: Assessoria Fórum Halal

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Santa Catarina registra avanço simultâneo nas importações e exportações de milho em 2025

Volume importado sobe 31,5% e embarques aumentam 243%, refletindo demanda das cadeias produtivas e oportunidades geradas pela proximidade dos portos.

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Foto: Cláudio Neves

As importações de milho seguem em ritmo acelerado em Santa Catarina ao longo de 2025. De janeiro a outubro, o estado comprou mais de 349,1 mil toneladas, volume 31,5% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo dados do Boletim Agropecuário de Santa Catarina, elaborado pela Epagri/Cepa com base no Comex Stat/MDIC. Em termos de valor, o milho importado movimentou US$ 59,74 milhões, alta de 23,5% frente ao acumulado de 2024. Toda a origem é atribuída ao Paraguai, principal fornecedor externo do cereal para o mercado catarinense.

Foto: Claudio Neves

A tendência de expansão no abastecimento externo se intensificou no segundo semestre. Em outubro, Santa Catarina importou mais de 63 mil toneladas, mantendo a curva ascendente registrada desde julho, quando os volumes mensais passaram consistentemente da casa das 50 mil toneladas. A Epagri/Cepa aponta que esse movimento deve avançar até novembro, período em que a demanda das agroindústrias de aves, suínos e bovinos segue aquecida.

Os dados mensais ilustram essa escalada. De outubro de 2024 a outubro de 2025, as importações variaram de mínimas próximas a 3,4 mil toneladas (março/25) a máximas superiores a 63 mil toneladas (setembro/25). Nesse intervalo, meses como junho, julho e agosto concentraram forte entrada do cereal, acompanhados de receitas que oscilaram entre US$ 7,4 milhões e US$ 11,2 milhões.

Exportações crescem apesar do déficit interno
Em um cenário aparentemente contraditório, o estado, que possui déficit anual estimado em 6 milhões de toneladas de milho para suprir seu grande parque agroindustrial, também ampliou as exportações do grão em 2025.

Até outubro, Santa Catarina embarcou 130,1 mil toneladas, um salto de 243,9% em relação ao mesmo período de 2024. O valor exportado também chamou atenção: US$ 30,71 milhões, alta de 282,33% na comparação anual.

Foto: Claudio Neves

Segundo a Epagri/Cepa, essa movimentação ocorre majoritariamente em regiões produtoras próximas aos portos catarinenses, onde os preços de exportação tornam-se mais competitivos que os do mercado interno, especialmente quando o câmbio favorece vendas externas ou quando há descompasso logístico entre oferta e demanda regional.

Essa dinâmica reforça um traço estrutural conhecido do agro catarinense: ao mesmo tempo em que é um dos maiores consumidores de milho do país, devido ao peso das cadeias de proteína animal, Santa Catarina não alcança autossuficiência e depende do cereal de outras regiões e países para abastecimento. A exportação pontual ocorre quando há excedentes regionais temporários, oportunidades comerciais ou vantagens logísticas.

Perspectivas
Com a entrada gradual da nova safra 2025/26 no estado e no Centro-Oeste brasileiro, a tendência é que os volumes importados se acomodem a partir do fim do ano. No entanto, o comportamento do câmbio, os preços internacionais e o resultado final da produção catarinense seguirão determinando a necessidade de compras externas — e, por outro lado, a competitividade das exportações.

Para a Epagri/Cepa, o quadro de 2025 reforça tanto a importância do milho como insumo estratégico para as cadeias de proteína animal quanto a vulnerabilidade decorrente da dependência externa e interestadual do cereal. Santa Catarina continua sendo um estado que importa para abastecer seu agro e exporta quando a lógica de mercado permite, um equilíbrio dinâmico que movimenta portos, indústrias e produtores ao longo de todo o ano.

Fonte: O Presente Rural
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Brasil e Japão avançam em tratativas para ampliar comércio agro

Reunião entre Mapa e MAFF reforça pedido de auditoria japonesa para habilitar exportações de carne bovina e aprofunda cooperação técnica entre os países.

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Foto: Percio Campos/Mapa

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, realizou uma reunião bilateral com o vice-ministro internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Florestas (MAFF), Osamu Kubota, para fortalecer a agenda comercial entre os países e aprofundar o diálogo sobre temas da relação bilateral.

No encontro, a delegação brasileira apresentou as principais prioridades do Brasil, incluindo temas regulatórios e iniciativas de cooperação, e reiterou o pedido para o agendamento da auditoria japonesa necessária para a abertura do mercado para exportação de carne bovina brasileira. O Mapa também destacou avanços recentes no diálogo e reforçou os pontos considerados estratégicos para ampliar o fluxo comercial e aprimorar mecanismos de parceria.

Os representantes japoneses compartilharam seus interesses e expectativas, demonstrando disposição para intensificar o diálogo técnico e buscar convergência nas agendas de interesse mútuo.

Fonte: Assessoria Mapa
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Bioinsumos colocam agro brasileiro na liderança da transição sustentável

Soluções biológicas reposicionam o agronegócio como força estratégica na agenda climática global.

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Fotos: Koppert Brasil

A sustentabilidade como a conhecemos já não é suficiente. A nova fronteira da produção agrícola tem nome e propósito: agricultura sustentável, um modelo que revitaliza o solo, amplia a biodiversidade e aumenta a captura de carbono. Em destaque nas discussões da COP30, o tema reposiciona o agronegócio como parte da solução, consolidando-se como uma das estratégias mais promissoras para recuperação de agro-ecossistemas, captura de carbono e mitigação das mudanças climáticas.

Thiago Castro, Gerente de P&D da Koppert Brasil participa de painel na AgriZone, durante a COP30: “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida”

Atualmente, a agricultura e o uso da terra correspondem a 23% das emissões globais de gases do efeito, aproximadamente. Ao migrar para práticas sustentáveis, lavouras deixam de ser fontes de emissão e tornam-se sumidouros de carbono, “reservatórios” naturais que filtram o dióxido de carbono da atmosfera. “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida. E não tem como falar em vida no solo sem falar em controle biológico”, afirma o PhD em Entomologia com ênfase em Controle Biológico, Thiago Castro.

Segudo ele, ao introduzir um inimigo natural para combater uma praga, devolvemos ao ecossistema uma peça que faltava. “Isso fortalece a teia biológica, melhora a estrutura do solo, aumenta a disponibilidade de nutrientes e reduz a necessidade de intervenções agressivas. É a própria natureza trabalhando a nosso favor”, ressalta.

As soluções biológicas para a agricultura incluem produtos à base de micro e macroorganismos e extratos vegetais, sendo biodefensivos (para controle de pragas e doenças), bioativadores (que auxiliam na nutrição e saúde das plantas) e bioestimulantes (que melhoram a disponibilidade de nutrientes no solo).

Maior mercado mundial de bioinsumos

O Brasil é protagonista nesse campo: cerca de 61% dos produtores fazem uso regular de insumos biológicos agrícolas, uma taxa quatro vezes maior que a média global. Para a safra de 2025/26, o setor projeta um crescimento de 13% na adoção dessas tecnologias.

A vespa Trichogramma galloi e o fungo Beauveria bassiana (Cepa Esalq PL 63) são exemplos de macro e microrganismos amplamente utilizados nas culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão, para o controle de lagartas e mosca-branca, respectivamente. Esses agentes atuam nas pragas sem afetar polinizadores e organismos benéficos para o ecossistema.

Os impactos do manejo biológico são mensuráveis: maior porosidade do solo, retenção de água e nutrientes, menor erosão; menor dependência de fertilizantes e inseticidas sintéticos, diminuição na resistência de pragas; equilíbrio ecológico e estabilidade produtiva.

Entre as práticas sustentáveis que já fazem parte da rotina do agro brasileiro estão o uso de inoculantes e fungos benéficos, a rotação de culturas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o manejo biológico de pragas e doenças. Práticas que estimulam a vida no solo e o equilíbrio natural no campo. “Os produtores que adotam manejo biológico investem em seu maior ativo que é a terra”, salienta Castro, acrescentando: “O manejo biológico não é uma tendência, é uma necessidade do planeta, e a agricultura pode e deve ser o caminho para a regeneração ambiental, para esse equilíbrio que buscamos e precisamos”.

Fonte: Assessoria Koppert Brasil
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